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1. INTRODUÇÃO
Os medicamentos são essenciais para a melhoria do bem-estar da população, já que
auxiliam no tratamento de doenças. (ARRAIS, et al. 2005) citado por GALATO et al (2008).

Segundo Iria (Pág. 7, 2018) “A palavra antibiótico começou por ser definida
classicamente como um “composto formado por um microrganismo que inibe ou elimina o
crescimento de outros microrganismos, tal como bactérias, fungos ou protozoários”. Todavia,
ao longo dos anos, esta definição foi sofrendo alterações. Hoje em dia, é classificado como uma
substância química natural ou sintética que apresenta atividade antibacteriana, antifúngica e
antiparasitária”.

A sua descoberta, por cientistas como Paul Ehrliche e Alexander Fleming, foi
considerada o maior marco médico e científico do século XX, resultando na redução
significativa das taxas de mortalidade e morbidade de doenças infeciosas socialmente e
epidemiologicamente importantes, como tuberculose, sífilis, pneumonia, gonorreia e doenças
transmissíveis da infância (CARVALHO & SANTOS, 2016) citado por (IRIA, 2018).

De acordo com a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, fazem parte da


lista de medicamentos essenciais analgésicos, anti-alérgicos, anti-depressivos, antibióticos,
entre outros, que os cidadãos devem ter acesso em quantidades e a qualquer momento.
(JORNAL DE ANGOLA, 2023)

Em Angola, a dispensa de medicamentos nas unidades públicas prestadoras de cuidados


de saúde é gratuita. Contudo, problemas na disponibilidade de medicamentos no setor público,
com constantes roturas de stock e os avultados preços praticados pelas farmácias privadas,
contribuem para que os pacientes e/ou os seus familiares, recorram muitas vezes ao mercado
informal, local onde para além da comercialização de bens alimentares e outros produtos, se
verifica a comercialização ilegal de medicamentos, produtos farmacêuticos e equipamento
hospitalar. (DECRETO - PRESIDENCIAL Nº 191/10, 2010), (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2012) citado por (MANGUEIRA, 2014).

Os antibióticos correspondem a 12% de todas as prescrições ambulatórias, isto gera


dispêndio de 15% dos 100 milhões gastos anualmente em medicamentos. (WANNMACHER,
2004).
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1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A venda informal de antibióticos por parte dos mercadores ambulantes nas comunidades
periféricas vem subindo consideravelmente, muitas vezes esses fármacos chegam a ser
dispensados em condições ambientais e sanitárias não adequadas, podendo comprometer a ação
do medicamento, por sua vez afetar a saúde dos clientes. Neste contexto, as farmácias
comunitárias vêm desempenhando um papel fundamental na sensibilização da população a
movimentarem-se as farmácias locais. Portanto, diante deste pressuposto, surgiu-nos a seguinte
questão:

“Conhecimento dos técnicos da farmácia Tandu Far sobre as formas mais eficientes
de dispensação dos antibióticos de Janeiro a Junho de 2023”.

1.2 JUSTIFICATIVA
A preocupação investigativa do nosso estudo singe-se no intuito de identificarmos as
diversas formas de distribuições de antibióticos de modo a contribuímos no desenvolvimento
da Farmacologia em Angola, sugerindo a população local, melhores formas de aquisição e
conservação dos antibióticos.

1.3 OBJECTIVOS
1.3.1 OBJECTIVO GERAL
Avaliar o conhecimento dos técnicos da farmácia Tandu-Far sobre as formas mais
eficientes de dispensação dos antibióticos de Janeiro a Junho de 2023;

1.3.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS


1º Caracterizar o perfil sócio demográfico (idade; gênero e nível académico) dos
técnicos da farmácia Tandu-Far;

2º Identificar das formas mais eficientes de dispensação dos antibióticos aos clientes da
farmácia Tandu-Far de Janeiro a Junho de 2023.

