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Outubro
2007
Amigo
1. Decorar os livros do Antigo Testamento, e dividi-los em suas cinco áreas. Demonstrar habilidade em
encontrar qualquer um destes livros.
1. Pentateuco 3. Livros Poéticos 4. Profetas Maiores
2. Livros Históricos 5. Profetas Menores
Anexo 1
2. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (o número 4 pode ser de sua
própria escolha):
• Grandes passagens
1) Êxodo 20:13-17 - 2) Mateus 5:3-12 - 3) Salmos 8:5-9 4)...
• Salvação
1) Eclesiastes 12:1 - 2) João 3:16 - 3) Ezequiel 33:11 4)...
• Doutrina
1) João 10:10 - 2) II Timóteo 3:15 - 3) I Tessalonicenses 4:16 4)...
• Oração
1) Mateus 6:9-13 - 2) Marcos 1:35 - 3) I Samuel 12:23 4)...
• Relacionamentos
1) Lucas 2:52 - 2) Lucas 4:16 - 3) Efésios 6:1 4)...
• Comportamento
1) Provérbios 17:22 - 2) Provérbios 12:22 - 3) Filipenses 4:4 4)...
• Promessas/Louvor
1) Salmos 107:01 - 2) Salmos 103:13 - 3) Filipenses 04:19 4)...
Anexo 4
Companheiro
1. Decorar os livros do Novo Testamento, e dividi-los em suas quatro áreas. Demonstrar habilidade em
encontrar qualquer um destes livros.
1. Evangelhos 3. Cartas e Epístolas
2. Históricos 4. Proféticos
Anexo 2
2. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (o número 4 pode ser de sua
própria escolha):
• Grandes passagens
1) Salmos 119:11 - 2) Isaías 43:12 - 3) Mateus 28:19-20 4)...
• Salvação
1) João 1:1-3, 14 - 2) Lucas 19:10 - 3) Salmos 103:10-12 4)...
• Doutrina
1) Isaías 1:18 - 2) João 1:12-13 - 3) I Timóteo 6:6-8 4)...
• Oração
1) I Samuel 15:22 - 2) Romanos 12:1-2 - 3) I Tessalonicenses 5:15 4)...
• Relacionamentos
1) Efésios 1:8-10 - 2) Deuteronômio 6:5 - 3) Atos 2:38 4)...
• Comportamento
Apostila de Descoberta Espiritual 3
1) Salmos 34:3-4 - 2) Mateus 6:6 - 3) I Pedro 1:3 4)...
• Promessas/Louvor
1) Salmos 56; 35:7 - 2) Salmos 37:3 - 3) Isaías 35:10 4)
4)...
Anexo 4
4. Ler o evangelho de Mateus ou Marcos em qualquer tradução e decorar duas das seguintes passagens:
a. As bem-aventuranças | Mateus 5:3-12 c. Volta de Cristo | Mateus 24:4-7, 11-14
b. Oração do Senhor | Mateus 6:9-13 d. Comissão Evangélica | Mateus 28:18-20
Anexo 7
Pesquisador
1. Demonstrar como usar uma Concordância Bíblica.
Anexo 8
2. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (o número 4 pode ser de sua
própria escolha):
• Grandes Passagens
1) I Pedro 01:24-25 - 2) I Reis 18:21 - 3) Mateus 24:37-39 4) ...
• Salvação
1) Mateus 16:24-27 - 2) Lucas 14:28, 33 - 3) Provérbios 28:13 4) ...
• Doutrina
1) Atos 01:09-11 - 2) Eclesiastes 12:13, 14 - 3) I Coríntios 06:19-20 4) ...
• Oração
1) Salmos 05:03 - 2) Salmos 51:03 - 3) ... 4) ...
• Relacionamentos
1) João 13:34-35 - 2) Provérbios 19:19 - 3) João 15:13 4) ...
• Comportamento
1) Colossenses 03:23 - 2) Provérbios 22:29 - 3) Filipenses 04:08 4)...
• Promessa / Louvor
1) Provérbios 03:05, 06 - 2) Salmos 91 - 3) I Coríntios 02:14 4) ...
Anexo 2
3. Ler os Evangelhos de Lucas e João em qualquer tradução. Discutir no seu grupo três das seguintes
passagens:
a. Lucas 4:19-26 | Leitura das Escrituras e. João 14:1-3 | A promessa do Senhor
b. Lucas 11:9-13 | Pedir, buscar, bater f. João 15:5-8 | A Videira e os Ramos
c. Lucas 21:25-28 | Sinais da Segunda Vinda
d. João 13:12-17 | Humildade
Apostila de Descoberta Espiritual 4
Anexo 9
Utilizando a passagem escolhida, mostrar sua compreensão de como Jesus salva as pessoas usando
um dos seguintes métodos:
a. Conversar em grupo com a participação de seu líder.
b. Apresentar uma mensagem em uma reunião do clube.
c. Fazer uma série de cartazes ou uma maquete.
d. Escrever uma poesia ou hino.
Anexo 10
Pioneiro
1. Conversar em seu clube ou unidade sobre:
a. O que é o cristianismo.
b. Quais são as características de um verdadeiro discípulo.
c. O que fazer para ser um cristão verdadeiro.
Anexo 11
3. Matricular pelo menos três pessoas em um curso bíblico por correspondência ou classe bíblica.
Anexo 13
4. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (os números 3 e 4 podem ser
de sua própria escolha):
• Grandes Passagens
1) Salmos 119:105 - 2) Colossenses 3:16 - 3)... 4) ...
• Salvação
1) João 03:17 - 2) Gálatas 06:14 - 3) I João 03:01-03 4) ...
• Doutrina
1) João 14:01-03 - 2) Marcos 01:27, 28 - 3) ... 4) ...
• Oração
1) Hebreus 11:06 - 2) Tiago 01:05, 06 - 3) ... 4) ...
• Relacionamentos
1) Provérbios 18:24 - 2) Efésios 04:32 - 3) I Timóteo 04:12 4) ...
• Comportamento
1) Gálátas 06:07 - 2) Mateus 07:12 - 3) I João 02:15-17 4) ...
• Promessa / Louvor
1) Salmos 145:18 - 2) Salmos 27:01 - 3) Tiago 01:07 4) ...
Anexo 2
Excursionista
1. Estudar o trabalho do Espírito Santo, como Ele se relaciona com as pessoas, e discutir seu
envolvimento no crescimento espiritual.
Anexo 14
2. Através de estudo em grupo, aumentar seu conhecimento sobre os eventos dos últimos dias que
culminarão com a segunda vinda de Cristo.
Anexo 15
4. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (o número 4 pode ser de sua
própria escolha):
• Grandes Passagens
1) Jeremias 15:16 - 2) I Timóteo 02:15 - 3) Gênesis 02:02, 03 4) ...
• Salvação
1) Mateus 11:28-30 - 2) João 17:03 - 3) João 15:05, 07 4) ...
• Doutrina
1) Hebreus 11:03 - 2) João 06:40 - 3) Apocalipse 21:01-04 4) ...
• Oração
1) Marcos 11:25 - 2) I João 05:14, 15 - 3) Mateus 21:22 4) ...
• Relacionamentos
1) I Coríntios 13 - 2) Hebreus 20:24, 25 - 3) Gálatas 06:01, 02 4) ...
• Comportamento
1) Gálatas 05:22, 23 - 2) Miquéias 06:08 - 3) Isaías 58:13 4) ...
• Promessa / Louvor
1) Romanos 08:28 - 2) Salmos 15:01, 02 - 3) Mateus 24:44 4) ...
Anexo 2
Guia
1. Explicar como um cristão pode ter os dons espirituais descritos por Paulo na sua carta aos
Coríntios.
Anexo 14
2. Estudar e debater sobre como o serviço do santuário, no Antigo Testamento, apontava para a cruz
e para o ministério pessoal de Jesus.
Anexo 17
3. Ler e resumir três histórias de pioneiros adventistas. Contar estas histórias na reunião do clube, no
culto JA, ou na Escola Sabatina.
Anexo 18
4. Decorar um texto da Bíblia em cada uma das sete categorias a seguir (o número 4 pode ser de sua
própria escolha):
• Grandes Passagens
1) II Timóteo 03:15, 16 - 2) Romanos 10:17 - 3) Daniel 8:14 4) ...
• Salvação
1) Filipenses 03:07-09 - 2) I Coríntios 05:07, 08 - 3) I Coríntios 06:19, 20 - 4) ...
• Doutrina
1) Mateus 24:24-27 - 2) Ecles. 09:05, 06,10 - 3) Hebr. 04:14-16 4) ...
• Oração
1) Filip. 04:06, 07 - 2) Efésios 03:20, 21 - 3) Mateus 05:44 4) ...
• Relacionamentos
1) Atos 17:26, 27 - 2) I Pedro 04:10 - 3) I Pedro 03:15 4) ...
• Comportamento
1) Lucas 12:15 - 2) I Coríntios 10:31 - 3) Tiago 04:07, 08 4) ...
• Promessa / Louvor
1) Salmos 46 - 2) Salmos 55:22 - 3) I Coríntios 10:13 4) ...
Anexo 2
Classes Avançadas
Amigo
2. Em consulta com o seu líder, escolher um dos seguintes personagens do Antigo Testamento e
conversar com seu grupo sobre o amor e cuidado de Deus e o livramento demonstrado na vida de
cada um.
• José
• Jonas
• Ester
• Rute
Anexo 19
Companheiro
2. Ler a primeira visão de Ellen White e discutir como Deus usa os profetas para apresentar Sua
mensagem à igreja (ver Primeiros Escritos, pág. 13-20).
Anexo 20
Pesquisador
Pioneiro
2. Apresentar dois estudos bíblicos a uma pessoa não batizada na Igreja Adventista.
Anexo 22
Excurcionista
2. Ler na Bíblia os livros de Provérbios, Habacuque, Isaias, Malaquias, Jeremias ou completar o ano
bíblico.
Anexo 23
3. Acompanhar, no mínimo duas horas, seu pastor ou primeiro ancião, observando o cumprimento
de seus deveres pastorais.
Anexo 24
Guia
2. Ler o livro “Caminho a Cristo” e escrever uma página sobre o efeito da leitura em sua vida.
Anexo 25
Anexos
Anexo 1
Decorar os livros do Antigo Testamento, e dividi-los em suas cinco áreas. Demonstrar habilidade
em encontrar qualquer um destes livros.
Pentateuco – Livros escritos por Moisés
Gênesis Levíticos Deuteronômio
Êxodo Números
Livros Poéticos
Jô Provérbios Cantares de Salomão
Salmos Eclesiastes
Profetas Maiores
Isaias Lamentações de Jeremias Daniel
Jeremias Ezequiel
Profetas Menores
Oséias Jonas Sofonias
Joel Miquéias Ageu
Amos Naum Zacarias
Obadias Habacuque Malaquias
Anexo 2
Decorar os livros do Novo Testamento, e dividi-los em suas quatro áreas. Demonstrar habilidade
em encontrar qualquer um destes livros.
Evangelhos
Mateus
Marcos
Lucas
João
Históricos
Atos dos Apóstolos
Cartas e Epístolas
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Proféticos
Apocalipse
Anexo 3
Anexo 4
Gemas Bíblicas
As gemas bíblicas são textos separados da bíblia que revelam em seu conteúdo verdades
fundamentais para a vida do cristão. Todos temos textos que nos confortam em momentos difíceis
de nossa vida, estes textos são gemas valiosas, tão preciosas como o mais puro brilhante.
Cada classe sugere 3 textos bíblicos a serem decorados em 7 áreas diferentes, no entanto, o
desbravador poderá escolher um texto que expresse a mesma verdade relacionada a respectiva área.
São elas:
• Grandes passagens
• Salvação
• Doutrina
• Oração
• Relacionamentos
• Comportamento
• Promessas/Louvor
Os métodos de memorização variam muito, pois, cada desbravador poderá escolher um texto
diferente. Lembre-se, que quem deve escolher o texto é o desbravador, principalmente pelo fato
deste texto ser uma referencia a ser lembrada quando em momentos difíceis na vida.
Acima de recitar as palavras de forma vazia e sem significado, procure fazer o desbravador entender
a mensagem expressa em cada verso.
Anexo 5
Salmo 23
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Salmo 23 (ou, pela numeração da Septuaginta, o Salmo 22) é atribuído ao Rei Davi, conforme a
tradição judaica, Davi teria escrito este Salmo quando estava cercado em um oásis, à noite, por
tropas de um rei inimigo, daí o Salmo inserir tamanha confiança na Providência Divina contra os
inimigos. Na tradição católica, o Salmo é rezado para afastar perigos e perseguições, sendo uma das
orações mais poderosas. Alguns especialistas judaicos afirmam que há elementos cabalísticos em
sua recitação em hebraico. É considerado o mais conhecido Salmo bíblico. Davi era o irmão mais
novo, entre os numerosos filhos de Jessé. O pai o designou como pastor. Davi, conforme relato
bíblico, (Livro de Samuel) quando possuído pelo Espírito Santo, matava as feras pra defender as
ovelhas do seu rebanho. Daí a forte referência pastoril em "O Senhor é meu Pastor".
Mas é mais que o "Salmo do Bom Pastor". Não só descreve o terno Pastor que guia seu rebanho ao
descanso e o alimenta "em lugares de delicados pastos; junto a águas de repouso" e protege-o dos
perigos do deserto, senão que ademais se esboça nele o retrato do amável Anfitrião que proporciona
alimento em abundância e solicita a atenção a seu convidado. O Salmo termina com uma confissão
de absoluta confiança em Deus, que guiará seu filho com amor por esta vida e recebê-lo-á como
convidado seu até o fim de seus dias.
O poema divide-se em três estrofes. As duas primeiras (vers 1-3, e 4) descrevem a amorosa
condução e a proteção do Pastor; a terça (vers 5 e 6) apresenta a hospitalidade proporcionada pelo
Anfitrião. No Salmo 23 não há eco algum de nacionalismo. Seu alcance é universal. Não há dúvida
de que as experiências de Davi como pastor nos escarpados cerrados da Judéia, e mais tarde, como
anfitrião real na opulência da corte de sua cidade capital, o prepararam para escrever este belíssimo
poema de lírica sagrada.
Com referência ao sobrescrito, ver Ed. 159; DTN 442, 443. 693
1.
Meu pastor.
Esta metáfora de Jeová como pastor e seu povo como as ovelhas, é comum na Bíblia. Aparece pela
primeira vez em Gen 48: 15, onde a frase que diz "que me mantém", se traduz do hebreu "meu
pastor” (ver Gen 49: 24). Esta figura também se encontra nos seguintes Salmos: 78: 52; 80: 1; 119:
176; nos profetas: Isa 40:11; Eze 34; Miq 7: 14, e no NT: Luc 15: 3-7; João 10: 1- 18; 21: 15-17;
Heb 13:20; 1 Ped 2: 25; 5: 4. Para compreender e apreciar a formosura e o sentido desta figura, um
deve conhecer o perigoso que é o deserto da Judéia, a vida íntima do pastor e de suas ovelhas e,
sobretudo, o carinho que os une durante as numerosas horas de solidão que passam juntos.
Nada me faltará.
Uma afirmação da plena confiança em Deus. Esta declaração é a nota tônica do salmo.
2. Delicados pastos.
Literalmente, "pastos de erva fresca e nova".
Águas de repouso.
Literalmente, "águas de lugares de repouso", isto é lugares de repouso onde há água, cerca de um
rio, um ribeiro, um poço ou um lago. Que quadro tão maravilhoso para descrever a graça de Deus!
(ver PP 438). O Bom Pastor conduz a suas ovelhas "junto a águas de repouso" a fim de que possam
preparar-se melhor para enfrentar as vicissitudes do caminho. Deus concede horas de refrigério a
seus filhos, para que estejam em melhores condições ao iniciar as duras batalhas da vida quotidiana.
3.
Confortará.
Sendas de justiça.
Os que conhecem o escabroso território de Judéia sabem quanto tempo se emprega e quantos danos
se sofrem ao cruzar essas mesetas de numerosas e profundas avariadas, se um se desviar do caminho
correto. Ainda que às vezes esse caminho não nos pareça fácil, se lho permitimos, Deus sempre
guiar-nos-á pelo bom caminho. Por amor de seu nome. Deus revela-nos seu caráter em sua maneira
de conduzir-nos (ver Exo. 33: 19; ver com. Sal. 31: 3).
Confortará. Heb. shub (ver com. Sal. 19: 7). Alma. Heb. néfesh ver com. Sal. 3: 2; 16: 10). 4.
5.
De meus inimigos.
Já que Deus é o anfitrião, os planos dos inimigos para prejudicar ao salmista terminarão na nada.
6.
A misericórdia.
Agora se personifica as bênçãos materiais e espirituais: elas seguem a Davi ao longo de toda sua
vida. Suas palavras mostram completa confiança na condução de Deus através de as vicissitudes
desta vida, e com alegria espera que esta condução seguirá no futuro.
Casa de Jehová.
O salmista está completamente seguro de que permanecerá como convidado na casa de Deus (ver
Sal. 15: 1; cf. Sal. 27: 4; 65: 4; 84: 4). Por longos dias. Literalmente, "para longitude de dias", ou
seja durante uma longa vida. Mas o fiel filho de Deus olha para além de sua comunhão com Deus
durante esta vida, e contempla a comunhão eterna que terá com o Senhor no mundo vindouro. O
salmo termina com uma nota de interminável alegria.
.
Salmo 46
Comentário Bíblico Adventista
INTRODUÇÃO
O Salmo 46 é chamado o "Salmo de Lutero", porque o grande reformador, que acostumava cantar
em momentos de angústia, o parafraseou em seu hino "Castelo forte" (Hinário adventista, 255). Este
salmo é um glorioso hino baseado no tema da segurança que o povo de Deus pode desfrutar no meio
da agitação dos povos. A fim de expressar este tema, muito apropriado para nossa época, o salmista
escolheu uma versificação regular, algo raro na poesia hebréia. As três estrofes, de longitude quase
igual, com seu estribilho e a palavra "Selah" devidamente colocada, apresentam quadros de
surpreendentes contrastes; águas turbulentas, montanhas que são removidas e um rio calmo; nações
agitadas e a terra que se dissolve ante a voz do Senhor; a desolação da guerra e Deus que reina em
paz sobre as nações. Após uma notável vitória em tempos de Josafat, os israelitas cantaram este
hino (ver PR 148-150). Os Salmos 46, 47 e 48 têm muitas idéias afines e é provável que se refiram a
uma mesma época. Do que diz PR 150 pode se deduzir que Davi escreveu o Salmo 46.
Diz-se que Oliverio Cromwell, premiê inglês, pediu que o povo cantasse este salmo. Disse: "Esse é
um salmo muito especial para um cristão. Deus é nosso amparo e fortaleza, nosso cedo auxilio nas
tribulações. Se o papa e os espanhóis e o diabo opõem-se-nos, no nome do Senhor destrui-los-emos.
O Senhor dos exércitos está conosco, o Deus de Jacob é nosso amparo". Em Paris os
revolucionários de 1848 cantaram o Salmo 46. Na Índia entoaram-no os britânicos acossados pelos
rebeldes cipayos. Bem poderia ser o hino do povo de Deus durante os crescentes perigos dos
últimos dias.
1.
Cedo auxilio.
A tradução literal de toda a frase é: "Achou-se uma ajuda extraordinária nas tribulações". Já que
Deus sempre ajudou, é digno de confiança ainda em situações angustiosas. Os vers. 1-3 compõem a
primeira estrofe, na qual se descreve a segurança do povo de Deus, ainda que se sacudam os
alicerces da terra.
2.
Por tanto.
Isto é, em vista do que Davi acaba de dizer (vers. 1). As convulsões da natureza, o terremoto que
lança montanhas ao mar, o rugir das ondas, o cataclismo de uma onda gigante - nenhum destes
fenômenos, como também não as comoções e revoluções do mundo político - devem perturbar ao
que confia em Deus. Ocorra o que ocorresse, Deus é um refúgio seguro.
3.
Selah.
Vocábulo que assinala o fim da primeira estrofe. Com referência ao possível significado de Selah,
ver pág. 635.
4.
Rio.
Uma formosa figura da proteção de Deus. Apresenta-se a calma serenidade em agudo contraste com
o mar embravecido do vers. 3. A segunda estrofe (vers. 4-7) descreve a paz que há na cidade de
Deus enquanto fora de seus muros tudo está em tumulto.
Correntes.
Quiçá os canais que levam a água do rio para regar hortos e jardins. Deus pródiga generosamente
sua proteção mediante inumeráveis canais. Os profetas apresentaram o quadro do que Jerusalém
poderia ter sido: uma cidade bem provida de água (Eze. 47: 1-5; Joel 3: 18; Zac. 14: 8). A nova
Jerusalém terá seu rio de água de vida (Apoc. 22: 1).
A cidade de Deus.
Jerusalém, onde se dizia que Deus tinha sua morada (ver Salmo 48: 1).
5.
Em meio.
Deus, como ajudador e protetor, está no meio da cidade (ver Isa. 12: 6).
Não será comovida.
Ver Salmo 15: 5; 16: 8.
Ao clarear a manhã.
À saída da alva. Exo. 14: 24; Lam. 3: 22, 23.
6.
Bramaron.
De um verbo hebreu que significa "fazer tumulto", "rugir", "estar inquieto", "gemer".
Derreteu-se a terra.
Linguagem vigorosa que descreve figuradamente o poder absoluto de Deus. A sucessão de frases
curtas, sem conjunções (figura literária telefonema asíndeton), faz mais viva a descrição.
7.
Jehová dos exércitos.
Ver com. Salmo 24: 10. O vers. 7 é o estribilho da segunda estrofe (ver vers. 11). A nota Tonica do
salmo encontra-se aqui.
Está conosco.
Cf. Salmo 23: 4.
Refúgio.
"Baluarte" (BJ), um lugar alto e seguro. O verbo do qual deriva esta palavra aparece em Salmo 20: 1
"defenda-te", ou seja, "ponha-te num lugar alto".
