Nova vacina pode eliminar traços de

vírus da Aids por toda a vida  pág. 12

C arta ao leitor,

Desde a primeira observação de células por Robert Hooke em 1665

grandes avanços surgiram na história da Ciência que permitiram ao
homem navegar em torno da descoberta e do estudo dos seres antes
considerados invisíveis aos nossos olhos.

A Microbiologia nasceu como Ciência apenas no século XIX,

principalmente com os estudos de Louis Pasteur, que a pedido de
Napoleão III e da Marinha Francesa descobriu que a deterioração do
vinho se dava pela presença de micro-organismos. Pasteur também
verificou que o aquecimento da bebida até uma temperatura que não
afetasse seu sabor era suficiente para matar esses organismos
deteriorantes. Nascia aí os conhecimentos sobre a pasteurização.

Pasteur também foi o responsável por mostrar que os processos de

fermentação para obtenção das bebidas alcoólicas era realizado por
organismos microscópicos presentes no suco das uvas. Estava
demonstrado que os micro-organismos habitam todos os lugares e a
teoria da geração espontânea foi, assim, derrubada.

No final do século XIX e no século XX vimos surgir vários conhecimentos

importantes que fizeram a expectativa de vida saltar de 45 anos em
1900 para 79 anos em 2000.

Nesse período, graças ao desenvolvimento de novas tecnologias, uma

enorme quantidade de agentes infecciosos e seus vetores foram
descritos, bem como a importância da adoção de técnicas de assepsia e
higiene, além do desenvolvimento de vacinas e antibióticos que nos
permitiram prevenir e tratar doenças antes consideradas incuráveis.

Agora, no século XXI, o alto desenvolvimento tecnológico continua a

contribuir com grandes inovações no campo da Engenharia Genética,
Biologia Molecular e também da Microbiologia.

Nas próximas páginas vocês poderão desfrutar com a leitura

de textos, histórias, descobertas, passatempos e cultura tendo a
Microbiologia Em Foco.

Gabriel A. N. Nascentes
Professor de Microbiologia
Instituto Federal do Triângulo Mineiro
Í ndice

04 Entrevista 18 Microbiologia e tecnologia

Diego Rodrigues Pena dos Santos MALDI-TOF: nova tecnologia no
Biomédico laboratório de Microbiologia

07 Homenagem póstuma Cientistas aprenderam a "imprimir"

órgãos
Alexander Fleming, a descoberta da
penicilina e seu uso na 2ª Guerra
Biotecnologia e micro-organismos
Mundial
extremófilos: compartilhando
extremos
10 Novidades da microbiologia
Bactérias descobertas na atmosfera
podem interferir no clima
26 Cardápio
Os lactobacilos em nossa
alimentação e sua importância
Novas espécies de fungos comprovam
para o ser humano
riqueza da Amazônia

CAPA Nova vacina pode eliminar 27 Microbiologia no cinema

traços de vírus da Aids por toda a vida Cinco filmes que deixarão você de
quarentena

17 Saúde 30 Passatempo
Probióticos contribuem para a Caça-palavras
diminuição de sintomas do autismo Palavras cruzadas

Esta revista eletrônica foi desenvolvida a partir de notícias extraídas da internet pelos
alunos do 4º período de Ciências Biológicas e fazem parte da atividade de Práticas
Pedagógicas como Componente Curricular (PPCC) da disciplina de Microbiologia.
2º semestre de 2013
 E ntrevista
Diego Rodrigues Pena dos Santos é Biomédico
no Laboratório Sabin de Uberaba
Quais organismos são estudados dentro da
Microbiologia?
Vou citar os mais estudados em um laboratório
de rotina, onde posso responder melhor sua
pergunta. No setor de Microbiologia
estudamos, pesquisamos e identificamos vários
microrganismos como as bactérias, fungos e
vírus. Esse último menos utilizado em um
laboratório de rotina, sendo mais solicitado em
laboratórios de pesquisas (Universidades).
Sendo um campo de alta complexidade e
concentração dentro do laboratório, temos
também os protozoários cuja sua classificação é
feita com base na sua locomoção.
Em sua opinião, qual é a importância desses
microrganismos?
Para mim é de suma importância os
microrganismos no nosso dia a dia. Tem o lado
positivo mas também tem seu lado negativo. Os
microrganismos são largamente utilizados na
fermentação, produção de cerveja, leite
fermentado, coalhadas e iogurtes, na produção
de penicilina, na produção de algumas
substâncias importantes na medicina que só
podem ser obtidas através da ação de
microrganismos. Mas temos seu lado negativo,
os microrganismos como algumas bactérias
resultam em infecções, podem levar a uma
septicemia e até ao óbito. Em pacientes
Por Karolina Andrade de Oliveira e
Lilian Cristina da Silva
imunocomprometidos, pacientes portadores
de síndromes e em tratamento com
quimioterápicos, dependendo do
microrganismo pode ser fatal, pois seu
sistema imunológico se encontra debilitado,
com pouca produção de anticorpos e células
de defesa.
Qual é a importância do laboratório de
Microbiologia clinica e do diagnóstico?
O diagnóstico etiológico de infecções
ambulatoriais e principalmente hospitalares
quanto investigação microbiológica das
epidemias e surtos são realizados pelo
laboratório de microbiologia, como
identificações do tipo, espécie, família e
sensibilidade a antimicrobianos
(antibiograma). O antibiograma contém
drogas que são testadas a fim de identificar a
sensibilidade de determinada bactéria
frente ao antibiótico, sendo que para cada
paciente temos que realizar um
antibiograma. Esse antibiótico pode ser
bactericida (matando a bactéria) ou
bacteriostático (inibindo o crescimento
microbiano, a sua multiplicação).
Atualmente temos o CCIH, Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar, que é um
dos órgãos responsáveis pelos pontos de
corte do antibiograma e na prevenção de
infecções hospitalares.
Na natureza há diferentes tipos de fungos,
entretanto existem aqueles prejudiciais a
saúde do homem e aqueles considerados
benéficos. Quais os tipos de fungos são
prejudiciais e quais são benéficos encontrados
na natureza?
Primeiramente vamos falar brevemente do
conceito de fungos. São seres vivos
eucarióticos, com um só núcleo, como as
leveduras ou multinucleados, como se observa
nos fungos filamentosos ou bolores. Seu
citoplasma contém mitocôndrias e retículo
endoplasmático rugoso. Dentre os fungos
prejudiciais, temos o Blastomyces dermatitidis
que causa a blastomicose, o Sporothrix
schenckii que causa esporotricose, uma doença
que pode atingir não só humanos mas animais
também. O Aspergillus flavus, produz a
aflatoxina, tóxica para os humanos que pode se
desenvolver em amendoins e outros cereais
mal acondicionados. Já entre os fungos
benéficos, temos o Penicillium, na fabricação da
penicilina utilizada como antibióticos,
importante no tratamento de sífilis e
pneumonias. Temos também o Saccharomyces
cerevisiae e Saccharomyces uvarum, que são
utilizadas na fermentação e fabricação de pães
e bebidas. Os fungos também auxiliam no
processo de decomposição de matéria
orgânica.
Sabemos que os alimentos devem ser
armazenados corretamente para sua
conservação. Quais são os fatores
responsáveis pela deterioração de alimentos
por microrganismos?
Um dos fatores responsáveis é a quantidade de
água, a qual os microrganismos necessitam
para sua sobrevivência, metabolismo e
multiplicação. Quanto ao pH, a maioria das
bactérias se desenvolve em torno de 6,5 a 7,5.
Em relação aos nutrientes, os microrganismos
necessitam de fontes de energia encontradas
nos alimentos, estas fontes são os açúcares,
como amido e celulose, álcoois, aminoácidos e
lipídeos. A partir da composição química do
alimento, eles obtêm também nitrogênio,
vitaminas e minerais. Agentes
antimicrobianos naturais mantêm a
estabilidade de alguns alimentos contra o
ataque de microrganismos, retardando ou
inibindo a multiplicação bacteriana, são
estruturas biológicas que funcionam como
barreira para os microrganismos, tais como
casca de nozes, frutas e ovos.
Os antibióticos e antimicrobianos tem sido
produzidos e utilizados em larga escala na
medicina e na agricultura por mais de 60
anos, o que beneficiou a saúde pública e a
produtividade agrícola. Porém existe
muitas evidências do aumento da
resistência a antibióticos. Quais fatores
podem levar a essa resistência?
De acordo com a literatura já proposta, as
bactérias são seres capazes de sofrer
evoluções grandiosas para que possam
habitar qualquer local hoje existente, seja
sob condições amenas ou até mesmo
extremas. Outra causa já conhecida da
resistência bacteriana é o uso abusivo e
indiscriminado dos antibióticos, seja por má
indicação médica ou por automedicação,
que cria um ambiente extremamente
favorável à prevalência de bactérias
resistentes.