3º Descrever as formas mais eficientes de dispensação dos antibióticos na farmácia


Tandu-Far de Janeiro a Junho de 2023;

4º Identificar as dificuldades dos técnicos da farmácia Tandu-Far na dispensação dos


antibióticos de Janeiro a Junho de 2023;

5º Identificar os antibióticos mais vendidos na farmácia Tandu-Far de Janeiro a Junho


de 2023.
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1.4 IMPORTÂNCIA DE ESTUDO

Este estudo tem uma grande importância na comunidade como na medicina


convencional pois com ele, queremos analisar a dispensação de antibióticos quanto a fórmula
e forma farmacêutica, dispensação com ou sem receituário e quais as patologias que foram mais
relatadas pelos pacientes, e bem como esclarecer através de palestras de conscientização ao
publico que com a má utilização dos antibióticos podemos criar uma resistência dos
microrganismos levando a morte do usuário.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dispensação é o ato profissional farmacêutico de aviamento ou a entrega de
medicamento prescritos numa receita elaborada por um profissional de saúde a um paciente,
devendo assim o farmacêutico informar e orientar o paciente sobre o uso adequado do
medicamento e os cuidados a ter com os mesmos (dosagem, influência dos alimentos, interação
com outros medicamentos reconhecidos de reações adversas potenciais e condições de
conservação dos medicamentos) em tempo inteiro. (FULEVO, 2011).

Segundo Galato, et al (Pág. 3, 2008) “A dispensação deve ser entendida como integrante
do processo de atenção ao paciente, ou seja, como uma atividade realizada por um profissional
da saúde com foco na prevenção e promoção da saúde, tendo o medicamento como instrumento
de ação”.

Antibióticos são compostos naturais, semi-sintéticos e sintéticos, bacteriostáticos ou


bactericidas, que começaram a ser pesquisados no início do século XIX, devido os
microrganismos serem causadores de processos infecciosos. O início, do grande marco no
tratamento das infecções bacterianas ocorreu em 1928 por Alexander Fleming, com a
descoberta da penicilina (primeiro antibiótico biossintético), usada como bactericida.
(GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010) citado por (CRUZ; SANTOS; BRITO, 2015).

As bactérias são organismos unicelulares, identificados pela primeira


vez por van Leeuwenhoek por volta dos anos 1670, após a invenção do
microscópio. Porém, somente no século XIX a possibilidade destes
micro-organismos serem causadores de processos infecciosos começou
a ser aventada. Esta hipótese surgiu após os elegantes experimentos de
Louis Pasteur, que demonstrou que algumas linhagens de bactérias
eram importantes para processos de fermentação e, também, que as
bactérias eram de ampla distribuição pelo meio ambiente. Após a
segunda metade do século XIX, cientistas como Robert Koch
identificaram micro-organismos responsáveis por doenças como
tuberculose, cólera e febre tifoide. Nessa época, as pesquisas eram
conduzidas na busca de agentes químicos que apresentassem atividade
antibiótica. O pesquisador Paul Ehrlich, conhecido como o pai da
quimioterapia – uso de substâncias químicas contra infecções, foi
responsável pelos conceitos primários de que uma substância química
poderia interferir com a proliferação de micro-organismos, em
concentrações toleráveis pelo hospedeiro. (GUIMARÃES;
MOMESSO; PUPO, 2010).
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2.1 ORIGENS DOS ANTIBIÓTICOS


Em 1910, Ehrlich desenvolveu o primeiro antibiótico de origem sintética, salvarsan,
usado contra sífilis. Poucos progressos foram conseguidos nos 20 anos seguintes para o
desenvolvimento de antibióticos, até a introdução da proflavina, em 1934, agente amplamente
utilizado na Segunda Guerra Mundial, principalmente contra infecções de feridas profundas.
Entretanto, este composto era muito tóxico para ser usado em infecções bacterianas sistêmicas,
o que evidenciava a necessidade de agentes mais eficazes. Em 1935, um marco na
quimioterapia antibacteriana ocorreu com a descoberta de Gerhard Domagk de que o corante
vermelho prontosil apresentava atividade in vivo contra infecções causadas por espécies de
Streptococcus. O prontosil é um pró-farmaco que originou uma nova classe de antibióticos
sintéticos, as sulfas ou sulfonamidas, que constituem a primeira classe de agentes efetivos
contra infecções sistêmicas introduzida no início dos anos 1940. Entretanto, as sulfas
apresentam espectro de ação limitado e são pouco usadas atualmente. (GUIMARÃES;
MOMESSO; PUPO, 2010).