Selah. Ver vers. 3.
Juan Wesley, consolado por este versículo, enfrentou valentemente à morte. Durante toda a noite
antes de morrer se lhe escutou muitas vezes repetir esta promessa. Nossa Força não está em nós nem
nas alianças com o poder terrenal, senão em Deus. Em seu Comentário de Salmo 46: 3, 4, Calvino
sugere que ao empregar a metáfora das águas turbulentas em oposição às águas calmas, o profeta
desejava ensinar "aos fiéis de todas as épocas que a graça de Deus por si sozinha ser-lhes-ia
suficiente proteção, aparte da ajuda do mundo. De modo similar, o Espírito Santo ainda nos exorta e
anima a acariciar a mesma confiança . . . a fim de que conservemos a tranqüilidade no meio de
inquietudes e dificuldades . . . sempre que a mão de Deus esteja estendida para salvar-nos. Assim,
ainda que a ajuda de Deus nos chegue de modo secreto e suave, como ribeiros calmos, nos dá mais
tranqüilidade de mente que se todo o poder do mundo se tivesse reunido para nos socorrer".
8.
Vinde, vede.
A terça estrofe (vers. 8-11) descreve o poder de Deus manifestado em seu domínio sobre os
poderosos movimentos das nações, e o sublime de sua serena exaltação sobre eles.
9.
Faz cessar as guerras.
A forma do verbo hebreu indica ação continuada, isto é, algo que ele faz uma e outra vez. Carroças.
Heb. 'agalath, carroça de transporte e não carroça leviana de guerra (ver Gén. 45: 19; 46: 5; 1 Sam.
6: 7). Neste versículo apresenta-se o quadro de um campo de batalha semeado de armas avariadas e
veículos queimados. A vitória foi total.
10.
Estai quietos.
De um verbo que significa "desistir", "deixar calmo", "se entregar". Deus mesmo pronuncia estas
palavras sublimes. Tem-se parafraseado a primeira parte do versículo da seguinte maneira:
"Silêncio! Abandonai vosso tumulto, e reconhecei que eu sou Deus". A Versão Popular traduz bem
ao dizer: "Rendam-se! Reconheçam que eu sou Deus!" Costumamos falar demasiado e escutar
muito pouco. Nossa constante ocupação faz que nos falte a estabilidade cristã. Moisés passou 40
anos na terra de Midiã (Hech. 7: 29, 30); Paulo, 3 anos no deserto (Gál. 1: 17, 18; HAp 102-105), e
Jesus, 40 dias no deserto (Mat. 4: 1, 2). Preparavam-se assim para desempenhar as
responsabilidades do apelo divino.
Conhecei.
A humanidade conhece a Deus observando seus atos.
Serei exaltado.
Este é o tema do Salmo 47.
11.
Jehová dos exércitos.
Estribilho da terça estrofe (ver com. vers. 7).
Selah.
Ver com. vers. 3.
O Salmo 46 proporcionará especial consolo ao povo de Deus no tempo de angústia (ver CS 697).
Nessa hora terrível, quando um forte terremoto como nunca teve dantes, convulsione a terra; quando
o sol, a lua e as estrelas se saiam de suas órbitas; quando as montanhas se sacudam como juncos e as
rochas se espalhem por todos os lados; quando o mar embravecido se agite com fúria e toda a
superfície da terra se desfaça; quando as correntes de montanhas se afundem e as ilhas desapareçam
(Mat. 24: 29, 30; Luc. 21: 25, 26; CS 695; PE 34, 41), os santos encontrarão em Deus sua proteção.
Anexo 6
Dicas de livros para pesquisa: Parábolas de Jesus, Vida de Cristo, Jesus o Melhor Presente,
Andando por onde andou Jesus, todos da CPB.
Demonstrar seu conhecimento sobre eles através de uma das seguintes formas:
Sugestões:
Troca de Idéia com seu conselheiro:
Individual, onde o desbravador explanara seu entendimento sobre o assunto.
Redação.
Após um debate em sala sobre o assunto, em vez de conversar com cada um sobre o tema, O
desbravador fará uma redação sobre o tema. Na redação, deverá se ater principalmente a
compreensão sobre o assunto.
Anexo 7
Ler o evangelho de Mateus ou Marcos em qualquer tradução e decorar duas das seguintes
passagens:
a. As bem-aventuranças | Mateus 5:3-12
b. Oração do Senhor | Mateus 6:9-13
c. Volta de Cristo | Mateus 24:4-7, 11-14
d. Comissão Evangélica | Mateus 28:18-20
O desbravador deverá ler todo o livro de Marcos e Mateus, preferencialmente, deve-se escolher uma
versão atualizada, por ser mais simples o vocábulo. A leitura poderá fazer parte do ano bíblico,
portanto, para cumprir requisito, poderá sair da seqüência bíblica. Aconselha-se que o desbravador
comece o ano bíblico pelo novo testamento.
Quanto a passagem a ser decorada, é de livre escolha do desbravador.
Os Esboços poderão incentivar os desbravadores na leitura dos livros. Alguns poderão procurar na
leitura, encontrar a veracidade da leitura do esboço em sala de aula.
Mateus
Autor: Mateus
Data: Cerca de 50—75 DC
Autor
Embora este evangelho não identifique seu autor, a antiga tradição da igreja o atribui a Mateus, o
apóstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, além de seu nome e ocupação. A
tradição diz que, nos quinze anos após a ressurreição de Jesus, ele pregou na Palestina e depois
conduziu campanhas missionárias em outras nações.
Data
Evidências externas, como citações na literatura cristã do Séc I, testemunham desde cedo a
existência e o uso de Mt. Líderes da igreja do Séc. II e III geralmente concordavam que Mt foi o
primeiro Evangelho a ser escrito, e várias declarações em sues escritos indicam uma data entre 60 e
65 DC.
Conteúdo
O objetivo de Mt é evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em
cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mt em mostrar
Jesus como o cumprimento da lei. Cada divisão termina com uma fórmula como: “Concluindo Jesus
estes discursos...” (7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1).
No prólogo (1.1-2.23), Mt mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a
Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e
sublinha a importância dele para os gentios.
A primeira parte (caps. 3-7) contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as
pessoas devem viver no Reino de Deus.
A Segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instruções de Jesus a seus discípulos quando ele os enviou
para a viagem missionária.
A Terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete
parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana
necessária.
A Quarta parte ( 13.53-18.35) o principal discurso aborda a conduta dos crentes dentro da sociedade
cristã (cap 18).
A quinta Parte (19.1-25.46) narra a viagem final de Jesus a Jerusalém e revela seu conflito climático
com o judaísmo. Os caps. 24-25 contêm os ensinamentos de Jesus relacionados às últimas coisas. O
restante do Livro (26.1-28.20) detalha acontecimentos e ensinamentos relacionados à crucificação, à
ressurreição e à comissão do Senhor à Igreja. A não ser no início e no final do Evangelho, a
disposição de Mt não é cronológica e não estritamente biográfica, mas foi planejada para mostrar
que o Judaísmo encontra o cumprimento de suas esperanças em Jesus.
Cristo Revelado
Este Evangelho apresenta Jesus como o cumprimento de todas as expectativas e esperanças
messiânicas. Mt estrutura cuidadosamente suas narrativas para revelar Jesus como cumpridor de
profecias específicas. Portanto, ele impregna seu Evangelho tanto com citações quanto com alusões
ao AT, introduzindo muitas delas com a fórmula “para que se cumprisse”.
No Evangelho. Jesus normalmente faz alusão a si mesmo como o Filho do Homem, uma referência
velada ao seu caráter messiânico (Dn 7.13,14). O termo não somente permitiu a Jesus evitar mal-
entendidos comuns originados de títulos messiânicos populares, como lhe possibilitou interpretar
tanto sua missão de redenção (como em 17.12,22; 20.28; 26.24) quanto seu retorno na glória (como
em 13.41; 16.27; 19.28; 24.30,44; 26.64).
O uso do título “Filho de Deus” por Mt sublinha claramente a divindade de Jesus ( 1.23; 2.15; 3.17;
16.16). Como o Filho, Jesus tem um relacionamento direto e sem mediação com o Pai (11.27).
Mt apresenta Jesus como o Senhor e Mestre da igreja, a nova comunidade, que é chamada a viver
nova ética do Reino dos céus. Jesus declara: “a igreja” como seu instrumento selecionado para
cumprir os objetivos de Deus na Terra (16.18; 18.15-20). O Evangelho de Mt pode ter servido como
manual de ensino para a igreja antiga, incluindo a surpreendente Grande Comissão (28.12-20), que é
a garantia da presença viva de Jesus.
O Espírito Santo em Ação
A atividade do ES é evidente em cada fase e ministério de Jesus. Foi por meio do poder do Espírito
que Jesus foi concebido no ventre de Maria (1.18-20).
Antes de Jesus começar seu ministério público, ele foi tomado pelo Espírito de Deus (3.16) e foi
conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo como preparação adicional a seu papel messiânico
(4.1). O poder do Espírito habilitou Jesus a curar (12.15-21 e a expulsar demônios (12.28).
Da mesma forma que João imergia seus seguidores na água, Jesus imergirá seus seguidores no ES
(3.11). Em 7.21-23, encontramos uma advertência dirigida contra os falsos carismáticos, aqueles
que na igreja, profetizam, expulsam demônios e fazem milagres, mas não fazem a vontade do Pai.
Presumivelmente, o mesmo ES que inspira atividades carismáticas também deve permitir que as
pessoas da igreja façam a vontade de Deus (7.21)
Jesus declarou que suas obras eram feitas sob o poder do ES, evidenciando que o Reino de Deus
havia chegado e que o poder de satanás estava sendo derrotado. Portanto, atribuir o ES ao diabo era
cometer um pecado imperdoável (12.28-32).
Em 12.28, o ES está ligado ao exorcismo de Jesus e à presente realidade do Reino de Deus, não
apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discípulos) também praticavam
exorcismo (12.27). Mas precisamente, o ES está executando um novo acontecimento com o Messias
—”é chegado a vós o Reino de Deus” (v.28).
Finalmente, o ES é encontrado na Grande Comissão (28.16-20). Os discípulos são ordenados a ir e a
fazer discípulos de todas as nações, “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do ES” (v.19). Isto é,
eles deveriam batizá-los “no/com referência ao “ nome— ou autoridade– do Deus Triúno. Em sua
obediência a esta missão, os discípulos de Jesus têm garantido sua constante presença com eles.
Esboço de Mateus
Prólogo: Genealogia e narrativa da infância 1.1-2.23
Genealogia de Jesus 1.1-17
O nascimento 1.18-25
A adoração dos magos 2.1-12
Fuga para o Egito e matança nos inocentes, a volta para Israel 2.13-13
I. Parte um: Proclamação do Reino dos Céus 3.1-7.29
Narrativa: Início do Ministério de Jesus 3.1-7.29
Discurso: O Sermão da Montanha 5.1-7.29
II. Parte Dois: O ministério de Jesus na Galiléia 8.1-11.1
Narrativa: Histórias dos dez milagres 8.1-11.1
Discurso: Missão e martírio 9.35-11.1
III. Parte Três: Histórias e parábolas em meio a controvérsias 11.2-13.52
Narrativa: Controvérsia que se intensificam 11.2-12.50
Discurso: Parábolas do Reino 13.1-52
IV. Parte Quatro: Narrativa, controvérsia e discurso 13.53-17.27
Narrativa: Vários episódios precedentes à jornada final de Jesus em Jerusalém 13.53-17.27
Discurso: Ensino sobre a igreja 18.1-35
V. Parte Cinco: Jesus na Judéia e em Jerusalém 19.1-25.46
Narrativa: A jornada final de Jesus e a instauração do conflito 19.1-23.39
Discurso: Os ensinos escatológicos de Jesus 24.1-25.46
A narrativa da Paixão 26.1-27.66
A narrativa da ressurreição 28.1-20
Marcos
Autor: Marcos
Data: Cerca de 65—70 DC
Autor
Mesmo que o Evangelho de Mc seja anônimo, a antiga tradição é unânime em dizer que o autor foi
João Marcos, seguidor próximo de Pedro ( 1Pe 5.13) e companheiro de Paulo e Barnabé em sua
primeira viagem missionária. O mais antigo testemunho da autoria de Mc tem origem em Papias,
bispo da Igreja em Hierápolis (cerca de 135-140 DC), testemunho que é preservado na História
Eclesiástica de Eusébio. Papias descreve Marcos como “interprete de Pedro”. Embora a igreja
antiga tenha tomado cuidado em manter a autoria apostólica direta dos Evangelhos, os pais da igreja
atribuíram coerentemente este Evangelho a Marcos, que não era um apóstolo.
Data
Os fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Mc foi escrito depois da morte de Pedro, que
aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero por volta de 67 DC. O Evangelho em si,
especialmente o cap. 13, indica ter sido escrito antes da destruição do Templo em 70 DC. A maior
parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 DC.
Contexto Histórico
Em 64 DC, Nero acusou a comunidade cristã de colocar fogo na cidade de Roma, e por esse motivo
instigou uma temerosa perseguição na qual Paulo e Pedro morreram. Em meio a uma igreja
perseguida, vivendo constantemente sob ameaça de morte, o evangelista Marcos escreveu suas
“boas novas”. Está claro que ele quer que seus leitores tomem a vida e exemplo de Jesus como
modelo de coragem e força. O que era verdade para Jesus deveria ser para os apóstolos e discípulos
de todas as idades. No centro do Evangelho há pronunciamentos explícitos de “que importava que o
Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos
sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria” (8.31) Esse
pronunciamento de sofrimento e morte é repetido (9.31; 10.32-34), mas torna-se uma norma para o
comprometimento do discipulado: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a
sua cruz e siga-me” (8.34). Marcos guia seus leitores à cruz de Jesus, onde eles podem descobrir o
significado e esperança em seu sofrimento.
Conteúdo
Mc estrutura seu Evangelho em torno de vários movimentos geográficos de Jesus, que chega ao
clímax com sua morte e ressurreição subseqüente. Após a introdução (1.1-13), Mc narra o
ministério público de Jesus na Galiléia (1.14-9.50) e Judéia (caps 10-13), culminando na paixão e
ressurreição (caps 14-16). O Evangelho pode ser visto como duas metades unidas pela confissão de
Pedro de que Jesus era o Messias (8.17-30) e pelo primeiro anúncio de Jesus e sua crucificação
(8.31).
Mc é o menor dos Evangelhos, e não contém nenhuma genealogia e explicação do nascimento e
antigo ministério de Jesus na Judéia. É o evangelho da ação, movendo-se rapidamente de uma cena
para outra. O Evangelho de João é um retrato estudado do Senhor, Mt e Lc apresentam o que
poderia ser descrito como uma série de imagens coloridas, enquanto que Mc é como um filme da
vida de Jesus. Ele destaca as atividades dos registros mediante o uso da palavra grega “euteos” que
costuma ser traduzia por “imediatamente”. A palavra ocorre quarenta e duas vezes, mais do que em
todo o resto do NT. O uso freqüente do imperfeito por Mc denotando ação contínua, também torna a
narrativa rápida.
Mc também é o Evangelho da vivacidade. Frases gráficas e surpreendentes ocorrem com freqüência
para permitir que o leitor reproduza mentalmente a cena descrita. Os olhares e gestos de Jesus
recebem atenção fora do comum. Existem muitos latinismos no Evangelho (4.21; 12.14; 6.27;
15.39). Mc enfatiza pouco a lei e os costumes judaicos, e sempre os interpreta para o leitor quando
os menciona. Essa característica tende a apoiar a tradição de que Mc escreveu para uma audiência
romana e gentílica.
De muitas formas, ele enfatiza a Paixão de Jesus de modo que se torna a escala pela qual todo o
ministério pode ser medido: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”(10.45). Todo o ministério de Jesus (milagres,
comunhão com os pecadores, escolha de discípulos, ensinamentos sobre o reino de Deus, etc.) está
inserido no contexto do amor oferecido pelo Filho de Deus, que tem seu clímax na cruz e
ressurreição.
Cristo Revelado
Esse livro não é uma biografia, mas uma história concisa da redenção obtida mediante o trabalho
expiatório de Cristo. Mc demonstra as reivindicações messiânicas de Jesus enfatizando sua
autoridade com o Mestre (1.22) e sua autoridade sobre satanás e os espíritos malignos (1.27;
3.19-30), o pecado (2.1-12), o sábado (2.27-28; 3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doença
(5.21-34), a morte (5.35-43), as tradições legalistas (7.1-13,14-20), e o templo (11.15-18).
Título de abertura do trabalho de Mc, “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de
Deus” (1.1), fornece sua tese central em relação à identidade de Jesus como o filho de Deus. Tanto o
batismo quanto a transfiguração testemunham sua qualidade de filho (1.11; 9.7). Em duas ocasiões,
os espíritos imundos o reconhecem como Filho de Deus (3.11; 5.7). A parábola dos lavradores
malvados (12.6) faz alusão à qualidade de filho divino de Jesus (12.6). Por fim, a narrativa da
crucificação termina com a confissão do centurião: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de
Deus.” (15.39)
O titulo que Jesus usava com mais freqüência para si próprio, num total de catorze vezes em
Marcos, é “Filho do Homem”. Como designação para o Messias, este termo (ver Dn 7.13) não era
tão popular entre os Judeus como o título “Filho do Homem” para revelar e para esconder seu
messianismo e relacionar-se tanto com Deus quanto com o homem.
Mc, atentando para o discipulado, sugere que os discípulos de Jesus deveriam ter um discernimento
amplo ao mistério de sua identidade. Mesmo apesar de muitas pessoas interpretarem mal sua pessoa
e missão, enquanto os demônios confessam sua qualidade de filho de Deus, os discípulos de Jesus
precisam ver além de sua missão, aceitar sua cruz e segui-lo. A segunda vinda do Filho do Homem
revelará totalmente seu poder e glória.
O Espírito Santo em Ação
Junto com os outros escritores do Evangelho, Mc recorda a profecia de João Batista de que Jesus
“vos batizará com o ES” (1.8), Os crentes seriam totalmente imersos no Espírito, como os
seguidores de João o eram nas águas.
O ES desceu sobre Jesus em seu batismo (1.10), habilitando-o para seu trabalho messiânico de
cumprimento da profecia de Isaías (Is 42.1; 48.16; 61.1-2). A narrativa do ministério subseqüente de
Cristo testemunha o fato de que seus milagres e ensinamentos resultaram da unção do ES.
Mc declara graficamente que “o Espírito o impeliu para o deserto” (1.12) para que fosse tentado,
sugerindo a urgência por encontrar e vencer as tentações de Satanás, que queria corrompê-lo antes
que ele embarcasse em uma missão de destruir o poder do inimigo nos outros.
O pecado contra o ES é colocado em contraste com “todos os pecados” (3.28), pois esses pecados e
blasfêmias podem ser perdoados. O contexto define o significado dessa verdade assustadora. Os
escribas blasfemaram contra o ES ao atribuírem a satanás a expulsão dos demônios. Que Jesus
realizava pela ação do ES (3.22). Sua visão prejudicada tornou-os incapazes do verdadeiro
discernimento. A explicação de Mc confirma o motivo de Jesus ter feito essa grave declaração
(3.30).
Jesus também refere à inspiração do AT pelo ES (12.36). Um grande estímulo aos cristãos que
enfrentam a hostilidade de autoridades injustas é a garantia do Senhor de que o ES falará através
deles quando testemunharem de Cristo (13.11).
Além das referências explícitas ao ES, Mc emprega palavras associadas com o dom do Espírito,
como poder, autoridade, profeta, cura, imposição de mãos, Messias e Reino.
Esboço de Marcos
Introdução 1.1-13
Declaração sumária 1.1
Cumprimento da profecia do AT 1.2-3
O ministério de João Batista 1.4-8
O batismo de Jesus 1.9-11
A tentação de Jesus 1.12-13
I. O Ministério de Jesus na Galiléia 1.14-9.50
Princípio: Sucesso e conflito iniciais 1.14-3.6
Etapas posteriores: Aumento de popularidade e oposição 3.7-6.13
Ministério fora da Galiléia 6.14-8.26
Ministério no caminho para a Judéia 8.26-9.50
II. O Ministério de Jesus na Judéia 10.1-16.20
Ministério na Transjordânia 10.1-52
Ministério em Jerusalém 11.1-13.37
A Paixão 14.1-15.47
A ressurreição 16.1-20
Explicação: Verdades bíblicas foram reveladas a pessoas de épocas e localidades diferentes. Estas
pessoas, as quais escreveram a bíblia, escreveram estas verdades pela visão que tinham sobre a vida,
de forma que a mesma verdade foi escrita de forma diferente, mas, expressando o mesmo conteúdo.
A bíblia concorda consigo mesmo. Quando um texto discorda de outro, com certeza é erro da
interpretação da pessoa, não da bíblia, pois o Espírito de Deus, que inspirou homens a escreve-la,
não Se contradiz.
Ex: Digamos que na esquina de uma grande avenida, encontra-se um advogado, um médico, um
pedreiro e uma criança. Todos, olhando para a mesma direção presenciam um acidente de veículo.
Como você acha que cada um descreveria o acidente?
Da mesma forma os escritores bíblicos descreveram as verdades que lhe foram reveladas.
Há outros tipos de concordâncias encontradas em algumas bíblias, entre elas, concordância
temática, concordância de palavras, etc.
Anexo 9
Ler os Evangelhos de Lucas e João em qualquer tradução. Discutir no seu grupo três das seguintes
passagens:
a. Lucas 4:19-26 | Leitura das Escrituras
b. Lucas 11:9-13 | Pedir, buscar, bater
c. Lucas 21:25-28 | Sinais da Segunda Vinda
d. João 13:12-17 | Humildade
e. João 14:1-3 | A promessa do Senhor
f. João 15:5-8 | A Videira e os Ramos
O desbravador deverá ler todo o livro de Lucas e João, preferencialmente, deve-se escolher uma
versão atualizada, por ser mais simples o vocábulo. A leitura poderá fazer parte do ano bíblico,
portanto, para cumprir requisito, poderá sair da seqüência bíblica. Aconselha-se que o desbravador
comece o ano bíblico pelo novo testamento.
