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1. INTRODUÇÃO

Na segunda metade do século XVIII, teve início na Inglaterra, um processo de


desenvolvimento industrial que recebeu o nome de “Revolução Industrial’. O processo tem
sido descrito como uma “revolução técnica”, mas a verdadeira revolução é a implantação
definitiva do modo de produção capitalista. (HOBSBAWM, 2014)

Com a “Revolução Industrial” completa-se a “transição”, na medida em que o sistema


de fábrica é o momento final do processo de expropriação dos produtores diretos, agora
transformados em proletários, enquanto os meios de produção pertencem à burguesia.
(DEANE, 2022).

Antes da revolução, a maioria das pessoas ganhava a vida na agricultura e vivia em


comunidades rurais generalizadas. Com o avanço das fábricas, as pessoas começaram a
trabalhar para empresas localizadas em áreas urbanas pela primeira vez. Muitas vezes os
salários eram baixos e as condições eram duras. No entanto, trabalhar para empresas pagava
uma vida melhor do que a agricultura. (FABRIS, 2022).

A eficiência da produção melhorou durante a Revolução Industrial com invenções


como a máquina a vapor, reduziu drasticamente o tempo necessário para fabricar produtos. A
produção mais eficiente posteriormente reduziu os preços dos produtos, principalmente
devido aos menores custos de mão de obra, abrindo as portas de comercialização para um
novo nível de clientes. A Revolução Industrial foi impulsionada principalmente pelo uso do
carvão como fonte de energia. Antes do uso do carvão, a madeira era a principal fonte de
energia; o carvão fornecia três vezes mais energia do que a madeira, e a Grã-Bretanha tinha
grandes depósitos de carvão. (SOUSA, 2023).
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Revolução Industrial mudou de uma economia agrária para uma economia


manufatureira, onde os produtos não eram mais feitos apenas à mão, mas por máquinas. Isso
levou ao aumento da produção e eficiência, preços mais baixos, mais bens, melhores salários
e migração de áreas rurais para áreas urbanas. (FABRIS, 2022).

Nesse período, houve a expansão do comércio, e a mecanização possibilitou maior


produtividade e, consequentemente, o aumento dos lucros. As “indústrias expandiam-se” cada
vez mais, criando, então, um cenário de progresso jamais visto. As principais invenções do
período contribuíram para o melhor escoamento das matérias-primas utilizadas nas indústrias
e também favoreceu o deslocamento de consumidores e a distribuição dos bens produzidos.
(FABRIS, 2022).

Os principais avanços tecnológicos conhecidos nessa fase foram:

 Uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;


 Desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;
 Invenção do telégrafo;
 Aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;
 Ampliação da indústria siderúrgica.

2.1 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL COMO UM MOVIMENTO

No período de 1760 a 1830, a Revolução Industrial foi em grande parte confinada à


Grã-Bretanha. Conscientes de sua vantagem, os britânicos proibiram a exportação de
máquinas, trabalhadores qualificados e técnicas de fabricação. O monopólio britânico não
poderia durar para sempre, especialmente porque alguns britânicos viam oportunidades
industriais lucrativas no exterior, enquanto empresários da Europa continental procuravam
atrair know-how britânico para seus países. (GASILI, 2006).

Dois ingleses, Guilherme e John Cockerill, trouxe a Revolução Industrial para Bélgica
desenvolvendo oficinas mecânicas em Liège em 1807, e a Bélgica tornou-se o primeiro país
da Europa continental a se transformar economicamente. Como seu progenitor britânico, a
Revolução Industrial Belga centrou-se em “ferro, carvão e têxteis”. A França foi
industrializada de forma mais lenta e menos completa do que a Grã-Bretanha ou a Bélgica.
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Enquanto a Grã-Bretanha estava estabelecendo sua liderança industrial, a França estava


imersa em sua revolução, e a situação política incerta desencorajou grandes investimentos em
inovações industriais. Em 1848, a França tornou-se uma potência industrial, mas, apesar do
grande crescimento sob o Segundo Império, permaneceu atrás da Grã-Bretanha. (GASILI,
2006).

