Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
diversos âmbitos da vida brasileira. Não é pretensão deste pequeno resumo, mas vale a pena,
sobretudo para a história dos leigos na Igreja do Brasil, um aprofundamento sobre a atuação das
Irmandades, Confrarias e Ordens Terceiras no período do Brasil Colonial. Essas organizações
atuaram de maneira fundamental para a expansão do catolicismo num período de pouco clero.
Davam assistência social aos seus membros e sempre buscaram a autonomia frente ao clero.
Cresceram em importância quando da expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal (1699-1782),
pois em alguns lugares eram a única presença da Igreja Católica em território brasileiro.
1
Acesso no dia 01/02/2010. www.ub.es/geocrit/sn/sn-218-65.htm
2
A primeira diocese criada no Brasil foi a de Salvador, na Bahia, em 1551. Em 1854 foram
criadas as dioceses de Fortaleza (Ceará) e Diamantina (Minas Gerais). Depois de três séculos, a
Igreja no Brasil contava apenas com doze dioceses. A partir de 1890, com a República (1889) e a
separação entre Igreja e Estado, o processo de criação de dioceses é acelerado, passando de doze
para oitenta unidades: sessenta e oito novas dioceses foram criadas em quarenta anos.
Merecem destaque aqui devido sua importância e influência na presença pública da Igreja, a
Pastoral Coletiva de 1890, fruto do esforço de D. Macedo Costa, e a de 1915, já com a liderança dos
bispos Rio de Janeiro, Mariana, São Paulo, Cuiabá e Porto Alegre. Porém, essas iniciativas não
chegaram a se constituir realmente num planejamento pastoral.
Outro dado importante disso tudo é que a Igreja Católica no Brasil sempre buscou respostas
concretas à conjuntura sócio-política-econômica-cultural-religiosa. É nesta perspectiva que se
entende os esforços da Igreja em momentos significativos da vida brasileira, tais como na abolição
da escravatura (1888) e na separação entre Igreja e Estado (1890). Conjunturas especiais que
exigiram da Igreja uma nova postura frente à sociedade brasileira.
2
Dom Sebastião Leme de Silveira Cintra (1882-1942). Arcebispo de Olinda/Recife (1916-1921), coadjutor do Rio de
Janeiro (1921-1930).
3
conservador e chegou a eleger o deputado federal mais novo do Brasil em 34 – o ultra conservador
Plínio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP;
Congressos Eucarísticos (O primeiro foi em 1933 – Salvador): no princípio, os CEN
serviram para reunir os bispos do Brasil, que ainda não tinham sua conferência própria;
Ação Católica Brasileira: embora fundada em 1935 no Brasil, ganhou renome
nacional somente após 1950 quando adotou o método da corrente belga, fundada pelo sacerdote
belga Joseph Cardijin, conhecida como Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC);
com o objetivo de formação na ação, adotou o método indutivo VER, JULGA e AGIR.
1º Concílio Plenário Brasileiro (1939): foi presidido pelo cardeal dom Sebastião
Leme da Silveira Cintra, arcebispo do Rio de Janeiro. Nele, os bispos lançaram uma ‘Carta
Pastoral’ ressaltando o papel da militância dos leigos na Igreja e sua atuação na sociedade brasileira.
Destacaram também a necessidade da criação de uma universidade católica no Brasil. E em 1941, o
Cardeal Leme inaugurou as Faculdades Católicas Reunidas, reconhecidas como Universidade em
1946;
Associação de Educação Católica, em 1945: a partir do I Congresso Nacional de
Estabelecimentos Particulares de Ensino, em 1944, realizado no Rio de Janeiro, iniciou-se o
processo de criação da Associação de Educação Católica do Brasil. Sua fundação ocorreu em 1945,
tendo como sede a cidade do Rio de Janeiro;
Movimento de Natal: seu nome se credita ao Padre Thiago Cloin, nos idos de 62, 63.
Em um artigo que escreveu na Revista da Conferência dos Religiosos do Brasil, falando do trabalho
pastoral e social de Natal, disse que não mais se tratava de uma ação isolada ou mesmo de um
conjunto de atividades, mas de um Movimento. Algo orgânico, sistêmico e planejado. E assim
passou a se chamar. Suas primeiras atividades datam dos anos 50. A Igreja, liderada por dois padres
recém-ordenados, Padre Eugênio Sales e Padre Nivaldo Monte, iniciou uma grande revolução.
Serviram-se da Ação Católica e fundaram um Serviço de Assistência Rural – SAR. O Movimento
de Natal deu seus primeiros passos com a preparação de líderes, o que constituía aspecto vital de
suas atividades. A reunião mensal do clero a partir de 1948, a fundação do SAR e o treinamento de
líderes foram decisivos na origem e evolução do Movimento de Natal.3
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 1952: "A fundação da CNBB nasceu
do sonho e do empenho de dar ao episcopado maior unidade de pensamento e de ação, numa
sociedade em rápido desenvolvimento, garantindo uma estrutura permanente, que facilitasse o
exercício da comunhão e da corresponsabilidade na missão própria dos bispos." Participaram da
reunião de fundação os cardeais, os arcebispos ou seus representantes e o Núncio Apostólico, Dom
Carlo Chiarlo. D. Hélder Câmara é considerado a "alma" da criação desta entidade (cf. site da
CNBB).