Qual a temperatura adequada para o
crescimento da maioria dos microrganismos e
como podemos potencializar este
crescimento?
O fator temperatura tem uma enorme
importância uma vez que influencia as
velocidades de todas as reações químicas
ligadas aos processos de crescimento. A
temperatura na qual um microrganismo
cresce com maior rapidez é a sua
temperatura ótima de crescimento. É possível
distinguir pelo menos três grupos fisiológicos
de bactérias: as psicrófilas, que têm
temperatura ótima de crescimento entre 10 e
15C; as mesófilas, que têm temperatura
ótima de crescimento entre 35 e 40C; e as
termófilas, que têm temperatura ótima de
crescimento entre 50 e 70C. Existe um 4º
grupo, as psicrotróficas, cuja temperatura
ótima de crescimento gira em torno de 20 e
30C, mas são também capazes de crescer em
temperaturas de refrigeração, representando
espécies importantes na deterioração de
alimentos refrigerados.
O que são as enterobactérias? Quais as
principais doenças causadas por elas?
Enterobacteriaceae é uma família de
bactérias Gram-negativas muito
abundantes, incluindo uma grande
variedade de bactérias patogênicas. Os
indivíduos da família Enterobacteriaceae
são bastante conhecidos, alguns pertencem
a microbiota normal dos intestinos de seres
humanos e animais como a Escherichia coli,
outros como habitantes do solo ou da água e
outros podem estar implicados em vários
processos patogênicos, incluindo, por
exemplo, os gêneros Salmonella, Proteus,
Shigella e Yersinia. Entre as infecções extra-
intestinais causadas pelas enterobactérias
citam-se bacteremia, meningite, infecções
dos tratos urinário e respiratório e, ainda, as
infecções secundárias que ocorrem após os
ferimentos.
Quais os benefícios da automação na
identificação dos microrganismos?
Primeiramente ganhamos no tempo de
entrega dos resultados e na especificidade
dos testes, pois utilizamos placas
sensibilizadas com antibióticos e provas
bioquímicas, onde aparelhos sensíveis e
específicos realizam as leituras. Temos
também hemoculturas automatizadas, onde
os frascos contêm inibidores
antimicrobianos, facilitando a identificação
e eliminando resultados falso-negativos.
Mas não podemos esquecer que os
treinamentos são de suma importância para
o funcionamento desse sistema
automatizado, pois muitos kits diagnósticos
são altamente sensíveis, então se o
profissional não estiver preparado, pode
ocasionar resultados falso-positivos.
H omenagem P óstuma

Por Camila Leticia Peron Pavan e

A descoberta da penicilina e seu
uso na 2ª Guerra Mundial
Alexander Fleming nasceu na Escócia em 1881.
Graças a uma bolsa de estudos, Fleming cursou
a Universidade de Londres, sendo empregado
do Hospital Saint Mary, onde trabalhou no
Departamento de Inoculação até aposentar-se.
Foi neste laboratório, em 1928, que ele se viu
agraciado com uma séria de acontecimentos
que lhe permitiu realizar uma das grandes
descobertas do século XX: a PENICILINA
Era um dia atípico em Londres, estava muito
quente. Fleming chegou ao laboratório com a
intenção de inocular algumas cepas de
estafilococos. Seria seu último dia de trabalho,
Fernanda Aparecida Carneiro Silva
ficaria por 10 dias em férias e, por isto, e
também por causa do calor, resolveu deixar
as placas recém inoculadas na bancada e não
na estufa. Abaixo do seu laboratório, se
encontrava o laboratório de cultura de
fungos, onde era cultivada a espécie
Penicillium notatum.
Quando Fleming retornou de férias,
observou que a cultura de estafilococos havia
sido contaminada por fungo e perto de onde
crescera o intruso, o estafilococo não
cresceu. Mas este resultado só foi permitido
por uma série de fatores ao acaso...

Sir Alexander Fleming, foi um farmacologista, biólogo e botânico escocês. Autor de diversos trabalhos sobre
bacteriologia, imunologia e quimioterapia, notabilizou-se como o descobridor da penicilina, obtida a partir do
fungo Penicillium notatum, em 1928, pela qual foi laureado Nobel de Medicina em 1945.
- Se Fleming colocasse as culturas de
estafilococos na estufa, cuja temperatura é em
torno de 37C, o fungo não cresceria.
- Se Fleming deixasse as placas incubadas por
apenas 48 horas, que é o tempo suficiente para
o crescimento de estafilococo, o fungo também
não teria tempo para crescer.
- Se o laboratório de cultura de fungos não
ficasse tão próximo ao laboratório de Fleming,
esporos do Penicillium não estariam presentes
no ar próximo às placas, não contaminariam os
meios de cultura e, portanto, não inibiriam o
crescimento do estafilococo.
- Se esta experiência não houvesse sido com
estafilococos e com Penicillium notatum,
poderia ter outros resultados, uma vez que nem
toda bactéria é sensível à penicilina e nem todo
fungo produz este antibiótico.
- Se Fleming estivesse cansado ao chegar no
laboratório, perceberia o que aconteceu com as
culturas e iria ficar irritado com o serviço
perdido, jogaria tudo fora, para recomeçar todo
o trabalho! Mas ele estava voltando de férias,
cheio de vontade de trabalhar e cheio de ideias.
Olhou para aquelas placas com outros olhos:
viu solução e não problema!
Fleming começou seus estudos a partir do
caldo de cultura em que se deu o
crescimento do fungo, descobrindo que a
penicilina apresentava ação destruidoras
sobre várias bactérias causadoras de
infecções de pele, garganta, pneumonia ,
gonorreia e meningite. Assim ele
começou tratamentos por meio da
aplicação local de caldo de penicilina nos
tecidos infeccionados, lavando o ferimento
de pele com a nova droga e aplicando-a em
olhos infectados. A administração do caldo
via venosa ainda era vista pela comunidade
médica com muito receio.
Os resultados de Fleming foram
apresentados à comunidade científica no
ano de 1929. Seu trabalho, publicado em
renomada revista científica britânica, podia
ser lido pelo meio médico mundial.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Em 1933, Hitler foi eleito chanceler pelo presidente

Paul Von Hindenburg: estavam abertas as portas para
a ascensão definitiva do nazismo.

Hitler suspendeu o pagamento das dívidas de guerra,

impôs seu regime de governo com a proibição de
qualquer outro partido e a perseguição aos políticos
que lhe eram contrário, assim como à população que
não pertencesse à “raça superior” alemã.

A Alemanha nazista tornava-se cada vez mais

insuportável para os perseguidos pelo regime. Muitas
pessoas eram obrigadas a tentar a vida em outros
países. Entre estes fugitivos encontrava-se Ernst Boris
Chain, que transferiu sua atividade científica para a
Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Ao saber da existência das culturas dos fungos de

Fleming na universidade e conseguindo verbas da
Fundação Rockefeller, Ernst Chain iniciou seus
trabalhos com a penicilina no mesmo ano em que
Hitler invadiu a Polônia e deflagrou a Segunda Guerra
Mundial...

