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Vinícius Ferreira
Friedrich Nietzsche: foi um filósofo, poeta e crítico cultural alemão nascido em 1844
em Röcken, na Saxônia-Anhalt, Alemanha, e falecido em 1900 em Weimar, Alemanha.
Ele é amplamente considerado um dos pensadores mais influentes da história da
filosofia ocidental. Nietzsche estudou filologia clássica na Universidade de Bonn e na
Universidade de Leipzig, onde se tornou professor de filologia clássica com apenas 24
anos. No entanto, ele abandonou a carreira acadêmica em 1879 devido a problemas de
saúde e dedicou-se à escrita.
Filosofia à marteladas: Para Nietzsche, o papel do filósofo não é meramente
compreender o mundo, mas também transformá-lo. Em outras palavras, seu objetivo é
demolir ideias e conceitos que já não servem mais e abrir espaço para a criação de novas
formas de pensar e viver. Assim, a metáfora do martelo representa a ideia de que a
filosofia deve ser uma ferramenta destrutiva e crítica, que questiona e desafia a tradição
e a autoridade, e que busca romper com os padrões estabelecidos. Dessa forma, o
pensamento de Nietzsche é comparado a marteladas porque ele visa despedaçar e
desmontar as verdades pré-estabelecidas, abrindo caminho para novas possibilidades de
existência.
Antirracionalista: "A razão, assim como a intuição, é apenas uma ferramenta; é a
ferramenta da minha vontade, do meu instinto de vida. Não há critério superior à minha
vontade; por isso sou livre. Não há verdade suprema que esteja acima de mim; por isso
sou um espírito livre." (Além do Bem e do Mal, seção 24).
Vontade de potência: "O 'querer-viver' é apenas a expressão para 'querer-poder': o
homem só deseja o que ele é capaz de fazer. Toda escolha é, portanto, um querer de algo
que se pode; todo não-querer é consequentemente um não-poder. Mas podemos querer
mais do que somos capazes de fazer." (A Gaia Ciência, seção 9). Para Nietzsche, a
vontade de potência é o impulso básico que está presente em todas as coisas e seres
vivos do universo. É um impulso que busca afirmar-se e expandir-se, buscando sempre
superar a si mesmo e conquistar novos desafios e horizontes. Essa vontade de potência é
a força motriz da vida e da evolução, e é responsável por todas as conquistas e
realizações humanas.
Moral do Nobre e Moral de Rebanho: "Moral de nobre: é determinada e
determinante. A moral de rebanho: falha em ambos os casos, pois nega que se possa
determinar algo por si mesmo." (Além do Bem e do Mal, seção 260). Nesse trecho,
Nietzsche está argumentando que a moral do nobre é uma moral que é tanto
determinada quanto determinante. Ou seja, ela é baseada na vontade de poder do
indivíduo, que busca criar seus próprios valores e determinar seu próprio caminho na
vida. Por outro lado, a moral de rebanho, que é baseada na conformidade com os valores
estabelecidos pela sociedade, falha em ambos os casos, pois nega que o indivíduo possa
determinar algo por si mesmo. Segundo Nietzsche, essa moral é baseada em uma
mentalidade de rebanho que busca agradar aos outros e seguir as normas estabelecidas,
em vez de buscar a autoafirmação e a expansão da vontade de poder individual.
Apolíneo e Dionisíaco: "O apolíneo aparece como a personificação da
beleza serena, da claridade e da limitação de formas, enquanto que o dionisíaco se
revela como o impulso criativo em direção à desmedida, à totalidade da vida, à
afirmação da existência." (O nascimento da tragédia)
Transvaloração: "Eu vos digo: é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma
estrela dançante. Eu vos digo: ainda tendes um caos dentro de vós. Ai daqueles que não
geram estrelas. Companheiros, o homem superior deve ser um criador de valores e não
um mero adorador; aquele que primeiro molda a forma dos valores, nele eles devem se
transformar em vontade e em novo amor, assim a vontade de potência quer.
Companheiros, a transvaloração quer dizer para mim que a vontade de potência se
transforma em vontade de criar valores - e tudo o que é sabido até então como valor,
força, dor, vida, como "alma" mesma, para mim isso tudo deve agora de novo adquirir
seu sentido: para ser parte do jogo, - para que, como grandeza de jogo, a vida seja agora
recomeçada. Eu quero ensinar aos homens o sentido de sua existência que não deve ser
vivido de costas - mas como um novo começo. Eu quero ensinar-lhes a falar como as
crianças falam: quando dizem "sim" eles têm o seu sim, e quando dizem "não" eles têm
o seu não. Pois a vontade do mundo quer ser vontade livre, - e será livre mesmo quando
obedece e somente obedece. E quero ensinar aos homens o super-homem. Ele é essa
corda estendida entre o animal e o super-homem, uma corda por sobre um abismo."