Conferência dos Religiosos do Brasil: fundada em 11/02/1954, tem como objetivo
congregar os religiosos e religiosas do Brasil para articular suas presenças na Igreja e na sociedade;
Movimento de Educação de Base – MEB: durante a década de 1960, a Igreja
Católica e o Governo Federal utilizavam um sistema radio-educativo: educação, conscientização,
politização, educação sindicalista etc.;
Movimento por um Mundo Melhor (MMM). O criador desse movimento foi o Pe.
Lombardi. Esse italiano desenvolveu uma série de Conferências aos jovens nas Universidades da
Itália, no ano de 1938. Depois disso andou pela Europa e América. Sua inspiração chegou mesmo a
influenciar discursos do Papa Pio XII, que exortou os católicos a batalharem por “um mundo
melhor querido por Deus”, em 1952. Vejamos com que espírito surgira o MMM: “...nascido do
‘Grito de Alerta’ de Pio XII, quer organizar a revolta dos filhos de Deus, contra o ‘inimigo’ que
ocupou o mundo; quer ser a Cruzada do século XX para a positiva construção de um Mundo
Melhor. Nessa cruzada, em primeira linha, devem estar os jovens. Nenhum ideal mais belo do que
esse, os pode impelir a serem construtores de um Mundo diverso e melhor, um mundo onde os
3
Acesso no dia 01/02/2010. Cardeal Sales 2.blogspot.com/2009/.../movimento-de-natal.html
4
homens sejam filhos de Deus, e, portanto, irmãos entre si. “Hoje é tempo de heroísmo, é a hora da
doação total” (Pio XII, 10/02/1952 – Proclamação do Mundo Melhor).4
5. PLANO DE EMERGÊNCIA.
5.1. Elaborado na Vª Assembleia Ordinária da CNBB (02-05/04/62) e publicado
oficialmente em 25 de setembro de 1962, com a apresentação de D. Hélder Câmara.
5.2. O Plano de Emergência nasce em reposta a uma carta do Papa João XXIII que pedia a
elaboração de “um plano de trabalho para a Igreja na América Latina; um plano que atendesse às
especiais condições da Igreja neste Continente e que indicasse as medidas a serem tomadas, a curto
e a longo prazo, no campo específico da ação pastoral da Igreja e também no que lhe cabe como
atuação no campo econômico-social” (PE). O Papa fala sobre “os perigos mortais” para a América
Latina:
naturalismo que leva até cristãos a não terem, muitas vezes, a visão cristã da vida;5
protestantismo que tenta entre nós seu esforço máximo de expansão e se acha, de
fato, em marés montantes;
espiritismo cuja difusão, nas grandes cidades nos meios de miséria tem ares de
endemia;6
marxismo que empolga as Escolas Superiores e controla os Sindicatos Operários”.7
4
MARINS, José. Curso do Mundo Melhor. São Paulo: Melhoramentos, 1962, p. 346.
5
cf. “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin (1859).
6
cf. “O Livro dos Espíritos” (1857); “O Livro dos Médiuns” (1859); “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” (1863); “O Céu e o Inferno” (1865); “A Gênese” (1868), todos de Allan Kardec.
7
cf. “Crítica da Política Econômica”, de Karl Marx (1859).
5
as paróquias estão longe de atingir todo o território paroquial. E não nos referimos
tanto às paróquias rurais, onde por vezes as áreas são imensas: pensamos em paróquias de cidades,
onde o não-atendimento à paróquia total é menos compreensível e menos perdoável;
a passividade com que o povo assiste à Missa na maioria de nossas Igrejas;
o divórcio entre nossa pregação e a vida real: temas e linguagem, não raro, estão
longe dos interesses e do falar dos ouvintes, sobretudo dos meios humildes;
a redução da colaboração dos leigos a proporções muito limitadas e inexpressivas;
a falta de planejamento, sobretudo de conjunto;
será sempre necessário perguntar o que se tem feito no sentido de: compreender,
orientar, ajudar, tentando a união de todos “num clima que leve à superação de visões
individualistas e a sacrifícios heroicos exigidos em horas de crise”;
falta de uma hierarquia de valores - exigência maior em nossos dias: (Cuidamos mais
de abrir creches e patronatos do que de combater as raízes do mal. Preocupamo-nos mais em
distribuir alimentos, inclusive de Cáritas, do que de utilizá-los em favor da melhoria de nossas
obras, como ponto de apoio para uma modificação de nossa estrutura socioeconômica).
Por fim, os bispos fazem as seguintes advertências:
“Somos mais homens de obras do que da obra indispensável a todas as demais: a estrutura
administrativa. Sem esse alicerce, surgem as iniciativas, mas permanecem isoladas fracas, portanto
ou a exigirem grandes esforços por não, estarem engajadas na realidade paroquial, diocesana,
provincial ou regional.”
