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Trabalho de Introdução ao Pensamento Contemporâneo

Introdução

Este trabalho é baseado no texto-análise de Helena Neves sobre a vida e a filósofia


do grande aclamado Friedrich Nietzsche. O texto entitulado de “O “Epistema-
Paradigma” de Nietzsche: A Filosofia da Superação” busca entender e
“descriptografar” o gênio incompreendido, rebuscando para isso, desde seu seio
familiar até os seus momentos agonizantes de morte. Ao realizar essa intensa
pesquisa, Helena Neves mostra um Nietzsche mais humano, mais sensível e
compreendido pela dolorosa e pesante vida que teve.

O diferente olhar que esta autora teve em buscar não somente o momento criativo
e amargo, e sim as causas destes, dá os leitores a experência de gozar de um texto
incrivelmente bem escrito, aprofundado, rico em alargado conhecimento
(principalmente na perspectiva moral e ética) e move os leitores não somente ao
ambiente, como também na mente, no coração e nos sentimentos deste filósofo
alemão.

O trabalho apresenta-se num resumo ao escrito no texto e divido de acordo com os


temas que dei prioridade como grandes focos de observaço, análise, estudo e
discussão. Priorizando os temas que propõe uma visao crítica de Nietzsche,
principalmente, em assuntos polêmicos que ao longos dos últimos séculos se tornaram
tabus. Levantando questões exploradas pelo próprio, que antes pouco haviam sido
notadas, mesmo estando no ambiente religioso, moral e universal de toda a
sociedade.
Trabalho de Introdução ao Pensamento Contemporâneo

O “Epistema-Paradigma” de Nietzsche: A Filósofia da Superação

Epistema: Conhecimento científico.

Paradigma: Modelo ou teoria que vem a ser estudada.

Filosofia: (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo


de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à
verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.

Superacao: Mudança de uma situação ruim para uma situção boa; ultrapassar
um limite; recuperação; ato de progredir.
Trabalho de Introdução ao Pensamento Contemporâneo

Biografia de Nietzsche

Foi um filósofo e influente alemão do século XIX mas que mantem-se até hoje
em mesas de análise, estudo, compreensão, discussão etc.

Friedrich Nietzsche nasceu em Richen (Saxónia) em 1844, nascido numa


família luterana e pela mãe destinado a carreira eclesiástica e conhecido no
liceu como o “pequeno pastor” além de ser reconhecido como uma criança
prodígio.

Sua primeira disilução com a vida vem como a morte do pai, deixando-lhe com
uma recordação terna e nostálgica quando Nietzsche tinha apenas 5 anos de
idade. A partir de então é criado e educado ainda em ambiente religioso e agora
familiar, cercado da mãe, da irmã Elisabeth, 2 anos mais nova, de tias e avós.

Em 1864, aos vinte anos lê o livro “A vida de Jesus” de David Strauss e perde a
fé na religião, designando-se como ateu, o que influencia em muito das suas
opiniões e declarações sobre os desígnos do universo cristão.

Em 1865 vai estudar Filosofia em Leipzig e após é nomeado como professor


da universidade. Em 1870 compromete-se como voluntário no Exército na
guerra franco-prussiana. Tal experiência lado a lado com a violência e o
sofrimento chocam-lhe profundamente e adota uma nova postura perante os
acontecimentos e banalidade da vida comum cotidiana.

Já em 1877 é obrigado a abandona a universidade por motivos de saúde e


assim, descrito por alguns, começa uma vida errante, sem rumo algum. Tal
doença afeta-lhe com pertubações mentais e físicas.

Em 1889 fruto de uma crise de loucura é hospitalizado e diagnósticado com


paralesia geral. Passando a viver com a mãe e posteriormente com a irmã. O
fato de retornar a viver num ambiente extremamente religioso aumenta as
agressividades psicológicas deste. Sua irmã Elisabeth , fevorosa anti-semita,
deforma e utiliza sem consentimento a obra do irmão a favor da ideologia
nazista. O conhecimento de sua repgunação ao nazismo só conhecido após sua
morte.

Os estudiosos das obras de Nietzsche buscam principalmente os textos nos


quais estava sob crises nervosas e/ou sob o efeito de drogas, visto que este
havia estudado biologia e tentava por si descobrir sua própria maneira de
minimizar os efeitos da droga. Durante este período encarnava figuras místicas
como Dionísio e Cristo.

Friedrich Nietzsche morre em 25 de agosto de 1900. Estudos recentes


afirmam a origem a um câncer no cérebro de origem sifilítica.
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O Niilismo do gênio incompreendido

Nietzsche é caracterizado por uma ruptura no quadro conceitual em relação a


moral, a conduta e a cultura. É visto como um homem amargurado e sua vida
vista como mesma, mais próxima de um recolhecimento mais mascarado e
solitário. Há solidão se relacionada ciclicamente e viciosamente com a
amargura, pois ao escrever amargurado e extremamente crítico, torna-lhe cada
vez mais afastado das pessoas e que gera cada vez mais amargura.