Foi determinada a quantidade de penicilina produzida

pelo fungo e quanto seria necessário para a sua
atividade. Purificaram a droga e conseguiram, por
congelação, desenvolver o pó para a diluição e
administração pela veia. Encontraram a forma ativa da
penicilina na urina de camundongos, que receberam a
droga via venosa, e se animaram com a possibilidade
de sua distribuição por todos os fluidos do corpo.

Com os resultados animadores iniciou-se a produção

da droga em maior quantidade; frascos de meio de
cultura eram fabricados, nutrientes eram
desenvolvidos para o fungo produzir mais penicilina e
pessoas revezavam para a agitação dos frascos.

A penicilina era produzida em quantidades suficientes

para o tratamento de civis e militares feridos, foi
Ernst Boris Chain - Prêmio Nobel em 1945 pelos
reduzida a taxa de mortalidade do conflito, trabalhos com a penicilina.
diferentemente do que ocorrera na Primeira Grande
Guerra. Juntamente com as pesquisas da produção da
bomba atômica do urânio 235, a penicilina tornava-se Fonte do texto: http://minimumvita.blogspot.
o outro grande segredo da Segunda Guerra Mundial. com.br/2013_03_01_archive.html
N ovidades da M icrobiologia
Bactérias descobertas na
atmosfera podem interferir
no clima
Uma pesquisa publicada em janeiro de 2013
mostrou que bactérias podem ter efeitos
diversos na meteorologia e no clima. Segundo os
pesquisadores, a quantidade encontrada de
microrganismos na troposfera superou qualquer
expectativa que os mesmos esperavam, por ser
um ambiente difícil para a vida.
Ainda não foi comprovado se esses
microrganismos vivem permanentemente ou
temporariamente nessa área da atmosfera após
serem transportados pelo vento que vêm da
superfície da Terra. Além disso, o deslocamento
de bactérias pelo vento em longas distâncias
poderia transferir doenças infecciosas aos seres
vivos.
Para a realização deste trabalho foram coletadas
amostras do solo e dos oceanos, sobretudo no
Por Michael Luciano Silva e
Thays Oliveira
mar do Caribe e algumas partes do Atlântico
durante e após a passagem dos furacões Earl
e Karl em 2010.
Os micro-organismos foram coletados em
amostras do ar levantadas por um jato, no
âmbito de um programa de pesquisas da
NASA, destinado a estudar as massas de ar,
em baixas e altas altitudes, vinculados a
tempestades tropicais. Em seguida, foram
utilizados filtros com técnicas de
sequenciamento genético que permitiram
identificá-las e calcular sua quantidade.
O estudo reforça o conceito de variabilidade
entre as bactérias, pois estas são capazes de
sobreviver em todo e qualquer lugar,
inclusive na atmosfera onde as condições de
sobrevivência são extremas, podendo
interferir em uma série de características
ambientais.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/01/bacterias-
descobertas-na-atmosfera-podem-interferir-no-clima-diz-
estudo.html
 Novas espécies de fungos comprovam
riqueza da Amazônia
Novas espécies de fungos gasteróides foram
descobertas na Reserva Ducke através do
trabalho de um time de especialistas em
taxonomia. Uma dessas espécies passa a
formar parte do gênero Scleroderma e outras
duas integram ao gênero Morganella.
Segundos os estudiosos, a maior parte dos
fungos que não são conhecidos pela ciência
está em florestas tropicais em todo o mundo,
em especial, a Amazônia que guarda uma
grande diversidade de espécies, sendo que
algumas têm importância medicinal e
alimentícia, porém, não despertam interesse
de cientistas.
Para o sucesso dessa descoberta, os
pesquisadores Iuri Baseia, Donis Alfredo,
Anileide Leite e Vagner Cortez se
empenharam em um trabalho coletivo,
contribuindo para a ciência que se renova a
todo tempo.
Estudos que envolvem a descoberta de
novas espécies são de extrema
importância para a história da ciência.
Por isso, é essencial que os cientistas
despertem o seu interesse e trabalhem
em áreas onde outros teriam receio ou
dificuldade em desenvolver os seus
projetos. Um dos motivos que estes
alegam é que essas áreas são de difícil
acesso ou os organismos cobram um
maior esforço para a realização do
trabalho cientifico, levando maior tempo
e dedicação. Vale ressaltar, no entanto,
que a descoberta de novas espécies
podem levar à cura de doenças
consideradas incuráveis e novas espécies
poderiam ser incorporadas no cardápio
alimentar do homem, contribuindo com
sua saúde.
Fonte: http://www.oeco.org.br/fauna-e-flora/26256-novas-
especies-de-fungos-comprovam-riqueza-da-amazonia
 E special

Nova vacina pode eliminar traços de

vírus da aids por toda a vida
Substância curou "funcionalmente" metade dos animais testados e
estes não tiveram níveis detectáveis de vírus por até 3 anos
A luta para a descoberta da cura da AIDS, a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, segue a
todo o vapor. Cientistas divulgaram uma vacina
experimental que conseguiu livrar um grupo de
animais do vírus da Imunodeficiência símia (SIV),
semelhante a “versão humana”.
A contaminação foi realizada em macacos-rhesus,
injetando uma versão mais agressiva do SIV. Logo
após a manifestação da doença, os animais foram
vacinados com o vírus Citamegalovírus, conhecido
como CMV, porém, apenas a metade dos macacos
foi considerada curada, devido ao uso de um vírus
mais potente no estudo, pois a infecção pelo SIV
ocorre entre um e dois anos, enquanto no HIV leva
cerca de 10 ou 11 anos.
Esse vírus persiste indefinitivamente no corpo em
níveis muito pequenos, assim fazendo uma
estimulação antigênica suficiente para o sistema
imunológico manter altas frequências de células T
diferenciadas, sendo assim, uma quantidade
suficiente para combater o SIV.
Outras vacinas não persistem no corpo e a
quantidade de anti-SIV diminui. O HIV e o SIV
mantêm “reservas” que se manifestam após o
sistema imunológico voltar ao normal, ou seja,
essa habilidade de manter células T efetoras
anti-SIV em alta frequência é o porquê de o
vetor CMV ter extraído respostas imunológicas e
ter uma habilidade única de 'limpar' um vírus
causador da AIDS. Os cientistas concluem que o
vírus CMV é um forte candidato para
desenvolver uma vacina para a AIDS.
A cura da AIDS tem sido uma das buscas mais
incessantes da ciência nos últimos anos e um
dos maiores desafios dos pesquisadores de todo
o Mundo é, sem dúvidas, o desenvolvimento de
uma vacina protetora. O que deve ser mantido,
no entanto, são os esforços acerca da prevenção,
ou seja, a conscientização para o uso de
preservativos nas relações sexuais, o não
compartilhamento de seringas e o
acompanhamento de gestantes soropositivas
para evitar a transmissão ao recém-nascido.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/nova-vacina-pode-eliminar-tracos-
de-virus-da-aids-por-toda-a-vida,8f4954e235e01410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
E special A cura da AIDS
Revista Superinteressante
Por Alexandre de Santi, Valquíria Vita e Bruno Garattoni
A ciência já sabe como dar o golpe final no vírus HIV: expulsá-lo do corpo humano.
Conheça os bastidores da descoberta médica mais importante dos últimos 25 anos

Ele é rudimentar. É uma bolinha minúscula, de
130 nanômetros, com apenas nove genes
dentro. O vírus HIV não se compara, nem de
longe, à sofisticação de uma célula humana
(que tem 20 mil genes) ou mesmo uma bactéria
(500 genes). Mas ele mudou a história da
humanidade: espalhou pânico, transformou
hábitos, arrasou países africanos, matou 30
milhões de pessoas. O homem respondeu
criando os antirretrovirais, remédios que
contêm a multiplicação do vírus e evitam que o
soropositivo morra de Aids. Hoje, 8 milhões de
pessoas têm as vidas preservadas por esses
medicamentos. Eles não são uma cura, pois não
eliminam o vírus - que continua escondido no
organismo.
Mas essa história está prestes a dar uma
virada dramática. A ciência finalmente
descobriu como dar o último passo: arrancar
o HIV dos lugares onde ele se esconde no
corpo humano. No último ano, vários grupos
de pesquisadores comprovaram que é
possível expulsar o HIV de seus esconderijos e
jogá-lo de volta na corrente sanguínea - de
onde ele poderia ser eliminado, livrando
completamente o organismo do vírus. Ou seja,
cura. Os pesquisadores mantêm cautela, mas
a possibilidade tem gerado euforia em setores
da comunidade científica. Parece que, depois
de passar as últimas décadas tomando dribles
do vírus, a humanidade finalmente pode ter
descoberto uma forma de encurralá-lo.