A organização da Diocese, flexível e eficiente, é a condição básica de funcionamento deste
Plano de Emergência. Para isso faz-se urgente uma revisão corajosa e cristã de nossas relações com
nossos sacerdotes, religiosas e leigos, tornando-os não meros executores de ordens, mas
companheiros no bom combate. Assim, conserva-se a hierarquia, elemento fundamental na Igreja
de Cristo, e desenvolve-se o espírito de equipe. É a vivência do ‘non veni ministrari sed
ministrare’.” Os problemas sociais estão na ordem do dia. A missão de Pastores pede dos Bispos
uma atenção especial neste campo, abrangendo todos os seus aspectos.
“Somos solícitos no combate ao Comunismo, mas nem sempre assumimos a mesma atitude
diante do capitalismo liberal. Sabemos ver a ditadura do Estado marxista, mas nem sempre sentimos
a ditadura esmagadora do econômico ou do egoísmo nas estruturas atuais que esterilizam nossos
esforços de cristianização” (PE).
5.3. O Plano de Emergência (PE) torna-se conhecido pela sua dimensão pastoral, que
apresentava quatro áreas como sendo prioritárias para a atuação eclesial:
6
Para ser uma comunidade de fé, a paróquia precisa: valorizar a pregação, vitalizar e
dinamizar a catequese; promover e incentivar o movimento bíblico.
Para ser uma comunidade de culto, a paróquia precisa promover um intenso movimento
litúrgico.
Para ser uma comunidade da caridade, a paróquia precisa acionar o movimento da Ação
Católica especializada conforme os diversos meios de vida; as Congregações Marianas; o
Movimento Familiar Cristão; o Movimento de Vocações Sacerdotais; o Secretariado de
Ação Social; o Comitê Administrativo; o Conselho Paroquial.
Conselho paroquial. “É o órgão de coordenação de toda vida paroquial. Seu chefe natural é o
pároco. Dele devem participar ao menos um representante de cada frente pastoral e movimentos. É
o órgão responsável pela elaboração e execução do plano global da paróquia. É o instrumento
básico de inserção da paróquia na pastoral diocesana. Acompanhará, passo a passo, o andamento do
plano, somando a ação de cada um dos movimentos”.
2ª Para uma Renovação do Ministério Sacerdotal. O PE faz uma análise da situação dos
padres nos últimos anos da década de cinquenta e princípio da década de sessenta.
“temos que considerar os padres já alquebrados pela idade e pela doença, e o número
talvez respeitável dos que consagram seu tempo, integral ou parcialmente, a tarefas não
sacerdotais”;
“o número de sacerdotes tem aumentado nos últimos anos, mas o seu ritmo de
crescimento está muito aquém da explosão demográfica que atualmente registra, cada
ano, em nosso país, um aumento populacional de 2.000.000 de habitantes”;
o desenvolvimento acelerado do país, com seus grandes desequilíbrios demográficos,
sociais, culturais, econômicos e políticos, os problemas se multiplicam, dia a dia; novas
correntes de ideias nascem, penetram, circulam, e agitam;
O clero, sem apreender talvez suas verdadeiras dimensões, sente esta nova realidade no
contato direto com as almas, no exercício cotidiano do ministério, no clima que respira
por toda parte, dentro e fora da paróquia;
muitos tomam consciência da insuficiente preparação recebida no seminário, e
reconhecem-se pouco preparados para enfrentar a complexidade da situação;
O problema, porém, que mais pesa, que mais angustia e derrota é o problema do
isolamento; sentem-se muitas vezes, franco-atiradores; seu esforço é isolado; não há
plano de conjunto não há apoio;
Os recursos são exíguos, há inaproveitamento e dispersão de forças. Se não fosse pelo
seu espírito de fé e a assistência do Espírito Santo, julgar-se-iam heróis da uma causa
perdida;
o isolamento é, muitas vezes, um isolamento de vida: espiritual, intelectual e humana;
perdidos na imensidade das paróquias rurais, mergulhados na complexidade dos
conjuntos urbanos, raramente encontram outros colegas; alguém que viva a mesma vida,
sinta os mesmos problemas, vibre nos mesmos ideais; alguém com quem possam manter
um diálogo de alma para alma, numa comunhão de vida humana e sacerdotal; para
muitos, a vulgarização paulatina e insensível é um dos grandes escolhos;
outros se encontram ainda enredados e paralisados por sérios problemas financeiros.
Diante desta situação, as reações manifestadas pelos sacerdotes são bem diversas e dignas de
reflexão.
Encontramos os padres pessimistas. Mesmo abstraindo de influências de temperamento,
seu número tende a aumentar. São padres que lutaram. Durante alguns anos deram,
talvez, o melhor de suas energias. Sentiram-se desapoiados e desestimulados. Vieram os
7
fracassos. Os fundamentos espirituais foram abalados. Hoje estão decepcionados, alguns
recalcados, desiludidos de tudo e de todos. Pode ser um passo para a apostasia;
Outro tipo são os padres conformistas. Passaram os primeiros anos de fervor sensível.
Várias ilusões desfizeram-se por terra. Encontram-se, hoje, frente a frente com uma dura
realidade. Acham inútil e ilusório empreender grandes esforços. Formam sua
consciência e estabelecem um padrão regular de vida. Alguns se tornam autênticos
funcionários do altar.