Para a discussão em grupo, você instrutor, devera estar preparado para todos os textos. Dê uma lida
em materiais relacionados antecipadamente.
Esboço
Lucas
Autor: Lucas
Data: Cerca de 59—75 DC
Autor
Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa
escreveu Lucas e Atos. “ O primeiro tratado” At 1.1 é, então provavelmente , uma referência ao
terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar
ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição
de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de
Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista,
não há motivos para contestar a autoria de Lucas.
Data
Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio
relato datam Lc por volta do ano 70 DC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes
de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63
DC. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At
27.1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigações que ele
menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lc pode ser datado por volta de 59-60
DC, mas no máximo até 75 DC.
Conteúdo
Uma característica distinta do Evangelho de Lc é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã.
Do cântico de Simeão, louvando Jesus como “luz... Para as nações” (2.32) ao comissionamento do
Senhor ressuscitado para que se “pregasse em todas as nações” (24.47), Lc realça o fato de que
Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.
A fim de sustentar esse tema, Lc omite muito material que é estritamente de caráter judaico. Por
exemplo, ele não inclui o pronunciamento de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23),
nem a discussão sobre a tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lc também exclui os
ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com
a lei (mt 5.21-48; 6.1-8, 16-18). Lc também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem
de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5).
Por outro lado, Lc inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele enquadra o
nascimento de Jesus em um contexto romano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem
significado para todas as pessoas. Ele enfatiza ainda, as raízes judaicas de Jesus. De todos os
escritores dos Evangelhos só ele registra a circuncisão e dedicação de Jesus (2.21-24), bem como
sua visita ao Templo quando menino (2.41-52). Somente ele relata o nascimento e a infância de
Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os
fiéis restantes “esperando a consolação de Israel” (2.25). Por todo o Evangelho, Lc deixa claro que
Jesus é o cumprimento das esperanças do AT relacionadas à salvação.
Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19.10, que declara que Jesus “veio buscar e salvar o que
se havia perdido”. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui
material não encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); a
parábola do fariseu e o publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão do ladrão na
cruz (23.39-43).
Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres
(1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10).
Este evangelho tem mais referências à oração do que os outros evangelhos. Lc enfatiza
especialmente a vida de oração de Jesus registrando sete ocasiões em que Jesus orou que não são
encontrados em mais nenhum outro lugar (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lc tem as
lições do Senhor sobre a oração ensinada nas parábolas do amigo importuno (18.9-14). Além disso,
o evangelho é abundante em notas de louvor e ação de graças ( 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32;
5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43)
Cristo Revelado
Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc dá os seguintes testemunhos sobre ele:
Jesus é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (4.24; 7.16,39; 919; 24.19)
Jesus é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título “Filho do Homem” é
encontrado 26 vezes no evangelho.
Jesus é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o cuidado de
definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, por excelência, o Servo que se dispõe firmemente a
ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31.51). Jesus é o filho de Davi (20.41-44), o Filho do Homem
(5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19, que foi contado com os transgressores (22.37).
Jesus é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como “Senhor” dezoito vezes em seu evangelho.
Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados.
O Espírito Santo em Ação
Há dezesseis referências explicitas ao ES, ressaltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no
ministério continuo da igreja.
Em primeiro lugar: a ação do ES é vista na vida de várias pessoas fiéis, relacionadas ao nascimento
de João Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu ministério
sob a unção do ES (1.15). O mesmo Espírito capacitou Jesus para cumprir seu ministério.
Em segundo lugar: O ES capacita Jesus para cumprir seu ministério—o Messias ungido pelo ES.
Nos caps 3-4, há cinco referencias ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) O Espírito desce
sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser
tentado (4.1); 3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo
(4.14) 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem messiânica: “O Espírito do Senhor está sobre
mim...”(4.18; Is 61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu
ministério carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério de poder e
compaixão.
Em terceiro lugar: O ES, através de oração de petição leva a cabo o ministério messiânico. Em
momentos críticos daquele ministério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial
(3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que foi eficaz através de orações de Jesus dará poder as
orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério poderoso
deles através da igreja (24.48.49).
Em quarto lugar: O ES espalha alegria tanto a Jesus como à nova comunidade. Cinco palavras
gregas denotando alegria ou exultação são usadas duas vezes com mais freqüência tanto Lc como
Mt ou Mc. Quando os discípulos voltam com alegria de sua missão (10.17), “Naquela mesma hora,
se alegrou Jesus no ES e disse...” (10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito
prometido (24.49), “adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre
no templo, louvando e bendizendo a DEUS” (24.52-53)
Esboço de Lucas
I. Prólogo 1.1-4
II. A narrativa da infância 1.5-2.52
Anúncio do nascimento de João Batista 1.5-25
Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
O nascimento de João Batista 1.57-80
O nascimento de Jesus 2.1-40
O menino Jesus no templo 2.41-52
III. Preparação para o ministério público 3.1-4.13
O ministério de João Batista 3.1-20
O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13
IV. O ministério galileu 4.14-9.50
Em Nazaré e Carfanaum 4.14-44
Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28
VI. O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48
História de controvérsias 20.1-21.4
Discurso escatológico 21.5-38
VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1-24.53
A refeição de Páscoa 22.1-38
A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
A ressurreição e a ascensão 24.1.53
Anexo 10
Utilizando a passagem escolhida, mostrar sua compreensão de como Jesus salva as pessoas usando
um dos seguintes métodos:
a. Conversar em grupo com a participação de seu líder.
b. Apresentar uma mensagem em uma reunião do clube.
c. Fazer uma série de cartazes ou uma maquete.
d. Escrever uma poesia ou hino.
O Desbravador deverá escolher uma das passagens e estudar a narrativa da vida de cada
personagem. Independente de qual a escolhida, todas mostram que Jesus estava sempre pronto a
auxiliar quem quer que seja, desde uma pessoa da alta sociedade, quanto a um considerado como
malfeitor e traidor do povo.
Conversará com o líder do clube sobre o texto escolhido. Se seu clube não tiver um líder investido,
poderá conversar com o Diretor do clube.
A partir daí, deverá cumprir o requisito de uma das formas citadas no cartão. Deixe ele escolher
qual será a mais fácil para ele.
a. Conversar em grupo com a participação de seu líder.
Promova um debate em grupo, explore o que cada um entendeu, coloque situações diferentes e cite
ocasiões dos dias de hoje, formas praticas que eles poderão por em pratica o que aprenderam.
Anexo 11
O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré,
tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os
cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tais, referem-se a ele como Jesus Cristo. Com cerca
de 2,1 bilhões de adeptos (segundo dados de 2001), o cristianismo é hoje a maior religião mundial.
É a religião predominante na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania e em grande
parte de África.
O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos
sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo
Testamento. À semelhança do judaísmo e do islã, o cristianismo é considerado como uma religião
abraâmica.
Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos"
em Antioquia (Atos 11:26).
Principais crenças
Embora existam diferenças entre os cristãos sobre a forma como interpretam certos aspectos da sua
religião, é também possível apresentar um conjunto de crenças que são partilhadas pela maioria
deles.
Monoteísmo
O cristianismo herdou do judaísmo a crença na existência de um único Deus, criador do universo e
que pode intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a onipotência, a
onipresença e onisciência.
Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido várias vezes ao longo do Novo Testamento,
é o amor: Deus ama todas as pessoas e estas podem estabelecer uma relação pessoal com ele através
da oração.
A maioria das denominações cristãs professam crê na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um
ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo.
A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo Judaico visto que no judaísmo não
existem três pessoas da Divindade, apenas um único Deus que viria na forma de homem sendo este
o Messias "Deus em forma humana". Essa doutrina foi criada no Concílio de Nicéia no ano de 325
D.C pela igreja católica Romana. Existem ainda outras denominações que crêem em duas pessoas
da Divindade o Pai que deve ser adorado e o Filho que não tem nenhum direito na Divindade em
adoração.
Jesus
Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos
reconhecem a importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a
Deus e o amor ao próximo, e consideram a sua vida como um exemplo a seguir. Acreditam que ele
é o Filho de Deus que veio à Terra libertar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz
e da sua ressurreição, embora variem entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se
dará. Para a maioria dos cristãos, Jesus é completamente divino e completamente humano.
A salvação
Acreditam os cristãos que unicamente pela fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a
salvação e a vida eterna. Julgam que em conseqüência desta fé, sua forma de viver muda, passando
a viver em conformidade com os ensinos de Jesus. Precisam viver de acordo com o que crêem,
sendo seu viver um testemunho vivo de sua crença.
A condição da vida depois da morte
A condição do ser depois da morte é um ponto divergente entre as doutrinas dos cristãos.
Muitas denominações acreditam na vida após a morte. Aonde a alma do homem iria assim que
morresse. A crença no céu e no inferno vistos como eternos, seriam os lugares onde as almas
permaneceriam até o cumprimento da volta de Cristo. A Igreja Católica considera que para além
destas duas realidades existe o purgatório, um local de purificação onde ficam as almas que
morreram em estado de graça, mas que cometeram pecados.
No entanto, algumas denominações crêem que após a morte o homem permanece em um estado de
sono eterno (primeira morte). E que, por ocasião da volta de Cristo, momento do grande julgamento
da raça humana, acordariam deste sono, sendo então condenados ou salvos.
A Igreja
Os cristãos acreditam na Igreja, entendida como a comunidade de todos os cristãos e como corpo
místico de Cristo presente na Terra e sua continuidade.
Diferenças nas crenças
O Credo de Nicéia
O Credo de Nicéia, formulado nos concílios de Nicéia e Constantinopla, foi ratificado como credo
universal da Cristandade no Concílio de Éfeso de 431. Os cristãos ortodoxos orientais não incluem
no credo a cláusula filioque, que foi acrescentada pela Igreja Católica Romana mais tarde.
As crenças principais declaradas no Credo de Nicéia são:
A crença na Trindade;
Jesus foi simultaneamente divino e humano;
A salvação é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;
Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificado, ressuscitou, ascendeu ao céu e virá de
novo à Terra;
A remissão dos pecados é possível através do batismo;
Os mortos ressuscitarão.
Na altura em que foi formulado, o Credo de Nicéia procurou lidar diretamente com crenças que
seriam consideradas heréticas, como o arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma
substância, ou o gnosticismo.
A maior parte das igrejas protestantes partilha com a Igreja Católica a crença no Credo de Nicéia.
Outros textos considerados sagrados
Alguns cristãos consideram que determinados escritos, para além dos que fazem parte da Bíblia,
foram divinamente inspirados. Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
atribuem a três livros a qualidade de terem sido inspirados por Deus; esses livros são o Livro de
Mórmon, a Doutrina e Convénios e a Pérola de Grande Valor. Para os Adventistas do Sétimo Dia os
escritos de Ellen G. White são uma manifestação profética que, contudo não se encontra ao mesmo
nível que a Bíblia.
Origem
Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar
o Reino de Israel. Na Palestina, por volta de 26 d.C., Jesus Cristo, nascido na cidade de Belém na
Galiléia começou a pregar uma nova doutrina e atrair seguidores, sendo aclamado por alguns como
o Messias. Jesus foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Foi condenado por
blasfêmia e executado pelos Romanos como um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura
oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados, pelos líderes religiosos judeus, e,
mais tarde, pelo Estado Romano.
Com a morte de Jesus, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa
comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta
comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha do pão" em memória da última
refeição tomada por Jesus e administrava o batismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os
apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião inclusive aos que
eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da
Etiópia é batizado, bem como o centurião Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela
primeira vez os pagãos e passam a ser conhecidos como cristãos.
Paulo de Tarso não se contava entre os apóstolos originais, ele era um judeu fariseu que perseguiu
inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus
maiores, senão o maior missionário depois de Jesus Cristo. Boa parte do Novo Testamento foi
escrita ou por ele (as epístolas) ou por seus cooperadores (o evangelho de Lucas e os atos dos
apóstolos). Paulo afirmou que a salvação dependia da fé em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez três
grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e judeus da Ásia Menor e de
vários pontos da Europa, entre eles Roma.
Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os
oriundos do judaísmo gerava por vezes conflitos. Alguns dos últimos permaneciam fiéis às
restrições alimentares e recusavam-se a se sentarem à mesa com os primeiros. Na Assembléia de
Jerusalém, em 48, decide-se que os cristãos ex-pagãos não serão sujeitos à circuncisão, mas para se
sentarem à mesa com os cristãos de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou
carne sacrificada aos ídolos. Consagra-se assim a primeira ruptura com o judaísmo.
Denominações
No cristianismo existem numerosas tradições e denominações, que refletem diferenças doutrinais
por vezes relacionadas com a cultura e os diferentes contextos locais em que estas se
desenvolveram. Segundo a edição de 2001 da World Cristã Encyclopedia existem 33 830
denominações cristãs. Desde a Reforma o cristianismo é dividido em três grandes ramos:
Catolicismo romano: composto pela Igreja Católica e que hoje congrega o maior número de fiéis;
Ortodoxia: originária da primeira grande cisma cristã é constituída por duas grandes igrejas
ortodoxas - a grega e a russa - que apresentam algumas diferenças entre si, nomeadamente a língua
usada na liturgia. Há ainda um terceiro ramo, a igreja de rito Copta, que surgiu no Norte de África;
Protestantismo: originária da segunda grande cisma cristã (Reforma Protestante), no século XVI, e
engloba grande número de movimentos e igrejas distintos. Atualmente o movimento protestante está
dividido em três vertentes:
Igrejas Históricas: resultado direto da reforma protestante. Destaca-se nesta vertente os luteranos,
anglicanos, presbiterianos, metodistas e batistas.
Igrejas Pentecostais: originárias em movimentos do início do século XX é baseado na crença na
presença do Espírito Santo na vida do crente através de sinais, denominados por estes como dons do
Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas (glossolalia), curas, milagres, visões etc.
Destacam-se nesta vertente a Igreja Assembléia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular.
Igrejas Neopentecostais: originárias na segunda metade do século XX de dissidências das igrejas
pentecostais. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica
Renascer em Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa
Terra, Igreja Evangélica Cristo Vive, Missão Cristã Pentecostal e Igreja Pentecostal de Nova Vida.
Além desses três ramos majoritários, ainda existem outros segmentos minoritários do Cristianismo.
Em geral se enquadram em uma das seguintes categorias:
Para-protestantismo: são doutrinas surgidas após a Reforma Protestante cujas bases derrogam as de
todas as outras tradições cristãs, basicamente tendo como ponto em comum apenas a crença em
Jesus Cristo. A maioria deles não se considera propriamente "protestante". Nesta categoria estão
enquadrados os Mórmons, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová, entre
outras denominações.
Cristianismo primitivo: são as igrejas cujas bases são anteriores ao estabelecimento do catolicismo e
da ortodoxia. É o caso das igrejas não-calcedonianas e da Igreja Assíria do Oriente (Nestoriana).
Cristianismo esotérico: é a parte mística do Cristianismo, e compreende as escolas cristãs de
mistérios. A este ramo pertence o Gnosticismo e o Rosacrucianismo.
Espiritismo: para uma parte dos seus seguidores no Brasil o movimento espírita inspirado em
Kardec, também denominado de kardecismo, é abordado como uma nova forma de cristianismo.
Inclusive, um dos seus livros fundantes é denominado de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse
livro apresenta uma reinterpretação de aspectos da filosofia e moral cristã. Outros dos seguidores do
espiritismo não aceitam esta relação e consideram que o espiritismo é efetivamente uma nova
religião.
Formas de culto
As formas de culto do cristianismo envolvem a oração, a leitura de passagens da Bíblia, o canto de
hinos, a cerimônia da eucaristia e a audição de um sermão ditado pelo sacerdote ou ministro. A
maioria das denominações cristãs considera o Domingo como dia dedicado ao culto, em
comemoração da ressurreição de Cristo ocorrida nesse dia. Outras prevalecem observando o sábado
como dia sagrado, em obediência aos dez mandamentos dados por Deus no monte Sinai, por ocasião
da saída do povo de Israel do Egito. É um dia dedicado ao descanso, no qual os cristãos reúnem-se
para o culto, embora a devoção e oração individual em qualquer outro dia da semana sejam também
valorizadas no cristianismo.
Os católicos e os ortodoxos interpretam as formas de culto cristãs em termos de sete sacramentos,
considerados como graças divinas:
Batismo
Eucaristia
Matrimonio
Confirmação ou crisma
Penitência
Extrema unção ou Unção dos enfermos
Ordem
De uma forma geral os protestantes mantêm dois sacramentos: o batismo e a eucaristia.
Símbolos
O Bom Pastor, mausoléu de Galla Placidia, Ravena, Itália. Início do século V d.C..
O símbolo mais reconhecido do cristianismo é sem dúvida a cruz, que pode apresentar uma grande
variedade de formas de acordo com a denominação: crucifixo para os católicos, a cruz de oito
braços para os ortodoxos e uma simples cruz para os protestantes.
Outro símbolo cristão, que remonta aos começos da religião, é o Ichthys ou peixe estilizado (a
palavra Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrônimo de Iesus Christus Theou
Yicus Soter, "Jesus Cristo filho de Deus Salvador"). Outros símbolos do cristianismo primitivo, por
vezes ainda utilizados, eram o Alfa e o Omega (primeira e última letras do alfabeto grego, em
referência ao fato de Cristo ser o princípio e o fim de todas as coisas), a âncora (representando a
salvação da alma chegada ao bom porto) e o "Bom Pastor", a representação de Cristo como um
pastor com as suas ovelhas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo#Formas_de_culto
1. Todo crente verdadeiro é um discípulo de Cristo. Quando Cristo deu a Grande Comissão, Mt
28.19-20, era para que seus discípulos fossem por todo o mundo e pregando a Palavra de Deus e
fazendo discípulos. Vejam o que o Senhor nos disse: "19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar
todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos”.
2. A palavra "discípulo", é usada como sinônimo de crente, de cristão, em todo o livro de Atos. Ver
a) At 6.2, "E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós
deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas".
b) At 11.26, “e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se
naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram
chamados cristãos."
Qualquer distinção que se estabeleça entre estas duas palavras é puramente artificial.
3. Quando Jesus chamou seus discípulos, os instruir claramente sobre o custo de seguí-lo. Pessoas
de coração dividido, dúbio, que não estavam dispostas a comprometer-se com Ele, não o seguiam.
Um dos exemplos de alguém assim está no "Moço Rico", Mt 19.16ss.
VS. 32-33
"32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de
meu Pai, que está nos céus. 33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei
diante de meu Pai, que está nos céus".
a) Com os lábios, Rm 10.9, "Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo". Através do uso da fala, da
linguagem. Isso sé tem valor, se expressarmos os sentimentos do coração.
b) Com o nosso testemunho, Tt 1.16, "Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o
negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra". Dependendo de nosso
procedimento no mundo, estaremos confessando, ou negando a Cristo.
3. Esta confissão a Cristo, deve ser "diante dos homens". Isto equivale a dizer que a confissão é o
meio pelo qual evangelizamos, pregamos a Palavra do Senhor. Outros virão a Jesus através de nossa
confissão, Rm 10.10, "pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação". Se o coração crê de verdade, a boca estará ansiosa para falar de Cristo, 1 Jo 1.1-2,
"1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que
contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida 2 (pois a vida foi
manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava
com o Pai, e a nós foi manifestada)".
4. Esta confissão indica a nossa permanência em Deus e a permanência de Deus em nós, 1 Jo 4.15,
"Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus". A
confissão de coração, acerca de Jesus, como Filho de Deus, confirma e evidencia a nossa comunhão
mística com Deus.
5. Esta confissão determinará a confissão que Cristo fará de nós no dia do Juízo Final: "Portanto,
todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus", Vs. 32. Cristo certamente dirá: "Este pertence a mim". Ele confirmará sua lealdade
para aqueles que foram leais para com Ele. Porém, temos o outro lado da moeda, Vs. 33, "Mas
qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos
céus". Aqueles que o negam, o rejeitam e dele blasfemam, certamente sofrerão a justa punição, Mt
25.31-46.
VS. 34-37
"34 Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. 35 Porque eu vim pôr
em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; 36 e assim
os inimigos do homem serão os da sua própria casa.37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a
mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim".
1. A segunda marca do verdadeiro discípulo de Cristo, é que ele ama a Cristo mais do que ama a sua
própria família, Vs. 37. Este Vs. 37, é enfático. Isto quer dizer que ser for preciso negar a um pai; é
melhor negar ao pai terrestre, do que negar o Pai Celeste. É melhor negar a um irmão terrestre, do
que a Cristo, o irmão celeste.
2. A passagem paralela de Lc 14.26, é ainda mais enfática, senão vejam: "Se alguém vier a mim, e
não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não
pode ser meu discípulo". Para vir a Cristo e ser discípulo dele, é preciso estar disposto, se preciso
for, a aborrecer pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e ainda a própria vida. A palavra "aborrecer",
significa no seu sentido literal, "odiar", "detestar". Eu creio que Cristo não estava ensinando isto em
seu sentido absoluto, mas usando, isto sim, uma linguagem mais forte do que a nossa, para enfatizar
o que dizia. Jesus não iria contrariar a Palavra de Deus, que ensina princípios de relacionamento
familiar:
a) Ela nos ensina a honrar pai e mãe, Êx 20.12, "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá".
b) Também nos ensina que como maridos devemos amar nossas mulheres, Ef 5.25, "Vós, maridos,
amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela".
3. Creio que o sentido da passagem está na frase: "E ainda a sua própria vida", Lc 14.26. Esta frase
fala de fidelidade absoluta, acima dos laços familiares e acima de nós mesmos. Vejamos alguns
ensinos na Escritura sobre este assunto:
a) Somos ensinados a negar a nós mesmos, Mt 16.24, "Então disse Jesus aos seus discípulos: Se
alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me".
b) Somos ensinados a nos considerar mortos, Rm 6.11, "Assim também vós considerai-vos como
mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus".
c) Somos ensinados a nos despojarmos do velho homem com seus feitos, Ef 4.22, "a despojar-vos,
quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do
engano".
d) Somos ensinados a tratar nosso egocentrismo com o maior desprezo, 1 Co 9.27, "Antes subjugo o
meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar
reprovado".
