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“É o coração que sente Deus e não a razão. Eis o que é a fé: Deus sensível ao coração.”
A razão não é suficiente a si mesma, ela tem limites, e Pascal reconhece esses limites.
Estabelece que a ética, a vida social e a religião é que definem o mundo humano real e
esse mundo real em grande parte foge das possibilidades da razão.
Mas mesmo no mundo natural a razão é limitada, pois os segredos da natureza estão
encobertos na experiência que constantemente aumenta em quantidade, intensidade e
valor. Uma hipótese que busca explicar um acontecimento na natureza pode ser
validada, negada ou permanecer duvidosa, e a experiência permanecendo duvidosa
demonstra claramente que a razão tem seus limites.
Por ter plena noção de sua condição no mundo e portanto, de sua morte, Heidegger
afirma que os homens enxergam as possibilidades infinitas como limitadas, já que a
morte é inevitável.
Para os existencialistas a essência humana é formada a partir das escolhas, por isso a
importância da liberdade, para que o homem consiga livremente formar sua própria essência. A
responsabilidade sobre as escolhas e ações é também de inteira responsabilidade do homem.
Heidegger, Camus, Sartre, Merleau Ponty e Kierkegaard são os principais nomes dessa
corrente.
Nietzsche
Ao homem — que pela doutrina do eterno retorno está condenado a viver repetidas vezes, “sem
razão ou objetivo” — não cabe reclamar desse destino, mas aceitá-lo e amá-lo. Nietzsche chama
essa aceitação de amor fati (amor ao destino), pelo qual o ser humano, ciente de que não há poder
transcendente que o ampare, dá sentido à própria vida. Isso implica amar cada momento como ele
se apresenta, “eternizando” o presente.
É desse modo que o homem supera as antigas oposições metafísicas (essência/aparência,
sensível/inteligível, mutável/permanente) e se toma consciente de estar integrado ao cosmo. Esse
processo o conduz à criação de novos valores, ascendentes, e ao fazer isso, nas palavras de
Scarlett, “ele intervém num momento qualquer do processo circular [o eterno retorno], que é o
mundo, e assim recria o passado e transforma o futuro”.
Zygmunt Bauman
A modernidade líquida promove uma sociedade líquida. Como as relações sociais são
afetadas por esse novo modo de entender a sociedade, então há uma significativa
mudança social no século XX. As pessoas passaram a viver de outra forma, o que
fez surgir uma dinâmica social maleável em nossa época.
Amor líquido
Nas sociedades líquidas estabelecidas pela modernidade líquida, houve também uma
nova forma de encarar-se o amor e as relações afetivas mais íntimas entre pessoas. O
amor, que antes era encarado como uma relação sólida entre duas pessoas, passa a
ser algo transitório e passageiro. A frase “eu te amo” foi banalizada e desvalorizada
nas sociedades modernas.
Quando falamos sobre Zygmunt Bauman, tendemos a lembrar-nos das
palavras “líquido”, “líquida” e “liquidez”. Isso porque, de um modo geral, Bauman
identificou que as relações sociais no século XX perderam as características
essenciais que elas, majoritariamente, tinham nos séculos anteriores. É preciso,
primeiramente, localizar a teoria geral de Bauman para, então, partir para as suas
ramificações.
Weber