Ao lado destes estão os padres ativistas. Levados talvez por inclinação temperamental
lançam-se a grandes empreendimentos exteriores. Sentem-se estimulados e envaidecidos
pelos aplausos e admiração do povo. Falta-lhes, porém, o fermento sobrenatural que
anime seus esforços numa autêntica construção do reino de Deus. Para alguns, conforme
depoimentos ouvidos, as obras exteriores são uma fuga, um derivativo de fracassos e
desânimos na vida de apostolado.
Existem, ainda, os padres angustiados. Tomaram consciência do problema; são, talvez,
capazes de medir suas verdadeiras dimensões. Não estão desanimados. Querem agir.
Sentem aguçados seu espírito de fé e ideal apostólico. Mas não veem, claramente, as
pistas de solução.
Muito comum é o tipo de padres dispersivamente apostólicos. Alguns são de uma
generosidade e dedicação heroicas. Trabalham, esgotam-se, consomem-se pela
construção do reino de Deus. Falta-lhes, porém, uma visão dos verdadeiros dados do
problema. Deixam-se arrastar pelo imediatismo. Empreendem várias atividades
paralelas, descoordenadas, sem plano de conjunto. Perdem-se em detalhes secundários e
acidentais e deixam de lado posições fundamentais e estratégicas.
Existem e seu número vai aumentando os padres profundamente apostólicos. Têm
consciência clara da situação, visão global e apostólica, de todos os aspectos, intuição
das linhas mestras de solução, capacidade concreta de realização, profundo espírito
sobrenatural. Ressentem-se, às vezes, de uma mais ampla e efetiva coordenação em
plano interparoquial e diocesano. Alguns, com tenacidade, perseverança e espírito
sobrenatural, têm conseguido prepará-la e mesmo realizá-la. Precisaríamos multiplicá-
los.
Este quadro que acabamos de esboçar impõe uma séria, grave e decisiva reflexão. Coloca-
nos diante de um dos elementos mais fundamentais da vida da Igreja e de sua renovação pastoral.
Os sacerdotes são os colaboradores diretos e imediatos da hierarquia. Que poderá fazer um Bispo
sem sacerdotes? Ao mesmo tempo, os leigos, que também são Igreja, e nela devem assumir as
responsabilidades que lhes são peculiares e insubstituíveis, quase nada podem fazer sem a ação e
animação de um autêntico ministério sacerdotal. É questão de número, mas sobretudo de qualidade
e valor apostólico.
Impõe-se, pois, um esforço em toda linha para valorizar e desenvolver o talvez insuficiente,
mas considerável potencial de energias sacerdotais que Deus outorgou à Igreja em nosso país.
É preciso reacender as energias que fumegam, movimentar as que estão paralisadas, dar
substância às que se esvaziaram, coordenar as que se acham dispersas, incendiar as que estão vivas
e acesas, dispô-las todas para que Deus nos conceda um novo Pentecostes sacerdotal.
Para a renovação do ministério sacerdotal o PE apresenta:
- dois princípios: a colegialidade do sacerdócio e o ministério da Igreja particular;
- quatro requisitos: que o bispo se decida e assuma esse esforço; que os sacerdotes
despertem e desejem; que se parta da realidade e aproveitem-se as energias e os recursos existentes;
procure-se fazer da diocese uma unidade de ação pastoral – unidade visivelmente expressa num
aproveitamento e dinamização de todas as forças, uma ação planejada, organizada, coordenada e
continuada da pastoral diocesana.
8
- visamos uma compreensão do ministério sacerdotal que ajude os padres a serem: 1.
Adultos humana e sobrenaturalmente; 2. Profetas; 3. Pastores; 4. Sacerdotes; 5. Ministros de Cristo
e da Igreja.
3ª Renovação dos Educandários: a escola católica deve ser caracterizada por dois
princípios fundamentais e complementares: espírito de família e espírito missionário. A escola deve
ser um ambiente de formação de líderes e militantes cristãos. Como meios para se atingir esse
objetivo, o PE propõe: formação intelectual que exclua a mediocridade; formação religiosa, que se
fundamente numa cultura religiosa que acompanhe o desenvolvimento intelectual; formação da
vontade e dos sentimentos, baseado num ambiente sadio, com amor e compreensão, atendendo às
exigências de uma educação integral, com atenção à educação sexual positiva; formação cívica e
social, com base na encíclica de João XXIII – Mater et Magistra – que leva em conta as novas
situações sociais; atenção ao corpo docente e corpo administrativo.
6.1. Foi aprovado na VII Assembleia Geral Extraordinária da CNBB, reunida em Roma,
durante os três meses da última sessão conciliar. Traz, no início, um trecho da Exortação de Paulo
VI ao episcopado latino-americano, por ocasião do X aniversário do CELAM (24.11.65), sob o
título de “A ação pastoral na América Latina”. Para sentir o clima da Igreja na época, vale a pena
ressaltar alguns tópicos desta Exortação.
“A comunidade católica latino-americana vive em estado de debilidade orgânica quer no
campo da doutrina, quer no da prática; falta de sacerdotes; desproporções na distribuição do clero;
ineficiência das estruturas pastorais em relação às exigências da vida moderna nos centros urbanos;
problema de terras ociosas da Igreja”.