4. Porque Cristo usa uma linguagem tão pesada? Porque se utiliza de exigências tão ofensivas?
Porque Ele deseja espantar para longe aqueles que não querem se comprometer? Ele deseja atrair
para si os verdadeiros discípulos. Ele não quer que pessoas de coração dúbio sejam enganadas,
pensando que fazem parte do Reino de Deus.
VS. 38
"E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim".
1. Tomar a cruz, implica em perder a própria vida. Significa estar disposto a morrer. Da mesma
maneira que Cristo foi fiel a Deus, a ponto de morrer, seus discípulos, também precisam estar
dispostos a morrer, se necessário for, entregando a vida em sacrifício a agradável a Deus.
2. O suplício da cruz, era um dos meios romanos de pena de morte, e era usado para executar os
piores criminosos. Por esta razão, a cruz tornou-se símbolo de sofrimento horrível e vergonhoso.
a) 1 Co 1.18, "Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que
somos salvos, é o poder de Deus".
b) Hb 12.2, "fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe
está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de
Deus".
b) Lc 14.27, "Quem não toma a cruz, não pode ser meu discípulo".
4. Jesus não está ensinando neste texto a salvação pelo martírio, como alguns deduzem pelo teor do
Vs. 39, quando diz "Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim
achá-la-á", mas Ele estava se referindo a um estilo, um padrão. Estava afirmando que os verdadeiros
discípulos, não recuam, nem mesmo diante da morte. O verdadeiro discípulo procura seguir a
Cristo, ainda que isto lhe custe a própria vida. Vejamos alguns exemplos de discípulos que viveram
situações de martírio por amor a Jesus:
b) At 7.59-60, "59 Apedrejavam, pois, a Estevão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito.60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado.
Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte".
c) At 12.1-4, "1 Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja,
para os maltratar; 2 e matou à espada Tiago, irmão de João. 3 Vendo que isso agradava aos judeus,
continuou, mandando prender também a Pedro. (Eram então os dias dos pães ázimos.) 4 E,
havendo-o prendido, lançou-o na prisão, entregando-o a quatro grupos de quatro soldados cada um
para o guardarem, tencionando apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
d) 2 Tm 4.6-8, "6 Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha
partida está próximo. 7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 8 Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a
mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda".
5. Para ser discípulos de Cristo, é preciso estar disposto a sofrer as maiores afrontas e morrer se
preciso for, pelo seu nome.
CONCLUSÃO:
1. O preço do discipulado é alto. Todos os que quiserem seguir a Cristo, terão que estar dispostos a
pagar o preço, caso contrário, jamais serão verdadeiros discípulos. Não há lugar no Reino de Deus,
para aqueles que não assumem um compromisso de confessar a Cristo diante dos homens, que não
renunciam tudo quanto tem, e que não estejam dispostos, se preciso for, a morrer por amor a Cristo.
Fonte: http://sermao.com.br/sermao.asp?id=232
É impossível distinguir um cristão verdadeiro por meio de sinais ou milagres, uma vez que Satanás
pode reproduzi-los.
Um exemplo foi quando Moisés e Arão lançaram a vara que se transformou em serpente perante o
Faraó e os magos fizeram o mesmo. Eles conseguiram reproduzir duas pragas (primeira e segunda)
da mesma forma.
Como então reconhecer um verdadeiro cristão?
“Pelos seus frutos os conhecereis!”
Assim como é impossível para uma árvore má produzir fruto bom, e uma árvore boa produzir fruto
mau, é impossível para os falsos cristãos reproduzir os frutos do Espírito, e os verdadeiros os frutos
da carne.
1- Amor: a Deus e às pessoas. Amor que se traduz em ações: guardando os mandamentos de Deus e
fazendo o bem incondicionalmente, sem esperar nada em troca.
2- Alegria: o verdadeiro cristão é alegre! Contente! Não fica reclamando de tudo: da política, da
escola, do emprego, da igreja, dos irmãos, da família, etc.
Jesus não era “reclamão”! Pagava os impostos sem reclamar! Apesar de não ter casa própria, um
jumento para andar, um diploma escolar, Ele era feliz e cumpriu Seu dever.
Você deve ter mais coisas que Jesus! Pare de reclamar e viva a vida como um cristão alegre e feliz!
3- Paz: O verdadeiro cristão não anda estressado! Desesperado! Atribulado! Ele consegue dormir
bem a maioria das noites, e só lhe tira o sono as provações que enfrenta por ser fiel a Deus, como
Jesus no Getsêmani.
Você fica sem dormir orando e triste pelo pecado, ou por causa de problemas advindos do pecado?
Da busca desesperada por dinheiro?
4- Paciência (Longanimidade): O verdadeiro cristão não perde a paciência! Ele consegue relevar
muita coisa do seu irmão! Ele deixa pra lá! “Engole sapos”! Sem reclamar, imitando Jesus!
É difícil tirar a paciência de um cristão verdadeiro, muito difícil!
É só lembrarmos da história de Estevão, José, Davi perseguido por Saul, etc.
5- Delicadeza (benignidade): O verdadeiro cristão é cuidadoso com as palavras e ações para não
machucar seu irmão. Às vezes ele é indireto, cuidadoso, como Jesus foi com Judas, para não magoá-
lo.
Dizer tudo que pensa, diz a Bíblia, é tolice: “o que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que
muito abre os lábios a si mesmo se arruína” (Prov. 13:3).
6- bondade: Ser bondoso é repartir o que tem! Sua casa, seu carro, sua vida! É fazer, não esperar ser
feito! É dar, e não receber!
7- fidelidade: o verdadeiro cristão é fiel! Mesmo sem concordar, entender, conhecer a fundo, é fiel!
Fiel nos mandamentos, na administração das nossas rendas financeiras (dízimos e ofertas), cuidado
com nosso corpo (alimentação), etc.
Devemos ser fiéis à nossa causa, nossa igreja que é a menina dos olhos de Deus.
9- domínio próprio: O verdadeiro cristão não perde a cabeça! Não fica irritado! Não ofende com
palavras!
Ele tem domínio de si, de suas emoções!
Não joga tudo para o alto!
Conclusão:
É obrigação do homem, não de Deus, a disciplina para escolher fazer o que é certo ou não! Note os
textos seguintes:
Romanos 8:12 (NTLH): “Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não
vivermos de acordo com a nossa natureza humana”
Gênesis 4:7: “o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.
Na verdade só tem uma forma de sermos verdadeiros cristãos e produzirmos esses frutos: João 15:5
Jesus é a fonte de toda a energia e vontade de fazer o que é certo. Ligue-se a Ele através da oração,
meditação, leitura da Bíblia, freqüência à igreja e testemunho: é impossível não produzir os frutos
do Espírito Santo!
Fonte: http://www.advir.com.br/sermoes/sermoes_c_quearvoreevc.asp
Anexo 12
Participar de um estudo especial sobre a inspiração da Bíblia.
Este requisito pode ser concluído durante a classe bíblica do desbravador. Geralmente, em todos os
estudos, é o primeiro tema a ser abordado.
Para você, instrutor, o artigo abaixo complementa o assunto, que servira de referencia e fonte de
pesquisa.
Anexo 13
Matricular pelo menos três pessoas em um curso bíblico por correspondência ou classe bíblica.
O Desbravador deverá ser motivado a incentivar que outros conheçam a Jesus, e, através de um
estudo bíblico, aproximar-se ainda mais do Redentor.
No entanto, muitas vezes o desbravador ainda não tem maturidade para apresentar este estudo a uma
pessoa. Para auxiliá-lo, ele poderá incentivar que outros possam fazer estudos bíblicos através de
correspondência.
Um dos meios mais usados hoje pelos jovens e adolescentes é a internet. E, na internet, se
encontram vários websites com estudos bíblicos, tanto estudos pra serem baixados, on-line e por e-
mail.
Abaixo, alguns sites com a relação dos estudos bíblicos disponíveis:
http://www.advir.com.br
Estudo bíblico por e-mail
http://www.cvvnet.org
A bíblia fala
A bíblia ensina
A bíblia ensina (vídeo)
As revelações do apocalipse
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Anexo 14
Estudar o trabalho do Espírito Santo, como Ele se relaciona com as pessoas, e discutir seu
envolvimento no crescimento espiritual.
Explicar como um cristão pode ter os dons espirituais descritos por Paulo na sua carta aos Coríntios
Este requisito poderá ser cumprido assistindo a um estudo bíblico sobre o assunto, que poderá ser o
ministrado durante a classe bíblica, e, posteriormente, discutir em classe sobre o assunto.
Para auxilia-lo quanto a possíveis duvidas no assunto, você, instrutor, poderá ler o capitulo abaixo
que com certeza lhe elucidará algumas duvidas.
Capitulo 11 do livro “Assim Diz o Senhor” de Lourenço Gonzalez - disponibilizado no site:
http://www.jesusvoltara.com.br/ados/pag21.htm
CAPÍTULO 11
ESPÍRITO SANTO – DONS E BATISMO
• Dons Necessários
• Cura ou Salvação?
• Tenho o Espírito Santo?
• Que é Batismo com o Espírito Santo?
• Como descobrir o Verdadeiro Profeta
• O Falso Profeta
• línguas Estranhas, dos Anjos e Celestial
• I Coríntios 14:2
• Encontro íntimo com Deus
• Êxtase Pentecostal
• Pentecostalismo Católico
• Profecias do Dr. Fritz
PAULO AFIRMOU: Mesmo que o crente fale em “línguas”, se não tiver amor, de nada valerá. (I
Cor. 13:1).
JESUS DISSE: “Se Me amardes guardareis os Meus mandamentos.” (João 14:15).
A BÍBLIA DIZ: “Seus mandamentos não são pesados” (I João 5:3).
DOM DE CURAR
A preocupação de Paulo, que se denota nos capítulos 12, 13 e 14 de I Coríntios, leva-me a crer que,
certamente, ele antevia a obra sinistra que envolveria Satanás na criação de dons semelhantes aos de
Deus, para confundir os crentes. E o que se vê hoje é a comprovação não só nos meios evangélicos,
mas pela própria ciência, que existem manifestações prodigiosas, cuja origem não é divina. E, no
entanto, são reais, patentes e inegáveis. Quem poderá negar o fato comprovado de um doente curar-
se, um cego enxergar, um deficiente físico recuperar seus movimentos? Isso é notório em várias
corporações cristãs e Centros Espíritas, e creditado ao poder de Deus, fato que deve ser considerado
com cuidado!
Alguém pode questionar, alegando que a fonte não é importante desde que a pessoa se beneficie de
algum bem, haja vista estar o povo mergulhado em uma grande onda de dificuldades, doenças,
carência de toda sorte. Em meio a tanta infelicidade, está, assim, à busca de qualquer escape, venha
de onde vier. Disso se valem os “milagreiros” que, via de regra, omitem aos carenciados, que a
salvação em Cristo Jesus é mais importante, tem mais valor, e é o que o povo precisa buscar
ardentemente, pois ela lhe trará paz, no presente, e a eternidade no futuro (Mat. 18:8 e 9).
Paulo afirmou ter Satanás controle sobre os elementos da natureza (Efé. 2:2; Jó 1:10-12,19). Pode
executar grandes prodígios em operações milagrosas (II Tes. 2:9; Apoc. 16:14), também se
transformar em anjo de luz (II Cor. 11:13-15); e fazer fogo cair do Céu à vista dos homens (Apoc.
13:13; Jó 1:16, 10-12). Jesus diz ser Satanás o príncipe deste mundo (João 12:31; 14:30); com
capacidade de imitar milagres e dons através do hipnotismo (Êxo. 7:10-12, 20-22; 8:5-7, 17-19).
Finalmente, Satanás imitará a vinda de Cristo (Mat. 24:24-26), tal é a sua força para o engano.
Por isso, quando o carismatismo impera, e os operadores de milagres apontam para tais eventos
como prova de fé, abra os olhos, porque o diabo vai aproveitar esta brecha, mandando sua
contrafação, iludindo assim o crente.
Ele é um inimigo sutil e fraudulento, e seus ardis, os mais variados. Há ocasiões em que demonstra
mesmo pesar pela desgraça humana (da qual é único causador), manifestando seu poder em minorar
os sofrimentos (curando um doente, fazendo coxo andar, cego enxergar, etc. Estas curas também
ocorrem quando são provenientes de desordens neurológicas), mas, na realidade, seu objetivo é um
só: destruir a fé no Todo-Poderoso, infiltrando a contrafação, para que se creia na mentira em lugar
da verdade. E ambas tão juntas convivem que, somente por um acurado estudo do Livro santo, se
pode distingui-las (Isaías 8:20).
DOM DE LÍNGUAS
Com relação ao dom de línguas, há flagrante desvirtuação na atualidade, pois milhares são os que
crêem que só se recebe o Espírito Santo se falar “língua estranha”. E há mesmo quem afirme que,
quem não fala “língua estranha” é um cristão incompleto, não restaurado, cristão de segunda classe,
etc.
O escritor pentecostal Grant é categórico:
“...receber o batismo sem falar línguas estranhas é impossível... a língua Celestial será a senha para
a entrada no Céu.” – O Batismo no Espírito Santo, Grant, págs. 97, 99, 123, 81. (Citado por Elemer
Hasse).
E afirma ainda que os pentecostais chegarão ao Céu de avião, e os demais crentes que ignoram o
batismo com o Espírito Santo, serão salvos, porém, chegarão de trem (pág. 84). E que, não falando
“língua”, é cristão carnal (pág. 54). Idem.
Meu querido irmão, que diz a Bíblia? A doutrina de que o cristão que não fala em “línguas” não foi
batizado com o Espírito Santo, não tem fundamento nela, porque, estas pessoas receberam o
Espírito Santo e não falaram línguas:
Os samaritanos Atos 8: 15-17
João, o Batista Lucas 1: 15
Maria, a virgem virtuosa Lucas 1: 35
Isabel, prima da virgem Maria Lucas 1: 41
Zacarias, o pai de João Batista Lucas 1: 67
Jesus Cristo, o Senhor e Salvador Lucas 3: 22
Os sete diáconos da Igreja Apostólica Atos 6: 1-7
Estevão, o primeiro mártir Atos 6: 5; 7: 55
Finalmente, Paulo, o apóstolo zeloso dos dons espirituais, nunca falou as línguas que são usadas no
neo-pentecostalismo atual, como sendo a aferição de o crente ter recebido o Espírito Santo (Atos 9:
1-9, 17-18). Paulo e Barnabé receberam a imposição de mãos, foram separados para o ministério e
batizados com o Espírito Santo, e não falaram línguas (Atos 13: 2-3).
Sim, irmão, era o que realmente acontecia. Ali estava um jovem que, embora tivesse grande paixão
pelos pecadores, a ponto de deixar sua pátria e atravessar os mares em busca dos pagãos, nunca
falou japonês em sua vida, mas pregava agora nesta língua, apelando aos nipônicos para aceitarem a
Cristo como Salvador. Nessa reunião, seis preciosas almas aceitaram a Cristo.
Ó, amados, eis aqui o verdadeiro dom de línguas. Este sim é o dom de Deus; o dom derramado no
Pentecostes. Saiba, irmão, hoje, se esgotados todos os meios que temos para falar outras línguas, se
fechadas todas as Sociedades Bíblicas ao redor do mundo, impossibilitando-as de traduzir para a
língua materna; se fechadas todas as Universidades, Colégios e Escolas, onde se preparam
missionários para aprender línguas estrangeiras, Deus voltará a repetir o Pentecostes, e a última
alma será advertida do breve regresso do Senhor Jesus, a quem sejam dadas agora e para todo
sempre, honras e glórias.
CURA OU SALVAÇÃO
Os dons do Espírito Santo são reais. Pertencem a igreja de Deus. São para nós e estão ao nosso
alcance. Entrementes, temos que nos conscientizar que há condições impostas por Deus para serem
concedidos.
O dom de línguas acabaria (I Cor. 13: 8). Outros seriam mais necessários em determinada ocasião
da história da igreja de Cristo. Outro concluiria a Obra do Senhor, como é o caso da “Chuva
Serôdia”, etc.
Efetivamente, Deus quer agraciar Seus filhos com tais bênçãos, porque Ele é o mesmo e o Seu
poder não mudou. Se for útil no momento, Deus dará (I Cor. 12: 7).
Infelizmente, o que vemos hoje é muito exibicionismo. Homens e mulheres “usando” o Espírito
Santo ao invés de, por Ele, serem usados. Não há como negar que, uma verdadeira desvirtuação dos
dons solapa a Igreja Evangélica. Uma “roda-viva” que está levando de roldão muitas pessoas
sinceras e tementes a Deus. É preciso ter cautela, e nos adequar ao que o bom senso exige.
EXEMPLO: Para alcançar o mundo com o IDE, Deus capacitou Seus discípulos com o dom de
línguas (Atos 2: 1-13). Por quê? Seria impossível cumpri-lo naquela época, sem escolas
preparatórias, universidades, academias de letras e bons professores. Como aprender 16 línguas sem
tais recursos? E, leve-se em conta, os discípulos eram homens que, em média, tinham quarenta anos
de idade, de pequena cultura e rudes (Atos 4: 13).
Hoje, porém, o panorama é outro. Na área da educação, o mundo evoluiu incomparavelmente com o
tempo dos apóstolos. Uma criança de dez anos hoje pode começar a estudar qualquer língua e estará
capacitada nela antes dos vinte.
OUTRO EXEMPLO: O Espírito Santo transportou Filipe por centenas de quilômetros como num
“passe de mágica” (Atos 8: 39-40). Hoje existem aviões que voam a uma velocidade quase incrível.
Se Filipe naquela ocasião gastasse vinte horas para o percurso que teria de fazer, hoje levaria não
mais que uma hora, se tanto, em aviões especiais. Por isso, distâncias não são, também, barreiras
hoje.
O dom de cura à época de Jesus era não só necessário, mas vital. A promiscuidade de vida (falta de
higiene, de rede de esgotos e de água potável) facilitava a doença. Não havia hospitais, médicos,
remédios suficientes, nem recursos para tal. Operações eram feitas sem anestesia. Pessoas ficavam
doentes 10, 20, 40 anos e morreriam fatalmente, não fosse o dom de cura (João 5: 4-5; Mat. 9: 20).
Hoje, tudo mudou. A ciência médica evoluiu a tal ponto que até fígado se transplanta com sucesso.
Além do que, prolongou-se, comprovadamente, a vida humana, graças ao avanço médico.
Que dizer da Rede Hospitalar? Equipamentos computadorizados e a raio-laser a serviço da
medicina. Processos avançadíssimos para exames de saúde. Liga-se alguns fios a um corpo e, na TV
aparece seu coração batendo com tanta nitidez que, a primeira reação é louvar a Deus por ter o
homem chegado a tal ponto da tecnologia médica. Trocar um coração doente por outro bom, hoje, é
tarefa sem mistérios.
Médicos bem preparados e capazes, remédios eficazes para qualquer tratamento de saúde. Sim, as
condições hoje são opostas àquela; além disso, um hospital evangélico pode realizar grande trabalho
para Deus, porque, além de promover a saúde do paciente, pode orientá-lo a evitar as doenças,
através de uma vida regrada e salutar, orientada por princípios salutares, descritos na Bíblia.
Bem, dirá você, e o poder de Deus? – É o mesmo, irmão! Porém Deus age quando “tiramos a pedra”
(João 11: 39), salvo em casos especiais que Lhe aprouver. Inquestionavelmente, a nossa parte temos
que fazer, porque Deus só fará o que não podemos. Nossa impossibilidade torna-se a possibilidade
dEle. (Fui a uma igreja carismática no centro de Niterói, e, ao meu lado assentou-se uma senhora
com uma ferida enorme, cheia de pus, na perna. Dava dó! O pastor iria orar pela perna dela. Mas, a
única coisa que ela precisava imediatamente, era ser levada ao hospital).
IMAGINE: Uma reunião de cura. O pregador quer “curar” a todos. Todavia, o certo seria, primeiro,
certificar-se de que muitas enfermidades provém da aberta transgressão da Lei da Saúde (João 5:
7-14). As pessoas têm que ser ensinadas a não transgredi-la para gozar boa saúde. Se uma pessoa sai
curada desta reunião e volta a ter hábitos incorretos de saúde, arruiná-la-á com certeza, e novamente
Deus terá que curá-la? Deus não efetuará um milagre para curar alguém que não cuida de sua saúde,
não acha?
A saúde não é produto do acaso, nem surge por um “passe de mágica”, e sim, manifesta-se pelo
respeito às leis da vida. Deus quer que Seus filhos tenham boa saúde... Por isso, criou leis
preservativas da saúde, que, ao serem violadas, trazem enfermidades. O apóstolo Paulo é claro:
Gálatas 6: 7
“Aquilo que o homem semear, isto também ceifará.”
Esta é a lei da causa e efeito e o homem lhe está subordinado. Os dirigentes, pois, tem a obrigação
de instruir os membros da igreja a cultivarem uma completa Reforma de Saúde, que, sobretudo, é
uma orientação divina.
Creio absolutamente no poder de Deus. Em nosso culto do poder aos Sábados e domingos às 6:00 h
da manhã, na amada Igreja do Barreto, temos tido evidências do poder curativo de Deus. Entre
outros, cito o caso do menino Rodrigo, neto da irmã Maria Madalena que, desenganado pela
medicina, recuperou a saúde plenamente, deixando médicos e enfermeiros estupefatos, e a todos nós
alegres pela confiança que havíamos depositado em que Deus operaria segundo Seu beneplácito.
A cura, como milagre, ocorre em momento crítico, específico e circunstancial. Não pode ser um
comércio vaidoso, nem modismo, ou pressão psicológica. Deve traduzir o profundo amor e
misericórdia pelo sofredor. Isto ocorreu-me:
O Nelson morava em nossa casa (Rua Expedicionário, 28 – Barreira do Vasco/RJ). Certa vez caiu
de uma escada e ficou com órgãos internos lesionados, que lhe causavam terríveis dores.
