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HABILIDADES PROFISSIONAIS I

DISCENTE: ERYCKA PRISCYLLA


DOCENTE: JULLIANA TEÓFILO
TIPOS DE ESTUDO - Noções em busca de Periódicos e Bases de Dados
A Medicina Baseada em Evidências (MBE) é uma abordagem para a prática
médica que se baseia em evidências científicas atualizadas e confiáveis para tomar
decisões clínicas.

 Envolve a integração das melhores evidências científicas disponíveis com a


experiência clínica do médico e as preferências do paciente
 Tem como objetivo principal melhorar a qualidade dos cuidados de saúde,
aumentando a efetividade e a eficiência dos tratamentos
 A prática da MBE envolve a formulação de uma pergunta clínica, busca de
evidências científicas relevantes e confiáveis, avaliação crítica dessas
evidências e aplicação das informações obtidas à decisão clínica.
A prática da Medicina Baseada em Evidências (MBE) envolve uma série de
passos, que geralmente incluem os seguintes:

 Formulação da pergunta clínica: a primeira etapa da MBE é formular uma


pergunta clínica clara e bem definida que possa ser respondida por meio da
pesquisa de evidências.

 Busca de evidências: é preciso buscar as melhores evidências disponíveis


para responder à pergunta formulada. As fontes de pesquisa incluem bancos
de dados bibliográficos, como PubMed, Embase e Cochrane Library, bem
como outras fontes de informações

 Seleção crítica de evidências: uma vez encontradas as evidências


relevantes, elas precisam ser avaliadas criticamente para determinar sua
qualidade e relevância para a pergunta clínica.

 Síntese das evidências: com as evidências selecionadas, é preciso sintetizá-


las de forma clara e organizada, a fim de facilitar a tomada de decisão clínica.

 Aplicação das evidências: com as evidências sintetizadas, o médico pode


então aplicar as informações obtidas na tomada de decisão clínica, levando em
consideração as preferências e circunstâncias individuais do paciente.

 Avaliação da prática: após a aplicação das evidências, é importante avaliar os


resultados para determinar sua efetividade e monitorar possíveis efeitos
colaterais ou riscos para o paciente.
Esses passos são fundamentais para a prática da MBE e ajudam a garantir que
a tomada de decisão clínica seja baseada em evidências atualizadas e confiáveis.
TIPOS DE QUESTÕES CLÍNICAS
COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL: Ensino/Aprendizagem da Relação
Médico-Paciente
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

 Linguagem técnica e linguagem popular.


 Ética em equipe: ética acadêmica e médica
 Relação médico-paciente-estudante
 Qualidade de vida e humanização
 Comunicação entre os diversos atores: adulto, idoso, criança, mulher,
adolescente, famílias.
 Linguagem Técnica x Popular.
 Comunicando más notícias.
 Obrigações legais do médico, atestado e notificações Biossegurança

7 HABILIDADES INDISPENSÁVEIS PARA OS MÉDICOS

 Empatia: vai lidar diretamente com os pacientes. Assim, é preciso saber se


colocar no lugar deles para ter uma compreensão do que estão sentindo e
conseguir fazer um diagnóstico. Ser empático é essencial para oferecer um
atendimento humanizado de forma que o indivíduo se sinta amparado,
especialmente em momentos mais difíceis.
 Boa comunicação A arte de se comunicar, ele deve transmitir da forma correta
os procedimentos que serão realizados e também a ouvir o que o paciente tem
a dizer. É um jeito de criar uma relação de confiança com a pessoa e ter mais
sucesso na prescrição do tratamento.
 Foco no paciente: deixar de ter foco apenas na doença ou problema de saúde
e sim no paciente de forma global. É oferecer uma atenção integral,
considerando, assim, seu estilo de vida, histórico de saúde, queixas, medos e
até crenças. É essencial que o médico chame o paciente pelo nome, converse
olhando no olho, realize a consulta com calma e seja sempre gentil.
 Concentração: A Medicina é um trabalho que exige concentração, em que é
necessária precisão para evitar erros que podem trazer prejuízos à saúde do
paciente.
 Flexibilidade: estar preparado para atender com diferentes pacientes e
condições de saúde, aceitando que terá um desafio a cada jornada de trabalho.
Além disso, a Medicina avança rápido com novas técnicas e equipamentos e o
profissional deve se manter atualizado para estar apto a utilizar essas
inovações e, assim, oferecer tratamentos de melhor qualidade.
 Trabalho em equipe: O médico é essencial para a saúde das pessoas, mas
saiba que ele não trabalha sozinho. Então, para ter sucesso na carreira, ele
deve aprender a trabalhar com colegas de outras especialidades e também com
outros profissionais de saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas,
farmacêuticos, entre outros.
 Resiliência: quando se trata da Medicina, estamos falando de um ambiente de
trabalho com muita pressão, desafios e também momentos difíceis, como a
perda dos pacientes. Diante disso, o médico precisa ser resiliente para estar
preparado para essas situações, de modo que isso não abale seu emocional, o
que poderia afetar seu trabalho no dia a dia ou o fazer desistir da carreira. Não
é o caso de ser uma pessoa fria, mas sim de conseguir lidar bem com
frustrações ou insucessos. É um aprendizado diário em que o médico precisa
enxergar os erros como parte de seu crescimento profissional.
COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL

 Comunicação verbal é o processo de troca de informações entre indivíduos


por meio de palavras faladas ou escritas. É uma forma de comunicação
humana que envolve a utilização da linguagem para transmitir mensagens e
ideias.
 A comunicação não verbal é uma parte importante da comunicação humana,
que inclui gestos, expressões faciais, postura, tom de voz e contato visual. No
contexto do atendimento médico, a comunicação não verbal pode ajudar a
estabelecer confiança com os pacientes e melhorar a eficácia da comunicação.
ESTRATÉGIAS QUE PODEM SER USADAS PARA TRABALHAR A
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL NO ATENDIMENTO MÉDICO:

 Use gestos apropriados, use contato visual adequado, adapte sua linguagem
corporal ao contexto, preste atenção à linguagem corporal do paciente.
A CONSULTA EM 07 PASSOS:
A «consulta em 7 passos» tem por base um modelo clínico integrado, que é um
desenvolvimento do método clínico centrado na pessoa. Isto é, centra-se na
singularidade de cada pessoa e, ao mesmo tempo, presta atenção aos aspectos
biomédicos, ao médico, à relação médico-paciente e ao contexto em que tudo decorre.
Este modelo procura superar o modelo centrado no médico, que tende a ver o doente
como objeto passivo de estudo e de intervenção. Requer um saber lidar com a
complexidade da condição humana, com o vasto leque de fatores que condicionam a
dinâmica de saúde-doença de cada pessoa, de cada família e de grupos com
necessidades especiais, numa perspectiva ecossistémica: família, contextos
ocupacional, sócio-cultural e comunitário.
 Preparação: onde se revê a situação do médico, do consultório e do próximo
paciente, antes de este ser chamado para a consulta;
 Os primeiros minutos: onde se procede à chamada, ao encontro, ao
cumprimento e ao acolhimento da pessoa, bem como à detecção de indícios
físicos e emocionais, de motivos de consulta e ao acerto de agendas entre o
médico e o paciente. Segue-se uma fase intermédia com três passos:
exploração, avaliação e plano (EAP), durante a qual se procede à recolha
sistematizada de dados e de informação, subjetivos e objetivos, e se
processam intelectualmente os dados e a informação recolhidos para chegar,
sempre com a participação e o envolvimento do paciente, a uma avaliação e a
um plano de ação.
 Exploração: onde se recolhem, analisam e contextualizam dados e informação
(subjetivos, objetivos e contextuais);
 Avaliação: onde se fazem a interpretação, os diagnósticos, as explicações, as
previsões (prognósticos) e se avaliam os impactos na qualidade de vida;
 Plano: onde se prepara o plano de cuidados (propostas, negociação, acordos
e compromissos de ação, incluindo prevenção). Na fase final procede-se ao
encerramento da consulta e a uma reflexão:
 Encerramento: onde se verifica se subsistem dúvidas, se revê o plano
acordado e se procede ao cumprimento de despedida;
 Reflexão e notas finais: onde se faz uma breve reflexão crítica sobre o que se
passou.
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS
É importante compreender que princípios bioéticos e virtudes morais são partes
indissociáveis do exame clínico e estão no núcleo da relação médico-paciente.