9
Por outro lado, a exortação destaca alguns pontos positivos da caminhada eclesial do
Continente latino-americano. “No conjunto, a Igreja vive em um clima de liberdade e de paz
propício a um profícuo trabalho; representa a maior força capaz de salvar o continente, com o
prestígio social e moral que possui”. Ressalta o necessário espírito de confiança e coragem para o
empreendimento apostólico. “...seria prejudicial cair num estado de timidez, de medo e de falta
confiança, que desarma e constrange, mesmo no melhores homens, o ímpeto requerido para um
difícil trabalho construtivo”. Chama a atenção sobre o necessário “aggiornamento” e, por fim,
apresenta três critérios de ação:
1. Caráter extraordinário da ação pastoral “pelo empenho sério e profundo (sic) pelas
formas de ação decididas e rápidas que se colocarão em movimento para tornar mais difundido o
Evangelho e pelo emprego dos homens aos quais se recorrerá”;
2. Unitário: “como os problemas de hoje são gerais, requerem soluções de conjunto”.
Consequente valorização de órgãos colegiais;
3. Planificado: evitar acomodação e empirismo, definir prioridades, criar secretariados de
coordenação.
6.2. O PPC foi pensado para cinco anos e tinha por objetivo “criar meios e condições para
que a Igreja do Brasil se ajuste, o mais rápida e plenamente possível, à imagem do Vaticano II”.
Inaugurou o esquema das seis “linhas pastorais” às quais deu o nome de “seis objetivos
específicos da ação da Igreja” ou de “linhas fundamentais de trabalho”.
Promover:8
1ª ) uma sempre mais plena unidade visível no seio da Igreja Católica;
Objetivo: Levar à primeira conversão, à adesão pessoal a Cristo, à inserção consciente e
participante na comunidade visível.
Documentos: Lumen Gentium, Optatam Totius, Presbyterorum Ordinis, Christus Dominus,
Apostolicam Actuositatem, Perfectae Caritatis
2ª ) a ação missionária;
Objetivo: Levar os homens à primeira adesão pessoal a Cristo, através do anúncio
missionário da Palavra e do testemunho de vida evangélica.
Documentos: Ad Gentes
3ª ) a ação catequética, o aprofundamento doutrinal e a reflexão teológica;
Objetivo: Levar o povo de Deus a uma maior comunhão de vida em Cristo através da
Palavra e do testemunho de vida evangélica, que iluminam e alimentam.
Documentos: Dei Verbum
4ª ) a ação litúrgica;
Objetivo: Levar o povo de Deus a uma maior comunhão de vida em Cristo através do culto
litúrgico integral e das celebrações da Palavra.
Documentos: Sacrosanctum Concilium
5ª ) a ação ecumênica;
Objetivo: Levar o Povo de Deus a uma maior comunhão de vida em Cristo, através de uma
autêntica ação ecumênica.
Documentos: Unitatis Redintegratio, Orientalium Ecclsiarum, Nostra Aetate
6ª ) a melhor inserção do povo de Deus, como fermento na construção de um mundo
segundo os desígnios de Deus.
Objetivo: Levar o Povo de Deus a uma maior comunhão de vida em Cristo, através de sua
inserção como fermento ao construção de um mundo segundo os desígnios de Deus.
8
O PPC faz referência explícita somente aos primeiros documentos de cada Linha Fundamental, acrescentei os demais
documentos para poder contemplar os 16 documentos conciliares e os agreguei dentro da lógica de cada Linha
Fundamental.
10
Documentos: Gaudium et Spes, Inter Mirifica,Gravissimum Educacionis, Dignitatis
Humanae
o Projeto da CNBB “Rumo ao Novo Milênio” (doc. 56, 1996), que assume e prolonga os
projetos anteriores, visa fazer do ano 2000 o momento da “virada” em direção a um cristianismo
mais dinâmico e aberto, porque mais fiel a Jesus Cristo (NB.: o Papa solicita uma conversão, que
supere os erros do 2º Milênio: divisão dos cristãos, intolerância e violência, injustiças...TMA 33ss)
O Projeto:
É a resposta brasileira ao apelo da realidade e do Papa;
Situa-se numa caminhada de planejamento pastoral e de esforço conjunto da Igreja no
Brasil;
É uma aposta no futuro e busca uma nova síntese entre fé e vida, fé e história, e apresenta
três passos significativos para atingir esse objetivo (PRNM, 90):
13
conscientes dos desafios que se colocam à Igreja nesta virada do milênio, os
participantes de diversos encontros de avaliação do PRNM demonstraram a vontade de propor o
tema da Igreja para um próximo projeto.
entenderam que, dentre outros, um grande desafio hoje é continuar mostrando a
beleza da proposta comunitária, sem deixar de atender às novas demandas da subjetividade; em
outras palavras, criar comunidades que sejam fiéis à Tradição (à Palavra, ao Evangelho) e, ao
mesmo tempo, acolhedoras das pessoas e de suas diferenças.