Procurou diversos médicos, hospitais e clínicas na esperança de ficar curado, porém, sem resultado.
Era penoso vê-lo passar noites em claro, chorando de dor.
Um dia, movido de enorme compaixão daquele jovem, fui para a nossa sala e clamei em voz alta:
Quem crê no poder de Deus venha cá. Vamos orar pelo Nelson agora.
Minha mãe, Galiana Gonzalez, meus irmãos Afonso e Sérgio Gonzalez, e o Jorge Laureano (outro
jovem que morava conosco), se aproximaram.
Fomos então até o quarto do Nelson que se contorcia em dores. Ajoelhamos e orei por ele,
reclamando a bênção de Deus. Instantaneamente a dor desapareceu. Está curado até hoje, mais de
30 anos. Glória a Deus! Aleluia!
A cura milagrosa também ocorre como resposta às orações fervorosas, eficazes, amorosas,
misericordiosas. Veja só:
Recebo milhares de cartas e telefonemas maravilhosos do Brasil inteiro. Um dia telefonou-me o
irmão Militino. Não o conhecia. Disse ele que desejava doar um livro ASSIM DIZ O SENHOR a
cada padre, bispo e freira de Pernambuco. Comprou-me centenas de exemplares. Ia pessoalmente à
casa destas pessoas, carregando nas costas a pesada bolsa de livros. Como era muito peso, por se
tratar de um homem idoso, convencionamos que eu enviaria o livro direto de nossa Editora via
Reembolso Postal pago, até a residência de cada um.
O irmão Militino foi até a Sede Episcopal da Igreja Católica, conseguiu um manual contendo todos
os endereços que precisava. Confeccionou um folheto, onde, com palavras amorosas e decisivas,
convidava a pessoa a descobrir e amar a Verdade.
Daqui de nossa Editora ADOS saíram centenas de exemplares do Assim Diz O Senhor e Verdade
Presente, contendo dentro deles o panfleto do irmão Militino. Além de Pernambuco, outros estados
do Norte e Nordeste foram alcançados com este lindo trabalho, deste santo missionário.
Para minha alegria e gratificante surpresa, um dia o irmão Militino telefona-me marcando um
encontro na Igreja Adventista de Botafogo/RJ, pois passaria uma temporada com seus parentes no
Rio de Janeiro. Fui correndo conhecê-lo. Oitenta anos. Lúcido, objetivo, desenvolto. Visitou
algumas vezes nossa Editora, vindo de Copacabana. E ele disse-me: “Irmão Lourenço, eu ando
devagarinho porque possuo um câncer de próstata”.Pediu-me que todos orássemos por ele.
Este amado irmão transferiu-se para uma Clínica Adventista de tratamento natural em São Paulo,
onde moraria, cuidando da saúde. Adquiriu-me mais três pacotes de literaturas, pois está no seu
sangue o ministério da página impressa. Nem a idade, ou o câncer o impossibilita de andar
distribuindo livros a mão cheia.
No dia 2/1/1996, o irmão Militino telefonou desejando-me um ano de vitórias e entre as boas
notícias, disse-me: “Irmão Lourenço, o meu câncer desapareceu. Os médicos não compreendem o
que aconteceu. Eu quero agradecer as orações de todos vocês que oraram por mim”.Glória a Deus.
Aleluia!
Dia 28/4/1996, 22:00h o telefone soou e uma voz possante disse: “Lourenço Gonzalez?”
Emocionado respondi: Meu amado Clóvis, por que você sumiu?
Não nos víamos desde quando o programa radiofônico da ARJ – “AVANTE MOCIDADE”, foi
retirado do ar, há dez anos. Clóvis disse: “Estou muito triste. Uma dor enorme rasga meu coração.
Meu filho Rubinho, um rapaz de 28 anos, a esperança que continuasse minha carreira com sua voz
metálica... O médico abraçou-me na sexta-feira e disse: ‘Sr. Clóvis, o que era possível fazer através
da medicina, fizemos. Não posso garantir-lhe ver seu filho no meu próximo plantão.’”
Clóvis continuou: “Suportei sexta e ontem, mas agora, estou precisando ouvir um amigo. Creio que
você é este amigo. Depois de rebuscar na memória lembrei-me do seu telefone. Venha aqui orar por
ele amanhã.” Eu lhe falei: Clóvis, vou orar agora e de madrugada, e amanhã estarei aí.
Dia 29/4/1996 – 15:00h, coloquei azeite num vidrinho, fui ao meu lugar de encontro íntimo com o
Céu e apresentei-o a Deus em oração. Cheguei ao hospital às 18:00h. Ao ver o Rubinho compreendi
o diagnóstico do médico. O vírus HIV já havia feito sua ruína total no esôfago e estômago.
Naquele momento, invadiu-me profundo sentimento de compaixão por aquele jovem. Falei-lhe
palavras motivadoras da fé. Levei-o a crer no milagre. Li parte do Salmo 64 e depois Tiago 5:14-15.
Assegurei-lhe com firmeza: Rubinho, estou aqui para reclamar esta promessa. Creia e confie.
Dei o vidrinho de azeite à sua mãe e disse: Irmã Felizarda, quando eu estiver orando, o Espírito
Santo vai lhe dizer para ungir seu filho. Então coloque um pouco de azeite sobre a testa dele e
afague-a com sua mão. Depois coloque um pouco de azeite sobre o seu estômago e alise-o todo,
com carinho. Ajoelhamo-nos com fé e emoção. Após a oração, levantamo-nos e fomos, os três, até o
elevador. Fui levar a irmã Felizarda em casa e Clóvis voltou ao quarto do filho.
Ao entrar no quarto, Clóvis viu o Rubinho assentado na cama e os tubos jogados ao chão. Então
falou: “Meu filho, o que houve?” “– Não sei, a borracha do nariz que estava ligada ao estômago,
pulou...”, respondeu Rubinho.
Rubinho teve alta, e no dia 14/5/1996 eu e minha esposa fomos visitá-lo em casa. Rubinho, com os
cabelos penteados, disposto, alegre e feliz, entre tantas coisas bonitas, disse: “Eu estava há seis
meses sem mastigar nada. Após a unção, minhas úlceras cicatrizaram-se imediatamente, então desci
e fui comer um sanduíche lá no trailer.”
Depois, a irmã Felizarda falou: “Naquela noite que o Clóvis lhe telefonou, eu fui dormir muito
triste, porque, o médico disse que estava tudo aberto dentro do Rubinho, sem mais nenhuma
esperança de cicatrização. Mas, na noite seguinte à unção, o médico que dissera estar tudo aberto
disse: ‘Não compreendo, está tudo fechado.’”
A medula não fabricava mais glóbulos brancos (leucócitos), que são a defesa do organismo. Disse o
Rubinho: “Antes da unção os exames davam conta que eu tinha apenas 500 leucócitos. Ninguém
pode viver com isso. Por isso me desenganaram. Porém, após a unção, inexplicavelmente, ela subiu
para 2500, e, após os exames, continuou subindo.
No dia 25/5/1996, voltamos a visitá-lo e sua mãe disse: “O Rubinho comeu ovos, manteiga,
legumes e seu estômago não rejeitou. Ele está curado completamente.”
No dia 29/5/1996, o Rubinho faleceu de parada cardio-respiratória. No sepultamento, falei a uma
multidão que, morrer não é problema, porque ricos e pobres, grandes e pequenos, um dia morrerão.
Ali estava pois, para celebrar a vida e comprovar que há sempre um propósito no milagre e o tempo
para Deus não é o mesmo que o nosso. Deus sempre sabe o que faz!
O rei Ezequias viveu quinze anos após o milagre. Pedro foi salvo da prisão, passando na frente de
16 guardas romanos armados, sem que o vissem, todavia, morreu assassinado numa cruz de cabeça
para baixo.
Paulo Rubem teve trinta dias de vida, certinhos. Para quê? Por quê? Não é hora de perguntas e sim
de reflexão. De tirar as lições necessárias e estar convictos que trinta dias é tempo suficiente para
que a juventude saiba de uma vez por todas que o mundo só oferece dor e sofrimento, que longe de
Jesus não existe nenhuma segurança, nenhum prazer e nada de felicidade.
Trinta dias também é tempo suficiente para que os que estão dentro do aprisco revejam sua situação
espiritual e os que estão fora voltem correndo. Glória a Deus. Aleluia!
O Rubinho morreu convertido e salvo. Ao voltar do hospital, voltou também para Cristo. Nestes
trinta dias, repetida vez, demonstrou, de forma clara, sua religação com o Céu, dizendo à irmã
Felizarda: “Mamãe, nosso estilo de vida agora é outro.”
Hoje, o dom de curar está personificado na medicina. Porém, nunca descri no grande poder de Deus
para curas imediatas, se for de Sua vontade e para Sua glória. Tenho também ouvido de muitos
irmãos nossos, verdadeiros milagres.
É nestes parâmetros que temos de agir, e com a máxima prudência, primeiro para que ninguém
pense que o poder é seu próprio e não de Deus; e, segundo, Lúcifer contrafaz tudo que promana de
Deus, e uma cura pode representar o preço de uma alma que custou o sangue de Jesus. Isto é, o
diabo pode curar alguém, e retê-lo para a perdição.
– Duvida?
– Então, explique as “curas” fantásticas operadas pelos Et’s, ocorridas no espiritismo, por exemplo.
(Leia o capítulo: PROFECIAS DO DR. FRITZ, pág. 267).
Por isso, o que temos que dar ao povo é a certeza da salvação em Cristo Jesus, ensinando-lhes os
princípios de saúde apresentados na Bíblia, doutrinando-os para desenvolverem uma firme fé e
confiança no Pai Celestial, e não nos milagres ou nos milagreiros.
MEDITE NISTO
Meu irmão, Deus não abre mão de santidade e nem negocia com princípios. É muito fácil para você
e para mim compreender e aceitar que Jesus veio morrer na cruz e nos conceder vitória, salvação,
paz e felicidade. Nada nos custa e nada temos a perder – só a ganhar, não é?
Mas, que lhe parece se lhe disser que o Espírito Santo veio para colocar você e eu na cruz? Isto é, o
Espírito Santo veio para crucificar-nos. É fácil ou difícil crer e aceitar isso?
É bem melhor pedir o batismo do Espírito Santo sem que haja qualquer necessidade de reforma ou
mudança de vida, não é? É melhor receber tudo de graça e sem esforço, não?
Isto é próprio da natureza humana. Gostar de só receber sem dar nada. É mais fácil comer o que é
ruim para a saúde do que evitá-lo. Tomar uma coca-cola (que é veneno comprovado) que beber
água pura, estando com sede. É mais fácil comer um carré de porco (outro veneno) que substituí-lo
por carne vegetal (de soja).
Meu amado, o Espírito Santo precisa nos colocar na cruz, para que Jesus Se assente no trono do
nosso coração. Na cruz terão que ser crucificados o egoísmo, ira, cólera, transgressão, intemperança,
presunção e a indiferença ao estudo profundo e sistemático das Verdades bíblicas.
Anexo 15
Através de estudo em grupo, aumentar seu conhecimento sobre os eventos dos últimos dias que
culminarão com a segunda vinda de Cristo.
Similar ao anexo 12, este requisito também poderá ser cumprido após a classe bíblica,
preferencialmente, aquela que trate dos sinais da segunda vinda.
O RELÓGIO DE DEUS
A Bíblia nos conta que Deus também tem um "relógio". "Havendo fixado os tempos previamente
estabelecidos." Atos 17:26. Jesus nasceu em Belém no tempo determinado por Deus."Vindo, porém,
a plenitude do tempo, Deus enviou Seu filho". Gálatas 4:4. Também foi num específico tempo que
Jesus começou o Seu ministério e a pregar:
" O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho".
Marcos 1:15. "Sua morte de cruz se deu no tempo exato" Romanos 5:6. Assim também Deus
estabeleceu o tempo para o retorno do Seu Filho Amado.
"Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos do Céu, nem o Filho, senão
somente o Pai". Marcos 13:32 . O tempo estabelecido por Deus chegará; Ele fará parar o relógio e o
tempo estará cumprido. Embora não saibamos o dia nem a hora do regresso do Senhor, Deus não
nos deixou à mercê da incerteza.
"Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus
servos, os profetas". Amós 3:7.
"Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do
século?" S. Mateus 24:3.
Esta pergunta foi feita a Jesus pelos Seus discípulos, no monte das Oliveiras, pois eles estavam
interessados em saber o desenrolar dos acontecimentos. Por certo expressaram o que está no nosso
coração também. Deu-nos Jesus alguns sinais? Certamente. Aproximadamente 100 textos nas
Escrituras falam dos "sinais" que Ele deu da sua vinda, e da atitude que deveríamos tomar sabendo
da proximidade da Sua volta. Ele recrimina o desinteresse de alguns neste importante
acontecimento:
"Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?"
S. Mateus 16:3
Anexo 16
Este requisito poderá ser cumprido assistindo a um estudo bíblico sobre o assunto, que poderá ser o
ministrado durante a classe bíblica, e, posteriormente, discutir em classe sobre o assunto.
O SÁBADO
• Sábado: do Homem, do Judeu ou de Deus?
• O Sábado na Semana da Glorificação
• Perdeu-se no Tempo o Sábado?
• Pode Ser Guardado o Sábado num Mundo Esférico?
• O Sábado Perdeu-se no Dia Longo de Josué?
• Sábado: do Homem e de Deus!
• O Sábado no Novo Testamento!
• O Sábado Foi Feito Por Causa do Homem.
• Quando Seria Restaurado o Sábado?
• O Sábado na Nova Jerusalém
• O Sábado no Gênesis Não é Contado Como “Tarde e Manhã”
Se o homem vai viver eternamente sem pecado após a restauração da Terra, e se o Sábado foi feito
antes de haver pecado no mundo, evidente que após a extinção do pecado, o homem continuará
santificando o Dia do Senhor: o Sábado.
“O fato de que o Sábado será ainda celebrado na Nova Terra como um dia de culto (Isaías 66: 23) é
uma clara indicação de que Deus jamais intencionou ter sua observância transferida para outro dia.”
– EGW – The Seventh-Day Bible Commentary, vol. 7 pág. 981.
“O tempo que a Terra gasta em seu movimento de oeste para leste, descrevendo uma elipse
alongada em torno do Sol, forma o ano. O espaço de tempo necessário para uma revolução completa
da Lua em volta da Terra forma o mês. O período que a Terra leva para completar o movimento de
rotação em redor de seu próprio eixo forma o dia. Com efeito, o ano, o mês e o dia estão associados,
como unidade de tempo, aos fenômenos astronômicos. A semana, entretanto, constitui um ciclo
independente, de origem divina, sem qualquer relação com as lunações ou movimento de translação
e rotação da Terra.” – Revista Adventista, 9/78, pág. 8.
O Sábado foi criado por Deus para marcar perpetuamente o período da semana. Ao final de cada
seis dias – virá o sétimo que é o Sábado. – Então, qual é o dia do aniversário da criação? – O
Sábado!
“O Sábado é uma lembrança semanal de que o Deus Todo Poderoso tudo fez e de tudo cuidou em
Sua criação, para provar que foi, é e será fiel.”
OBSERVAÇÃO – O Sábado era, e é tão bom, que o Criador o separou como dia santificado.
As nações se originaram em Adão. Por conseguinte, o Sábado foi feito para todos os homens, de
todas as nações.
“MEMORIAL DA CRIAÇÃO”
O Sábado é o grande memorial da criação e do poder de Deus, um constante rememorador do Deus
vivo e verdadeiro. O anseio divino ao criar o Sábado e em ordenar que seja santificado é que Deus
quer que o homem nunca esqueça o Criador de todas as coisas. Sendo o Sábado original uma
perpétua memória de Deus, convidando o homem para imitá-Lo na observância do mesmo, não
pode o homem observar o Sábado original e esquecer-se de Deus.
“Ao lembrar-nos que dois terços dos habitantes do mundo são hoje idólatras, e que desde a queda à
idolatria, com seu séquito de males associados e resultantes, tem sempre sido um pecado dominante,
e pensarmos então que a observância do Sábado, conforme ordenado por Deus, teria evitado tudo
isso, podemos melhor apreciar o valor da instituição do Sábado e a importância de observá-lo.”
Por que as nações dos periseus, cananeus, heteus, jebuseus e outros, foram desarraigadas da Terra?
Eram idólatras, tinham deuses de pau e de pedra, sacrificavam vidas humanas. E por que desceram
tanto no pecado até chegarem a este ponto? Por que o conhecimento de Deus e Sua vontade saíram-
lhes de tal maneira da mente?
Digo-lhe, meu irmão, se ao final de cada semana esses homens observassem o Sábado, em honra ao
Criador, não existiriam outros deuses, porque no centro do mandamento sabático encontra-se a
eterna verdade que aponta a Deus como o único Criador de todas as coisas. Se o homem observasse
o santo Sábado, adoraria ao único Deus, e a idolatria não teria sido conhecida. Finalmente, amado,
na Nova Terra, onde haverá pessoas de todas as nações e raças, o Sábado será guardado por todos e
para sempre. Ouça: Isaías 66: 22-23: “Porque, como os Céus novos, e a Terra Nova, que Hei de
fazer...E será que desde uma Lua nova até a outra, e desde um Sábado ao outro, virá toda a carne
(pessoas) a adorar perante Mim, diz o Senhor.”
ATENÇÃO: GRÁFICO 3
Anexo 17
Estudar e debater sobre como o serviço do santuário, no Antigo Testamento, apontava para a cruz e
para o ministério pessoal de Jesus.
1 Introdução
Provavelmente, todo estudante das Sagradas Escrituras já passou pela experiência de, ao decidir
estudar a Bíblia em sua totalidade (por exemplo seguindo o ``ano bíblico''), sentir um profundo
desânimo ao enfrentar livros tais como Levítico ou Deuteronômio devido à grande quantidade de
leis e descrições cerimoniais que eles contem. Ao se depararem com tal situação, alguns se
perguntam que proveito pode ter, para o cristão do século vinte, estudar as cerimônias praticadas
pelos israelitas num passado tão remoto. Como o estudo de tais assuntos pode dar satisfazer
necessidades de nossa alma? Múltiplas razões podem ser dadas.
Primeiro, devemos notar que estando a vida religiosa do povo de Israel centrada no santuário,
referências ao sistema ritual permeiam todas as Escrituras. Encontramos conceitos relativos ao
santuário não só no Pentateuco, mas também nos Salmos, nos livros históricos, nos profetas e até
mesmo no Novo Testamento. Há algumas passagens bíblicas que não podem ser totalmente
compreendidas a menos que tenhamos algum conhecimento do Santuário e suas cerimônias. Um
exemplo se encontra em Mateus 26:63-65. Perante a declaração de Jesus afirmando ser o Messias, o
Sumo Sacerdote Caifás rasgou suas vestes, atitude que lhe era proibida sob pena de morte (Levítico
21:10 e 10:6). Temos então que o verdadeiro condenado a morte era Caifás e não Jesus (Na verdade,
este fato já invalidava o sacerdócio levítico para ser substituído pelo sacerdócio eterno de Jesus).
Em segundo lugar, por ser o sistema cerimonial uma representação tridimensional do evangelho,
compreendemos que seu estudo pode significar um maior entendimento de verdades eternas,
especialmente, da obra que Cristo realizou e está realizando em nosso favor.
Uma terceira razão para o estudo do Santuário é o fato de que muitas das profecias de Daniel e
Apocalipse estão cheias de símbolos relacionados ao Santuário, logo se queremos entender as
profecias devemos entender o Santuário.
As razões anteriores são válidas para todos os cristãos independentemente da sua denominação. Mas
para os Adventistas do Sétimo Dia há uma razão adicional para o estudo do Santuário. Toda a
estrutura teológica da Igreja Adventista depende da sua compreensão do Santuário e sua relação
com o ministério sumo-sacerdotal de Cristo. Talvez por esta razão durante toda a história da Igreja
muitos tem levantado críticas contra esta doutrina. A última delas foi feita pelo teólogo australiano
Dr. Desmond Ford no começo da década de 1980, provocando grande impacto nos círculos
adventistas, obrigando à Igreja a um profundo estudo das suas posições tradicionais, do qual,
felizmente, saiu fortalecida teologicamente. Porém, isto nos mostra a necessidade de realizarmos um
estudo o mais profundo possível nesta matéria para que a nossa fé possa estar baseada em firmes
fundamentos e estejamos sempre prontos a dar a razão dela.
2 Significado dos Sacrifícios
A idéia de sacrifício aparece em toda a Bíblia. A primeira menção explícita de um sacrifício aparece
em Gênesis 4:3-5 (para alguns, a primeira evidência implícita da realização de um sacrifício se
encontra em Gênesis 3:21) e a última referência a tal assunto a encontramos em Apocalipse 22 onde
Jesus é simbolizado por um cordeiro.
No período patriarcal, os sacrifícios representam um profundo ato de adoração chegando a ser uma
suprema demonstração de lealdade como no caso de Abraão ao estar disposto a sacrificar seu
próprio filho, o filho da promessa.Estas mesmas componentes de adoração e lealdade estão
presentes no relato dos sacrifícios oferecidos por Caim e Abel. No livro de Jó aparece um outro
aspecto importante do sacrifício: o sacrifício pelo pecado. Jó tinha por costume oferecer holocaustos
pelos possíveis pecados que seus filhos pudessem ter cometido (notemos também a atitude
intercessora e, de alguma forma, sacerdotal do patriarca). Na economia de Israel, existiam diversos
tipos de sacrifícios (oferta pacífica, sacrifício de comunhão, sacrifício pelo pecado, holocaustos
diários, etc.) que refletem os diferentes aspectos já mencionados.