Apesar destes avanços, o grande marco no tratamento das infecções bacterianas ocorreu
com a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming, em 1928. A atividade da penicilina era
superior à das sulfas e a demonstração que fungos produziam substâncias capazes de controlar
a proliferação bacteriana motivou uma nova frente de pesquisas na busca de antibióticos: a
prospeção em culturas de micro-organismos, especialmente fungos e actinobactérias.
(GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

Em meados de 1860, Joseph Lister foi o primeiro cientista a estudar o efeito inibitório
de substâncias químicas sobre as bactérias e aplicar seus conhecimentos diretamente na
medicina. Lister usou fenol para esterilizar instrumentos cirúrgicos com importante diminuição
nas taxas de morbidade e mortalidade associadas à cirurgia. Alguns autores dizem que esse
evento marcou o surgimento da era antimicrobiana. Estudando tais efeitos, Pasteur e Joubert
foram os primeiros a reconhecerem o potencial clínico dos produtos microbianos como agentes
terapêuticos em 1877. Eles observaram que o bacilo anthrax crescia rapidamente quando
inoculado em urina estéril, mas parava de se multiplicar e morria se qualquer simples bactéria
do ar fosse inoculada junto com o bacilo ou a pós ele na mesma urina. (IRIA, 2018).
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2.2 PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS EM USO CLÍNICO

Os antibióticos de origem natural e seus derivados semi-sintéticos compreendem a


maioria dos antibióticos em uso clínico e podem ser classificados em β-lactâmicos (penicilinas,
cefalosporinas, carbapeninas, oxapeninas e monobactamas), tetraciclinas, aminoglicosídeos,
macrolídeos, peptídicos cíclicos (glicopeptídeos, lipodepsipeptídeos), estreptograminas, entre
outros (lincosamidas, cloranfenicol, rifamicinas etc.). Os antibióticos de origem sintética são
classificados em sulfonamidas, fluoroquinolonas e oxazolidinonas. (GUIMARÃES;
MOMESSO; PUPO, 2010).

2.2.1 ANTIBIÓTICOS Β-LACTÂMICOS

Constituem a primeira classe de derivados de produtos naturais utilizados no tratamento


terapêutico de infecções bacterianas. Hoje, várias décadas após a descoberta da penicilina, este
grupo ainda contém os agentes mais comumente utilizados. Possuem amplo espectro de
atividade antibacteriana, eficácia clínica e excelente perfil de segurança, uma vez que atuam na
enzima transpeptidase, única em bactérias. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

O maior número de antibióticos b-lactâmicos em uso clínico pertence à classe das


cefalosporinas, que estão subdivididas em cefalosporinas de primeira, segunda, terceira e quarta
gerações, em função do espectro de ação mais ampliado frente a bactérias Gram negativo.

Segundo Guimarães et al, 2010) “As cefalosporinas de primeira geração


são consideradas fármacos de menor atividade que as penicilinas,
porém apresentam boa atividade frente a bactérias Gram positivo.
Também podem ser utilizadas para tratamento de infecções por S.
aureus e por Streptococcus quando as penicilinas têm que ser evitadas.
As cefalosporinas de segunda geração são fármacos que, em geral,
apresentam atividade variada frente a bactérias Gram positivo, porém
atividade superior frente a bactérias Gram negativo. A terceira e a
quarta geração das cefalosporinas também são representadas por
fármacos da classe das oximinocefalosporinas. Essa classe de fármacos
representa um considerável incremento na potência e no espectro de
ação, particularmente frente a bactérias Gram negativo”.

