❏ Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcjen, Reino da Prússia, em 1844, e morreu
em 1900, aos 56 anos de idade, sendo um dos mais importantes filósofos da História, tendo influência da obra de Schopenhauer e da filosofia clássica grega. Referências gregas ❏ Apolo, o deus grego da lucidez, harmonia e ordem, e Dionísio, o deus da embriaguez, exuberância e desordem. ❏ Para Nietzsche, a nossa humanidade se preocupou mais com conceitos apolíneos do que dionisíacos, nos levando ao caos, e para isso, é preciso encontrarmos um equilíbrio entre os deuses. Deus está morto ❏ Em sua obra “O Anticristo”, Nietzsche afirma que o cristianismo é responsável pelo rumo triste em que a humanidade traçou, pois ele se sustenta pelo pecado, utilizando a salvação como meio de dominação. ❏ Em sua obra "Gaia e a Ciência", de 1882, Nietzsche anuncia a morte de Deus. Desde então, muitos pensamentos e interpretações são feitas. Porém, há um caminho mais seguro para compreendê-la, ao qual apenas com o entendimento da filosofia de Nietzsche, podemos nos aproximar. ❏ Com a morte de Deus, a Vontade de Potência dos homens passa a valer. Assim, a razão, a ciência, as experiências, todas elas são utilizadas como instrumento de poder, a imposição da moral dos senhores sobre os escravos, gerando consequências profundas na humanidade. Vontade de Potência ❏ "Vontade de Potência", ou "Vontade de Poder", segundo Nietzsche é a força motriz dos seres-humanos. Assim, sair de um ponto e chegar a outro, é algo que pertence a nossa vontade "criar", dar" e "avaliar". Mas, não se restringe apenas a questões físicas e orgânicas, pois há relações com sentimentos, como a tristeza e a felicidade, a descrença e a esperança. A vontade de potência abre caminhos e possibilidades para a humanidade. Moral dos Senhores e Escravos ❏ A moral, para Nietzsche, é construída em uma forma fragmentada. Existe a Moral dos Senhores, pautada no que é bom, sendo a sua afirmação enquanto superior e o que é mau, sendo aqueles que são inferiores. Existe também a Moral dos Escravos, que inverte esses valores, criando o que é bom, referente a si mesmo, e a mau, referente aos senhores que os querem dominar. Logo, a moral é criada de acordo com a sua classe social. A Moral dos Senhores fora utilizada na história para inferiorizar e dominar os escravos, assim como a moral cristã foi utilizada como forma de dominação também. ❏ Nietzsche entende que a memorização se relaciona à capacidade humana de seguir normas que reprimem seus instintos, e que a repressão do esquecimento e dos instintos teria como finalidade a convivência social. A consciência, nessa perspectiva, seria, segundo Nietzsche, o “último estágio” do processo de evolução do sistema orgânico humano, como resultado da necessidade que os indivíduos, ao conviver socialmente, teriam de levar à consciência suas ações, sentimentos e comunicações. Resposta [E] Para Nietzsche, como se observa a partir do texto, o processo de formação da memória se constituiu a partir da violência e da crueldade, “jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória”. A memória, então, seria o contrário do esquecimento, permitindo ao indivíduo o não-esquecimento de experiência passadas. Nietzsche entende, ainda, que a memorização se relaciona à capacidade humana de seguir normas que reprimem seus instintos, e que a repressão do esquecimento e dos instintos teria como finalidade a convivência social. A consciência, nessa perspectiva, seria, segundo Nietzsche, o “último estágio” do processo de evolução do sistema orgânico humano, como resultado da necessidade que os indivíduos, ao conviver socialmente, teriam de levar à consciência suas ações, sentimentos e comunicações. Eterno Retorno ❏ Nietzsche levanta a questão do "eterno retorno", muito comum em filosofias antigas, passando pelos pré-socráticos e por Platão, onde passamos por um processo de continuidade, de auto fecundação, até nos tornarmos atores únicos, e depois, novamente, múltiplos. Assim, o tempo é infinito. ❏ Nietzsche também levanta a discussão sobre o "amor-fati" (amor ao destino), que procura aceitar o "eterno retorno", identificando que não precisamos querer nada, nem do futuro, nem do passado, apenas vivendo o presente. O amor-fati é crítico ao cristianismo, pois este defende o amor divino, enquanto que o amor-fati, defende o amor sem ilusões. ❏ "É verdade: amamos a vida não porque estejamos habituados à vida, mas ao amor. Há sempre o seu quê de loucura no amor; mas também há sempre o seu quê de razão na loucura." Resposta [E]