Vê a si próprio como um outro homem, um homem superior a massa e


somente entregue a seu intelectual e sua paixão pelo estudo e pela escrita.
Não reconhece a si mesmo como o antigo professor, este como um estranho
antigo.

Amargurado e tomado pela raiva, principalmente no ambiente da sua relação


de amor e ódio como a mãe e a irmã domina-o de tal forma que o isola perante
amigos e paixões. Sua obra torna-se seca, com cáracter negativos e crítico de
toda a cultura ocidental.

Ao contrário de Marx e Freud, a que é comparado, não busca mobilizar


crenças, vontades e multidões. Não pretende ser compreendido pela massa, sua
intelectualidade está acima de toda essa sujeira. A sociedade não possui
capacidade para entende-lo ou admirá-lo. Estando a frente de muitos séculos:
“Chego demasiadamente cedo... o meu tempo ainda não chegou (...) 6000 pés
acima de toda experiência humana para lá do bem e do mal. ”

A crítica a cultura ocidental possui um caráter radical pessimista e contém


uma apaixonada afirmação da vida. Poe então à mesa as questões de seus
valores. Designa-se como um filósofo da vida e dos valores por excelência. O
percurso do pensamento processa-se através de uma interrogação: como
chegou a humanidade aos valores que imperam no século em que vivemos?

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Busca então na interpretação da cultura grega, focando na análise da tragédia
o contexto do encontro de princípios vitais. Para orientar a evolução da arte,
encontra dois “elementos”: o Apolíneo (princípio de medida e de luz) e o
Dionísio (princípio de desmedida e de caos). A relação entre a razão e os
instintos.

Tais princípios enformam não só um paradigma estético como impulsos de


todo o real, instintos contraditórios de todo e qualquer ser humano.
Composição da contradição inerente a vida de prazer e dor e de vida e morte.

Ao contrário dos demais, ressalta a tragédia, pois acredita que todo ser
humano deve ser livre para usufrir dos seus instintos e satiriza a razão para os
infelizes e não dignos da alegria de viver a vida.

“Nietzche afirma o copor vívido, pulsão, instinto, energia, poesia, corpo de


dança, que sofre, que cheira e saboreia, o corpo que envelehece, que pensa,
age e deseja, o corpo profundidade, em síntese, o corpo concreto.”

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Nietzsche e Sócrates

Sócrates foi um filósofo ateniense (nascido em Atenas em 469 A.C e falecido


em 399 A.C) considerado um dos mais importantes ícones da tradição filosófica
ocidental. Considerado por muitos filósofos como o modelo de filosofia a ser
seguido.

Sócrates ao contrário de Nietzsche privilegia o apolíneo, o que é belo, pois a


tragédia, de tão feia e triste acaba por si matar. Acredita que só a razão é
própria e digna de ser estudado pelo homem, que o homem é em si um homem
teórico. Despreza os sentimentos e considera a metafísica, a teologia, a
psicologia e a teoria dos conhecimentos como únicas ciências, o resto? O resto é
um aborto e nada mais.

Sócrates inaugura a história da razão (ou como Nietzsche descreve: a tirania


da razão): a ciência do único homem, a ciência do homem teórico.

A respeito de Sócrates, Nietzsche afirma que a partir daí houve o início de


todos os equívocos da enfermidade da cultura presente.

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Moralidade

Então Nieztche questiona que toda a metafísica se edificou sob a idéia da


verdade, mas o que é verdade se não uma avalição?

Crê de forma coerciva que não há uma verdade absoluta, pois a afirmação do
verdadeiro e falso é uma perspectiva depende de valores. Os valores, por mais
comuns que sejam envoltados em sociedade, são designações pessoais e não
devem ser propulgados como verdadeiros. Exemplo da época: A escravatura
diga como uma atividade agora falha, no clássico grego é afirmada como
verdade de ordem da natureza.

Para Nietzsche a moral é um conjunto de tradições, de valores transmitidos


enquanto que a moralidade é a obediência a estes. As morais não passam de
um código de interesses, conduzinfo a submissados dos instintos e a autocisao
do ser humano.

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A bíblia

Na sua leitura pessoal do livro sagrado Nietzche envoca questões pouco


desenvolvidas e analisadas do ponto de vista ateísta e filósofica. Numa
concepção do real entendimento do primeiro casal criado pela entidade divina.
Numa análise, no mínimo digna de exaltação, verifica a visão carrascal da
imposição da fé ao seres errantes que somos e também da visão machistas que
há nas concepções bíblicas.