2.2.2 AMINOGLICOSÍDEOS

Segundo Guimarães et al (Pág. 671, 2010) “Os aminoglicosídeos são agentes que
possuem um grupo amino básico e uma unidade de açúcar. A estreptomicina, principal
representante da classe, foi isolada em 1944 de Streptomyces griseus, um micro-organismo de
solo”.
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O uso contínuo de antibióticos aminoglicosídeos deve ser cuidadosamente controlado,


devido aos efeitos ototóxicos e nefrotóxicos. Esses agentes são efetivos contra bactérias Gram
negativo aeróbicas, como P. aeruginosa, e apresentam efeito sinérgico com b-lactâmicos.
Devido à polaridade, os aminoglicosídeos devem ser administrados por via injetável. Eles
também são incapazes de atravessar a barreira hemato-encefálica eficientemente e, portanto,
não podem ser usados para o tratamento de meningites, a menos que sejam injetados
diretamente no sistema nervoso central. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

2.2.3 MACROLÍDEOS

São usados em infecções respiratórias como pneumonia, exacerbação bacteriana aguda


de bronquite crônica, sinusite aguda, otites médias, tonsilites e faringites. Streptococcus
pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis são os
patógenos predominantes envolvidos nestas doenças.

A eritromicina, isolada pela primeira vez em 1952 de Streptomyces erythreus, é um dos


mais seguros antibióticos em uso clínico. Ela age frente à maioria dos patógenos respiratórios,
é considerada segura e amplamente prescrita a crianças. Entretanto, seu limitado espectro de
ação e sua limitada estabilidade em meio ácido resultam em uma fraca biodisponibilidade e
uma variedade de outros efeitos colaterais, tais como influência na motilidade gastrointestinal,
ações pró-arrítmicas e inibição do metabolismo de fármacos. (GUIMARÃES; MOMESSO;
PUPO, 2010).

Antibióticos macrolídeos de segunda geração, como roxitromicina, claritromicina e


azitromicina, foram gradualmente substituindo a eritromicina, superando seu espectro de
atividade, melhorando a atividade e os perfis físico-químico e farmacocinético, além de atenuar
os efeitos colaterais. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

2.2.4 GLICOPEPTÍDEOS

Os antibióticos glicopeptídicos, vancomicina e teicoplanina têm se tornado os fármacos


de primeira linha no tratamento de infecções por bactérias Gram positivo com resistência a
diversos antibióticos. A vancomicina, o primeiro antibiótico glicopeptídico introduzido na
prática clínica em 1959, foi isolada de amostras de solo de Streptomyces orientalis
(reclassificado como Amycolatopsis orientalis). A vancomicina em geral é o antibiótico de
última escolha frente a patógenos Gram positivo resistentes, em particular contra espécies de
Enterococcus. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).
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2.2.5 TETRACICLINAS

Segundo Guimarães et al (Pág. 672, 2010) “As tetraciclinas são antibióticos


policetídicos bacteriostáticos de amplo espectro e bastante eficazes frente a diversas bactérias
aeróbicas e anaeróbicas Gram positivo e Gram negativo”.

Devido à presença de formas de equilíbrio ceto-enólico, as tetraciclinas apresentam a


capacidade de quelar metais, especialmente cálcio. Portanto, seu uso não é recomendado em
crianças e mulheres grávidas, uma vez que estes antibióticos podem se acumular em dentes e
ossos em formação. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

2.2.6 ANTIBIÓTICOS SINTÉTICOS

As sulfonamidas, também conhecidas como sulfas, foram testadas pela primeira vez nos
anos 1930 como fármacos antibacterianos. Um exemplo de sulfa ainda utilizada na terapêutica
é o sulfametoxazol, em associação com o trimetoprim, para o tratamento de pacientes com
infecções no trato urinário e também para pacientes portadores do vírus HIV que apresentam
infecções por Pneumocystis carinii. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