Mas apesar de toda esta riqueza temática encontrada na Bíblia acerca dos sacrifícios, podemos nos
perguntar, por que Deus instituiu um sistema ritual aparentemente tão cruel ? Responderemos esta
importante pergunta especificamente no caso do sacrifício pelo pecado. No sistema de sacrifícios
podemos identificar três ensinamentos básicos, a saber:
A conseqüência do pecado é a morte. Como veremos com mais detalhes posteriormente, quando
uma pessoa comum pecava devia sacrificar uma cabra (Levítico 4:27-29) . Cada vez que havia um
pecado alguém (no caso, a cabra) tinha que morrer por causa desse pecado. ``Sem derramamento de
sangue não há remissão" (Hebreus 9:22)
O pecador precisa de um substituto. Sabemos já que a conseqüência do pecado é a morte
(Gênesis 2:17, Romanos 6:23), mas também sabemos que todos nós somos pecadores e portanto
estamos todos condenados a morte. Mas o ritual de sacrifício mostra que há um substituto, alguém
que toma o lugar do pecador e recebe a penalidade no seu lugar permitindo que o pecador seja
perdoado e viva.
O horror do pecado. Sem dúvida o ritual do sacrifício era uma experiência dramática. O próprio
pecador devia matar o animal sacrificado (Levítico 4:27-29) salientando dessa forma que a vítima
inocente morria pela sua causa. Assim, Deus queria mostrar toda a malignidade do pecado. Ao ver
os símbolos dos sacrifícios se realizarem na vida de Jesus não podemos escapar ao vívido
pensamento de que foram nossos pecados que levaram o Filho de Deus a morrer numa cruz.
Deus ordenou a Moisés que construísse um santuário onde através de rituais e cerimônias pudessem
ser ensinadas as eternas verdades do evangelho. Hoje temos em Jesus o nosso grande Sumo
Sacerdote, ministro do verdadeiro santuário (Hebreus 8:1,2), cumprindo todo aquilo que os velhos
rituais anunciavam acerca dEle. É hora, portanto, de conhecer alguns detalhes deste sistema de
adoração
3 O Santuário
3.1 Descrição do Santuário
O santuário construído no deserto ficava no centro da congregação, fato que realizava o desejo de
Deus de morar no meio do Seu povo (Ex. 25:8). O santuário consistia em duas partes: o Átrio e o
templo propriamente dito. Este último estava dividido em dois departamentos, a saber, o Lugar
Santo e o Lugar Santíssimo. Sua orientação era tal que sua porta olhava para o Leste. Desta forma o
adorador, ao entrar no santuário, dava as costas para o sol nascente, tão adorado pelos povos pagãos.
3.1.1 O Átrio
O Átrio ( ou pátio) era o único lugar do santuário onde podia entrar o adorador. Neste lugar eram
também realizados os sacrifícios. Ao entrar, o adorador encontrava primeiramente o chamado Altar
dos Holocaustos (Ex.27:1-8, 38:1-7), onde eram queimados os sacrifícios. Este altar era feito de
madeira de acácia e recoberto em bronze. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma ponta (Ex.
27:2). Entre o Altar dos Holocaustos e a entrada do templo, havia uma pia de bronze na qual
permanentemente havia água para que os sacerdotes lavassem os pés e as mãos antes de entrar no
santuário ou antes de fazer o sacrifício (Ex. 30:17-21). Pelo fato de ser o átrio o único lugar onde
podia estar o adorador e também o lugar onde era realizado o sacrifício, podemos dizer que o pátio
do santuário representa a Terra.
3.1.2 O Lugar Santo
Se pudéssemos entrar no Lugar Santo, através do primeiro véu,perceberíamos a existência de três
móveis no seu interior: O candelabro (no lado Sul), o altar de incenso (no lado Oeste) e a mesa com
os pães da proposição (no lado Norte).
O Candelabro O candelabro (Ex. 25:31-40, 37:17-24) era feito de ouro puro e tinha sete lâmpadas
(de óleo) que deviam ficar permanentemente acesas. Em Apocalipse 1:12-13, João descreve Jesus
andando entre sete candelabros e o verso 20 nos diz que os candelabros representam ``as sete
igrejas". Portanto, somos autorizados a pensar que no simbolismo do candelabro de ouro podemos
ver o Espírito Santo (o óleo) atuando na Igreja possibilitando que seja ``a luz do mundo".
O Altar de Incenso O Altar de Incenso (Ex. 30:1-10, 37:25-28), era, assim como o Altar dos
Holocaustos, construído em madeira de acácia. Porém seu revestimento era de ouro puro. O Altar de
Incenso tinha também pontas em cada um dos seus quatro cantos. Encontrava-se no Lugar Santo
frente ao véu que separava o Lugar Santo do Santíssimo. Era aqui que os sacerdotes queimavam
diariamente incenso como interseção pelo povo de Israel. Este incenso queimado representava as
orações dos santos (Apocalipse 8:4).
A Mesa e os Pães da Proposição No lado Norte do Lugar Santo, encontrava-se a mesa onde eram
colocados os Pães da Proposição. Esta mesa era feita de madeira de acácia e estava recoberta de
ouro puro. Doze pães eram colocados sobre ela formando duas colunas de seis pães. Sobre cada
coluna era colocado um copo com incenso (Lev. 24:7). O significado primário dos pães talvez tenha
sido o reconhecimento de Deus como o grande provedor e da conseqüente dependência do povo.
Mas uma segunda aplicação, de caráter messiânico, pode ser feita. Jesus declarou ser o pão da vida
(João 6:35), portanto podemos pensar nos pães como símbolos de Cristo. É interessante constatar
que Isaias nos informa que Lúcifer pretendeu colocar seu trono ``no monte do testemunho, nos
lados do Norte", isto é, pretendia ocupar o lugar de Cristo.
3.1.3 Lugar Santíssimo
Após o segundo véu, estava o Lugar Santíssimo (Heb. 9:3), onde só o Sumo Sacerdote podia entrar
e somente uma vez ao ano (no Dia da Expiação). Nesta parte de Santuário se encontrava a Arca da
Aliança que continha as tábuas da lei (representando a justiça como um dos fundamentos do
governo divino), um vaso com maná (que representa a graça de Deus dada através de Cristo, o
verdadeiro maná, ver João 6:31-35) e a vara de Arão que brotou (que significa a aceitação do
sacerdote como intercessor válido entre o homem e Deus,vide N\'meros 17:8-10).Do lados da arca
foi colocado o ``livro da lei" para servir como testemunha contra o povo de Israel (Deuteronômio
31: 26). A arca (Ex. 25:10-22) era feita de madeira de acácia e estava completamente recoberta de
ouro. Sobre ela, a modo de tampa, foi colocado o propiciatório, feito de ouro fino. Nas extremidades
do propiciatório, foram feitas imagens de querubins (uma de cada lado). As asas dos querubins
cobriam o propiciatório (formando um arco) e as fazes de ambos olhavam para o propiciatório. Era
entre estes querubins que se manifestava a shekinah (a manifestação de Deus em forma de uma luz
gloriosa). Neste sentido, a arca representava o trono de Deus. É interessante notar que em Gênesis
3:24 Deus colocou querubins e a ``chama de espada fulgurante" (Bíblia de Jerusalém) guardando a
entrada ao Éden. Alguns comentaristas vem neste verso uma referência à shekinah manifestada
entre os querubins. Desta forma, quando o adorador entrava ao átrio, ou os sacerdotes ministravam
diariamente no Lugar Santo ou, com maior razão, o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo,
era como se, simbolicamente, se aproximasse à entrada do Éden perdido.
3.2 Comentários Adicionais
Muitas pessoas tem-se sentido confusas pelo fato de que Hebreus 9:4 parece indicar que o Altar de
Incenso estaria no Lugar Santíssimo e não no Lugar Santo como afirmamos anteriormente. Para
entender esta aparente contradição devemos compreender a função do Altar de Incenso.
Ao queimar incenso no altar, o sacerdote realizava uma obra de intercessão. Como veremos
posteriormente, esta obra era realizada todos os dias. Isto por si só nos indica que o Altar de Incenso
no poderia estar dentro do Lugar Santíssimo pois nele só podia entrar o Sumo Sacerdote e somente
um dia no ano. Por outro lado,o véu que separava os dois departamentos do Santuário, não chegava
até o teto.Isto permitia que a fumaça produzida pela queima do incenso chegasse até o Lugar
Santíssimo, indicando desta forma que as orações e a intercessão chegavam até o trono divino.
Vemos portanto que na sua função o Altar de Incenso estava intimamente relacionado ao Lugar
Santíssimo, tanto que era possível pensar que fazia parte dele. É neste sentido que o Lugar
Santíssimo ``tinha''o Altar de Incenso, não que estivesse no seu interior, mas que estava a sua
disposição.
4 O Sacerdócio
Tão importante quanto a estrutura do Santuário é o tema do sacerdócio (infelizmente, por limitações
de espaço nos referiremos a ele brevemente). Todo o sistema de culto centralizado no Santuário está
baseado no princípio que o homem pecador não pode viver por si só perante um Deus santo. Da
mesma forma o pecado impede que o homem se aproxime a Deus livremente. Precisa de um
representante, um mediador, um intercessor. Para realizar esta labor Deus chamou homens a
atuarem como sacerdotes.
No período anterior a Moisés o chefe da família (e em alguma medida o primogênito) realizava
funções sacerdotais. A Bíblia menciona, por exemplo, como Abraão construía altares e realizava
sacrifícios. Mas o texto sagrado menciona neste período sacerdotes propriamente ditos como
Melquizedec.
Quando Israel estava no deserto Deus chamou a Arão e os seus descendentes para o ofício
sacerdotal. Eles deviam ter uma especial consagração a Deus e cumprir com as formalidades do
culto (para ver algumas das normas de santidade dos sacerdotes referimos a Levítico 21). As vestes
do Sumo Sacerdote (Lev. 28) eram ricas em simbolismo, mas por falta de espaço só consideraremos
o peitoral e as pedras de ônix.
O peitoral era uma rica peça quadrada onde foram colocadas doze pedras preciosas e cada uma
levava inscrito o nome de uma tribo de Israel. O peitoral era colocado na altura do peito do Sumo
Sacerdote, desta maneira se indicava que o povo estava perto do seu coração. Adicionalmente, sobre
cada ombro do Sumo Sacerdote havia uma pedra de ônix e em cada uma delas estavam escritos os
nomes de seis tribos de Israel: o Sumo Sacerdote levava o ``peso'' do povo sobre os seus ombros.
Tudo isto era para mostrar que para todos os efeitos de culto, o sacerdote era o representante de todo
o povo perante Deus. Quando o sacerdote entrava no Santuário, era como si todo povo entrasse com
ele. O sacerdote era o representante e o intercessor.
O livro de Hebreus (Heb. 8:2) nos ensina que Cristo é o nosso Sumo Sacerdote. Isto o torna o nosso
único representante e intercessor perante Deus (I Tim. 2:5). Através dEle temos aceso a Deus e
podemos entrar junto com Ele ao interior do Santuário Celestial (Heb. 10:19)
5 Consagração do Santuário
Uma vez construído o Santuário, deviam ser realizadas cerimônias de consagração tanto dos
sacerdotes (Ex.29:1-37, Lev 8:1-36) e do próprio Santuário (Ex. 40:9-11). Todos os móveis do
templo (tanto do Lugar Santíssimo, do Lugar Santo quanto do Átrio) deviam ser ungidos com o ``
óleo da unção''. Esta obra foi realizada por Jesus no Santuário Celestial (Dan. 9:24).
6 Serviço Diário
6.1 Serviço no Lugar Santo
Cada dia o sacerdote devia cumprir as cerimônias realizadas no Lugar Santo. Todas as manhãs o
sacerdote devia queimar incenso no altar de ouro e por ``em ordem as lâmpadas'' (Ex.30:7). Todas
as tardinhas o sacerdote voltava a queimar incenso e ascendia as lâmpadas do candelabro. Já foi dito
que o incenso representava as orações dos santos e que a luz nas lâmpadas representavam a ação do
Espírito Santo na igreja de todos os tempos. O ascender inicial das lâmpadas foi cumprido por Jesus
ao enviar sobre a igreja apostólica o Consolador (o Espírito Santo) no dia de Pentecostes (Atos 2).
Mas assim como o sacerdote mantinha as lâmpadas permanentemente acesas, também o dom do
Espírito Santo está constantemente sendo oferecido a nos.
6.2 Os Holocaustos Diários
Cada dia eram oferecidos em holocausto dois cordeiros de um ano. O primeiro cordeiro era
sacrificado pela manhã e era queimado no Altar dos Holocaustos até a tardinha quando era
sacrificado o segundo cordeiro que era queimado ate a manhã (Ex.29:38-46, Num. 28:1-8). Este era
o chamado holocausto contínuo e, como os demais serviços diários, representava a contínua
intercessão de Cristo em nosso favor.
6.3 Sacrifício pelo Pecado
Como já mencionamos anteriormente, o sacrifício pelo pecado fazia parte importante do ritual do
Santuário e portanto passaremos a descreve-lo com detalhes. Perceberemos também como são
ilustrados os princípios de substituição e transferência presentes em todo este sistema de adoração e
,mais importante ainda, em todo o plano de salvação. Ao estudar este assunto vemos a existência de
quatro casos a ser considerados.
6.3.1 Quando o Sumo Sacerdote Pecava (Lev. 4:1-12)
O Sumo Sacerdote representava o povo de Israel perante Deus, portanto se ele passava todo o povo
se tornava culpado (Lev. 4:3) e ficava sem intercessor. Neste caso, o Sumo Sacerdote devia tomar
um novilho sem defeito e colocar a mão sobre a cabeça do novilho. Em este ato, o sacerdote
confessava o pecado, demonstrava confiança no substituto inocente (o novilho, representando a
Cristo) e transferia o pecado para o substituto. Em seguida, o sacerdote imolava o novilho e parte do
sangue era levado ao lugar Santo e espargido sete vezes no véu que separava o Lugar Santo do
Santíssimo (de alguma forma, o véu fazia as vezes de intercessor). Assim mesmo, o sacerdote
colocava parte do sangue nas pontas do Altar de Incenso. Desta forma o pecado era transferido ao
Santuário. O restante do sangue era derramado aos pés do Altar dos Holocaustos representando
assim o sangue de Jesus derramado no Calvário. A gordura e os rins do novilho eram finalmente
queimados no altar.
6.3.2 Quando a Nação Pecava (Lev. 4:13-21)
Neste caso, o procedimento era igual ao caso anterior com a única diferença que eram os anciãos do
povo quem colocavam as mãos sobre o novilho.
6.3.3 Quando um Príncipe Pecava (Lev. 4:22-26)
Quando era um príncipe quem pecava, devia levar um bode sem defeito, colocar a mão sobre a
cabeça do bode (com o mesmo significado que nos casos anteriores) e imolá-lo. Então o sacerdote
tomava o sangue e parte dele era colocado nas pontas do Altar dos Holocaustos e o resto era
derramado aos pés do mesmo altar. Notemos que a diferença dos casos anteriores, o sangue não foi
levado dentro do Lugar Santo, portanto o sacerdote devia comer da carne do animal para que então
o pecado seja cerimonialmente transferido ao sacerdote (vide Lev. 10:17-18). Novamente, a gordura
era queimada no altar.
6.3.4 Quando uma Pessoa Comum Pecava (Lev. 4:27-35)
Neste caso o pecador devia levar, dependendo de sua condição social, uma cabra ou uma cordeira
sem defeito. O restante do ritual era semelhante ao caso anterior.
6.3.5 Observações
Em todos os casos o pecador devia manifestar confiança num substituto.
Em todos os casos os pecados eram transferidos à vítima e ao santuário ou ao sacerdócio.
Os cargos de maior responsabilidade exigiam uma oferta maior. O pecado dum líder supõe uma
gravidade maior pois afeta a toda a nação.
Os mais humildes não estavam excluídos. Todos podiam oferecer pelo menos uma cordeira. Jesus é
o Cordeiro de Deus, a oferta que esta ao alcance de todos.
7 O Serviço Anual
Além do serviço diário, existia na economia israelita uma série de festas e convocações solenes que
constituíam o calendário eclesiástico e que chamaremos o serviço anual do Santuário. Este serviço
anual acha-se descrito mais sistematicamente no capítulo 23 do livro de Levítico.
7.1 A Páscoa (Lev. 23:4-5, Ex. 12)
A primeira destas festas era a Páscoa (Pesakh). Era realizada no dia 14 do primeiro mês (Nisã ou
Abib). A primeira Páscoa foi realizada por ocasião da da saída do povo israelita do Egito, evento
que passou a comemorar. No décimo dia do mês, era escolhido um cordeiro de um ano e sem
defeito. Na tardinha do décimo quarto dia o cordeiro era morto e assado. A carne devia ser comida
pela família aquela mesma noite com pães sem fermento e ervas amargosas. Na primeira Páscoa, as
portas deviam ser ungidas com sangue do cordeiro para que a família seja libertada da praga da
morte do primogênito.
A palavra chave desta cerimônia é libertação. Por esta razão se torna um tipo do sacrifío de Cristo.
Jesus nos liberta da escravidão do pecado e da sentença de morte que pesava sobre nós. Mas para
isso Seu sangue precisava ser derramado e Seus méritos aplicados a nós pela fé.
7.2 Os Pães Ázimos (Lev. 23:6-8)
No dia seguinte à Páscoa (15 de Nisã) começava a festa dos pães ázimos (Hag Hamatzot). Durante
sete dias não poderia haver fermento dentro das casas dos israelitas. Originalmente os pães ázimos
representavam a saída rápida do Egito, mas podemos ver aqui (e Cristo nos autoriza a faze-lo na
Santa Ceia), no cereal moído, feito farinha e logo pão, um símbolo do corpo de Cristo quebrantado
pelo homem e por causa do homem. Mas vemos também na ausência de fermento o símbolo de
ausência de pecado em Cristo. E somos convidados a ingeri-lo, a faze-lo parte de nosso próprio
organismo como alimento, dando-nos, desta forma, vida.
O primeiro e o último dia desta festa deviam ser dias de ``santa convocação" e nenhum trabalho
servil devia ser feito ( eram portanto sábados cerimoniais).
7.3 A Festa das Primícias (Lev 23:9-14)
No "dia seguinte ao sábado" (verso 11), isto é, no dia 16 de Nisã, era celebrada a festa das primícias
(Bikurim). Neste dia os israelitas deviam apresentar no templo o primeiro produto (os primeiros
molhos de espigas) da colheita. O sacerdote pegava o molho e o mexia perante o Senhor.
Esta cerimônia era um tipo da ressurreição de Cristo. Cristo é a primícia e a garantia da ressurreição
dos justos no dia a volta de Jesus (Notavelmente, Mat. 27:52-53 nos informa que muitos santos
ressurgiram junto com Cristo, fazendo a analogia com a festa da primícias mais completa e
interessante).
Notemos como Jesus cumpriu estas festas morrendo no dia da Páscoa (14 de Nisã) e ressuscitando
no dia 16 do mês, no dia das primícias.
7.4 A Festa das Semanas (Lev 23:15-21)
Cinqüenta dias após a festa das primícias, celebrava-se a festa da semanas (chamado em grego
Pentecostes e em hebraico Shavuot). Este dia era, na verdade uma santa convocação. Os israelitas
deviam apresentar dois pães como ``oferta mexida". Simultaneamente, eram oferecidos cordeiros e
bodes como sacrifício (na maior parte dos serviços e festas do santuário estão presentes os
sacrifícios pois sempre a aproximação do homem a Deus se faz na base dos méritos do substituto,
isto é , de Cristo).
Primariamente a festa simbolizava o agradecimento a Deus pela colheita. No Novo Testamento
aparece associada ao derramamento do Espírito Santo (Atos 2). Esta relação se torna mais
interessante quando percebemos que Atos 2:1 pode ser traduzido como: ``Quando o dia de
Pentecostes foi cumprido" (symplerousthai) que pode ser entendido como a realização antitípica
daquilo que era anunciado pela festa. Foi também nesse dia que a igreja cristã teve sua ``primeira
colheita'' logo do discurso de Pedro e a conversão de três mil pessoas.
7.5 Festa das Trombetas (Lev. 23:23-25)
No primeiro dia do sétimo mês (Tisri), realizava-se a Festa das Trombetas (Rosh Hashanah, ou
melhor Yom Teruah). Neste dia, que era uma santa convocação, nenhum trabalho servil devia ser
feito. No templo eram tocadas as trombetas (shofar). Este dia anunciava a proximidade do Juízo, o
Dia da Expiação. Esta festa se cumpriu antitipicamente com a pregação do Movimento Adventista
entre os anos 1840 e 1844.
7.6 O Dia da Expiação (Lev. 23:26-32, Lev. 16)
Durante o ano todo, os israelitas tinham ido ao santuário oferecendo sacrifícios pelos pecados e,
como já vimos, segundo o principio da transferência, o pecado era cerimonialmente transferido ao
santuário ou ao sacerdócio. Portanto, fazia-se necessário efetuar uma ``purificação" que eliminasse
de vez o pecado. Isto se realizava no décimo dia do sétimo mês, no chamado Dia da Expiação (Yom
Kippur). Junto com Páscoa este era o dia mais importante no calendário religioso judaico. Nenhum
trabalho devia ser feito nesse dia (era, pois, um Sábado cerimonial) e o povo devia afligir suas almas
(Lev. 23:27) e quem não o fizesse seria cortado dentre o povo (Lev 23:29). Talvez por este motivo,
o Yom Kippur tem sido, tradicionalmente, visto pelo Judaísmo como o Dia do Juízo.
No dia da Expiação o Sumo Sacerdote devia vestir as roupas de sacerdote (vestes santas) e tomar
um novilho para, primeiramente fazer expiação por si e pela sua casa. Também tomava do povo
dois bodes sobre os quais tirava sortes: um bode seria ``para o Senhor" e o outro ``para
Azazel" (sobre a origem e o significado do nome Azazel é muito pouco o que se sabe; uma hipótese
-especulativa,claro- pretende que Azazel seria o antigo nome de um demônio do deserto).