Por tudo isso, o livro dos Atos dos Apóstolos nos oferece uma gama significativa de
temas profundamente colados à realidade da experiência pessoal e eclesial dos primeiros seguidores
de Jesus Cristo. Desde a vocação e o ministério de Pedro, Paulo, Estevão, Filipe, Lídia até à
experiência das comunidades de Antioquia da Síria, Corinto, Chipre, Filipos, Tessalônica, Êfeso e
outras. Desde os conflitos com a questão do exercício do poder, da gestação e participação nos
ministérios, do enfrentamento de inúmeros conflitos internos e externos à vivência da fé até à busca
surpreendente de um consenso que permitisse a permanência no movimento de Jesus de grupos de
pensamento tão diverso (Conferir o anexo do subsídio “Que novidade é essa?”, p. 84-85 – Quadro
comparativo com os desafios dos Atos e da Igreja de Hoje).
1. Histórico
Desde 1996, a Igreja no Brasil, atendendo ao apelo do Papa João Paulo II para preparar a
celebração do Grande Jubileu de 2000, lançou o Projeto de Evangelização “Rumo ao Novo
Milênio”. O Projeto incluía, entre outras ações, a proposta de uma reflexão bíblico-catequética, que
teve como tema Jesus Cristo (1996-97), o Espírito Santo (1997-98), Deus-Pai (1998-99), a
14
Santíssima Trindade (1999-2000). Como referência bíblicas, foram estudados os Evangelhos,
respectivamente Marcos, Lucas, Mateus, João.
Para os anos de 2001 e 2002, foi lançado o Projeto “Ser Igreja no Novo Milênio”, tendo
como referência o livro dos Atos dos Apóstolos, cujo estudo foi proposto para esses dois anos.
Na Assembleia Geral do Episcopado de abril de 2002 foi proposta a continuação do Projeto
“Ser Igreja no Novo Milênio” durante 2003, para não deixar um vácuo nesse ano, enquanto se
aguardava a eleição de uma nova Presidência da CNBB (maio de 2003) e a aprovação das novas
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
O subtema escolhido foi “Ser cristão no Novo Milênio” e como referência bíblica principal
foi indicada a I carta de Pedro.
2. Objetivos e intenções
Escolhendo um novo subtema para 2003, mesmo se dentro dos moldes do Projeto anterior
“Ser Igreja no Novo Milênio”, uma primeira preocupação era de garantir continuidade ao projeto de
evangelização da Igreja no Brasil, que vinha sendo desenvolvido com grande aceitação desde o 2º
semestre de 1996, inclusive continuando a oferecer os subsídios básicos a dioceses e comunidades,
e, ao mesmo tempo, apresentar um novo subtema de reflexão e de aprofundamento da catequese e
da formação bíblica.
Na escolha do novo subtema influenciaram diversos fatores, que é oportuno evocar aqui,
embora rapidamente, porque constituem “demandas” que o novo Projeto deve quanto possível
satisfazer:
1) Alguns bispos levantaram a sugestão de que houvesse uma continuidade no itinerário
catequético iniciado. Depois dos quatro anos dedicados aos artigos principais do Credo – a fé no
Filho de Deus encarnado, Jesus Cristo; no Espírito Santo vivificador; no Pai criador de todas as
coisas, culminando na reflexão-adoração diante da Trindade Santíssima – e depois de dois anos
dedicados à Igreja (“Credo unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam...”), parecia
oportuno voltar a atenção para a vida cristã.
2) Uma outra decisão do Episcopado fazia de 2003 o Ano Vocacional. Parecia então
oportuno que a escolha do subtema bíblico-catequético fosse relacionada ou próximo com a
vocação do cristão.
3) Uma outra aspiração frequente em nossas dioceses e comunidades (confirmada pela
recente pesquisa de avaliação das DGAE 1999-2002) é a busca de formação, que parece motivada
por um desejo muito difundido hoje, o de “cuidar” de si mesmo, da própria realização e felicidade,
e por uma necessidade de compreender melhor uma sociedade que muda rápida e radicalmente e de
se situar mais criticamente nela.
4) Foi também observado que essa exigência de formação não diz respeito principalmente a
questões de doutrina (mesmo que esta seja muitas vezes necessária), mas antes de tudo à
compreensão da condição humana e ao modo de vivê-la sadiamente hoje, em novos contextos, face
a novos desafios antes de tudo na dimensão antropológica.
5) Foi também considerado que todas essas demandas são reveladoras de um contexto social
e cultural que está mudando rapidamente, gerando frequentemente incerteza e até medo. Esse
contexto deverá ser levado em conta no estudo do tema proposto, inclusive porque torna mais agudo
o problema da identidade cristã.
3. A I Carta de Pedro
A I Carta de Pedro, como todos os textos do Novo Testamento, pode ser lida com enfoque
diversos. O enfoque aqui sugerido não pretende ser exaustivo ou único, mas apenas ressaltar alguns
temas que venha responder às interrogações e expectativas mencionadas acima e que pretendem
orientar o Projeto “Ser cristão no Novo Milênio”.
15
Nossa leitura parte da convicção que podem ser estabelecidas algumas analogias entre os
cristãos do final do século I, aos quais a 1Pd foi dirigida, e certas situações atuais., A sociedade do
século I é uma “sociedade de poderosos”, aonde as massas dos cidadãos e escravos são expostas à
precariedade, à opressão, à exclusão e ao abandono. Nesse contexto, os cristãos buscam construir
“um lar para quem não tem casa”, para quem vive na incerteza do seu futuro. Visam a oferecer uma
esperança, fundada nas promessas de Deus e na história do seu povo, àqueles aos quais a sociedade
apresenta apenas angústia e insegurança.
