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Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche foi um filósofo que


nasceu na Prúsia (atual Alemanha), em
1844 e morreu em 1900. Nasceu numa
família luterana e os seus avós eram
pastores protestantes. O próprio Nietzsche
pensou em seguir a carreira de pastor, no
entanto, na sua adolescência o contato com
a filosofia afastou-o da carreira teológica.
Frequentou várias Universidades e foi a
leitura de autores como Schopenhauer que
despertaram a sua veia filosófica. Era um
aluno brilhante e foi nomeado aos 24 anos
professor de filologia da Universidade de
Basileia. Foi sempre desenvolvendo as suas
ideias filosóficas ao longo dos anos no
contato com o pensamento grego antigo
(tinha predileção pelos pré-socráticos como Heráclito e Empédocles).
Em 1870, foi voluntário na Guerra franco-prussiana e esta experiência
de violência e sofrimento chocaram-no profundamente. Foi escrevendo várias
obras, mas teve de abandonar a faculdade em 1879, pois sofria de intensas
dores de cabeça e de uma deterioração da vista. Levou então, uma vida
solitária, vagando entre Itália, os Alpes Suíços e a Riviera francesa.
Em janeiro de 1889 sofreu um colapso, ao ver um cocheiro a chicotear
um cavalo, abraçou o pescoço do animal para protegê-lo e caiu no chão. Foi
internado num hospital psiquiátrico e muitos dos amigos que o visitavam
duvidavam da sua doença, alguns dos seus biógrafos até afirmam que, longe
da loucura, ele atingiu uma enorme sanidade.
Nietzsche é um dos filósofos mais conhecidos da História, produziu
alguns dos textos mais influentes de todos os tempos como Assim falou
Zaratustra (1876-1880), Humano, Demasiado Humano (1883) e Além do Bem
e do Mal (1889), mas recebendo apenas reconhecimento póstumo.
A sua filosofia central é a ideia de “ afirmação da vida” que envolve
questionamento de qualquer doutrina, não importando o quão socialmente
predominante essas ideias possam ser. Faz um ataque á moral e aos valores
existentes na sociedade que lhe é contemporânea. Segundo o filósofo, esses
valores derivam de civilizações já inexistentes, como a grega e a judaica, e de
religiões em que muitos, senão a maioria, já não têm fé.
Ele diz que precisamos, portanto, de uma nova base para assentar os
nossos valores. A civilização, de acordo com Nietzsche, foi criada pelos fortes,
pelos inteligentes, pelos homens competentes, os líderes que se destacam da
massa. Moralistas como Sócrates e Jesus, porém, negaram essa realidade em
nome dos fracos. Propagando uma moral que protegia os mais fracos dos mais
fortes, eles inverteram os processos pelos quais o homem se elevou acima dos
animais e exaltaram a abnegação, o autossacrifício e o colocar a vida a serviço
dos outros.
Ao “tu deves” devemos responder com “eu quero”. É a vontade de poder
que permite ao indivíduo que se autoelege desenvolver o seu potencial
máximo, de modo a tornar-se um ser além-do-homem, isto é, que se coloca
acima do resto.
Nietzsche identifica o “super- homem” em personagens como Napoleão,
Lutero e até mesmo Sócrates, não pelas suas ideias, mas pela coragem de
levá--las às últimas consequências. É assim que se afirma a vida e se pode
atingir a autorrealização.
Em conclusão, o pensamento nietzschiano pode ser avaliado sob a
perspetiva de que postula um supremo desafio ético ao propor uma reavaliação
radical dos valores morais da humanidade. Nesse sentido, ele apresentou o
problema sobre o qual iriam se debruçar muitos filósofos do século XX, a partir
dos existencialistas e até aos dias de hoje.

Trabalho realizado por: Mariana


Chaves, nº21, 10ºA

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