ONDE O VÍRUS SE ESCONDE
Como o HIV é muito pequeno, penetra
facilmente nas mucosas genitais durante o
sexo, e delas vai para a corrente sanguínea,
onde encontra sua vítima: as células T, peças
centrais do sistema imunológico. O vírus
penetra nessas células e as escraviza,
transformando-as em máquinas de produzir
HIV. É um processo diabolicamente eficiente,
que gera 100 bilhões de novas cópias do vírus
por dia. No começo, a pessoa não sente nada,
no máximo febre e um mal-estar discreto. Mas
as células T vão morrendo até que, após alguns
anos, o sistema imunológico fica
comprometido - e a Aids se instala.
Existem dois tipos de células T: as ativas e as
inativas. É como no exército. Alguns soldados
estão de prontidão nos quartéis e outros
vivem na reserva, podendo ser convocados em
caso de emergência. O HIV infecta tanto as
células ativas quanto as inativas. O problema é
que os medicamentos antirretrovirais só agem
nas células ativas. Nas células inativas, que
vivem numa espécie de hibernação, o remédio
não faz efeito. Isso porque essas células não
contêm um montão de HIV dentro. Na
verdade, é algo mais assustador ainda.
A infecção - e o caminho da cura
O segredo está em acordar células dormentes, onde o HIV fica
escondido
1. Contaminação
O HIV entra no organismo. Ele se instala nas células T, que são
responsáveis por coordenar a ação do sistema imunológico. Há
dois tipos de célula T: ativa e inativa. O vírus invade ambos os
tipos.
2. Invasão do DNA
O HIV entra na célula e se infiltra no núcleo dela, onde está o
DNA. As células ativas se multiplicam - e, com isso, multiplicam
o HIV. As células inativas não se multiplicam. Graças à ação de
uma enzima, elas ficam dormentes (e o vírus também).
3. O tratamento tradicional
Os medicamentos antirretrovirais, usados hoje, conseguem
bloquear a progressão do HIV - e controlar a Aids. Mas não
agem nas células inativas, onde o vírus fica escondido. Se a
pessoa parar de tomar os antirretrovirais, o HIV "escondido"
acorda. E a Aids volta.
4. A nova tática
Um novo tipo de medicamento é capaz de fazer as células
inativas acordarem: e botarem para fora o HIV que trazem
escondido. O vírus é jogado na corrente sanguínea.
5. A eliminação
Os antirretrovirais agem sobre o HIV, permitindo que ele seja
eliminado. Os reservatórios vão sendo esvaziados, até não
restar mais vírus.
Elas têm o vírus HIV copiado dentro do próprio
código genético. Isso significa que, conforme
vão sendo ativadas pelo organismo (um
processo natural, que acontece ao longo da vida
de todo mundo), começam a se reproduzir - e
fabricar enormes quantidades do vírus. É por
isso que os medicamentos antirretrovirais não
curam a Aids. As células T inativas funcionam
como um enorme reservatório de vírus. Ele até
vai sendo esvaziado aos poucos, na medida em
que as células inativas vão sendo repostas pelo
organismo e o vírus vai sendo eliminado pelos
medicamentos, mas isso leva uma eternidade:
segundo estimativas, pelo menos 60 anos. Ou
seja, o portador de HIV tem mesmo de passar a
vida toda tomando antirretrovirais (que
provocam efeitos colaterais como hipertensão,
diabetes e danos aos rins, fígado e ossos).
A menos que exista uma forma de esvaziar à força desperta as células T adormecidas. E isso é
os reservatórios de HIV. valiosíssimo no combate ao HIV. Porque quando
essas células acordam, elas começam a se
Essa possibilidade começou a se desenhar em reproduzir e jogar vírus no sangue - onde ele fica
outubro de 2006, quando o governo americano vulnerável à ação dos remédios antirretrovirais.
autorizou a venda de um novo medicamento, O HIV é eliminado, as células T morrem e, se esse
chamado vorinostat. Esse remédio foi criado para processo for repetido por tempo suficiente, é
tratar o linfoma cutâneo de células T. Esse câncer possível eliminar todas as células infectadas - e
se manifesta na forma de lesões na pele, mas se sacar o HIV do organismo. David Margolis, da
origina no sangue. Ele é tratado com Universidade da Carolina do Norte (EUA), foi o
quimioterapia. Mas a quimioterapia só funciona primeiro cientista a testar esse procedimento.
bem com tumores que se multiplicam bastante "Tive a ideia de acordar o HIV e empurrá-lo para
(porque ela age na reprodução celular). E o fora do corpo, permitindo a erradicação do
linfoma cutâneo não é assim. Por algum motivo, vírus", diz. Depois de obter resultados positivos
ele faz o corpo aumentar a produção de histona em testes de laboratório, ele ficou três anos
deacetilase (HDAC), um tipo de enzima que faz as pedindo permissão às autoridades de saúde
células pararem de se reproduzir. E isso reduz o americanas para fazer um estudo em humanos. O
efeito da quimioterapia. O vorinostat bloqueia a vorinostat tem efeitos colaterais, como fadiga,
ação dessa enzima, colocando o câncer de novo diarreia, hiperglicemia e anemia. Em casos raros,
em estado de multiplicação - e vulnerável à pode levar à formação de coágulos no sangue, o
quimiotepia. Atiçar o câncer é uma estratégia que é perigoso. Mas o grande receio era quanto
arriscada. Por isso, o vorinostat só é usado em ao vírus da Aids. Afinal, acordar células
casos graves, nos quais dá resultado (70% dos dormentes e estimulá-las a produzir HIV envolve
pacientes respondem a ele). risco. E se o vírus surgisse com alguma mutação,
e os medicamentos antirretrovirais não fizessem
Mais tarde, alguns pesquisadores descobriram efeito contra ele? Os pacientes seriam inundados
que o vorinostat também tinha outro efeito: ele pelo HIV, e morreriam.
Mesmo assim, Margolis obteve autorização para
fazer o teste em oito portadores de HIV, que
receberam vorinostat. Os resultados foram
publicados em 2012 - e reanimaram o interesse
da comunidade científica. Uma única dose de
vorinostat aumentou em mais de quatro vezes a
quantidade de vírus no sangue dos pacientes. Ou
seja, a tese se comprovou. Funcionou. O remédio
conseguiu o que era considerado impossível:
expulsar o HIV de seus reservatórios (e fez isso
sem provocar efeitos colaterais relevantes). Mas
foi um estudo de breve duração. Agora, Margolis
está realizando uma nova experiência, na qual os
pacientes recebem mais doses de vorinostat,
durante mais tempo.
Ainda há dúvidas sobre o procedimento. Qual a
dose ideal do medicamento? Por quanto tempo?
Ele é o remédio ideal, ou surgirão outros? "É como
o AZT, que foi a primeira droga da sua classe
(antirretroviral). Talvez a gente encontre drogas
melhores, ou resultados melhores combinando
essa droga com outras", diz Margolis.
Também há um dilema ético envolvido. Como
convencer um paciente que toma antirretrovirais,
e por isso está com o HIV sob controle, a
participar de um estudo que envolve risco de
acordar uma doença letal? "Os métodos que
Fonte: Revista Superinteressante. Disponível em: http://super.abril.com.br/saude/cura-aids-762959.shtml
temos hoje são eficazes, relativamente seguros,
bem tolerados e não tão caros", afirma Daniel
Kuritzkes, chefe do AIDS Clinical Trials Group
(ACTG), um dos maiores grupos de pesquisa na
área.
Além disso, um paciente curado pode ser
facilmente reinfectado - basta fazer sexo sem
proteção com alguém que tenha HIV. O ideal
mesmo seria criar uma vacina contra o vírus.
Infelizmente, o vírus conseguiu burlar todos os
esforços nesse sentido. Há várias razões que
dificultam o desenvolvimento de uma vacina. A
primeira é a intensa variabilidade do vírus.
Embora o HIV seja dividido em somente dois
tipos, 1 e 2 (que têm origem em primatas
diferentes), ele sofre constantes mutações
dentro de cada tipo. Estima-se que a
capacidade de mutação do HIV seja mil vezes
maior que a do genoma humano. Isso torna o
HIV imprevisível e complica bastante as coisas.
Como preparar o corpo para se defender se
ninguém sabe exatamente como o vírus pode
se comportar? Mesmo assim, os esforços
seguem: em maio, um novo teste de vacina foi
anunciado por pesquisadores do Imperial
College, de Londres, que farão um estudo em
Ruanda e Nigéria e divulgarão os resultados em
2015.
 S aúde
Probióticos contribuem para a
diminuição de sintomas do
autismo