A I Carta de Pedro, em linhas gerais, conforme o consenso da exegese atualizada, é uma
carta de exortação dirigida pela comunidade de Roma - em nome do apóstolo Pedro, já mártir (5,1)
há anos - às comunidades da Ásia Menor. O texto (num grego literário e que usa a Bíblia grega dos
LXX) torna improvável que o autor direto da Carta seja o apóstolo Simão Pedro, pescador da
Galiléia e primeiro dos discípulos de Jesus. Além disso, o conteúdo da carta sugere um contexto
mais próximo do ano 90 dos que dos anos ’60 (época da estadia de Pedro em Roma) e supõe o
conhecimento de cartas paulinas, como Romanos e Efésios (ou, pelo menos, de tradições afins).
9
Cf. G.THEVISSEN, A Primeira Carta de Pedro, in: G.THEVISSEN e outros, As Cartas de Pedro, João e Judas.
Loyola, S. Paulo, 1999, p. 33 ss.
16
dessa diferença – da identidade cristã – é o próprio Cristo, continuamente citado (1,1.2.3.7-8.11
etc.; importantes as comparações do cristão com Cristo em 2,4-6; 2,21-24; 3,18-22; 4,1-2.13-14).
4) O tema da CASA ou templo de Deus. A vocação cristã não é descrita, na 1Pd, em termos
individuais. A insistência é sobre a coletividade, o povo de Deus no seu conjunto. As imagens
usadas são coletivas. Particularmente expressivo é o trecho de 2, 4-10. O cristão, regenerado no
Batismo, criança recém-nascida (2,2), é convidado a juntar-se a Cristo “pedra viva, escolhida por
Deus”, para ser construído como casa espiritual, templo de Deus, e tornar-se parte do povo de Deus,
“raça eleita, sacerdócio real, nação sagrada, povo propriedade (de Deus)” (2,9), chamado para “uma
maravilhosa luz”.
Mas “casa” tem também outro sentido, talvez menos explícito superficialmente, mas inscrito
no contexto e nos fundamentos da Carta. A “casa” – na época – não é apenas a construção de pedra;
é também a família, a grande família, o conjunto amplo de agregados que se estabelecem ao redor
de um poderoso: há a “casa de César” (cf. Fl 4,22 = os funcionários do Império), há as casas dos
ricos e poderosos, que protegem e são servidos por dezenas ou centenas de afilhados; há a sinagoga
que reúne e protege os judeus; há a “casa” de Deus, onde os cristãos encontram não somente a
esperança da vida futura, mas desde já a solidariedade concreta de irmãos (cf. 1,22; “Amai-vos de
coração, intensamente”; 3,8: “Sede todos unânimes, compassivos, fraternais, tolerantes, humildes”;
4,8-10: “Perseverai no amor mútuo... Sede mutuamente hospitaleiros... Cada um, conforme recebeu
algum dom, ponha-o a serviço dos outros...”.
As DGAE para o período (2015-2019) seguem o mesmo esquema das Diretrizes anteriores
(2011-2015) e refletem um momento da Igreja no Brasil onde se percebe certa dúvida quanto ao
método indutivo, colocando a partir de Jesus antes da análise da realidade. Esta é também muito
fraca e genérica. Tem-se a sensação de uma Igreja que se volta cada vez mais para si mesma. É o
que afirma o teólogo Paulo Suess, comparando os objetivos das DGAE anteriores com essa atual:
“A continuidade verbal das DGAE está na própria evangelização, na opção pelos pobres e no
anúncio do Reino de Deus e da Vida. As mudanças significativas que se percebem nos Objetivos
gerais de 2011 se encontram em seu cunho nitidamente introvertido. A Igreja das Diretrizes gira em
torno de si mesma e perdeu, aparentemente, o horizonte da "libertação integral do homem” (1979) e
17
da "construção de uma sociedade justa e solidária” (2008) de outros tempos. As palavras-chave, na
ordem das Diretrizes de 2011 são: evangelizar, Jesus Cristo, Espírito Santo, Igreja discípula,
missionária e profética (sem respaldo significativo no próprio texto das Diretrizes), Palavra de
Deus, Eucaristia, (finalmente!) a opção preferencial pelos pobres, vida e Reino.” O mesmo se pode
dizer das atuais Diretrizes.
Quanto à estrutura das novas DGAE, Paulo Suess faz a seguinte observação: “A 49ª
Assembleia Geral, de 2011, considerou sumariamente "a mudança de época como maior desafio”
(27). O tópico da "mudança de época” faz, no mínimo, dez anos que aparece em documentos
eclesiais. Na estrutura das DGAE 2011 não somos mais confrontados com desafios do mundo, mas
com cinco urgências da Igreja na ação evangelizadora, urgências que representam escolhas caseiras
e reparos institucionais dos estragos que a mudança de época causa às Igrejas.” Essa observação
continua válida para as atuais Diretrizes.