 Beneficência. Buscar fazer sempre o bem para o paciente.


 Não maleficência. Não fazer nada de mal ao paciente.
 Justiça. A justiça é entendida como “justiça distributiva”, a qual se relaciona
com uma distribuição igual, equitativa e apropriada de tudo que diz respeito à
saúde para os membros da sociedade. Fazer sempre o que é justo ao
paciente.
 Autonomia. O processo pelo qual os médicos e os pacientes tomam decisões
tem como base o consentimento informado que é fruto do princípio da
autonomia. O respeito pela autonomia do paciente como ser humano e cidadão
é hoje o núcleo do relacionamento médico-paciente. Possibilitar que o paciente
decida sobre o tratamento, tendo o direito de aceitá-lo ou não, depois do
devido esclarecimento.
VALORES BIOÉTICOS

 Alteridade: Respeitar a diferença no outro. A alteridade é descrita como valor,


precisa respeitar o outro em sua diversidade. Assim como não se deve excluir
ou discriminar o outro pela sua diferença, também não se pode igualar a todos,
ignorando a diversidade humana que estabelece grande riqueza de
possibilidades de estar no mundo real.
 Sigilo: Respeitar o segredo sobre as informações do paciente. Os estudantes
não podem expor os pacientes nas redes sociais, ainda que a alegria de ter
conduzido bem um caso faça com que sintam uma necessidade narcísica de
socializar seus feitos; nos casos discutidos em sessões clínicas, o sigilo
deve ser preservado mediante artifícios, como usar apenas as iniciais em lugar
do nome ou, mesmo, evitar dados que permitam identificar o paciente; É
preciso lembrar que em uma discussão clínica, todos os profissionais de saúde
que participarem estão submetidos ao dever do sigilo.
ANAMNESE
O roteiro da anamnese é uma forma padronizada de registrar a entrevista. Para a
realização de uma boa anamnese, acima de tudo é necessário saber ouvir. Ao iniciar a
entrevista com uma pergunta aberta, dê tempo para o paciente responder. A
anamnese tradicional é composta por 7 itens:

 Identificação: Nome completo, idade, sexo, cor, nacionalidade e naturalidade,


estado civil, profissão e endereço atual. Procedência (próxima e remota). Data
do atendimento.
 Queixa Principal (QP): Razões da consulta, anote a queixa principal utilizando
as palavras do paciente / informante e discrimine a duração dos sintomas de
forma mais objetiva possível. (ex: dor de cabeça há 2 dias; dor no peito e tosse
há 1 semana).
 História da Moléstia Atual (HMA) ou doença atual: Deve-se realizar uma
narrativa pormenorizada e organizada descrevendo a queixa principal feita pelo
paciente, utilizando termos técnicos. A caracterização da queixa: cronologia
(início, duração, tipo de início, evolução), localização corporal (origem, grau de
profundidade, irradiação, delimitações), qualidade (sensação, aspecto físico do
fenômeno), quantidade (frequência, duração, intensidade), circunstâncias
(condições externas que podem influenciar, poluição, ruídos, substâncias
tóxicas), fatores agravantes ou atenuantes, identificar situações ou fatores que
possam desencadear ou agravar o quadro (atividades, alimentos, drogas,
substâncias), ou fatores que possam atenuar os sinais e sintomas (posições,
medicações, etc.), manifestações associadas. Acrescente os sintomas e
informações que julgar possam estar associados a etiologia da queixa
principal. Incluir o passado mórbido do aparelho acometido e repercussão
sobre o estado geral (disposição, capacidade de trabalho, perda de peso,
febre, anorexia, estado psíquico. Colocar exames complementares e
tratamentos anteriores realizados. Evitar interpretações diagnósticos prévias).
 História Patológica Pregressiva (antecedentes pessoais): Devem constar
dados sobre: condições de nascimento e desenvolvimento (parto, aleitamento,
dentição, deambulação, fala, aprendizado escolar), passado mórbido (referir
todas as doenças desde o nascimento até a moléstia atual, inclusive cirurgias,
hospitalizações, exames laboratoriais realizados e traumatismos). Menarca,
ciclo menstrual (duração, quantidade, intervalo). Condições de vida (tipo de
trabalho, remuneração, alimentação, habitação, condições sanitárias). Hábitos
(fumo, tóxico, álcool imunizações sono, hábitos alimentares, fatores de risco).
Medicamentos (idagar sobre o tipo, dose, resposta terapêutica e reações
indesejadas).
 História Pessoal e Hábitos de vida: Peça que o paciente fale sobre
seus hábitos de vida, como a prática de exercícios físicos, alimentação, se
fuma ou costuma ingerir bebida alcoólica com frequência. Tudo isso pode ter
efeitos na condição clínica atual. Registre se o doente tem alergias, se está
realizando algum tratamento ou se utiliza medicamentos continuamente.
Detalhe a presença de doenças crônicas e males que tenham aparecido no
passado, mas possam ter relação com o presente.
 História Familiar: Estado de saúde em condições de vida dos pais, irmãos,
cônjuge e filhos e avós. Causa mortis dos falecimentos. Outros casos de
doença semelhante à do paciente. Doenças de incidência múltipla na família.
Referir no final da anamnese o grau de confiança que merecem as informações
do paciente.
 Revisão por sistemas: questione sobre o estado geral dos sistemas do corpo,
a fim de enxergar manifestações: Na pele, Aparelho olfativo e gustativo, Tato,
visual e auditivo, Cardiovascular e linfático, Osteomuscular e articular, gênito-
urinário, Neuroendócrino e Psíquico.