Por Emília Mesquita e

Ane Caroline Machado

A comunidade de bactérias que coloniza o trato
gastrointestinal influencia o comportamento social e
emocional. Um novo estudo publicado na revista Cell
defende que alterações que ocorrem nesta
comunidade podem também influenciar os
comportamentos associados ao autismo.
“O autismo é habitualmente estudado como uma
doença genética e um distúrbio do cérebro, mas este
trabalho mostra que as bactérias intestinais podem
contribuir para os sintomas associados ao autismo. A
fisiologia do intestino parece ter um efeito naquilo que ratinhos se tinha alterado, ficando os animais mais
se assumia serem funções cerebrais”, revelou, em
comunicado de imprensa, um dos autores do estudo,
Sarkis K. Mazmanian.
passar material através da parede intestinal para a
corrente sanguínea. Esta permeabilidade intestinal já
tinha sido associada a indivíduos autistas.
De forma a averiguar se estes sintomas
gastrointestinais influenciavam os comportamentos
semelhantes ao autismo, os investigadores trataram
os ratinhos com Bacteroides fragilis, uma bactéria
utilizada como terapia probiótica experimental em
modelos animais de doenças gastrointestinais.
O estudo apurou ainda que o comportamento dos
propensos a comunicar entre si, com menor
ansiedade e com menos propensão a apresentaram
comportamentos repetitivos.

De forma a estudar a interação entre as bactérias
intestinais e o cérebro, os investigadores do Instituto
de Tecnologia da California, nos EUA, utilizaram
ratinhos específicos, usados como modelo de estudo
para o autismo. Como nos humanos as infeções virais
graves aumentam o risco de uma grávida dar à luz um
filho com autismo, os investigadores tentaram
mimetizar este efeito nos animais.
“O tratamento com Bacteroides fragilis alivia os
sintomas gastrointestinais no modelo de ratinho e
também melhora alguns dos principais sintomas do
comportamento associado ao autismo. Estes
resultados sugerem que os problemas
gastrointestinais podem contribuir para os sintomas
presentes nas doenças do neurodesenvolvimento”,
referiu Elaine Hsiao.

O estudo apurou que os descendentes “autistas” das Os investigadores estão atualmente a planejar um
fêmeas imuno-ativadas apresentavam alterações ensaio clínico para testar o efeito dos probióticos no
intestinais. Foi verificado que o trato gastrointestinal tratamento dos sintomas comportamentais do
destes ratinhos tinham “fugas”, ou seja, deixavam autismo humano.

Fonte: http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/probioticos-
podem-aliviar-sintomas-semelhantes-aos-do-autismo
 M icrobiologia e T ecnologia
MALDI-TOF: nova tecnologia
no laboratório de
microbiologia clínica
O MALDI-TOF é uma tecnologia recente empregada
nos setores de Microbiologia, cujo nome significa
Matrix-Assisted Laser Desorption Ionization – Time of
Flight. Trata-se de um método de identificação
bastante rápido e preciso em relação a outros métodos
de automação tradicionais que se tem no mercado.
Muitas das técnicas convencionais se baseiam na
identificação dos microrganismos através de provas
bioquímicas, analisando o seu fenótipo. O resultado
destes métodos se dá entre 12 e 24 horas, o que atrasa
a liberação do laudo e terapia antimicrobiana dos
pacientes.
Por Graziella Fernanda Vieira, João Luiz
Guilherme Neto e Taliny Moura
O MALDI-TOF é uma técnica de
espectrofotometria de massa nova, que detecta
moléculas de massa maior, como as proteínas. O
teste então se baseia na detecção de um grande
espectro de proteínas, podendo então discriminar
melhor as espécies. A espectrofotometria de
massa é largamente utilizada em outras áreas,
como a toxicologia, mas até então não era uma
realidade na rotina dos laboratórios de
microbiologia. “A evolução ocorreu quando a
matriz utilizada para ionizar as proteínas foi
mudada para que pudesse ionizar as proteínas
ribossomais – estas bem mais conservadas do que
as proteínas de superfície – o que levou à
identificação de espécies e até subespécies de
muitos microrganismos”.
No teste, é necessário escolher a
colônia a ser analisada, e
posteriormente a amostra é
dissolvida e colocada em uma
placa contendo uma matriz
polimérica. A placa é então
irradiada com um laser de
nitrogênio que vaporiza a
amostra ionizando as moléculas
que serão aspiradas e elevadas a
um detector. Dependendo da
molécula, o tempo de chegada
será diferente (time of flight). Os
dados obtidos através de
gráficos que representam estas
leituras serão comparados a uma “Essa técnica é de extrema importância pra ciência
base algorítmica de um site que porque vai ajudar os profissionais de saúde, como
contém um grande número de biólogos, biomédicos, enfermeiros, médicos, entre
espécies de relevância clínica – outros, a agilizar o processo de identificação de micro-
incluindo microrganismos organismos de forma mais específica. Vale lembrar
aeróbios, anaeróbios, que a única desvantagem que ainda vemos nessa
micobactérias, leveduras e técnica é o fato de ela não obter parâmetros sobre o
fungos filamentosos. antibiograma, o que facilitaria ainda mais o trabalho
dos profissionais de saúde no momento da
O procedimento é muito rápido, identificação do tipo de micro-organismo que pode
e diferente dos métodos estar causando uma doença em um paciente.”
convencionais, os resultados são Graziella Fernanda Vieira
dados em minutos, o que agiliza
a liberação do laudo. Embora um Fonte: http://biomedicinaemacao-unip.blogspot.
dos pontos negativos seja o fato com.br/2013/11/maldi-tof-nova-tecnologia-no.html
de o MALDI-TOF não obter
parâmetros para antibiograma e
este deva ser feito manualmente
ou por outro método
automatizado, o novo método de
espectrofotometria dá
indicações e diretrizes ao
microbiologista referentes a
resistências intrínsecas da
bactéria.
 Cientistas aprenderam a "imprimir" órgãos

Órgãos novos para o corpo humano podem não só serem cultivados, mas também montados a partir
de células como um quebra-cabeça tridimensional. Isso é feito por impressão em uma bioimpressora.