No início do século XIX, os britânicos também inventaram locomotivas a vapor e


navios a vapor, que revolucionaram as viagens. Em 1851 eles realizaram a primeira feira
mundial, na qual exibiram telégrafos, máquinas de costura, revólveres, ceifadeiras e martelos
a vapor para demonstrar que eram os principais fabricantes mundiais de máquinas. A essa
altura, as características da sociedade industrial, fumaça subindo de fábricas, cidades maiores
e populações mais densas, ferrovias podiam ser vistas em muitos lugares da Grã-Bretanha.
(GASILI, 2006).

2.2 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ALÉM DAS FRONTEIRAS BRITÁNICAS

Outros países europeus ficaram muito para trás. Sua burguesia carecia da riqueza,
poder e oportunidades de suas contrapartes britânicas, francesas e belgas. As condições
políticas nas outras nações também impediram a expansão industrial. A Alemanha, por
exemplo, apesar dos vastos recursos de carvão e ferro, não iniciou sua expansão industrial até
que a unidade nacional foi alcançada em 1870. (SOUSA, 2023).

Uma vez iniciada, a produção industrial da Alemanha cresceu tão rapidamente que na
virada do século aquela nação estava superando a Grã-Bretanha em aço e tornou-se líder
mundial nas indústrias químicas. A ascensão do poder industrial dos EUA nos séculos 19 e 20
também superou em muito os esforços europeus. E o Japão também aderiu à Revolução
Industrial com notável sucesso. (SOUSA, 2023).

Os países da Europa Oriental ficaram para trás no início do século 20. Não foi até o
“Planos de Cinco Anos” que a União Soviética tornou-se uma grande potência industrial,
reduzindo em poucas décadas a industrialização que levara um século e meio na Grã-
Bretanha. A metade do século 20 testemunhou a propagação da Revolução Industrial em áreas
até então não industrializadas, como China e Índia. (FABRIS, 2022).

Os aspetos tecnológicos e econômicos da Revolução Industrial trouxeram mudanças


socioculturais significativas. Em seus estágios iniciais, parecia aprofundar a pobreza e a
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miséria dos trabalhadores. Seu emprego e subsistência tornaram-se dependentes de meios de


produção dispendiosos que poucas pessoas podiam possuir. Faltava segurança no emprego: os
trabalhadores eram frequentemente deslocados por melhorias tecnológicas e uma grande força
de trabalho. (FABRIS, 2022).

A falta de proteção e regulamentos aos trabalhadores significava longas horas de


trabalho para salários miseráveis, viver em cortiços insalubres e exploração e abuso no local
de trabalho. Mas mesmo com o surgimento de problemas, também surgiram novas ideias que
visavam resolvê-los. Essas ideias impulsionaram inovações e regulamentações que
proporcionaram às pessoas mais conveniências materiais e, ao mesmo tempo, permitiram que
produzissem mais, viajassem mais rápido e se comunicassem mais rapidamente.
(HOBSBAWM, 2014).

2.3 EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A revolução industrial não se disseminou pelo ocidente ao mesmo tempo, pois, em


alguns países como a Alemanha, Itália e Rússia as máquinas chegaram depois da metade do
século XIX. Esse “atraso” na circulação das novidades e ideias da revolução em muitos países
pode ser compreendido principalmente por questões políticas, visto que Alemanha e Itália,
por exemplo, estavam divididas em pequenos principados e somente com a unificação que os
projetos de modernização econômica que já estavam em vigor se consolidaram. (DEANE,
2022).

No caso do Brasil, um surto industrial ocorreu no país ainda no século XIX, por
incentivo de D. Pedro II e do Barão de Mauá, porém as indústrias cresceram e se
estabilizaram definitivamente apenas no século XX, principalmente nos períodos das grandes
guerras, para substituir a falta de produtos vindos da Europa. O movimento operário se
solidificou mais no século XX, quando os imigrantes trouxeram as ideias comunistas,
socialistas e anarquistas. Esse movimento operário organizou a Greve Geral de 1917, após a
morte de um sapateiro espanhol. A greve foi tão violenta que os bairros do Brás e Mooca
(tradicionalmente operários) ficaram sob o controle dos grevistas e o governo do estado se
mudou provisoriamente para São José dos Campos. (DEANE, 2022).
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2.4 AS RAZÕES PARA A EXISTÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 ACUMULAÇÃO DO CAPITAL:

No longo período de transição do modo de produção feudal para o capitalista teve


lugar a “acumulação primitiva de capital”; (GASILI, 2006).