Perguntas para anamnese médica

Boas perguntas são a chave de uma anamnese de qualidade. Procure fazer


questões práticas, simples e dar espaço para que o paciente responda cada uma com
calma. Sugestões de questionamentos básicos:
 Como posso ajudar você?
 O que trouxe você ao consultório hoje?
 Está com alguma dor? Qual a localização?
 Quando esse incômodo começou?
 Esse sintoma já impediu que você realizasse alguma atividade do dia a dia?
 Já perdeu dias de aula ou de trabalho por causa da doença?
 Tem alguma alergia?
 Costuma usar algum medicamento continuamente? Qual?
 Já precisou passar por cirurgia? Com que objetivo?
 Você pratica atividade física regularmente?
 Considera sua alimentação saudável?
 É fumante?
 Costuma ingerir bebida alcoólica? Quantas vezes por semana?
 Como anda a saúde dos seus pais?
 Existe alguma doença comum entre seus familiares (como pressão alta,
diabetes, câncer)?
 Como é o seu local de trabalho?
 Quais suas principais tarefas no trabalho?

SINAIS VITAIS
PULSO:

 Coloque a extremidade de dois dedos sobre a artéria carotídea, pressionando


suavemente;
 Avalie o volume do pulso com o forte (cheio) ou fraco (filiforme);
 Avalie o ritmo cardíaco: regular ou irregular;
 Avalie a Frequência Cardíaca: conte o número de batimentos em 30 segundos
e multiplique por 2.

A Frequência Cardíaca normal de um adulto em repouso situa-se na faixa de 60 a


100 batimentos por minuto, sendo geralmente mais baixa em um atleta bem
condicionado.

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
A Frequência Respiratória deve ser monitorizada imediatamente após a avaliação
do pulso:
 Mantenha os dedos sobre a artéria carotídea;
 Conte o número de incursões respiratórias, observando a elevação e o
abaixamento da caixa torácica;
 Avalie a frequência: conte o número de incursões em 30 segundos e
multiplique por 2.
 Compare com os valores normais.

PRESSÃO ARTERIAL
Método Auscultatório:
 Coloque o paciente na posição sentada;
 Deixe-o descansar por 5 minutos em ambiente calmo e de temperatura
agradável;
 Explique o procedimento;
 Certifique se de que o paciente não esteja com a bexiga cheia e não tenha, nos
últimos 30 minutos: praticado exercícios físicos; ingerido café, bebidas
alcoólicas ou alimentos em excesso e fumado.
 Localize a Artéria Braquial por palpação;
 Prenda o manguito firmemente cerca de 2a3 cm acima da fossa antecubital,
centralizando a bolsa de borracha sobre a Artéria Braquial;
 Mantenha o braço do paciente na altura do coração;
 Palpe o pulso radial, posicione o estetoscópio sobre a Artéria Braquial e infle o
manguito até o desaparecimento do som;
 Faça a deflação com uma velocidade constante de 2 a 4 mmHg/segundo;
 Determine a pressão sistólica máxima no momento do aparecimento do
primeiro som;
 Determine a pressão diastólica mínima no momento do desaparecimento do
som;
 Registre os valores das pressões sistólica e diastólica, o braço em que foram
feitos o exame e o horário.
 Se necessária nova avaliação, aguarde 2minutos.

