Resumo: Reflexões acerca da ética e da qualidade dos registros psicológicos em
prontuários eletrônicos multiprofissional
A Psicologia no contexto hospitalar surgiu no modelo biomédico e depois passou a
bases biopsicossocial e interdisciplinar, buscando garantir a atenção integrada (multiprofissional e interdisciplinar) e humanizada e o aperfeiçoamento do sistema de políticas de saúde. A Psicologia busca preservar as singularidades. Ela repassa à equipe uma visão global do paciente e o atende em suas diversas demandas. Porém, hoje ainda se é médico-centrado, o que dificulta a integralidade. O reducionismo profissional é um problema. O psicólogo pode ter função de coordenação, na ajuda à adaptação, na interconsulta, com função de enlace, na assistência direta e no RH. Busca sempre criar espaço de escuta, dar voz à subjetividade, acolher os sentimentos dos pacientes e da família, facilita a relação da equipe, buscando sempre facilitar a comunicação e compreensão. Clareza da função e habilidade de comunicação é essencial. É interessante estabelecer critérios claros e objetivos para as intervenções. A posição do psicólogo hospitalar ainda está sendo construída. O prontuário é uma boa forma de facilitar a comunicação e a articulação dos saberes, embora tipicamente o que ocorra seja a conversa informal. A legislação sobre isso é o Código de Ética (informações relevantes e sigilo) e a Resolução 001/2009 (obrigatoriedade de registro de serviço, com identificação, demanda, objetivos, evolução, procedimentos técnico-científicos, encaminhamentos ou encerramento e cópia de documentos oferecidos; 5 anos de guarda). O autor sugere registrar no prontuário: solicitante, demanda principal, aspectos avaliados, ferramentas e conduta. Ele usa notas orientadas para o problema: SOAP; Ele leva dimensão humana e funcional. O paciente deve autorizar o compartilhamento