Você está na página 1de 1

O artigo publicado na revista, The Economist, redige um texto no futuro, datado no

ano de 2040 de forma criativa e reflexiva com possíveis desfechos. Caso as pessoas
continuem com o uso indiscriminado de antibióticos na atualidade, resultará em várias
consequências negativas e uma busca desesperadora por antibióticos eficazes para as
cepas resistentes.
A priori, sabe-se que, desde a criação da penicilina houve grandes avanços nos
tratamentos e boa sobrevida após uma infecção por bactérias. Porém, após uma
década, com uso amplamente disseminado mais da metade das bactérias Stafylococos
comuns eram resistentes, necessitando desenvolver novos antibióticos contra essas
cepas resistentes. Atrelado a isso, várias indústrias de carnes, peixes e agrícolas
utilizam massivamente os antibióticos a fim de combater ou prevenir infestações
bacterianas, propiciando a seleção de bactérias resistentes, levando a uma corrida
contra o tempo por uma busca, sem fim, de novos antibióticos.
Além disso, o artigo cita ainda diversos impactos que podem acontecer caso a
sociedade continue com uso indiscriminado de antibióticos. Bem como, redução de
cirurgias eletivas, devido ao medo de infecções e que os antibióticos sejam ineficazes;
amputação em membros após uma simples lesão em extremidades com disseminação
bacteriana; redução do número de cesarianas; baixa sobrevida de pacientes em
tratamento de câncer com quimioterapia ou em pacientes transplantados, devido à
baixa imunidade. Assim, retornando a era “pré-antibiótico”.
Portanto, é pertinente o estímulo ao uso racional, o que vem ganhando relevância a
alguns anos, antes que seja tarde demais. Pois, percebe-se o rumo que está
caminhando, correndo risco de ficar impotente diante de bactérias resistentes aos
antibióticos atuais, gerando impacto direto não somente na mortalidade por infecções
por bactérias, mas em outras comorbidades, afetando diretamente na mortalidade em
geral.

Você também pode gostar