Ainda há pouco tempo a biofabricação tridimensional
parecia um fenômeno da ficção científica. Hoje, os
biólogos russos já têm uma visão prática de como usar
essa tecnologia, o que é, sem exagero, uma verdadeira
revolução na ciência. Uma impressora especial é
atestada com células em vez de tinta. De acordo com o
modelo computadorizado, num substrato especial, é
feita uma impressão em 2D. Depois é feita a impressão
camada após camada, e assim é fabricado um órgão
tridimensional.
As unidades de impressão numa bioimpressora não
são as células individuais, mas sim os esferoides que
consistem em conglomerados de células em forma de
esferas que são colocadas em hidrogel.
Os diferentes tecidos são construídos de esferoides
diferentes, cada tipo tem um orifício diferente no
cartucho de impressão. Os esferoides não continuam
como elementos separados, eles se fundem formando
os tecidos do futuro órgão.
O atual recorde é de 10 mil esferoides por segundo.
Para imprimir um órgão é necessário um desenho
computadorizado. Um órgão é uma estrutura
complexa de tecidos diferentes que é percorrida por
uma rede de vasos sanguíneos. Os biólogos já
conseguiram imprimir, com a ajuda dos esferoides,
vasos sanguíneos e uma rede ramificada de capilares.
Já falta pouco para a bioimpressão ser
experimentada em animais. A etapa seguinte será
fazer uma reconstrução computadorizada de um rim
ou de um fígado. Segundo as previsões dos
especialistas, podemos esperar a fabricação do
primeiro órgão funcional até 2030.
Holandesa recebe 1ª prótese de crânio feita
em impressora 3D

“A impressão de órgãos é um avanço quase

surreal na ciência mas que já beneficia diversas
pessoas no mundo inteiro. Essa tecnologia pode
trazer de volta órgãos que foram perdidos por
acidente, por falência, por problemas de saúde e
poderá contribuir para a redução no tempo de
espera por um transplante e amenizando o
sofrimento do paciente e da família. Como se
trata de uma inovação, a impressão de órgãos
está em fase de estudo em alguns países, onde
biólogos já aprenderam a lidar com a impressora
e já conseguem imprimir algumas estruturas.”

Taliny Moura

Um hospital universitário da Holanda implantou, com
sucesso, a primeira prótese de crânio feita em
impressora 3D do mundo. O crânio de plástico foi
colocado em uma mulher de 22 anos, há três semanas.
A mulher necessitava da cirurgia pois seu crânio
estava se tornando mais espesso, comprimindo e
prejudicando as funções cerebrais. A operação levou
23 horas e foi um sucesso, informou o hospital.
"Os implantes costumavam ser feitos à mão, na sala de
cirurgia, usando uma espécie de cimento que estava
longe de ser ideal", disse Verweij. "Com a impressão
3D, podemos fazer um implante para o tamanho exato.
Isto não só tem grandes vantagens estéticas, mas as
funções cerebrais do paciente muitas vezes se
recuperam melhor do que com o método antigo",
completou.
Segundo o neurologista, a paciente já voltou ao
trabalho e não apresenta mais os sintomas. O
hospital diz que a técnica pode ser usada com
pacientes que têm outros problemas ósseos ou para
ajudar na recuperação de pessoas que sofreram
ferimentos graves no crânio.
Outros hospitais já haviam feito implantes de crânio
com sucesso, mas esta é a primeira vez que um
crânio completo foi substituído, disse o cirurgião.

Fontes: http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_26/Cientistas-aprenderam-a-imprimir-orgaos/

http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/holandesa-recebe-1-protese-de-cranio-
feita-em-impressora-3d,15deea81a3905410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
 Biotecnologia e micro-organismos
extremófilos: compartilhando extremos

Uma área que desperta grande interesse na

biotecnologia são os organismos extremófilos –
seres vivos capazes de sobreviver em condições
ambientais extremas. A descoberta dos
extremófilos causou grande impacto no mundo
científico e expandiu a percepção dos ambientes
habitáveis, pelo menos para formas primitivas
de vida, na medida em que novos organismos são
descobertos em ambientes cada vez mais inóspitos.
“Podemos relacionar cada tipo de extremófilo
com diversas áreas de atuação da
biotecnologia, trazendo benefícios para o
ambiente, agropecuária, saúde e alimentos.
Sendo assim, é de grande importância o estudo
aprofundado sobre estes micro-organismos.”
João Luiz Guilherme Neto

Os organismos extremófilos têm fornecido dados fundamentais para a biologia

molecular, sendo que a biologia evolutiva, a qual faz uso das ferramentas da biologia
molecular, tem se beneficiado basicamente de duas maneiras. Primeiro, a corrida para
descobrir os mais extremos extremófilos levou à descoberta de todo um domínio dos seres vivos,
o domínio Archaea. Em segundo lugar, a habilidade de sobreviver em ambientes extremos
evoluiu múltiplas vezes, levando a um novo entendimento do paradoxo
“chance versus necessidade” nos caminhos evolutivos,
especialmente ao nível molecular.

Fonte: Gabriel Dalmaso. Disponível em: http://www.microbiologia.ufrj.br/informativo/novidades-