18
14. CONFERÊNCIAS GERAIS DO EPISCOPADO LATINO AMERICANO E
CARIBENHO – DO RIO DE JANEIRO À APARECIDA.
Desde a primeira Conferência Geral do Episcopado Latino Americano (Rio de janeiro 1955) até o
mais recente, acontecido em Aparecida no ano de 2007, o Brasil sempre se destacou como um país
que trabalha bem a recepção das conclusões de tais Conferências. Tal recepção sempre influencia
em seus projetos pastorais e Diretrizes Gerais do Episcopado Nacional.
Vivemos uma situação nova sem respostas prontas. Olhar a história nos ajuda muito, mas é
preciso ter claro que se se olha para trás é em função do presente e do futuro que o fazemos.
Hoje, mais do que nunca, somos questionados quanto à nossa identidade cristã, o nosso
específico. Mas somos também chamados a dar resposta concreta do por que da comunidade. Bem a
gosto do pensamento pós-moderno, fala-se de um cristianismo sem instituição: “Jesus sim, Igreja
não”. Que Igreja se rejeita hoje, temos coragem de fazer essa pergunta? O bispo proscrito francês,
D. Gaillot, colocou como título de sua obra: “Uma Igreja que não serve, não serve para nada”. Uma
maneira de dizer que a Igreja existe para servir, a exemplo de Jesus que disse: “vim para servir, não
para ser servido”.
19
Para que essa dimensão da Igreja seja bem explícita e transparente, terá ela que enfrentar,
segundo o teólogo espanhol, A. T. Queiruga, três desafios bastante fortes, nos próximos anos: 1) A
pobreza no mundo; 2) A democracia na Igreja; 3) A situação eclesial da mulher.
Pe. Benedetti costuma dizer que há um desafio novo e contundente para a Igreja hoje: o
pluralismo religioso. Enquanto os demais desafios lhes são, por assim dizer, vindo de fora; neste a
Igreja se sente questionada no seu próprio campo: o da religião.
O Papa Francisco lançou novo desafio à Igreja: sair da sacristia, ganhar a rua, ser uma Igreja
em saída. Sua Exortação Evangelii Gaudium é verdadeiramente um programa de ação, porém não
sabemos se há “mão-de-obra” com o mesmo ardor do Papa Francisco para tocar para frente tal
programa.
Não temos respostas prontas, mas alimentamos uma confiança enorme que Deus faz
conosco a travessia e que no diálogo vamos clareando a verdade.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. ANTONIAZZI, Alberto. Planejamento Pastoral, Reflexões Críticas. In: Perspectiva Teológica 21 -
1989.
2. ANTONIAZZI, Alberto. Rumo ao Novo Milênio - Um plano de ação conjunta para Bispos, Padres,
Agentes de Pastoral e Comunidades. In: Revista Pastoral, nº 191. São Paulo: Paulus, 1996.
3. BEOZZO, José Oscar. Igreja no Brasil, Planejamento pastoral em questão. In: REB 42 (1982).
4. BRUNEAU, Thomas. O Catolicismo Brasileiro em Época de Transição. São Paulo: Loyola, 1974.
5. CNBB. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2015-2019). São Paulo: Paulinas, 2015.
6. CNBB. Olhando para a frente - Projeto “Ser Igreja no Novo Milênio”. São Paulo: Paulinas, 2000.
7. CNBB. Plano de Emergência. Rio de Janeiro: Livraria Dom Bosco Editora, 1962.
8. CNBB. Plano de Pastoral de Conjunto. Rio de Janeiro: Livraria Dom Bosco Editora, 1966.
9. CNBB. Queremos Ver Jesus – Caminho, Verdade e Vida. Projeto Nacional de Evangelização (2004-
2007). Brasília: CNBB, 2003, pp. 36.
10. CABELLO, M; ESPINOZA, E; GÓMEZ, J. Manual de Planejamento Pastoral. São Paulo: Paulinas,
1987.
11. CNBB. Projeto de Evangelização “Rumo ao Novo Milênio”. São Paulo: Paulinas, 1996.
12. CNBB. Sociedade Brasileira e Desafios Pastorais - Preparação das Diretrizes Gerais da Ação
Pastoral, 91-94. São Paulo: Paulinas, 1990.
13. FREITAS, Maria Carmelita. Elementos para uma História do Planejamento Pastoral na Igreja do
Brasil. Subsídio da CNBB, 1993.
14. GONZALES FAUZ, José Ignácio. Desafio da Pós-Modernidade. São Paulo: Paulinas, 1996.
15. PAYÁ, Miguel. O Planejamento Pastoral a Serviço da Evangelização. São Paulo: Ave Maria, 2005.
16. QUEIRUGA, Andrés Torres. “O cristianismo no mundo de hoje” São Paulo: Paulus, 1994.
17. BRIGENTI, Agenor. A Desafiante proposta de Aparecida. São Paulo: Paulinas, 2007.
18. CELAM. Documento de Aparecida – Texto conclusivo da V Conferencia Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe. São Paulo: Paulus e Paulinas, 2007.
19.PAPA FRANCISCO. Exortação Apostólica do Sumo Pontífice Francisco. Evangelii Gaudium –
sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. Coleção Documento do Magistério – São Paulo: Paulus
e Loyola, 2013.
20