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• A solução proposta por Lacan nesse seminário é afirmar que o desejo, como
metonímico – o que quer dizer essencialmente não edipiano -, é enquadrado,
regulado, indexado pela fantasia, ou seja, por uma relação permanente do sujeito
com um a. (Miller, p. 12)
Seminário 06 – mito x estrutura
• Hamlet X Édipo
• Lacan X Freud
• Aflora aqui, toda a ambiguidade da relação de Lacan com Freud: ele segue sua
indicação no sentido de olhar a propósito do Édipo do lado de Hamlet. Ele
obedece a sua indicação, mas, ao mesmo tempo, ao implementa sua análise de
Hamlet, não é exagerado dizer que ele suplanta seu mestre. (Miller, p. 13)
Seminário 6
• Variante / dissimetria
• Procrastinação / Ato
• Saber / Ignorância
• O seminário 10: a angústia, exporá a lista completa dos objetos a: aos objetos de Freud,
Lacan acrescenta o olhar e a voz. (Miller, p. 15)
• Por fim, ele preverá explicar, no seminário 11, as consequências da página 353 do
seminário 6, ou seja, explicar que não há Outro do Outro significa que não há o Nome-
do-Pai e que, no máximo, há nomes-do-pai. Aqui ele considera que a mordaça posta em
sua boca tinha sentido. E, com efeito, ele nunca retomou a questão como tivera a
intenção de fazê-lo. (Miller, p. 15)
Nomes do Pai
• Seja como for, ele resolveu cancelar seu seminário e nunca mais fazer
outro sobre o mesmo tema. Nos anos seguintes, reiterou por diversas
vezes que não havia dado seu seminário sobre os nomes-do-pai e que
nunca o daria, porque acreditava que as pessoas não estavam
preparadas para ouvir o que ele tinha a dizer, ou talvez porque
ninguém merecesse frequentar tal seminário. (Miller, para ler o
seminário 11)
Nomes do Pai
• A transição do Nome do Pai, no singular, aos Nomes do Pai, no
plural, presente no título do Seminário interrompido por Lacan,
em novembro de 1963, designa a passagem da religião à lógica,
do Nome do Pai da religião aos Nomes do Pai como operação
lógica. A interrupção do Seminário dá margem à interpretação de
um castigo por ter tocado no pai construído por Freud,
evidenciando a ruptura com uma certa tradição religiosa.
(Harari, tradição e nome do pai)
•
Multiplicar o Nome do Pai significa que o Pai é um Nome do Pai
entre outros... (Harari)
• A expressão Nome do Pai se menciona já cedo seminário sobre o
nome dos lobos, que Lacan ditou entre 51 e 52 e se formaliza como
significante ao largo das anos 50, operando na metáfora paterna – a
partir de substituir o desejo da mãe e fazer lugar, assim, à significação
fálica – uma vez que sua foraclusão entregue a esse primeiro Lacan a
razão de estrutura da psicose. (Schejtman p. 165)
• Logo, pode encontrar-se já sua pluralização e em seu ensino posterior,
desde os 60: a que conduz Lacan do nome do pai aos nomes do pai.
Ainda que, é preciso indicá-lo, sem abandonar o singular, cujas
aparições se constatam, ao lado do plural, até nos seminários dos
anos 70. (Schejtman p. 165)