O Sumo Sacerdote imolava o novilho pegava um pouco do sangue e entrava no Lugar Santíssimo
levando também um incensario (isto era preciso para que ele não ficasse diretamente exposto à
glória de Deus). Ele deixava o incensario no chão frente à arca de tal forma que a nuvem de incenso
estivesse entre ele e arca. Então com seu dedo espargia o sangue do novilho sete vezes sobre o
propiciatório. Assim tinha feito expiação por si e pela sua casa.
Logo ele imolava o bode ``para o Senhor" (que representa a Cristo) , tomava do seu sangue, entrava
novamente no Lugar Santíssimo e fazia da mesma como tinha feito com o novilho. Desta forma
fazia expiação pelo Lugar Santíssimo (Lev 16:16,NIV). Depois, repetia a cerimônia para fazer
expiação pela Tenda da Reunião (Lugar Santo).
Uma vez feito isto, o Sumo Sacerdote, saía do Lugar Santíssimo e se dirigia ao altar ``que esta
perante o Senhor" (Lev. 16:18, provavelmente seja o altar de incenso, comparar com Êxodo
30:1-10). Tomava sangue do novilho e do bode e o colocava nas pontas do altar. Depois espargia
sangue sete vezes sobre o altar.
Uma vez feito isto, a expiação estava acabada (Lev. 16:20)e só então o Sumo Sacerdote tomava o
bode vivo (``para Azazel"), colocando as mãos sobre a cabeça do bode, confessava sobre ele todos
os pecados do povo e o bode era enviado ao deserto. Notemos que este bode não participava do
processo de expiação pois esta já tinha sido feita. Talvez o salmista se referisse a esta parte da
cerimônia quando escreveu, falando acerca do ímpios: ``entrei no santuário de Deus; então percebi o
fim deles". O bode por Azazel representa Satanás e todos os ímpios que, por não ter aceito o
sacrifício expiatório de Cristo devem carregar o peso e a conseqüência dos seus próprios pecados,
sofrendo assim a eterna separação de Deus e Seu povo (o que significa em última instância,
destruição eterna). No caso de Satanás, ele deve levar também sua parte de culpa nos pecados dos
santos por ter sido ele o originador da rebelião e o pecado (por esta razão os pecados do povo são
confessados sobre o bode para Azazel). Desta forma o Dia da Expiação ilustra a final destruição do
pecado e dos ímpios.
O Dia da Expiação antitípico começou em 1844 tal como foi anunciado pelo profeta Daniel (Daniel
8:14)
7.7 Festa dos Tabernáculos (Lev. 23:33-44)
No dia quinze do sétimo mês, começava a chamada Festa dos Tabernáculos (Sukkot) e durava sete
dias. No primeiro dia havia uma santa convocação. Os israelitas deviam construir tabernáculos com
folhas de palmeiras e ramos de árvores para morar neles durante os sete dias da festa. No oitavo dia
havia novamente uma santa convocação.
A festa lembrava o tempo que os israelitas habitaram em tendas no deserto durante a viagem até a
Terra Prometida logo de serem libertos da opressão do Egito. Por esta razão a festa se torna um tipo
da nossa libertação e nossa translação à verdadeira Terra Prometida, Canaã Celestial onde
finalmente habitaremos nas moradas que Jesus foi preparar para nós.
8 Conclusão
Neste trabalho foram descritos os principais aspectos do sistema ritual judaico centrado no
santuário, e foram interpretados os principais tipos e símbolos encontrados nestas cerimônias.
Evidentemente o trabalho não foi exaustivo (nem pretendia se-lo) pois deixamos de lado temas
interessantes e variados como: o vestuário dos sacerdotes, a cerimônia da novilha vermelha (Num.
19), as libações e ofertas de manjares, o ciclo de anos sabáticos e jubileus e até aspectos das festas
descritas que julgamos secundários para este trabalho introdutório. Pensamos ter atingido o nosso
objetivo maior, a saber, apresentar as cerimônias judaicas mais importantes e significativas, não só
para a interpretação das profecias de Daniel e Apocalipse, mas também para a compreensão do
ministério sacerdotal realizado no Santuário Celestial por Jesus, o nosso Sumo Sacerdote.
9 Apêndice I: O Santuário e as Profecias de Daniel
Não é o objetivo deste trabalho estudar em detalhes as profecias do livro de Daniel, porém não é
possível realizar um estudo satisfatório do santuário sem se referir à obra de Cristo tal como ela é
descrita nos livros de Daniel e Apocalipse. Neste apêndice serão abordadas algumas idéias que
mostram esta conexão santuário-profecias e ao mesmo tempo mostram a Cristo como o centro
destas duas revelações bíblicas.
Comumente, as profecias de Daniel são estudadas na ordem seqüencial dos capítulos (isto é, se
estudam os capítulos 2,7,8 e 9, nesta ordem). Mas para os nossos objetivos, será conveniente
começar analisando o capítulo 9.
9.1 Daniel 9: o Santuário e o Sacrifício
O capítulo começa com uma fervorosa oração. Daniel estava preocupado com a restauração de
Israel e principalmente com o estado no qual se encontrava o Templo em Jerusalém (ver, por
exemplo, o verso 17). Daniel tinha percebido que os 70 anos de cativeiro previstos por Jeremias
estavam chegando ao seu fim e se perguntava se acaso as profecias de tempo dos capítulos
anteriores significavam um adiamento da restauração de Israel. Isto preocupava o profeta, pois o
exílio do povo, o estado de destruição de Jerusalém e principalmente o fato do Templo estar em
ruínas, significava desonra para Deus. Portanto, repetimos mais uma vez, Daniel estava preocupado
com a restauração do Santuário em Jerusalém.
Mas o anjo Gabriel foi enviado para dar explicações a Daniel. O anjo lhe explicou que não era o
Templo de Jerusalém que devia ser o centro da suas preocupações(de fato o Santuário Terrestre
acabaria sendo definitivamente destruído, Dan.9:26) e lhe elevou o olhar para o Santuário Celestial
do qual nos fala o livro de Hebreus (ver Heb. 8:1-2). É com o Santuário Celestial que a verdadeira
obra de restauração está relacionada. Como veremos, as profecias de Daniel 9,8 e 7 (e grande parte
das profecias de Apocalipse) são na verdade revelações acerca do Santuário Celestial.
Como já fora explicado, o versículo 24 faz referência à inauguração do Santuário Celestial (``...e
para ungir o Santíssimo'', diz o verso). Isto significa que a profecia das setenta semanas indica o
tempo em que entraria em funções o Santuário Celestial. Mas o aspecto mais importante deste
capítulo é mostrar ao Messias como o verdadeiro sacrifício em nosso favor, que acabaria com todos
cerimoniais do Santuário Terrestre (versos 25 a 27).
Do estudo feito neste trabalho, podemos ver que as festas bíblicas se agrupam em dois pólos.
Primeiro temos as festas associadas à Páscoa: Pães Ázimos, Primícias e Pentecostes (pois a data de
realização da festa de Pentecostes depende da realização da Páscoa. Em segundo lugar temos as
festas associadas ao Dia da Expiação: Festa das Trombetas e Festa dos Tabernáculos. Como vemos,
o capítulo 9 de Daniel se relaciona com a inauguração do Santuário e com as festas associadas à
Páscoa.
Mas, poderíamos pensar, haverá alguma profecia, no livro de Daniel, referente às festas associadas
ao Dia da Expiação ? A resposta é Sim. Estas profecias estão nos capítulos 7 e 8 de Daniel.
9.2 Daniel 7 e 8: Juízo Pré-Advento
A referência mais evidente ao Santuário se encontra em Daniel 8:14: ''E ele me disse: Até duas mil e
trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado''. De acordo com o dito nos parágrafos
anteriores, a referência deve ser ao Santuário Celestial. É necessário, porém, que entendamos que
significa a purificação do santuário.
No contexto de Daniel 8 a purificação do Santuário aparece como a reação divina frente aos ataques
do poder opressor representado pelo chifre pequeno (ver Daniel 8:9-14). No capítulo 7, vemos
novamente a ação de um poder perseguidor do povo de Deus e a resposta divina, mas desta vez a
reação de Deus contra os Seus inimigos é representada por um juizo que culmina com a destruição
dos inimigos de Deus e, por contraste, a final vindicação do povo de Deus ao receberem o Reino
(ver Daniel 7:7-10 e 21-26). Devemos notar também que o Dia da Expiação apontava justamente a
ação divina que culminaria com a destruição final do pecado e os ímpios. Fundamentados no
princípio de paralelismo das profecias de Daniel e respaldados pelo contexto discutido nas linhas
anteriores, podemos concluir que a purificação do Santuário, o juízo mencionado em Daniel 7 e o
Dia da Expiação descrevem o mesmo acontecimento e portanto são equivalentes. Este obra de juízo
tem sido tradicionalmente chamada de Juízo Investigativo ou melhor, Juízo Pré-Advento, pois ele
acontece antes da Volta de Jesus.
9.3 Sumário e Comentários Finais
Temos visto que Daniel 9 está intimamente relacionado com as festas associadas à Páscoa e que
Daniel 7 e 8 relacionam-se às festas associadas ao Dia da Expiação. Podemos dizer que estes três
capítulos não são mais do que um profecia acerca do Santuário Celestial ou, equivalentemente,
sobre a obra de Cristo primeiro como o sacrifício substitutivo e logo como Sumo Sacerdote. É, em
última instância, esta profunda relação entre estes capítulos que nos permitem afirmar que os
períodos proféticos de Daniel 8 e 9 devem ter início na mesma data, a saber, 457 A.C. com a
promulgação do decreto de Artaxerxes (ver Esdras 7:1-26).
Para finalizar, notemos que os capítulos 4 e 5 de Apocalipse não são mais do que uma versão mais
detalhada da visão de Daniel 7:9-14. Assim, a relação entre Apocalipse e o Santuário se torna ainda
mais intensa e viva o que nos dá maior e mais forte motivação para o estudo dos assuntos
relacionados aos serviços nos Santuário, tanto o terrestre como o celestial.
10 Apêndice II: Jesus e o Santuário em Hebreus 9 e 10
O livro de Hebreus em geral, e os capítulos 8, 9 e 10 em particular, é de grande importância para
estabelecer o entendimento tradicional adventista acerca do santuário. Em passagens que
tradicionalmente mostravam Jesus entrando no Santuário, edições modernas (por exemplo a Edição
Contemporânea da versão de Almeida) substituem a palavra ``santuário" por ``santo dos santos",
dando a entender que Jesus teria entrado no Lugar Santíssimo no ano 31 AD. Neste apêndice
analisaremos brevemente tal questão.
No texto grego, a palavra que designa o Lugar Santo em Heb. 9:2 é ``Hagia" ( Agia) que
literalmente quer dizer ``Santo" ( apalavra ``Lugar" não aparece no original). A expressão que
designa o Lugar Santíssimo no verso 3 é ``Hagia Hagíon" ( Agia Agiwn) que significa literalmente
``Santo dos Santos" (de novo a palavra ``Lugar" não aparece).
Nos versos em questão , por exemplo Heb. 9:12, aparece a expressão `ta hagia" (ta agia) que
dignifica ``os santos". O verso, então, diz que Jesus entrou ``nos santos (lugares)", isto é, no
Santuário. Aliás, a mesma expressão ( só que no caso genitivo em vez do acusativo) aparece em
Heb 8:2, sendo traduzida universalmente como ``santuário". Os professores F. Rienecker e C.
Rogers na Chave Lingüística do Novo Testamento Grego comentam que a expressão significa o
Lugar Santo e o Lugar Santíssimo em conjunto, isto é, santuário.
Portanto concluímos que a tradução certa é ``santuário" em concordância com a interpretação
adventista.
11 Referências
[1] A Bíblia
[2] E.G. White, Patriarcas e Profetas
Casa Publicadora Brasileira
[3] Prof. Dr. R.C. Silveira
O Firme Fundamento de Daniel e Apocalipse
Instituto Adventista de Ensino
[4] K. Aland et al, The Greek New Testament
United Biblical Societies, (3th ed. corrected)
[5] F. Rienecker e C. Rogers,
Chave Lingüística do Novo Testamento Grego
Ed. Nova Vida
File translated from TEX by TTH, version 2.26.
On 8 Jun 1999, 15:08.
Imagens
Imagens baixadas do site http://www.tagnet.org/jesuskids/santuario/entrada.htm em 29/set/07
Anexo 18
Ler e resumir três histórias de pioneiros adventistas. Contar estas histórias na reunião do clube, no
culto JA, ou na Escola Sabatina.
http://www.aplib.org/Gallery.htm
Galeria Pioneira
e esboços biográficos
Anexo 19
Em consulta com o seu líder, escolher um dos seguintes personagens do Antigo Testamento e
conversar com seu grupo sobre o amor e cuidado de Deus e o livramento demonstrado na vida de
cada um.
• José
• Jonas
• Ester
• Rute
Anexo 20
Ler a primeira visão de Ellen White e discutir como Deus usa os profetas para apresentar Sua
mensagem à igreja (ver Primeiros Escritos, pág. 13-20).
Anexo 21
Ler sobre J. N. Andrews ou um pioneiro de seu país. Discutir a importância do trabalho de
missionários em outros países, e porque Cristo deu a Grande Comissão (Mat. 28:18-20).
Esta monografia foi enviada a alguns anos em um grupo de desbravadores, no entanto desconheço o
autor, na original, consta que foi produzida no SALT, caso o autor reconheça a autoria, favor entrar
em contato para aprovar ou reprovar sua disponibilização. Desde já, como foi disponibilizada em
grupo, fica subentendido a autorização de distribuição gratuita.
INTRODUçãO
John Nevin Andrews foi um pastor adventista, o qual desempenhou trabalhos importantes
na organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia, porém, pouco é conhecido pelos
membros quanto as suas obras em prol da mesma.
Esta pesquisa mostra que não a limites à utilidade de uma pessoa que pondo de parte o
próprio eu, oferece margem ao Espírito Santo na alma, e vive uma vida de “inteira
consagração a Deus”.
Neste estudo entender-se-á por “pioneiros”, as pessoas que deram início ao movimento
Adventista do Sétimo Dia, a partir de 1844; e o grupo milerita, referir-se-á às pessoas que
aderiram ao movimento religioso, liderado por Guilherme Miller no século passado.
Pressupomos que, por se tratar de um trabalho direcionado à leitores adventistas, não será feita
nenhuma explicação quando à pessoa de Ellen White, mencionado apenas alguma coisa sobre ela.
Capítulo 1
João Nevins Andrews nasceu em 22 de julho de 1829, na cidade de Polande, New Jersey,
Estados Unidos, sendo o primogênito do casal Eduardo e Sara. Desde menino se
entregou ao estudo da Bíblia, que contribuiu muito para a formação do seu caráter e
influenciou na sua sábia decisão de servir ao Senhor, a grande razão do seu sucesso
ministerial.
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Sua família era muito religiosa, e freqüentava os cultos aos domingos, o que ajudou
Andrews a despertar o interesse pelas coisas de Deus. Tal foi o desenvolvimento do
senso de cristianismo do pequeno Andrews, que aos cinco anos de idade, ouviu uma
pregação do pastor acerca do juízo, que ficou grandemente impressionado.
“Um calafrio percorria sua espinha quando pensava que um dia se encontraria diante do
trono de Deus, dando conta de seus pecados.”
Andrews foi matriculado numa escola, mas por motivo de saúde, aos onze anos de idade,
foi obrigado a abandoná-la. Fato esse, que não impediu o seu desenvolvimento
intelectual, pois era dinâmico e pertencia à classe de indivíduos que amavam o estudo e
que podiam obter informações e desenvolver-se independentemente. Passou a estudar
por conta própria.
Foi assim que João Andrews, mesmo não desfrutando as vantagens de uma educação escolar
superior, adquiriu respeitável grau de conhecimento, que com a idade de catorze anos, era
conhecido como um poderoso líder espiritual, sendo muitas vezes convidado à pregar para o povo
de Paris, no estado onde vivia. Aos quinze anos aceitou a mensagem do advento e se uniu com
entusiasmo ao grupo milerita.
MOMENTO DECISIVO
Como todo jovem que tende a tomar preciosas decisões em sua vida, o jovem Andrews,
com dezessete anos, deparou-se com tal situação. Seu tio - um homem de grande
influência e prestígio - reconhecendo no sobrinho grandes qualificações de um futuro
respeitado homem público lançou-lhe a tentadora proposta de obter um curso superior, na
universidade do país, sem qualquer despesa. Mas, para isso, era necessário modificar
suas convicções no tocante à verdade, ou até mesmo abandoná-las. Estava nas mãos de
Andrews permanecer dentro dos planos de Deus.
“Sem titubeios ou vacilações, Andrews declinou da proposta que lhe foi dirigida. Jamais
haveria de permutar fé na Palavra de Deus, por uma honrosa cadeira no Parlamento.”
Tudo recusou para seguir na trilha da verdade bíblica, havia entregado antes a Deus, para
proclamar suas verdades e não voltou atrás. Deus o abençoou de tal forma por isso, que
obteve grande sucesso no seu ministério.
INGRESSANDO-SE NO TRABALHO
Após o grande desapontamento, muitos adventistas que residiam ali em Paris, Maine,
ficaram frustrados e aguardavam perplexos uma palavra que os ajudassem a entender, o
por quê Jesus não tinha regressado. Surgiu então entre eles muitos que tentaram
entender os planos de Deus e mergulharam em profundo fanatismo, caindo na cilada de
Satanás, que começou a imputar idéias estranhas no meio do grupo.
O jovem Andrews com dezenove anos de idade acompanhava tristemente o estado dos
adventistas sobre a ação do fanatismo, o qual causava grandes conflitos. Deus interviu de
modo especial, revelando a Ellen White, através de uma visão, o estado dos adventistas
em Paris, que juntamente com Thiago White e José Bates, dirigiu-se para lá, “onde com
autoridade e vigor censuraram o fanatismo, silenciaram a heresia, e a mercê de Deus,
lograram restaurar a ordem eclesiástica e a unidade na doutrina”.
A luz celestial brilhou sobre todos e foram tocados pelo Espírito Santo, como no dia de
pentecostes, reconheceram seus estados de erros e os confessaram e se uniram em
compreensão e amor. Andrews testemunhando aquela cena, e o grande trabalho do
pequeno grupo, ficou muito impressionado pois sentiu a mão de Deus ao leme, que
decidiu unir-se inteiramente a eles, na proclamação do evangelho. Posteriormente foi
declarado por Ellen White, que a bênção de Deus, foi derramada naquela ocasião,
especialmente por causa do jovem Andrews.
O casal Ellen White e Thiago White, após um ano do incidente anterior, ficaram residentes
em Paris, juntamente com a família Andrews, com o objetivo de estabelecer naquela
cidade, uma publicadora. Incluindo entre os membros que fez parte da mesma,
desenvolveu o seu trabalho e escreveu - com conhecimento que possuía de história e
línguas - os melhores artigos de Review and Herald. Era Deus imputando nele aquele
dom, para suprir a necessidade da Igreja, que gradativamente se alongava.
Mas Andrews era demasiado altruísta quanto à salvação, que não se contentava em
somente editar seus artigos. Então, lançou-se à obra de pregação ao mesmo tempo em
que escrevia. Foi o ponto de partida ao trabalho do jovem Andrews.
″Viajava de vila em vila, caminhada a pé, sobre a neve no inverno, poeira ou lama no
verão, muitas vezes faminto. Quando suas roupas se rasgavam, ele mesmo as
remendava e continuava sua peregrinação, indo a todas as partes onde era solicitado”.
Com o capitão Bates - por algum tempo - ambos não deixavam se intimidar por nenhum
tipo de empecilho. Subiam montanhas e desciam colinas, atravessando rios e cruzando
regiões de difícil acesso. Mesmo com fardo do trabalho, Andrews encontrava tempo e
disposição para editar seus artigos para Review and Herald.
Andrews possuía um acentuado senso de urgência na proclamação da verdade, que não media
esforços para levá-lo a qualquer um, em qualquer lugar, e a qualquer momento. Através dele, muitas
pessoas que estavam tanto distante, como perto, puderam conhecer e aceitar a verdade.
Capítulo 2
Neste capítulo será relatado a forma como Deus providenciou uma família ao jovem
Andrews, dando-lhe uma esposa amorável e dedicada, e sua atitude diante da perda da
companheira. Será relatada também a forma como Deus o dirigiu na execução dos seus
planos.
Desde jovem se entregou a uma vida de sacrifícios e lutas, que não tinha tempo sequer
para pensar em casamento. Mas, foi na casa dos pais, que Andrews também recobrou
seu sentimento amoroso pela jovem Angelina, a qual demonstrara à tempo, afeições
genuínas para com ele. Como sempre altruísta, não achava ser justo propor casamento a
uma jovem, sem ter o que lhe oferecer, a não ser uma vida de solidão e sacrifícios.
Angelina por sua vez, mesmo percebendo o estado físico de Andrews e vendo que fosse
quem fosse que se casa-se, teria que lutar para evitar-lhe uma morte prematura, sentia
grande prazer em estar ao seu lado, dando assim uma demonstração antecipada de
esposa dedicada e carinhosa que seria.
No outono de 1896, Andrews se casou com Angelina, a qual foi para ele, uma esposa
realmente amorável e compreensiva. Juntos tiveram dois filhos: Carlos e Maria, os quais
se tornaram orgulho de Andrews. Angelina por muitos anos, fora o braço direito de
Andrews, ajudando-o no cuidado com a saúde e compartilhando diretamente as suas
cargas. Empenhado em seus trabalhos e constantes viagens, Andrews a deixava
continuamente com seus filhos, os quais eram-lhe um grande conforto e companhia na
ausência do esposo. Muito sofria com as separações do mesmo, porém, compreendia a
necessidade de seu árduo trabalho ministerial.
Ela cria que o Senhor o tinha chamado para servir em sua causa e submetia-se de bom
grado às necessárias separações, mas quão ansiosa aguardou o regresso do esposo a
quem tanto amava. Em seu diário de 1860 ela escreveu: “dificilmente posso reconciliar-me
com sua longa ausência. Como meu coração dispararia ao encontrá-lo novamente. Ele é
um dos mais bondosos e melhores maridos.”