Em Nietzsche, o “amor fati” (ou amor ao destino, ao inevitável, à fatalidade)
desempenha uma crítica à tradição crista, uma vez que nela o amor ideal (portanto divino) não é aquele que se realiza no mundo, mas sim na transcendência, em Deus. O amor fati, em oposição, traz na sua própria definição uma afirmação da vida “daquilo que é”, sem ilusões ligadas aos “séculos dos séculos”, comprometida com viver plenamente, aceitando o real e afirmando-se nele. Resposta [A]
O Eterno Retorno é uma formulação com repercussões éticas para as condutas
humanas e que se distancia de doutrinas gerais sobre o ser e sobre a vida. Super-homem ❏ O Super-homem, ou Além-homem, para Nietzsche, era aquele capaz de compreender e aceitar o "eterno-retorno" e o "amor-fati", construindo novos valores. Esse ser deve construir, a partir daí, pautado em valores, a educação, visando a melhoria da humanidade. Niilismo ❏ Niilismo (do latim: nada) é o vazio, a visão cética da realidade e descrença dos valores morais, sendo discutido na literatura, nas artes em geral e na filosofia, onde o Absurdo (tendência em se buscar significado a vida) é presente. ❏ Friedrich Nietzsche, no século XIX, identificou a doença europeia de seu período, fez duras críticas a moral imposta pelo cristianismo e a nossa incessante busca pela razão, que segundo ele, mais nos destruiu do que nos humanizou, e enfim, utilizou o niilismo como forma para compreender melhor a vida, propondo não o fim, mas um meio para elevar a humanidade para uma melhor condição. Niilismo ❏ Niilismo (do latim: nada) é o vazio, a visão cética da realidade e descrença dos valores morais, sendo discutido na literatura, nas artes em geral e na filosofia, onde o Absurdo (tendência em se buscar significado a vida) é presente. ❏ Friedrich Nietzsche, no século XIX, identificou a doença europeia de seu período, fez duras críticas a moral imposta pelo cristianismo e a nossa incessante busca pela razão, que segundo ele, mais nos destruiu do que nos humanizou, e enfim, utilizou o niilismo como forma para compreender melhor a vida, propondo não o fim, mas um meio para elevar a humanidade para uma melhor condição. Niilismo ❏ Gilles Deleuze, filósofo francês, estudioso da obra de Nietzsche, identificou em seus estudos, quatro tipos de niilismo, contidos no pensamento nietzschiano: ❏ 1. Niilismo Negativo: A negação da realidade em detrimento de um mundo superior. Uma clara referência ao cristianismo, ao deixar de viver pertencendo a essa realidade, aguardando o "Juízo final" ou a vida pós-morte. ❏ 2. Niilismo Reativo: Referente a vida em um mundo imperfeito, que não deveria ser como é. Esse mundo deveria ser diferente, deveria ser melhor. A morte de Deus é evidente, há mais que se preocupar agora com as atitudes dos homens, e por isso, o niilista reage a esse mundo. Niilismo ❏ 3. Niilismo Passivo: Como o próprio nome diz, o niilista aceita passivamente a morte de Deus, e não vê outra saída a não ser esperar a sua própria morte, vivendo em um mundo imperfeito, injusto e desigual. ❏ 4. Niilismo Ativo: Trata-se da superação desse mundo imperfeito. Assim, o niilista age destruindo os valores já existentes, em busca da construção de novos valores, relacionando as alternativas que são semeadas pelo Eterno Retorno. Resposta [D]
O niilismo de Nietzsche é acompanhado por uma profunda crítica à cultura e à
filosofia moderna. Na ausência de esperança, o que resta ao homem ocidental é dar-se conta de sua finitude, tal como apresenta a alegoria do texto da questão.