 EXISTÊNCIA DE MATÉRIAS-PRIMAS:

O algodão é a matéria-prima essencial, uma vez que o sistema de maquinofatura


pressupõe produção de artigos de consumo de massa; (GASILI, 2006).

 MÃO DE OBRA DISPONÍVEL:

Fator fundamental. O sistema de fábrica exige um trabalhador despojado, um homem


sem condições de garantir sua subsistência, pronto a aceitar a disciplina do trabalho fabril.
Esse trabalhador surgiu da expropriação agrária; (GASILI, 2006).

 MERCADOS CONSUMIDORES:

Antes produzia-se de acordo com o mercado, com a “revolução” o mercado passa a ser
criado com a produção.

Contudo, os resultados tornam-se visíveis aos olhos da sociedade, com um certo


aumento no desenvolvimento da produção em massa e extrema divisão do trabalho;
desenvolvimento do capitalismo industrial e, posteriormente, do capitalismo monopolista;
aumento demográfico, devido, em parte, às modificações das técnicas agrícolas; crescente
urbanização; configuração de duas classes sociais básicas: “burguesia industrial e
proletariado”; ruína do artesanato; afirmação do Estado Liberal; desenvolvimento do
Imperialismo; no contexto dos problemas sociais, o surgimento das ideias socialistas.
(GASILI, 2006).

2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial criou um aumento nas oportunidades de emprego. Os salários


nas fábricas eram mais altos do que os indivíduos ganhavam como agricultores. À medida que
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as fábricas se espalhavam, eram necessários gerentes e funcionários adicionais para operá-las,


aumentando a oferta de empregos e os salários gerais. (FABRIS, 2022).

Como a maioria das fábricas e grandes empresas estava localizada perto das cidades,
as populações migraram para as áreas urbanas em busca de emprego, muitas vezes superando
a oferta de moradia disponível. Isso levou a melhorias significativas no planejamento da
cidade. O aumento da inovação também levou a níveis mais altos de motivação e educação,
resultando em várias invenções inovadoras ainda usadas hoje. Essas invenções incluem a
“máquina de costura, raio-X, lâmpada, calculadora e anestesia”. (FABRIS, 2022).

Devido aos avanços da Revolução Industrial, a nação viu o primeiro motor


combustível, lâmpada incandescente e linha de montagem moderna usada na fabricação. A
Revolução Industrial mudou a forma como as pessoas trabalhavam, as tecnologias disponíveis
e, muitas vezes, onde viviam. Tornou a vida confortável para muitos, embora as condições de
vida dos trabalhadores continuassem abomináveis, o que acabou alimentando o surgimento de
sindicatos que levaram a melhores condições de trabalho e salários justos. (FABRIS, 2022).

Embora tenha havido inúmeros avanços durante a Revolução Industrial, o rápido


progresso causou muitos problemas. Como os trabalhadores deixaram suas fazendas para
trabalhar nas fábricas por salários mais altos, isso levou à escassez de alimentos produzidos.
(FABRIS, 2022).

O aumento acentuado do número de fábricas levou a um aumento da poluição urbana.


A poluição não estava contida apenas nas fábricas; à medida que as pessoas afluíam para as
cidades, as condições de vida tornaram-se deploráveis à medida que os recursos urbanos
foram sobrecarregados. (FABRIS, 2022).

O esgoto fluía nas ruas em algumas cidades enquanto os fabricantes despejavam


resíduos das fábricas nos rios. Os suprimentos de água não foram testados e protegidos como
são hoje. Como resultado, regulamentos e leis foram promulgados para proteger a população.
O trabalho infantil foi um problema significativo. Surgiram problemas de saúde para muitos
dos trabalhadores das fábricas que deram origem ao movimento trabalhista em todos os
países. (FABRIS, 2022).

Segundo Fabris (2022, Pág. 12) “A Revolução Industrial proporcionou um incentivo


para aumentar os lucros e, como resultado, as condições de trabalho nas fábricas se
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deterioraram. Longas horas, remuneração inadequada e pausas mínimas tornaram-se a


norma.”

