Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O CAMINHO POÉTICO DE
PARMÊNIDES
Marcelo Pimenta Marques
Introdução:
O autor busca através desta obra responder às seguintes questões e termina por explicar a razão
de ser do título da obra.
- Pólis:
. Problemas da pólis fomentam o questionamento;
. O sábio não detém mais a PALAVRA . Ela passa a ser pública;
- Passagens:
. do mito para a filosofia (discurso argumentativo)
. da palavra divina para a palavra humana
. da cosmogonia/teogonia para a antropologia
- Tipos de interpretação:
. literal: prende-se ao texto e esquece-se do contexto;
. alegórica: paralelo de símbolos e significados presentes em outros textos;
. racional: não aceita o tipo de racionalidade do mito;
- O mito é uma tentativa de dizer o ser , porque não é possível dizê-lo tanto na linguagem discursiva;
- O prólogo visa também mostrar que a aléthéia ultrapassa o mundo humano. Ela pertence às coisas
divinas;
- Buscar saber (saber inicial) = já saber
“Sei que nada sei” = sabedoria
2
4) Em que medida esses caminhos se aproximam ou distanciam?
- A dóxa em Parmênides ainda não tem conotação pejorativa. Para ele a dóxa é limitada mas possui
uma intuição da verdade;
- A partir do mito é que surge a chance da superação da ambigüidade do próprio mito e do nascimento
da Filosofia;
- “Em Parmênides temos a emergência da dimensão propriamente discursiva do pensamento por
oposição à nomeação mítica. Ele explicita mítica e poeticamente o que mais tarde será descrito
discursivamente como as dimensões lógica e ontológica do ser.”
- Os caminhos se aproximam no mito e se distanciam na linguagem discursiva;
5) Como interpretar a palavra sobre o ser, e sua relação com o pensar? (cap. IV)
- Para Parmênides:
. pensar o SER = SER
. a palavra que diz o SER = encarnação do PENSAR
- Na tentativa de Parmênides em dizer o SER nasce a
- O SER possui no pensamento uma necessidade de ser dito.
- O SER não se confunde com os SERES mas funda-os;
- A dóxa é um modo de presença ( porque é no nomear que as coisas aparecem como são) que diz os
SERES em sua pluralidade;
- À medida que P. tenta dizer o SER vai surgindo uma incongruência entre o mítico e o discursivo;
6) Como conceber o dizer em Parmênides, a partir de uma concepção unificada de seu poema?
- Reconhecer no poema o caráter paradoxal porque permite a transição do mítico para o discursivo
(possibilidade da Filosofia);