sobre-microbiologia/636-biotecnologia-e-micro-organismos-extremofilos-compartilhando-extremos
Atualmente, questões e aplicações envolvendo
sustentabilidade ambiental estão relacionadas aos
maiores objetivos da maioria dos processos de
manufatura industrial. Na tentativa de manter a
“saúde” do planeta, novas leis ambientais direcionam
os investimentos dos setores industriais para
processos inovadores e tecnologicamente
sustentáveis. Tecnologias cada vez mais eficientes e
inovadoras surgem a cada dia e nas últimas décadas os
extremófilos atraíram a atenção de setores multi-
bilionários da indústria, como a agricultura, a indústria
química de compostos sintéticos, detergentes e sabões,
e a indústria farmacêutica.
As enzimas dos extremófilos – extremozimas
apresentam grande potencial de aplicação em
múltiplas áreas, tanto pelo seu próprio uso, como
também por ser fonte de ideias para modificar
enzimas derivadas de organismos mesófilos. Um
exemplo clássico de extremozima na biotecnologia é a
fonte da Taq DNA polimerase, a enzima responsável
pela reação em cadeia da polimerase (PCR), uma
reação que constitui a base da genômica, filogenia
molecular, diagnóstico molecular e testes de
paternidade e criminalística. A Taq DNA polimerase foi
isolada da bactéria termófila Thermus aquaticus, um
organismo descoberto em 1969 no Parque Nacional de
Yellowstone, Wyoming, EUA.
Existem diversos extremófilos com aplicações
industriais. Por exemplo, algumas bactérias da
Antártica produzem ácidos graxos poli-insaturados,
um ingrediente natural para muitas espécies aquáticas
cultiváveis, como o salmão. Outro exemplo é a
bactéria D. salinas, amplamente usada na produção
comercial de β-carotenos (como resultado da
radiação solar) e glicerol (na tentativa de
contrabalançar a pressão osmótica externa).
No âmbito ambiental, bactérias da Antártida
também são aplicadas na biorremediação de águas
que sofrem derramamento de óleo. Espécies como a
Acidithiobacillus thiooxidans e Acidithiobacillus
ferrooxidans são usadas na remoção de metais
pesados, como cobre e ferro, em processo chamado
de “biousinagem”, tanto em áreas impactadas como
em materiais de alto nível de pureza como os
usados na construção do LHC (Grande Colisor de
Hadrons) sob níveis de pH baixíssimos (menos de
1). Recentemente diferentes espécies também estão
sendo utilizadas para a produção de nanoparticulas
de metais, principalmente ouro e prata, quando
expostas em um ambiente com alta concentração
dos mesmos, sendo de grande aplicação para a
eletrônica, catálise, medicina, farmacologia,
sensores químicos e biológicos e na fotônica.
Com enzimas apresentando uma temperatura
ótima de atividade chegando a 142°C, os
hipertermofílicos são muito cobiçados por
industrias farmacêuticas às de produção energética,
em especial as voltadas para produção de
biocombustíveis. Em contraste com o limite
máximo de temperatura para mesofílicos, de
aproximadamente 60°C.
 Árvore filogenética segundo Woese et al., 1990, com localização de extremófilos. O
tipo de extremofilia está identificado com o código de cores indicado.
No caso dos psicrófilos, algumas patentes relacionadas
a lactase, proveniente de micro-organismos da
Antártica, estão sendo usadas com o intuito de ajudar
pessoas intolerantes a lactose (cerca de 75% da
população mundial). Estas enzimas possuem atividade
hidrolítica ótima em temperaturas de estocagem do
leite, permitindo que este açúcar seja degradado
durante o processo de fabricação do leite.
A bactéria Deinococcus radiodurans é uma poli-
extremófila e bem conhecida por sua capacidade de
sobreviver a até 20kGy de radiação gama e 2kJ.m-2 de
radiação UV. Para as radiações UV e ionizante, os
danos causados variam desde a redução da motilidade
até a inibição da fotossíntese, atraso ou parada do ciclo
celular, radiólise da água com intensa produção de
radicais livres; mas os tipos de danos mais críticos são
os que atingem os ácidos nucléicos. A D.
radiodurans tem sido utilizada em diversas situações
envolvendo biorremediação de ambientes
contaminados por radiação, devido a sua habilidade
de crescer e funcionalmente expressar genes
clonados durante a exposição contínua à irradiação
gama. A utilização biotecnológica da D.
radiodurans tem como exemplos: a redução de
metais pesados, Cr6+ e Hg2+; na biopreciptação de
Urânio; na redução do Cr+4, através da degradação
do tolueno, em presença de Cs137 e por fim na
degradação completa de hidrocarbonetos
aromáticos, como o tolueno.
A saúde humana também pode se beneficiar
indiretamente dos extremófilos através da
biotecnologia e biorremediação. Uma possível
aplicação direta seria a introdução
da Dunaliella como um suplemento nutricional,
primariamente como um antioxidante. Por fim,
proteínas anti-congelantes demonstram potencial
para a preservação de órgãos congelados utilizados
em transplantes.
 Processos Industriais Biomolécula Vantagens Fonte (organismo)
Hidrólise do amido para produzir
Bacillus
dextrinas solúveis, malto- α-Amilase Alta estabilidade
stearothermophilus
dextrinas e xarope de milho
Branqueamento de papéis Xylanases Diminui a quantidade de branqueadores Termófilos
Processamento de alimentos,
Proteases Estáveis em altas temperaturas Termófilos
fermentação, detergentes
Reação da Polimerase em Cadeia Evita o uso de enzimas adicionais em cada
DNA Polimerase Termófilos
(PCR) ciclo
Maturação do queijo, produção
Proteases neutras Estáveis em baixas temperaturas Psicrófilos
de laticínios
Proteases,
Amilases, Melhoria do desempenho dos detergentes Psicrófilos
Lipases
Degradação de polímeros em
detergentes Celulases,
Proteases,
Estáveis em alto pH Alcalófilos
Amilases,
Lipases
Ácidos graxos poli-
Cultivo de animais marinhos Produzidos em baixas temperaturas Psicrófilos
insaturados
Biorremediação Lípases Funcionam bem em águas geladas Psicrófilos
Indústria Farmacêutica Antibióticos Antibióticos mais eficientes Alcalófilos
Glicerol,
Indústria Farmacêutica Baixo custo Halófilos
Solutos compatíveis
Corantes alimentícios Carotenos Baixo custo Halófilos/Dunaliella
Exemplos de extremófilos na indústria e na biotecnologia (adaptada
de Rothschild e Mancinelli, 2001)
 C ardápio

Por Francielle Borges

Os lactobacilos em nossa alimentação e
sua importância para o ser humano
Os lactobacilos estão presentes em nosso cotidiano, Os Lactobacillus são os principais responsáveis pela
pela nossa alimentação. São importantes para o fermentação láctica. Iogurtes, leite fermentado e
nosso sistema digestivo e imunológico. Existem outras bebidas lácteas também são produzidos a
milhares de microrganismos que agem partir da fermentação destes micro-organismos.
permanentemente em nossa flora intestinal. Eles Estas bactérias promovem o desdobramento do
melhoram a integridade da parede intestinal e açúcar do leite, a lactose, em ácido láctico. O ácido
assimilam alguns nutrientes importantes para o produzido coagula as proteínas do leite
organismo, como o cálcio e o ferro. formando o coalho, que
Alimentos como o leite, iogurte, dependendo de outros
queijo fresco e a coalhada, são processos bioquímicos
fundamentais pois contém resultará em diversos
o melhor dos probióticos: tipos de queijos,
os lactobacilos vivos iogurtes, etc.
do leite fermentado. A fabricação do
Pesquisas realizadas queijo consta de
mostram que os várias etapas,
lactobacilos sendo a
equilibram o pasteurização
funcionamento do leite a inicial.
intestinal, impedem Depois é
a multiplicação das adicionado o
bactérias nocivas, fermento com as
inibem a produção de bactérias lácticas.
toxinas e fortalecem o Além delas, na Suíça
sistema imunológico, além ainda é utilizado a
de prevenir o câncer de intestino. Propionibacter shermani,
Na flora intestinal de uma pessoa que produz bolhas de gás de
saudável há cerca de 10 bilhões de dióxido de carbono durante a
microrganismos e quando este numero maturação do queijo, resultando no
diminui, a digestão fica totalmente comprometida, queijo suíço ou Emmental, aquele cheio de furinhos.
deixando o aparelho digestivo mais vulnerável a Para cada tipo de queijo, diversos processos serão
qualquer tipo de bactéria. Por isso, para equilibrar a feitos objetivando determinado resultado. Alguns
microflora intestinal é recomendável a ingestão de passam por maturação. Outros, como o queijo
probióticos. Existem dois grandes gêneros de roquefort e camembert recebem ainda a adição dos
microrganismos que predominam no intestino respectivos fungos Penicillium rocheforti e Penicillium
humano, sendo: Lactobacillus no intestino delgado e camemberti, que agem garantindo características
Bifidocacterium no intestino grosso. peculiares de textura, aparência e sabor.
 MC no
icrobiologia

inema

Por Ayla Marques e

Juliana Michelle

Contágio (2011)
Sinopse: Um vírus letal que se espalha pelo ar e mata em
poucos dias. O que fazer? ENTRAR EM PÂNICO. É exatamente
esse o ambiente de Contágio. Cientistas pressionados para
encontrar uma cura, pessoas tentando sobreviver e salvar os
que amam a qualquer preço e aqueles que tentam se
aproveitar da situação. Filme bem produzido de fácil
compreensão e com cenas que prendem a atenção de quem
está assistindo. Claro, o elenco escolhido ajudou bastante.
Uma curiosidade interessante foi a forma como o filme foi
divulgado nos EUA, com um letreiro feito de culturas de
fungos.