2.6 CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

As estatísticas que refletem os efeitos da industrialização são impressionantes. Em


1700, antes do uso generalizado de combustíveis fósseis, o mundo tinha uma população de
670 milhões de pessoas. Em 2011, a população mundial atingiu 6,7 bilhões, um aumento de
10 vezes em apenas 300 anos. Somente no século 20, a economia mundial cresceu 14 vezes, a
renda per capita quase quadruplicou e o uso de energia aumentou pelo menos 13 vezes. Esse
tipo de crescimento nunca ocorreu antes na história humana. (GASILI, 2006).

Muitas pessoas ao redor do mundo hoje desfrutam dos benefícios da industrialização.


Com muito mais energia fluindo através dos sistemas humanos do que nunca, muitos de nós
devem fazer muito menos trabalho físico do que as gerações anteriores. As pessoas hoje são
capazes de alimentar mais bebês e trazê-los para a idade adulta. Muitas pessoas votam e
participam de estados modernos, que oferecem educação, previdência social e benefícios de
saúde. Um grande número de pessoas desfruta de níveis de riqueza, saúde, educação, viagens
e expectativa de vida que eram inimagináveis antes da industrialização. (GASILI, 2006).

Sabemos que muitos dos componentes essenciais do sistema industrial e os recursos


naturais dos quais ele depende estão sendo comprometidos o solo, os oceanos, a atmosfera, os
níveis de água subterrâneos, plantas e animais estão todos em risco. (GASILI, 2006).

Durante a Primeira Revolução Industrial, o modo capitalista de produção reorganizou-


se. As principais consequências desse período foram:

 Substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e


intensificou o crescimento urbano;

 Crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de


pessoas, aumento da miséria, fome e violência;

 Aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;

 Organização da sociedade em dois grupos: a burguesia versus o proletariado.


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2.7 SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A segunda fase da revolução corresponde ao “processo evolutivo das tecnologias” que


modificaram ainda mais o cenário econômico, industrial e social. Essa fase iniciou-se da
metade do século XIX até o início do século XX, findando-se durante a segunda Guerra
Mundial (1939 a 1945). (SILVA, 2023).

Esse período representou avanços não só tecnológicos, mas também geográficos,


representando o momento em que a revolução deixou de limitar-se à Inglaterra espalhando-se
para outros países, como Estados Unidos, Japão, Alemanha e França. (SILVA, 2023).

A Segunda Revolução Industrial eclodiu como consequência, principalmente, das


grandes revoluções burguesas ocorridas no século XIX, representadas pela classe dominante
na época, a burguesia. Essas revoluções foram as responsáveis pelo fim do Antigo Regime e
também influenciaram o fortalecimento do capitalismo, impulsionado pela industrialização.
(HOBSBAWM, 2014).

Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar essa
fase, que ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e
aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem como
os lucros obtidos. O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa, principalmente
no campo da medicina. (HOBSBAWM, 2014).

Segundo (Hobsbawm. Pág. 14) “As principais inovações dessa fase da


revolução estão associadas à introdução de novas fontes de energia e
de novas técnicas de produção, com destaque para a indústria química. O
uso da eletricidade do petróleo possibilitou a substituição do vapor.
A eletricidade, antes usada apenas no desenvolvimento de pesquisas
laboratoriais, passou a ser usada também no setor industrial. O petróleo
passou a ser utilizado como combustível, e seu uso difundiu-se com a
invenção do motor a explosão”.

Segundo Deane (Pág. 16; 2022) “Na Segunda Revolução Industrial, destacaram-se”:

 A substituição do ferro pelo aço;


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 O surgimento de antibióticos;
 A construção de ferrovias e navios a vapor;
 A invenção do telefone, da televisão e da lâmpada incandescente;
 O uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura.

2.7.1 CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Os avanços tecnológicos obtidos na Segunda Revolução Industrial fizeram com que a


industrialização alcançasse outros países, especialmente os mais ricos. Esses, a fim de
ampliarem seu mercado, deram início a uma expansão territorial também em busca de
matéria-prima, o que ficou conhecido como imperialismo. As principais consequências desse
período foram: (SILVA, 2023).