No romanceado Adão e Eva, Adão é criado como figura perfeito, sendo criado
a partir da terra à imagem e semelhança de Deus para domínio sobre a criação
terrestre, que para “mima-lo” tira-lhe da solidão criando a mulher, da costela
deste. A mulher é criada para servir o homem, ser objeto de seus anseios e
vontades.

Eva é seduzida pelo único animal não servente a Deus, dando assim a fruta
proibida a Adão. Assim, Eva é designada como a grande culpada de todo mal.
Designa então a mulher como pecadora e culpada de todo mal.

Então expulsos do paraíso, da felicidade plena se concientiza que estão


pelados. Fora do ambiente criado por Deus perdem a inocência e ativam a
conciência, e quase simultaneamente o pensar (o homem se torna então um ser
pensante) . E a seguir, precisa buscar sua comida, suas necessidades e sua
própria felicidades, começa a agir. Se a consciência, o pensamento e a ação não
eram exercidos, ou ao menos existiam no paraíso, tais ações não eram dignas
da perfeição. O homem que é consciente, que pensa e que age é em si um ser
pecador.

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Cristianismo

Nietzsche: “A invenção do pecado foi o maior crime contra a humanidade (...)


ensinou o ser humano a desprezar os instintos primordias da vida.”

Na génese da religiao de submeter e castigar o ser humano que é em essência


pecador. O ser humano deve ser castigado por todo mal que fez, seja na
conjuntura de Adão e Eva ou por Jesus, que morreu na cruz por todos os
homens.

Cria a idéia de culpa e de castigo. A igreja abusa do poder de culpar e de


explorar, através dessas imagens, o homem. Sendo os sacerdotes os
representantes de Deus, assim como o rei, na terra. Devemos cultar e obedecer
vossas imagens.

A religião cristã, segundo Nietzsche te influi a criticar tudo que foge da igreja,
todo o desconhecido. A religião propõe a idéia de que a ciência é um elemento
do mal, para que o homem tenda a se desligar do sacerdote. O pecado contra o
“Espírito Santo da vida” não atenta somente contra os instintos mas também
contra o pensamento.

O futuro das sociedades

Acreditando que vive-se numa sociedade cultural do nada, Nietzsche vê a


sociedade como aniquilada. O capitalismo como o grande prepulsor pois cria
uma sociedade de massas, em que tudo que se cria é avaliado pela oferta e pela
procura, uma sociedade do trabalho e em prol deste. O homem teme o
aniquilamento gradativo e escuro de um homem máquina.

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Análise da própria autora

A autora abre a discussão de enquanto seus semelhantes, de época, frizando


principalmente Marx são vangloriados e com imensas massas, com um
pensamento reencarnado em revoluções e Estado, com a avidez de uma certeza
otimista , os acontecimentos vieram dar razão a Nietzsche.

Sobre a autora

Helena Neves é professora da Universidade Lusófona de Humanidades e


Tecnologias.

Formada em Filosofia pela Faculdade de letras da Universidade Clássica de


Lisboa. Possui mestrado e pós-graduação em sociologia.

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Conclusão

Com o desenvolvimento desse trabalho, muito pude aprender e sugar


passando por todas as perspectivas de Nietzsche em pauta. Criando um senso
crítico de apoio e admiração como também de desaprovação, ou seria mesmo
de incompreensão?

Estimo seu ponto de reflexão a questão da moralidade e dos valores. Acredito


sim que ao nos aproximarmos da razão e da verdade, mais perdemos nossos
instintos. Que este falso moralismo é uma coberta suja que cobre o ‘querer`
pelo `ter`. Se seguirmos sempre a razão perdemos-nos a favor desta e
perdemos-nos a nós mesmos. Perdemos nossos instintos vitais. Acredito que
não precisamos estar sempre com razão, desde que vamos glorificara vida, a
que pode ser e se tornar a razão de tudo.

Porém de certa forma, pressupor que largamo-nos em prol somente dos


instintos é ridiculamente ilusório. Nós que vivemos em sociedade temos nossos
direitos mas também uma tonelada de deveres. Querer me abster de um
instinto, por razão exógena, não me torna ignorante. Ignorância,na minha
opinião, é julgar sem conhecer. Julgar uma massa como incapaz de viver a vida
em sociedade é fácil para quem vive numa sociedade porém em quatro
paredes.

Seguir um percurso de paixão pelo estudo das questões da vida é algo


indiscultivelmente fascinante, porém descobrir nos seus anseios, nas suas
decisões, nas suas opiniões, no ciclo familiar, nos seus amigos, em tudo que é
energia vital as respostas para a mesma questões é um percurso mais longo,
porém infinito e mais gratificante.

Nietzsche é merecedor de inúmeras páginas de conhecimento. Mas ainda


prefiro seguir Marx no que diz respeito à visão otimista do futuro, independente
do que é utópico pois assim o presente se torna mais compreensível.

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