Sem dúvida Angelina desempenhou um papel muito importante na vida de Andrews, pois
lhe transmitia um grande estímulo a se empenhar cada vez mais ao seu ministério.
MORTE DE ANGELINA
Angelina, que se submetera ativamente nos cuidados com a saúde do esposo, o qual por
muitas vezes a morte tentou ceifar, encontrava-se agora acometido por uma febre que a
deixou paralisada por um mês, logo após, lhe tirando a vida. Grande pranto e lamentação
sobreveio à família Andrews pela perda da mãe e da esposa. Angelina faleceu no ano
1872, deixando partes de si em vida, sobre os cuidados do pai Andrews: era o filho
Carlos, com catorze anos e Maria, com dez anos, os quais tornaram-se companheiros de
trabalho.
ACEITANDO O DESAFIO
Logo após a trágica morte da esposa, Andrews mudou-se para South Lancaster, estado
de Massachusetts, onde seus filhos podiam estudar e ele continuar na investigação que o
ajudaria a ampliar o seu livro “History of the Sabbath” (História do Sábado). Mas Andrews
que até então havia percorrido grande parte do território nacional, em busca de ouvintes
da Palavra, foi apontado pelo pastor Thiago White para levar a obra adiante na Europa.
Era Deus que estava impressionadamente preparando o caminho para a divisão da luz a
todo mundo.
Andrews à princípio, diante dessa decisão sentiu-se muito preocupado, seu semblante se
mostrava sombrio. Não seria fácil para ele aceitar o chamado, pois estava vivendo uma
vida tranqüila e interromper os estudos dos filhos. Tocado pelo Espírito Santo, Andrews
aceitou o desafio de ir para a Europa, afim de fincar a verdade em terras estrangeiras.
O TRABALHO NA EUROPA
Capítulo 3
Neste capítulo será relatado a atitude de fé e dedicação de Andrews mesmo diante das
tragédias de sua vida, e seus benefícios em prol da organização da Igreja.
MORTE DE MARIA
Após a morte da mãe, Maria torna-se o braço direito do pai, o qual dependia muito do seu
trabalho e talento. Ela assumia muito do seu trabalho no escritório, deixando-o livre para
visitar os crentes através da Europa. A dedicada jovem Maria, que se esforçava
grandemente nos trabalhos das publicações e participando ativa e diretamente no
trabalho editorial com o pai, aos poucos se deparou em um péssimo estado físico,
tossindo freqüentemente e tendo dificuldade em respirar, logo constatou-se de que se
tratava de tuberculose.
Andrews que havia sofrido muito com a morte da esposa e com a sua saúde, se deparava
agora com outra situação que lhe apertou ainda mais o coração. Convidado à participar
da Assembléia Geral em Beatle Creek, Andrews aproveitou para levá-la, confiante de que
lá o jovem doutor Kellog lhe desse alguma esperança. Mas quão grande foi a sua
frustração ao ele lhe dizer que não havia esperança de que Maria se recuperasse e de
que não viveria mais do que um ou dois meses. Andrews, que pusera as mais acariciadas
esperanças na filha, não se conformava em perdê-la. Dia e noite o devotado pai, com
incansável fidelidade e amor, se encontrava ao lado da filha, fazendo tudo o que era
possível para dar-lhe um alívio.
Embora tão útil ao trabalho, Deus em sua misericórdia permitiu a morte de Maria. Quanto
a Andrews, embora se sentisse desolado, Deus o amava em sua solidão e enviou-lhe
mensagens de esperança e ânimo, através de Ellen White. A jovem Maria, à semelhança
de sua mãe, merece um lugar de honra na história de Andrews. Devido ao seu sacrifício
teve sua influência.
“Seu funeral atraiu a maior congregação até aquela data na história de Beatle Creek e juntamente
com o apelo do pai nessa ocasião, impressionou muitos jovens e muitos jovens a imitarem a
consagração dela um dia”.
Morte de Andrews
Desde muito jovem, Andrews havia dedicado inteiramente à obra missionária, que
sacrificou seu próprio corpo, prejudicando-lhe a saúde. Sofreu dos males causados pela
sua intemperança no trabalho, até os últimos dias de sua vida, contraindo nesse decorrer,
outras doenças que lhe aceleravam a morte. Deus tinha planos para Andrews, e sempre
que a morte lhe parecia inevitável, o Senhor restaurava suas forças, a fim de continuar
seu trabalho.
Antes da morte da filha, contraiu pneumonia e chegou a perder a consciência, porém não
era chegado a hora, havia muito a ser feito. Sua saúde, após a morte da filha, foi-se
agravando cada vez mais, impedindo-o de continuar seu trabalho ativamente, pois sentia-
se fisicamente alquebrado principalmente com a contração da tuberculose.
“Lastimo não poder falar favoravelmente a respeito da minha saúde. Estou lutando com
uma doença mortal, a física, e minha situação é bem séria. A dificuldade, está agora
confinada aos pulmões. Outras coisas que em casos de pessoas físicas são geralmente
desfavoráveis, são todas, no meu caso, favoráveis. Mas as garras da morte pesam-me
sobre os pulmões, e a não ser que isto passa ser dominado, eles serão consumidos. Esta
enfermidade dos pulmões enfraquece-me tanto que me vejo na contingência de ficar de
cama.”
João Kellogg em sua viagem à Europa, visitou Andrews, e após um rápido exame
constatou seu diagnóstico: um pulmão completamente consumido pela tuberculose e o
outro com enfermidade em progresso. Sua mente porém, continuava cada vez mais
fecunda, escrevia em inglês, francês, alemão e italiano.
Todas as vezes que devia terminar o material para as publicações, ocorria um milagre e
recobrava as forças para fazê-lo. Quando terminava, novamente lhe faltavam as forças e
prostrava-se em cama. Descansava então, até precisar preparar nova matéria.
Sendo assim, mesmo em meado de sua morte supria a necessidade da revista, através
dos artigos. Mesmo em seu leito de dor, com uma tabuinha sobre os joelhos ele escrevia,
e quando não podia fazê-lo ditava, havia dias que não conseguia escrever uma palavra
sequer. O que Andrews mais desejava porém, antes de morrer, era terminar alguns
manuscritos que se achava dentro de um baú guardados, e para isso se esforçava o
máximo para recuperar as energias.
Assentava-se à mesa para comer, mas falta-lhe o apetite. Muitas vezes as lágrimas lhe
rolavam pela face ao contemplar o alimento, sentindo total inapetência. Ao piorar sua
saúde, a associação geral determinou um dia de oração em seu favor e pediu a João
Loughboraugh, seu converso dos dias de Rochester, para deixar a Inglaterra a fim de
ungi-lo.
Hum outro pastor, no fim de 1882, foi determinado à visitá-lo, era o pastor S.N. Haskel,
um homem de fé, responsável por levantar o ânimo do quebrantado missionário. A
Associação geral, a pedido do doutor Kellogg fazia o que era possível, para dar conforto e
alívio à Andrews, a fim de assistir e confortar o solitário e cansado obreiro em seus
últimos instantes.
Andrews serviu a Igreja durante 34 anos como evangelista e missionário. Foi o primeiro
adventista a defender a observância e missionário de por - do - sol a por - do - sol, como
veremos mais adiante. Foi o primeiro a discernir “na besta que subiu do mar”, no capítulo
13 de Apocalipse, um símbolo dos Estados Unidos da América.
Sob a sua liderança o movimento adventista iniciou a marcha vitoriosa rumo ao oeste dos
Estados Unidos, alcançando seus mais assinalados triunfos. Andrews foi o primeiro a se
apresentar ante uma autoridade superior, a fim de explicar a posição da Igreja Adventista
quanto ao serviço militar. Foi muitos anos redator da Reviw and Herald, participou em
1863 da primeira associação geral e serviu como terceiro presidente, de 1867 a 1869.
Um dos feitos de Andrews que o deixou reconhecido como o mais erudito entre os
pioneiros da época e que merece ser destacado dos demais por ser uma doutrina
Adventista, foi a defesa com fundamento bíblico do princípio da observância de um a
outro por - do - sol.
Influenciados por José Batas, muitos criam na observância do sábado à partir das 18:00
horas da tarde, inclusive Thiago White, pois reconhecia em Bates grande erudição e
confiava no seu juízo acima de qualquer outro, por ter sido o primeiro a guardar o sábado
entre eles. Havia outros também que por sua vez, achavam que o sábado se iniciava à
meia noite de sexta - feira, terminando na meia noite de sábado. Outros ainda
argumentavam não ser importante as horas do início e término, portanto que se
observasse as 24 horas.
Familiarizado desde a infância com a Bíblia e seus idiomas originais, não foi muito difícil
para Andrews; após dedicar-se ao estudo intensivo da mesma, considerando o que dizia
em Levítico 23:32: “De uma tarde a outra tarde celebrareis o vosso sábado”, e tendo em
vista que de acordo com a Bíblia, “tarde”, referia-se a palavra por - do - sol, chegou a
conclusão de que realmente o sábado deveria ser observado de Por - do - Sol a Por - do -
Sol.
Foi assim que Andrews determinou os limites das horas do sábado, estabeleceu unidade
na Igreja e conquistou o respeito e a admiração da comunidade intelectual dos seus dias.
CONCLUSÃO
A vida de Andrews nunca foi um “mar - de - rosas”, mais ainda em meio à vicissitudes da
vida, conteve a coragem de um homem de caráter firme e propósitos definidos. Mesmo
carregando grandes fardos, avançava com seu trabalho. Nem mesmo tragédias podiam
apagar o espírito missionário do nosso pioneiro, que sacrificou sua própria vida por amor
à Deus.
Deus espera contar com jovens que se entreguem de corpo e alma à sua obra. Assim
feito, a semelhança de Andrews, não conhecerão limites à sua utilidade. A estes que
combateram o bom combate e terminaram a carreira, uma coroa incorruptível lhes estará
reservada.
BIBLIOGRAFIA
Mensagem, Fundadores da. Autor: Dick, Everett. Santo André, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira,
1976. Pág. 247.
Pioneiros, Na Trilha dos. Autora: Oliveira, Lygia de. Santo André, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira,
1990. Pág. 248.
Leme, A Mão de Deus ao. Autor: Oliveira, Enoch de. Tatuí, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1988.
Pág. 318.
Adventismo, História do. Autor: Maxwell, Mervyn C. Santo André, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira,
1982. Pág. 318.
Nações, O Desejado de Todas as. Autora: White, Ellen G. Santo André, São Paulo, Casa Publicadora
Brasileira, 1978. Pág. 798.
Anexo 22
Apresentar dois estudos bíblicos a uma pessoa não batizada na Igreja Adventista.
Os ensinos bíblicos são imprescindíveis para o homem. Na Bíblia existem doutrinas (ensinos),
poemas, provérbios, cânticos, histórias, revelações, profecias, comentários, narrativas e outras
formas literárias, abrangendo 66 livros, que foram escritos por 40 diferentes autores, sob inspiração
do Espírito Santo de Deus (livro de 2 Pedro, capítulo 1, verso 21).
A sabedoria da Bíblia, chamada também "Palavra de Deus" é uma fonte a jorrar para a vida eterna.
Nela, se encontra o Plano de Salvação para o homem, a justiça, a misericórdia, o amor, a eternidade,
a santidade.
O propósito de estudar a Bíblia, de forma ordenada e contínua, é que as Sagradas Letras podem:
EDUCAÇÃO CRISTÃ ORDENADA: a palavra ensinar é repetida mais de 200 vezes na Bíblia.
Exemplos: Deuteronômio capítulo 4.versos: 1,5 e 10, Deuteronômio capítulo 6, verso 1.
A "Grande Comissão" dada à Igreja não envolve apenas a proclamação das boas novas
(evangelismo). Os ensinos (doutrinas) precisam ser apresentados ao povo, para edificação e
afastamento das heresias (erros): Romanos 15.4, Colossenses 1.28, 1 Timóteo 4.11.
O próprio ministério de Jesus foi, em grande parte, voltado ao ensino: Mateus 5.2, 7.29, 9.35, Lucas
4.15, etc.
As bênçãos decorrentes do ensino da Palavra de Deus são expressas em João 5.39, Romanos 15.4,
Salmo 119.105, 2 Timóteo 3.14-17, Apocalipse 1.3.
O ensino bíblico não deve ser ministrado somente a jovens e adultos. Há vários exemplos bíblicos
da ênfase de ensinar a criança dentro da Palavra de Deus: Provérbios 22.6, Deuteronômio 6.7,
Mateus 19.13-14, 1 Timóteo 3.14-15.
A AULA BÍBLICA
A execução do ensino é uma tarefa de responsabilidade do professor, a ser feita com dedicação e
amor. Afinal, você está lidando com pessoas a quem Deus muito ama!
Basicamente, a aula bíblica é composta das seguintes etapas:
1. PREPARAÇÃO DO PROFESSOR
Separe tempo, na semana anterior à classe, para:
- Oração
- Leitura da lição
- Fixação dos objetivos da aula - síntese do que o aluno aprenderá – Exemplo:
Aula sobre o valor da oração
Síntese do ensino – a oração é importante porque é um recurso que Deus nos dá para nosso
crescimento e vitória espiritual.
Aplicação prática: levar o aluno a orar, diariamente.
- Preparação da aula em si (recursos didáticos, interações com os alunos, planejamento da aula) –
buscando despertar o interesse do aluno e motivá-lo para a aprendizagem.
2. NA CLASSE:
O professor precisa chegar com antecedência de 15 minutos, para prepara os materiais e ajustar o
local (arrumação de cadeiras, ventilação, iluminação, etc.).
Ao entrarem os alunos, postado á porta, cumprimenta-os pelo nome e mostra satisfação em que eles
tenham vindo.
Anota os nomes dos presentes e, se houver visitantes, nome e endereço.
A seguir, no horário exato, inicia a aula com uma oração. Então procede com a aula propriamente
dita:
1. Leitura Bíblica
É o texto bíblico no qual se baseia a história da lição. A leitura sempre é recomendada, mesmo que
depois o professor conte a história posteriormente.
Caso a leitura seja longa, e os alunos de pouca idade, pode-se abreviar ou lê-la de modo dinâmico
(exemplo: se há 2 personagens, o professor e um aluno escolhido lêem responsivamente o trecho da
fala respectiva a cada personagem).
2. Apresentação do tema ou da história
Pode-se iniciar a aula com perguntas sobre o texto, o com uma explanação direta sobre o mesmo.
Caso a aula seja sobre história bíblica, sugere-se utilizar figuras ou outros recursos para tornar
atraente o ensino.
É importante o professor ter em mente que esta não é somente a hora de se contar uma história, mas
sim o momento de transmitir ao aluno as verdades divinas.
3. Ponto de Contato - Aplicação da Lição
É o momento de fazer um fechamento do assunto ou da história bíblica, destacando lições que se
apliquem ao dia-a-dia e à faixa etária de seus alunos.
Também, você pode aproveitar para avaliar o que aprenderam fazendo perguntas aos seus alunos.
4. Atividades
É hora de usar a revista do Aluno, caso houver. O professor deve dar muita atenção ao aluno nesta
fase. É neste momento que ele vai dar o retorno de tudo o que aprendeu e você, professor, poderá
avaliar, também, seus procedimentos didáticos e, quem sabe, se for o caso, reestruturá-los.
5. Memorização do Texto
É o momento de os alunos memorizarem o texto áureo. Utilize um suporte visual para essa parte
(cartaz ou gravuras).
6. Encerramento
É o último contato em sala e você deve proceder de tal forma que seu aluno perceba sempre uma
porta aberta para ele voltar e, de preferência, trazendo visitantes.
Apresentam-se os visitantes e lembre-se dos aniversariantes.
Sempre encerre sua aula com uma oração, dê oportunidade para um aluno fazê-la.
Não se esqueça de despedir os alunos com sorriso e cordialidade, manifestando sincero desejo de
revê-los na próxima aula!
Em tempo:
Utilize cartazes, recursos didáticos, exercícios variados, brincadeiras. Faça uso desses recursos e
você verá como sua aula ficará movimentada e seus alunos muito mais motivados.
Fonte: http://www.ebdonline.com.br/ pesquisado em 19/10/07.
Idéias:
Se você tem no seu clube crianças não adventistas que tem de cumprir este requisito, ela pode faze-
lo no próprio clube, para outros desbravadores não adventistas ou mesmo adventistas. Para isto,
peça que ela estude o material da aula uma ou duas semanas antes, e tire pessoalmente com ela
todas as duvidas para que ele ministre uma boa aula.
Para filhos de adventistas, o mais fácil é incentivar que eles acompanhem os pais em estudos
bíblicos, e, converse com os pais para darem oportunidade de deixarem os filhos ministrarem o
estudo.
Anexo 23
Ler na Bíblia os livros de Provérbios, Habacuque, Isaias, Malaquias, Jeremias ou completar o ano
bíblico.
Para auxiliar e motivar o estudo, foi retirado o esboço dos livros no site da wikipedia:
Habacuque
Habacuque ou Habacuc é o livro bíblico cuja autoria é atribuída ao profeta de mesmo nome, que
significa "abraço", e está incluso na subdivisão da Bíblia chamada de Profetas Menores, sendo um
livro de apenas três capítulos. Provavelmente tenha sido escrito no século V a.C..
Habacuque nos sugere que observava a sociedade judaica a partir do templo, onde possivelmente
servia como levita, isto é cantor, podemos notar o capítulo três de seu livro é uma canção, sendo que
os últimos versos são considerados uma das maiores expressões de fé do Antigo Testamento.
O livro de Habacuque é diferente dos demais livros dos profetas em seu estilo literário, pois em
momento algum há profecias contra esta ou aquela nação ou pessoa em particular, porém o que se
pode ver é um diálogo entre o profeta e Deus. Entre seu texto há no capítulo dois a expressão: "O
justo viverá da fé", que mais tarde inspiraria o Apóstolo Paulo a escrever a mais teológica de suas
cartas, a Carta aos Romanos, que posteriormente inspirou também Martinho Lutero na elaboração
das 95 Teses "gatilho" da Reforma Protestante
Isaias
O profeta Isaías teria vivido entre 740 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao
cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701
a.C.
Isaías, cujo nome significa Javé salva ou Javé é salvação exerceu o seu ministério no reino de Judá,
tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-
Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.
O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-se profeta através de uma visão
do trono de Deus no templo, acompanhado por Serafins, em que um desses seres angelicais teria
voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu
pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua
mensagem.
Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de
punição e juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos
ocorridos durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.
A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança.
Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao
mesmo tempo como um servo sofredor que morreria pelos pecados da humanidade e como um
príncipe soberano que governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro
seria o de número 53 que menciona o martírio que aguardava o Messias:
"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". (Is 53:5)
De acordo com a tradição judaica, Isaías teria sido morto serrado ao meio na época do rei Manassés.
Malaquias
O Livro de Malaquias é um livro profético que faz descrições que mostram a necessidade de
reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com a catalogação,
Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a.C., sendo que
o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.
O profeta Malaquias foi contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo
judeu na Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo
necessário conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica.
Os megatemas tratados na obra seriam o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo
e a vinda do Senhor.
Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às
famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais". No término do livro de
Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade.
Um outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a 12
do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo
bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa.
Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias o povo
havia ignorado o mandamento, enfraquecendo a instituição religiosa, isto é, a manutenção dos
sacerdotes e do próprio templo.
Jeremias
Jeremias (הוxיzמz י}רYirməyāhū) foi um profeta hebreu. Filho de Helcias, nasceu em 650 a.C. em
Anandote, um povoado a nordeste de Jerusalém, e morreu no Egito, em 580 a.C. Foi sacerdote do
povoado de Anadote e previu, segundo a Bíblia, entre outras coisas, a invasão babilônica -
Nabucodonosor atacou Israel em 597 a.C. e novamente em 586 a.C., quando destruiu Jerusalém e
queimou o templo.
O livro de Jeremias é o segundo dos livros dos principais profetas da Bíblia. Os capítulos 1 a 24
registram muitas das suas profecias. Os capítulos 24 a 44 relatam suas experiências. Os
remanescentes contém Profecias contra as nações. É provável que seu secretário tenha reunido e
organizado grande parte do livro. Na história de Babel foi usado o método Atbash de criptografia.
O Livro das Lamentações, uma dos livros poéticos do Antigo Testamento, segundo a tradição
também foi escrito por Jeremias. Fala sobre a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, a
corrupção dos líderes e do povo e seus sofrimentos após a conquista. Contém comoventes preces a
Deus, uma súplica por perdão e restauração.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org”
Anexo 24
Acompanhar, no mínimo duas horas, seu pastor ou primeiro ancião, observando o cumprimento de
seus deveres pastorais.
Anexo 26
DICAS DE MEMORIZAÇÃO
1. Todos nós aprendemos por analogia, isto é, fazemos algum tipo de comparação relacionando as
informações que nos chegam e associando-as com aquelas que já estão guardadas na memória.
2. Para tornar esse processo melhor e mais eficiente, devemos saber exatamente:
· o que queremos aprender;
· por que desejamos aprender;
· qual a importância dessa nova aprendizagem, isto é, no que esse novo conhecimento vai contribuir
para transformar nossa vida.
3. Desenvolver a memória significa ganhar conhecimento sobre a natureza do processo de
memorização e praticar, de modo sistemático, as vivências, as estratégias e as técnicas nele
incluídas.
4. Em outras palavras, memorizar implica:
· observar, imaginar e selecionar as informações que nos chegam;
· compará-las;
· relacioná-las entre si;
· tirar conclusões.
5. Assim, refletindo de modo ativo, poderemos armazenar e resgatar informações de maneira mais
duradoura e eficaz.
Do livro Cuide de sua Memória de Ana Alvarez
Bibliografia
http://blog.hayamax.com.br/2007/05/28/dicas-de-memorizacao/ pesquisado em 02/09/2007
Comentário Bíblico Adventista em Espanhol
Dicionário Eletrônico Michaelis
http://pt.wikipedia.org