 Aumento da produção em massa e em curto espaço de tempo, aumentando também o


comércio;
 Avanços nos setores de transporte e telecomunicações que ampliaram o mercado
consumidor, bem como o escoamento dos bens produzidos;
 Surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social, como a
superpopulação;
 Aumento de doenças;
 Desemprego e maior disponibilidade de mão de obra barata;
 Avanços no setor da saúde que possibilitaram melhorias na qualidade de vida da
população.

2.7.2 IMPERIALISMO

O Imperialismo ou Neocolonialismo surgiu no século XIX quando nações


desenvolvidas iniciaram um processo de expansão territorial sobre outros locais na África,
Ásia e Oceânia. (SILVA, 2023).

O Imperialismo é o nome dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo
promover a expansão territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros. Esse termo
pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado
para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus
em boa parte do planeta no século XIX. (SILVA, 2023).
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2.7.2.1 CONSEQUÊNCIAS DO IMPERIALISMO PARA ÁFRICA E O MUNDO

De acordo com Silva (2023) “O Imperialismo foi muito intenso entre 1884 e 1914,
mas até a segunda metade do século XX existiam colônias europeias nos continentes
mencionados. Entre as consequências deixadas pelo Imperialismo, destacam-se”:

 Demarcação de fronteiras artificiais que atualmente é motivo de tensão entre diversos


países. Além disso, a criação de nações artificiais contribuiu para sua instabilidade
política após conquistarem sua independência;
 Problemas étnicos surgidos por conta da política imperialista nesses locais. Destaca-se
o caso de tutsis e hutus, no antigo Congo Belga e atual Ruanda, e que resultou em
um massacre em Ruanda, em 1994;
 Violência da administração colonial dos europeus sobre as populações nativas.
Novamente o Congo Belga é um destaque, pois a administração colonial dos belgas
foi responsável pela morte de 10 milhões de pessoas;
 Exploração intensa que legou a África uma pobreza severa etc.

2.8 TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A terceira fase da Revolução Industrial iniciou-se na metade do século XX, após o fim
da Segunda Guerra Mundial, e ficou conhecida também como “revolução Técnico-
Científica”. A principal mudança representada por essa fase está associada ao
desenvolvimento tecnológico atribuído não só ao processo produtivo, mas também ao campo
científico. A industrialização, nesse momento, espalhou-se pelo mundo. (SILVA, 2023).

A Terceira Revolução Industrial significou um novo patamar alcançado pelos avanços


tecnocientíficos que são até hoje vivenciados pela sociedade. Os principais marcos desse
período podem ser vistos por meio dos aperfeiçoamentos e das inovações nas áreas
de robótica, genética, telecomunicações, eletrônica, transporte e infraestrutura. Tudo isso
transformou ainda mais as relações sociais e modificou o espaço geográfico. (SOUSA, 2023).

Fala-se nessa fase em globalização, que representa o avanço tecnológico,


especialmente no sistema de comunicação e transporte, o qual possibilitou maior integração
econômica e política. A tecnologia, nessa fase da revolução, permitiu diminuírem-se tempo e
distância, aproximando pessoas do mundo todo e possibilitando a transmissão de informações
instantaneamente, ultrapassando os obstáculos físicos, culturais e sociais. (SOUSA, 2023).
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A Terceira Revolução Industrial significou um novo patamar alcançado pelos avanços


tecnocientíficos que são até hoje vivenciados pela sociedade. Os principais marcos desse
período podem ser vistos por meio dos aperfeiçoamentos e das inovações nas áreas
de robótica, genética, telecomunicações, eletrônica, transporte e infraestrutura. Tudo
isso transformou ainda mais as relações sociais e modificou o espaço geográfico. (SILVA,
2023).

Fala-se nessa fase em globalização, que representa o avanço tecnológico,


especialmente no sistema de comunicação e transporte, o qual possibilitou maior integração
econômica e política. A tecnologia, nessa fase da revolução, permitiu diminuírem-se tempo e
distância, aproximando pessoas do mundo todo e possibilitando a transmissão de informações
instantaneamente, ultrapassando os obstáculos físicos, culturais e sociais. (SILVA, 2023).