O EXAME FÍSICO
Um aspecto do exame físico que merece ser ressaltado de imediato é seu
significado psicológico: O paciente só se sente verdadeiramente "examinado" quando
está sendo inspecionado, palpado, percutido, auscultado, pesado e medido.
A inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta

Para obter os dados do exame físico, é preciso utilizar os sentidos-visão, olfato,


tato e audição.

INSPEÇÃO: avaliação do estado geral, faces, atitudes e decúbito preferido,


postura ou atitude em posição em pé, biótipo, edema, circulação colateral, avaliação
do nível de consciência, nível de hidratação, pele, mucosas.
A inspeção ocorre de dois modos: Dinâmica e Estática
 É a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam-se a superfície
corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
 A inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente
realizando-se uma "inspeção geral”.
 A inspeção começa durante a anamnese, desde o primeiro momento em que
se encontra com o paciente, e continua durante todo o exame clínico.
 Exige boa iluminação, exposição adequada da região a ser inspecionada e uso
ocasional de determinados instrumentos.
PALPAÇÃO: Pela palpação percebem -se modificações de textura, temperatura,
umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção
de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração, pulsação
e verificação da existência de edema e vários outros fenômenos.
 A palpação frequentemente confirma pontos observados durante a inspeção;
 A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece
impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais
profundas.

PERCUSSÃO: Na percussão, o golpeamento é utilizado para delimitar órgãos,


observar as características do som (intensidade, timbre e tonalidade) e perceber a
presença de líquidos em cavidades.
O som estabelecido pela percussão é influenciado pela espessura da parede, onde
a presença de uma parede espessa de gordura pode dificultar a avaliação. Os sons
podem ser timpânicos (regiões fechadas e com ar), maciço (estruturas sem ar) e
submaciço (regiões densas, com pouco ar), sendo que a percussão se da de forma
direta (diretamente na região a ser percutida) ou indireta (onde o dedo médio de uma
das mãos pressiona a região e dedo médio da outra mão golpeia a falange distal).
A técnica da percussão sofreu uma série de variações no decorrer dos tempos;
hoje, usa-se basicamente a percussão direta e a percussão digito digital, e, em
situações especiais, a punho-percussão, a percussão com a borda da mão e a
percussão tipo piparote.

 A percussão digito digital: é executada golpeando-se com a borda ungueal


do dedo médio ou do indicador da mão direita a superfície dorsal da segunda.
 Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome
com piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura
captar ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal. A percussão
por piparote é usada na pesquisa de ascite.
 Punho-percussão: mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda
cubital a região em estudo e averígua-se se a manobra desperta sensação
dolorosa.

AUSCULTA: O último procedimento, a ausculta, utiliza a audição com intuito de


avaliar os sons e ruídos produzidos pelos órgãos e observando o aparecimento de
alterações. Esses sons são provenientes da vibração das estruturas entre sua origem
e a superfície corporal um exemplo desses sons são as bulhas cardíacas, ruídos
respiratórios e ruídos hidroaéreos.
Os tipos de som variam de acordo com o órgão auscultado (por ex. pulmão:
murmúrios vesiculares; coração: bulhas cardíacas; intestino: ruídos hidroaéreos). Os
sons não-fisiológicos decorrentes de condições patológicas (secreções pulmonares,
esteatose, de válvulas cardíacas) ou produzidos por interferências extremas (atrito de
roupas) são denominados ruídos adventícios.
 Ato ou efeito de auscultar.
 Ação médica que consiste em aplicar o ouvido ou o estetoscópio para
inspecionar o funcionamento dos órgãos pelos ruídos produzidos.
 Ausculta direta: A vibração sonora pode ser captada diretamente pelo ouvido
do examinador.
 Ausculta indireta: com o auxílio do estetoscópio.

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