O sulfametoxazol bloqueia a enzima di-hidropteroato sintetase, presente apenas nas


bactérias, enquanto o trimetoprim inibe a di-hidrofolato redutase. As sulfonamidas são,
portanto, agentes bacteriostáticos que atuam como antimetabólitos do ácido paminobenzoico,
substrato para a di-hidropteroato sintetase bacteriana, impedindo a formação do di-
hidropteroato. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

As quinolonas e fluoroquinolonas são fármacos bactericidas muito utilizados no


tratamento de infecções do trato urinário e também no tratamento de infecções causadas por
micro-organismos resistentes aos agentes antibacterianos mais usuais. (GUIMARÃES;
MOMESSO; PUPO, 2010).

O ácido nalidíxico, sintetizado em 1962, foi o protótipo desta classe de antibióticos. É


ativo frente a bactérias Gram negativo e utilizado no tratamento de infecções do trato urinário,
porém, os micro-organismos podem adquirir rápida resistência a esse antibiótico.
(GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

As fluoroquinolonas agem inibindo a topoisomerase IV de bactérias Gram positivo e


apresentam seletividade 1000 vezes maior para enzimas bacterianas em relação às enzimas
correspondentes em células humanas. Em bactérias Gram negativo, o alvo das fluoroquinolonas
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é a topoisomerase II, também conhecida por DNA-girase, que apresenta as mesmas funções da
topoisomerase IV. (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).

2.3 ABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS


Segundo Fulevo (Pág. 14, 2011) “A lista nacional de medicamentos (LNME) é um fator-
chave na seleção de medicamentos e o sistema de abastecimento de medicamentos”.

O abastecimento de medicamentos por kits tem como a facilidade na distribuição, no


armazenamento, no transporte e na segurança dos medicamentos e como desvantagens o maior
custo da embalagem e perdas por sobras de medicamentos em algumas apresentações
(FULEVO, 2011).

Segundo Fulevo (2011) Existe 3 tipos de kits cuja a cobertura de


consultas, qualificação técnica para prescrição e unidades sanitárias que
visam atender: kit de posto de saúde, conjunto de medicamentos aptos
para a utilização dos técnicos de postos de saúde, constituem os
antibióticos; kit de centro de saúde, conjunto de medicamentos aptos
para utilização dos técnicos no nível dos centros de saúde; kit
complementar apara uso exclusivo dos médicos.

As unidades sanitárias básicas são abastecidas em kits de medicamentos essenciais pelo


Programa Provincial de Medicamentos Essenciais, de acordo com um plano elaborado
mensalmente, que considera o número de consultas realizadas pelos prescritores em cada
Unidade Sanitária. As outras fontes de fornecimento dos medicamentos são alguns programas
tais como: (FULEVO, 2011).

➢ O Instituto Nacional da Luta Contra a Sida (INLS) fornece os anti-retrovirais. O


abastecimento é regular em função das solicitações feitas pelos técnicos que trabalham
nesta área a nível das Unidades de Saúde (US);

➢ O Programa Nacional de Luta contra Malária (PNLM) fornece os antimaláricos


distribuídos mensalmente nas unidades sanitárias. Os técnicos foram treinados de forma
a utilizar corretamente as estratégias do tratamento;

➢ A Direção Provincial de Saúde de Luanda (DPSL) faz compras agrupadas dos


medicamentos de forma pontual, segundo as necessidades para reforçar as quantidades
de fármacos, fundamentalmente nas urgências e nas salas de partos periféricas de
Luanda.
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2.4 USO INDISCRIMINADO DOS MEDICAMENTOS


O uso indiscriminado de medicamentos pode ser minimizado em decorrência da
atividade prestada pelo farmacêutico, pois ele é o responsável pela interação usuário
medicamento. Para tanto, a atenção farmacêutica visa realizar a anamnese do paciente,
otimizando a antibiótico-terapia, prevenindo, identificando e resolvendo problemas
relacionados ao uso de medicamentos e orientando o paciente durante o ato da dispensação.
Visando colaborar para o uso racional dos antibióticos, identificando a necessidade, efetividade
e segurança das terapias medicamentosas prescritas (OBRELI NETO; VIEIRA; CUMAN,
2011) citado por (CRUZ; SANTOS; BRITO, 2015).