Fatores microbiológicos: Um filme autoexplicativo, não

deixa pontos soltos no que se refere às características gerais
do vírus imaginado. Isso aproxima o filme da realidade e nos
leva a questionar nossa conduta e a de nossos governantes
diante de um perigo biológico real.
Ficha técnica
Gênero: Ação
Origem: EUA
Diretor: Steven Soderberg
Elenco: Matt Damon; Kate Winslet; Jude Law; Gwyneth Paltrow.
Duração: 106 min.
IMDB 6,7
 Guerra Mundial Z (2013)
Sinopse: Zumbis e Brad Pitt, só isso é suficiente pra
convencer a todos que esse filme é incrível. A história
é clássica: um vírus transforma as pessoas em
zumbis comedores de gente e começa uma batalha
pela sobrevivência. Um ex-soldado (Brad Pitt) é
chantageado pelo exército para descobrir onde tudo
começou em troca de proteção para sua mulher e
filhos.

Fatores microbiológicos: Apesar de ser o pesadelo

de muitos, não existe qualquer indício de um
microrganismo capaz de transformar qualquer outro
ser vivo em zumbi. Alguns microrganismos podem
induzir comportamentos específicos a outros, mas
nada que se compare aos nossos amados “mortos-
vivos”.
Ficha técnica
Gênero: Terror
Origem: EUA
Diretor: Marc Forster
Elenco: Brad Pitt; Mireile Enos;
Elyes Gabel; Matthew Fox.
Duração: 116 min.
IMDB 7,1

Ensaio sobre a Cegueira (2008)

Sinopse: Uma palavra que define este filme:
PERTUBADOR. Quem disse que “em terra de cego
quem tem um olho é rei?”. O filme traz o melhor do
terror psicológico capaz de nos tirar o sono,
demonstrando toda a fragilidade da nossa sociedade
e o que motiva tudo isso é um vírus que deixa as
pessoas cegas.

Fatores microbiológicos: O filme não traz nenhum

detalhe sobre a contaminação em si, portanto temos
que tirar nossas próprias conclusões. A cegueira pode
ter se desenvolvido por um processo inflamatório
provocado pelo microrganismo, mas não por ação
direta desse microrganismo à visão.

Ficha técnica
Gênero: Drama
Origem: Canadá
Diretor: Fernando Meirelles
Elenco: Julianne Moore; Mark
Ruffalo; Alice Braga; Gael Garcia.
Duração: 121 min.
IMDB 6,6
 Osmose Jones (2001)
Sinopse: Um filme voltado para crianças. Mostra
o funcionamento do organismo de um homem
com maus hábitos que pega um resfriado. A
célula branca é o herói que junto com seu amigo
que é uma pílula, precisa defender sua “cidade”.

Fatores microbiológicos: Por ser um filme

infantil é bastante simples, mas traz de forma
divertida como o organismo reage no combate às
doenças.

Ficha técnica
Gênero: Animação
Origem: EUA
Diretor: Bobby Farrelly; Peter Farrelly.
Elenco: Bill Murray; Chris Rock; Laurence
Fishburne; Brandy Norwood.
Duração: 95 min.
IMDB 6,1

Sentidos do Amor (2011)

Sinopse: “A vida continua”, esse parece ser o foco do
filme. Em sentidos do amor as pessoas perdem todos
os sentidos, um por vez, sempre após algum surto
psicótico. Imagine viver em um mundo sem cheiros,
gostos, sons ou cores. É nesse mundo distópico que
as pessoas precisam achar uma forma de seguir em
frente e por que não de encontrar o amor?

Fatores microbiológicos: O filme não aborda a

contaminação, mas deixa claro que não se trata de um
vírus nem de uma bactéria. Uma possibilidade seria
uma nova forma de príon. Os príons são
degenerativos do sistema nervoso, isso explicaria os
surtos e a perda de sentidos.

Ficha técnica
Gênero: Romance
Origem: Alemanha
Diretor: David Mackenzie.
Elenco: Ewan McGregor; Eva
Green; Lauren Tempany.
Duração: 92 min.
IMDB 7,0
P assatempo

Por Larissa Ferreira

Caça-palavras
As palavras estão na vertical, horizontal, diagonal e algumas invertidas.

Deteriorantes Fitopatogênicos Oportunista Invasor

Sintético Seletivo Capsidio Envelope
Pili Contagem Enterococcus Enteropatogênico
Espiroqueta Biossíntese Crescimento Cocos
Microorganismo Micorrizas Anaeróbio Vírus
Bactérias Fungos Patogênicos Turbidimetria
Antimicrobiano Levedura
Palavras cruzadas
Horizontais
1 Estrutura viral composto por uma bicamada fosfolipídica e glicoproteínas (geralmente virais).
6 Propriedade apresentada por certos microrganismos, tornando-os capazes de se fixar a diferentes superfícies.
7 Fase de crescimento que possui velocidade máxima de multiplicação celular.
8 Tipo de bactéria espiralada que possui forma curta, semelhante a uma virgula.
9 Tipo de esporo fungico assexuado.
11 Estrutura que podem ocorrer nos pólos ou estar distribuídas por toda a célula. Possui função de aderência.
13 Estrutura externa à parede celular, composto por polissacarídeos e polipeptídeos, aderido à parede celular,
uma de suas funções é o aumento na aderencia.
14 Ele demonstrou que a vida não surge espontaneamente de matéria não viva.
15 Termo utilizado a bactérias que crescem em temperaturas muito baixas.
17 Estão entre os fármacos mais prescritos no mundo.
19 Defini assim o meio de cultura quando a composição química exata do meio é conhecida.
21 Estrutura viral que protege o genoma viral do ataque de enzimas do hospedeiro.
22 Processo que um núcleo haplóide de uma célula doadora penetra no citoplasma de uma célula receptora (fusão
dos citoplasmas).
24 Método indireto de contagem microbiana e é determinado pela turvação do meio de cultura.
26 Ciclo onde vírus se reproduz usando a maquinaria da célula hospedeira e corre a lise da célula.
27 Fase de crescimento em que o número de células que morrem é igual ao número de clulas novas.
28 Termo utilizados para definir bactérias que crescem melhor em ambientes com altos teores de açúcares.
29 Partícula protéica infecciosa.
30 São eucariotos, possui envoltório nuclear, parede celular de quitina, seu metabolismo é sempre heterotrófico.
31 Fímbria sexual, há apenas uma ou duas por célula.
32 Termo utilizado a bactérias que crescem em temperaturas muito altas.
33 Resultado da associação mutualística entre fungos e algas.
34 Teste laboratorial que indica a sensibilidade de isolados clínicos de microrganismos aos antibióticos de uso
corrente.
35 Toxinas bacterianas produzidas no interior de algumas bactérias, como parte de seu metabolismo, e secretadas
no meio extracelular ou liberadas após lise da célula.

Verticais
2 Agentes causadores de infecções no homem, animais, vegetais e bactérias.
3 São procariotos, de formas e tamanhos variados.
4 Termo utilizado para definir bactérias que crescem melhor em ambientes mais secos, com menor teor de água.
5 Agente químico usado como antisséptico e no tratamento de feridas.
10 Fase de curva de morte populacional em que o número de células que morrem é maior que o numero de
células novas.
12 Bactéria composta de camadas delgadas de peptideoglicano e uma membrana externa.
16 Ciclo em que o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula e não interfere no metabolismo.
18 Necessitam de O2, porém em baixas concentrações.
20 São longos apêndices filamentosos que permitem a motilidade bacteriana.
23 Hifas que não contém septos e se apresentam como células longas multinucleadas.
25 Fungos que se associam às raízes de plantas.
 Professor:
Gabriel A. N. Nascentes

Alunos:
Ayla Marques Alcântara
Ane Caroline Machado
Camila Letícia Peron Pavan
Emília Mesquita de Oliveira
Fernanda Aparecida Carneiro Silva
Francielle Borges Moreira dos Santos
Graziella Fernanda Portes Vieira
João Luiz Guilherme Neto
Juliana Michelle Silva
Karolina Andrade de Oliveira
Larissa Ferreira
Lilian Cristina da Silva
Michael Luciano das Graças Silva
Taliny Kellen Reis Moura
Thays Adriene de Sousa Oliveira