2.8.1 CONSEQUÊNCIA DA TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Terceira Revolução Industrial também foi responsável pelo aumento de


multinacionais, o crescimento acelerado das economias e consolidou o capitalismo financeiro
enquanto passou a determinar as estratégias que permeiam o mercado de finanças. As
indústrias dispersaram-se pelo mundo, instalando-se em países periféricos em virtude das
vantagens econômicas oferecidas. (SOUSA, 2023).

Para entender as consequências, é preciso primeiro ter uma ideia do que foi criado ao
longo da Terceira Revolução Industrial. A alta tecnologia possibilitou a criação de novos
computadores e softwares associados ao desenvolvimento da internet. Surgiram computadores
pessoais cada vez menores e mais eficientes. Surgiram também os chips e diversos outros
produtos eletrônicos. (SOUSA, 2023).

Os avanços tecnológicos obtidos na Segunda Revolução Industrial fizeram com que a


industrialização alcançasse outros países, especialmente os mais ricos. Esses, a fim de
ampliarem seu mercado, deram início a uma expansão territorial também em busca de
matéria-prima, o que ficou conhecido como imperialismo. As principais consequências desse
período foram: (SOUSA, 2023).

 Substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e


intensificou o crescimento urbano;
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 Crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de


pessoas, aumento da miséria, fome e violência;

 Aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;


 Aumento da produção em massa e em curto espaço de tempo, aumentando também o
comércio;
 Avanços nos setores de transporte e telecomunicações que ampliaram o mercado
consumidor, bem como o escoamento dos bens produzidos;

 Surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social, como a
superpopulação;
 Aumento de doenças;
 Desemprego e maior disponibilidade de mão de obra barata;
 avanços no setor da saúde que possibilitaram melhorias na qualidade de vida da
população.

A terceira fase da Revolução Industrial que integrou a ciência, a tecnologia e a


produção transformou ainda mais a relação do homem com o meio. A apropriação dos
recursos naturais era cada vez mais intensa, visto que, a cada dia, tornou-se mais necessário
viabilizar as produções em massa. (SOUSA, 2023).
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Revolução Industrial, as ciências humanas compreendem como o período de grande


desenvolvimento tecnológico que foi iniciado na Inglaterra a partir da segunda metade do
século XVIII. Com o tempo, esse desenvolvimento espalhou-se para outras partes do mundo,
como a Europa ocidental e os Estados Unidos. Assim, surgiu a indústria, e as transformações
causadas por essa possibilitaram a consolidação do capitalismo.

A economia, a nível mundial, sofreu grandes transformações. O processo de produção


de mercadorias acelerou-se bastante, já que a produção manual foi substituída pela utilização
da máquina.

A Revolução Industrial também impactou as relações de trabalho, gerando uma reação


dos trabalhadores, cada vez mais explorados no contexto industrial.

A Revolução Industrial, mesmo que não tenha tido ruturas, foi dividida em fases que
representam um processo evolutivo tecnológico que transformou o setor econômico e social,
A Segunda Revolução Industrial iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial e representou um
período de grandes inovações tecnológicas. A Terceira Revolução Industrial teve início na
metade do século XX e corresponde ao desenvolvimento não só do setor industrial, mas
também do campo científico.

As principais consequências da Revolução Industrial foram as novas relações de


trabalho; a consolidação do capitalismo; a industrialização dos países; a expansão do
imperialismo; o êxodo rural e a urbanização; os avanços nos campos da medicina, do
transporte e das telecomunicações;
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GASILI, José Filho. “Sociedade de Risco”. História Contemporânea. Editora Ática. São
Paulo, Brasil.2006.

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções 1789-1848. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro,
Brasil. 2014.

FABRIS, Paulo. Primeira E Segunda Revolução Industrial: O Que Foram, Suas Causas E
Consequências. Ed. O Livro. 2022.

SOUSA, Rafaela. "Terceira Revolução Industrial"; Brasil Escola. Disponível em:


<<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>>. Acesso em
29 de Março de 2023.

DEANE. Artigo: Expansão Industrial. Disponível em


>>https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>>. 2022. Acesso
em 29 de Março de 2023.

SILVA. Artigo: Imperialismo. Disponível em >>Terceira Revolução Industrial: contexto,


consequências, países (uol.com.br)>> 2023. Acesso em 1 de Abril de 2023.

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