Ressaltando que o farmacêutico tem um papel de extrema importância, a atenção


farmacêutica contempla o monitoramento de parâmetros fisiológicos e bioquímicos de pessoas
que utilizam medicamentos. Assim ressalta-se a importância do papel do farmacêutico em
minimizar o uso indiscriminado de antibióticos assim como reduzir a prática da automedicação,
visando uma menor resistência bacteriana na população. (CRUZ; SANTOS; BRITO, 2015).

2.5 A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO E DA EDUCAÇÃO


Os medicamentos constituem um bem essencial em qualquer comunidade. Apesar que
a qualidade da contrafação tem vindo a aumentar, tornando a deteção de medicamentos
contrafeitos cada vez mais difícil a nível visual, se forem tomadas algumas medidas tanto pelos
profissionais de saúde como pelos consumidores, o risco pode ser minimizado. A educação dos
profissionais de saúde, das autoridades policiais e alfandegárias são de vital importância, sem
minimizar a necessidade da promoção de campanhas de sensibilização endereçadas ao público.
(SILVEIRA, 2012) citado por MANGUEIRA, 2014).

Segundo Mangueira (Pág. 22, 2014), O nível de consciencialização da população quanto


ao local adequado para a compra dos medicamentos e os cuidados a ter aquando da sua
aquisição tem vindo a aumentar, pese embora o fator financeiro muitas vezes acabe por fazer
com que a população recorra ao mercado informal.

É também de vital importância a consciencialização dos profissionais de saúde pois


estes possuem responsabilidade acrescida, sendo por isso de extrema importância a figura do
diretor técnico nas unidades sanitárias, farmácias e 23 empresas distribuidoras de
medicamentos. (DECRETO - PRESIDENCIAL Nº 191/10, 2010) citado por (MANGUEIRA,
2014).
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3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Realizar-se-á um estudo observacional descritivo, com uma abordagem quali-
quantitativa.

3.2 LOCAL DE ESTUDO


O estudo será realizado na farmácia Tandu Far localizada na província de Luanda,
município de Viana, bairro Estalagem, estrada direita de Catete (Avenida. Deolinda Rodrigues).

3.3 POPULAÇÃO EM ESTUDO


O estudo terá como população os técnicos da farmácia Tandu-Far.

3.4 AMOSTRA
Tratar-se-á de uma amostra probabilística de 20 técnicos da farmácia Tandu-Far,
selecionados de forma aleatória simples.

3.5 .1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO


Serão incluídos no estudo todos os técnicos de farmácia Tandu-Far que aceitarem
participar do estudo e preencherem corretamente a ficha de inquérito.

3.5.2 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

Serão excluídos do estudo todos os técnicos da farmácia Tandu-Far que preencherem


incorretamente a ficha de inquérito, deixando por assinar seu nome, gênero ou idade
invalidando assim a sua participação no estudo.

3.6 PROCEDIMENTOS ÉTICOS

Para a realização do presente trabalho será elaborada uma carta para a direção da
Farmácia Tandu-Far, pedindo a permissão para se dar lugar a colheita de dados dentro da
instituição, após aprovação pelos órgãos administrativos, começaremos o estudo de campo.
Referenciaremos as fontes de informação contidas no trabalho, preservando o direito de autor
de cada citação. Será garantido o sigilo, sem exposição da fonte de informação.

