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FRIEDRICH NIETSCHE

A) NIILISMO
Niilismo no senso comum:
Niilismo – niil (latim) nada / vazio / Falta / negação de valores superiores
 Niilismo é uma forma de conduzir a vida sem valores superiores, sem ideais,
sem princípios, regras, normas.
 Niilismo é a forma de levar a vida desamarrada de princípios que transcendem
a ela.

 Na vida existem valores, normas, princípios que norteiam a conduta do homem


 Niilismo é uma vida sem valores superiores
 A frase do grande filósofo Zeca Pagodinho “deixa a vida me levar” é bem niilista
 Quando se fala em crise dos valores, é a nossa sociedade pendendo ao niilismo
 Um niilista vive ao sabor dos encontros com o mundo bem estilo Skank “vou
deixar a vida me levar”
Niilismo em Nietzsche:
 Nietzsche dá ao niilismo o sentido contrário
 E não conta ao leitor
 Niilista, para Nietzsche, é justamente aquele que pauta a vida por valores,
princípios e vive por eles.
 O maior exemplo de niilista para Nietzsche é o cristão
 A pergunta que podemos fazer é: Se o cristão é niilista porque segue a valores,
princípios. O que é que o cristão nega?
 Nega o mundo da vida
 A vida natural
 Nega a natureza humana
 Nega as pulsões, sensações e energias vitais
“Em nome do céu, nega-se a Terra” (Crepúsculo dos ídolos)
Em nome de uma monogamia, nega-se a natureza humana de várias
binbadas

O primeiro grande niilista segundo Nietzsche foi PLATÃO e usa ideia de mundo
inteligível (ideias), constituído por valores absolutos, beleza absoluta, verdade
absoluta. Negando o mundo físico, das experiências, das sensações como sendo um
mundo imperfeito.
ARISTÓTELES é o segundo niilista, por sua visão cosmológica organicista de que o
mundo está organizado como um grande organismo em que o vento venta, a chuva
molha, sol queima, o gato mia, o cachorro late, o lobo ladra, o urso panda, sapo
sapeia... para Nietzsche esse modelo mental, é mais um modelo que escraviza a vida.
CRISTO, filho da tradição judaica, seria outro niilista. Ao pregar valores superiores em
nome de um paraíso, salvação. Pregando o ascetismo, a negligência dos prazeres, em
detrimento do hedonismo (culto ao prazer). O cristianismo prega uma vida de
aceitação, abnegação, submissão. Para Nietzsche “os homens inventaram o ideal para
negar o real”. “Melhorar a humanidade, eis a última coisa que vou prometer”.
Os ídolos criados pelo cristianismo, são de barro.

FILOSOFIA DO MARTELO
 A filosofia como um martelo (ferramenta) para martelar os ídolos
 Os ídolos são todo tipo de modelo mental que escraviza a vida (com normas,
valores, princípios). Negando a natureza humana.
 Filosofia do martelo é Nietzsche martelando todas as nossas certezas (criadas e
patrocinadas por modelos mentais)
 A filosofia de Nietzsche se apresenta como uma desconstrução
 Mostrar que as certezas são incertas
 Que as referências não têm fundamento
“A invenção de um ideal é a mentira maior, maldição que oprime a
realidade” (Crepúsculo dos ídolos)

A MORTE DE DEUS
 Morte de uma “estrutura religiosa do pensamento” (que é a ideia de oposição
entre bem e mal / céu e a Terra / Cidade dos homens e cidade de Deus) a ideia
de que o céu é superior a Terra.
 Ao anunciar a morte de Deus, Nietzsche anuncia a morte dos valores cristãos
 A morte de Deus é o fim da oposição entre o bem e o mal
 Deus para Nietzsche é uma muleta (que o homem sofrendo se apoia)
 E ao invés de viver a vida real, o homem passa a vida esperando e vivendo em
função de um mundo que não existe.
“Nós que defendemos outra fé, nós que consideramos a democracia como uma
forma degenerada da organização política, mas como uma forma decadente e
diminuída da humanidade, que ela reduz a mediocridade. Onde colocaremos a
nossa esperança? ”
 É degenerada porque a democracia iguale desiguais
VONTADE DE POTÊNCIA
 Mundo da vida é constituído de energia
 Essa energia em corpos viventes Nietzsche chama de “Vontade de Potência”
 Somos energia que, com potência, busca mais energia
 Eu andava há pé, comprei uma bicicleta não estou satisfeito quero uma moto
 Comprei uma moto, não estou satisfeito quero um carro
 Comprei carro não satisfeito comprei uma Ferrari
 E quero helicóptero, jatinho, etc etc etc é isso que somos enquanto “vontade
de potência”
 A “vontade de potência” pode ser estudada a partir de dois tipos de forças:
 ATIVAS: É aquela que existe por si só
 REATIVAS: é aquele que se opõe a uma força ativa pré existente
 Nietzsche diz que todos nós somos movidos por forças ativas e reativas
 Em alguns momentos da vida prevalece as forças ativas em outros as reativas
 O que caracteriza uma pessoa forte, destacada, superior, a melhor naquilo que
ela faz, é ser movida por forças ativas
 O que caracteriza o fraco é a força reativa é o pé no saco
 Por exemplo eu dando aula sou movido por forças ativas e eu grito, falo alto,
falo palavrão. Ai vem o força reativa do lado e fala “professor dá p falar mais
baixo, tá atrapalhando a minha aula”. Eu digo “NÃO DÁ”. Muda sua força lá,
grita também e a gente fica disputando, você lá eu cá.
 Para Nietzsche pessoas movidas por forças reativas são as aquelas que
inventaram as regras morais

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