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CONDIÇÕES CRÔNICAS
Consultas coletivas:
Útil para aqueles com necessidades intensas de apoio emocional e
psicossocial, em especial os hiperutilizadores do serviço, permitindo
mostrar que não é a única pessoa com aquela condição.
Exemplos:
o Apresentação das equipes, participantes e objetivo.
o Interação e questões, valorizando a experiência, ao contrário
de dar aula.
o Intervalo e médico conversam individualmente com cada um.
o Novo momento de perguntas.
o Criação de planos de ação.
o Agradecer a presença de cada e reforçar a presença dele no
próximo encontro.
o Depois do encontro, pode atender individualmente pacientes
com problemas mais complexos.
Resiliência familiar
Sistemas de crenças – estimular a família a buscar sentido; explorar
experiências prévias da família da doença; explorar valores dos
diferentes integrantes.
Padrões organizacionais – genograma e ecomapa; identificar o
papel de cada integrante da família; identificar padrões
disfuncionais de relacionamento; buscar aumentar a rede de apoio.
Capacidade de comunicação – estimular os integrantes da família a
conversar abertamente e claramente sobre a doença; estimular a
capacidade de resolução de problemas; evitar triangulação.
Princípios de Ariadne:
Avaliar potenciais interações (clínica, tratamento e contexto):
o Manter lista de todas condições clínica, gravidade e impacto,
revisar medicamentos atuais.
o Monitorar sinais de sofrimento mental (ansiedade e
depressão) e disfunção cognitiva, incluindo dependência
química, sinais/sintomas inespecíficos, problemas com sono,
perda de apetite e problemas de hidratação.
o Explorar circunstâncias sociais, limitações financeiras,
condições de vida e suporte social, letramento em saúde,
autonomia funcional e estratégias para lidar com problemas
(cooping).
Explorar referências e prioridades (desfechos que são mais e menos
desejados pelo paciente):
o Explorar preferências como sobrevivência, independência,
dor e alívio de sintomas, incluindo necessidades de cuidados
paliativos.
o Considerar as preferências dos cuidadores ou da família.
o Meta terapêutica realista.
Individualizar o manejo para alcançar metas terapêuticas:
o Avaliar benefícios esperados do tratamento superam os
prováveis riscos e danos.
o Adequar o plano de autocuidado de acordo com as
necessidades e capacidades do paciente.
o Fornecer instruções de rede de segurança.
Tarefas do autocuidado:
Manejar a doença propriamente dita.
Manter os demais papéis e atividades da vida diária.
Lidar com impacto emocional da condição crônica.
Estimular o paciente ser protagonista do seu cuidado.
o No momento do plano terapêutico, em vez apenas dizer o
que fazer, é mais útil fazer sugestões e perguntar a opinião do
paciente.
Letramento em saúde
Conjunto de competências cognitivas que torna um indivíduo capaz
de obter, interpretar e compreender informações básicas sobre sua
saúde, e sobre os serviços e a forma de utilizá-los.
Quanro pior o letramento em saúde, menor a adesão a
medicamentos ou ações preventivas e maior uso de serviços de
urgência/emergência.
Para que o processo de informar tenha caráter colaborativo, pode
ser usado técnicas de entrevista motivacional.
o Evita estilo de repassar a informação e adota um estilo de
guia de processo de aprendizagem.
o Quando não solicitado, as informações e conselhos deve ser
dado de forma guiada, pedindo permissão para informar.
o “O que sobre sabe sobre ...?”
o Ao final deve pedir que o paciente repita, com suas próprias
palavras, o que recorda e do plano acordado.
o Fornecer a informação na dose certa e verificar se
compreendeu o que foi informado.
o Transformar mensagens negativas em forma positiva.
o Uma forma eficaz é dizer que funcionou para outros
pacientes em situações semelhantes à dele, em vez de
sugerir.
o Se for necessário passar muitas informações, deve-se falar as
coisas mais importantes primeiro e programar a oferta de
novas informações ao longo de diferente cuidado (registrar
no prontuário o que faltou abordar).
Podem ser usadas imagens como apoio.