3.5 PROCEDIMENTOS DE RECOLHA DE DADOS


Os dados serão colhidos por meio de uma ficha de inquérito elaborado com perguntas
fechadas.
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3.6 PROCESSAMENTO DE DADOS

Os dados serão processados no programa Microsoft Word 2019 formatados no


Microsoft Power Point em forma de tabelas para a exposição dos resultados da pesquisa. A
digitalização do texto será feita segundo as regras da sebenta do Escola Técnica de Saúde de
Luanda, onde usamos o tipo de letra Times New Roman, tamanho 14 na capa, e o tamanho 12
ao longo do trabalho, espaçamento 1,5 cm em todo trabalho com exceção ao resumo onde
usamos um espaçamento entre linhas de 1 cm, margem lateral esquerda 3 cm, lateral direita 2
cm, superior 3 cm e inferior 2 cm, usaremos citações directa, indirecta e citação de citação,
segundo as normas da ABNT.

3.7 VARIÁVEIS EM ESTUDO

3.7.1 VARIÁVEIS SEGUNDO O PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO:

3.7.1.1. VARIÁVEIS QUANTITATIVAS DISCRETA

Idade: Número de anos de uma pessoa contado desde o seu nascimento até a data do
seu passamento físico.

3.7.1.2. VARIÁVEIS QUALITATIVAS NOMINAL

Genêro: É um estado que abraça todas características comuns de um determinado grupo


ou classes.

3.7.2 VARIÁVEIS SEGUNDO O CONHECIMENTO:

3.7.2.1. VARIÁVEIS QUALITATIVAS ORDINAIS

Nível Académico: é um título conferido normalmente por uma instituição de ensino


superior em reconhecimento oficial pela conclusão com sucesso de todos os requisitos de um
curso, de um ciclo ou de uma etapa de estudos superiores
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. CRUZ, Marcela Xavier da Silva; SANTOS, Nayara Gontijo; BRITO, Adriane Ferreira. Perfil
da dispensação de antibióticos em drogarias na cidade de Uruana-Go. Ed. Morada Verde. 2015.

2. GALATO, Dayani. A dispensação de medicamentos: uma reflexão sobre o processo para


prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. Ed.
NAFEUM. 2008.

3. GUIMARÃES, Denise Oliveira; MOMESSO, Luciano da Silva; PUPO, Mônica Tallarico.


Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de
novos agentes. Ed. Quim Nova. 2010.

4. FULEVO, Tando. Assistência farmaceûtica na atenção primária de saúde no município de


Cazenga Angola. Ed. Rio Grande. 2011.

5. IRIA, Ana Rita Brito. Efeitos da presença de antibióticos nas origens de água. Contribuição
para o estudo da sua remoção através de sistemas de tratamento de águas. Ed. FCT/UNL.
2018.

6. JORNAL DE ANGOLA. Angola tem lista nacional de medicamentos essenciais.


Disponível em « Jornal de Angola - Notícias - Angola tem lista nacional de medicamentos
essenciais». Acesso em 3 de Março de 2023.

7. MANGUEIRA, Katiza Mhula. Contrafação de Medicamentos em Angola: Um Problema de


Saúde Pública. Ed. Produtos de Saúde. 2014.
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5. GLOSSÁRIO
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6. APÊNDICES
6.1 CRONOGRAMA
Para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre o inquérito: Conhecimento dos
técnicos da farmácia Tandu Far sobre as formas mais eficientes de dispensação dos antibióticos
de Janeiro a Junho de 2023

Meses do ano 2023 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Elaboração do tema

Pesquisa bibliográfica
e definição do tema

Estruturação da
Metodologia

Entrega e
apresentação do Pré
Projecto
Elaboração do
Trabalho de
Conclusão de Curso
Processamento e
recolha de dados

Elaboração da
conclusão e
recomendações
Correções Finais

Entrega do Trabalho
de Conclusão de
Curso
Pré Defesas

Defesa Final
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7. ANEXOS

Fig1. Instituição onde se vai se realizar o estudo (Farmácia Tandu Far)

Fig. 2 – Venda informal dos antibióticos (Mercado dos Kwanzas)

Fig. 3 – Venda legalizada de medicamento (Farmácia Comunitária)

Fig. 4 – Dispensação de medicamentos por Kits (Depósito)


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Fig. 5 – Apreensão de medicamentos por venda não autorizada (Arquivos Polícia Civil)

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