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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

TÉCNICO EM QUÍMICA
REBECA CRUZ DOS SANTOS
P262275

OS ANTIBIÓTICOS: ALÉM DO QUE VOCÊ CONHECE

FEIRA DE SANTANA
2015
REBECA CRUZ DOS SANTOS

OS ANTIBIÓTICOS: ALÉM DO QUE VOCÊ CONHECE


Projeto Oficina de Ideias (OI) da Metodologia
Senai de Educação Profissional (MSEP)
desenvolvido na Disciplina Princípios
Científico do Módulo I, do Curso de Técnico
em Química do SENAI / FSA para obtenção
da nota da disciplina, sob orientação do Prof.
Airton Francisco de Souza.

FEIRA DE SANTANA
2015

INTRODUÇÃO

Nesse trabalho abordaremos sobre os antibióticos, que são remédios capazes de


combater bactérias causadoras de diversas infecções.
Além disso, vamos falar sobre a origem, as classificações, os grupos, alguns cuidados
que devemos tomar com esses remédios e os antibióticos naturais.
Com o objetivo de deixar os leitores informados sobre o uso correto desses
medicamentos e também alertar sobre os riscos que , se usados de forma errada, podem
trazer.
FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, desenvolvidas em


laboratórios farmacêuticos a partir de fungos, bactérias ou elementos sintéticos. Sendo
seu principal “dever” interromper o ciclo de reprodução de uma bactéria invasora,
causadora de infecções ou de doenças, como a meningite bacteriana. Segundo Dr.
Frazão (2015) “O tratamento para a meningite bacteriana deve ser feito no hospital com
a injeção de antibióticos, como Vancomicina, Oxacilina, Ampicilina ou Gentamicina,
até que a infecção diminua.”.
O primeiro antibiótico foi descoberto por acaso pelo médico londrino Alexander
Fleming no ano de 1928. Durante o período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
Dr.Fleming já vinha pesquisando substâncias capazes de matar as bactérias, mas só em
agosto de 1928 quando o mesmo viajou e esqueceu as placas de cultura de estafilococos
na mesa do laboratório, (essas placas eram normalmente guardadas em geladeiras),
quando voltou de viagem, no mês de setembro, ele percebeu que as placas estavam com
mofos e que em algumas delas havia aparecido um “circulo” transparente em torno do
mofo, aonde não existia a presença de bactérias, logo, ele chegou a conclusão de que o
fungo produziu uma substância bacteriana e que aquele fungo (mofo) era o Penicillium
(Penicilina).
Depois disso, o médico londrino continuou a reproduzir os fungos e a explorar o
conteúdo das bactérias e seus reagentes naturais. Porém, tempos depois, abandonou as
pesquisas, que só foi retomada em 1940 por doutores da Universidade de Oxford que
utilizaram a penicilina para uso medicinal.

A descoberta do antibiótico é considerado um feito do Dr. Fleming. Embora


ele não tenha utilizado a substância comercialmente, se não fosse a sua
capacidade de bom cientista não teria percebido o halo transparente no mofo
das placas de estafilococos. A penicilina mudou totalmente a história da
medicina. (Miranda, 2015)
Os antibióticos podem ser classificados por bactericidas ou por bacteriostáticos,
diferenciando a maneira que atuam no organismo. Os bactericidas atuam matando as
bactérias que se encontram em fase de crescimento, já os bacteriostáticos, bloqueiam a
síntese dos ácidos nucléicos ou das proteínas, assim, impedindo a multiplicação das
bactérias.
Eles também são divididos em grupos , sendo que cada grupo possui seus derivados:
I. Penicilinas: Foi o primeiro grupo de antibiótico desenvolvido e entre os seus
principais derivados estão a Amoxilina, Ampicilina, Azlocilina, Carbenicilina,
Cloxacilina e Mezlocilina. A penicilina é pouco usada atualmente, porém ainda
é indicada para a sífilis.
II. Cefalosporinas: surgiu logo após a penicilina e tem praticamente o mesmo
mecanismo de ação. Alguns dos seus derivados são: Cefaclor, Cefadroxilo,
Cefazolina.
III. Quinolonas: são indicadas para tratar infecções do intestino, como diarreia e
infecção urinária. Seus principais derivados são:Ciprofloxacina, Enoxacina,
Levofloxacina e Lomefloxacina.
IV.  Aminoglicosídeos: Esses antibióticos são administrados por vias intravenosa e
são indicados para infecções graves, a Amicacina é o seu principal derivado.

Antes de fazer uso de antibióticos é preciso primeiro ter conhecimento de qual bactéria
está atuando no organismo e em que estágio ela se encontra, assim, podendo tomar o
medicamento correto, garantindo mais eficácia no tratamento.

Através de estudos prévios conhecemos antecipadamente o perfil de cada


espécie de bactéria [...] A única maneira de se ter certeza do perfil de
sensibilidade de uma bactéria é através do exame de cultura, que pode ser
uma cultura de sangue (hemocultura), de urina (urocultura), de fezes
(coprocultura), etc. Nestas análises, coletamos uma pequena quantidade de
um fluido ou secreção que imaginamos conter a bactéria infectante e
colocamos em um meio propício ao crescimento de bactérias. 48 a 72h
depois conseguimos identificar exatamente qual bactéria está presente e
realizar vários testes com diversos antibióticos, procurando saber quais são
eficazes e quais são ineficazes. Este teste é chamado de antibiograma. Todo
exame de cultura apresenta no seu resultado, o nome da bactéria identificada
e uma pequena lista de antibióticos resistentes e sensíveis, para que o seu
médico possa escolher qual a melhor opção.

Quando o paciente encontra-se grave e não pode esperar por 72 horas para
iniciarmos o antibiótico, optamos inicialmente por antibióticos fortes e que
cobrem um amplo espectro de bactérias, trocando-o, após os resultados das
culturas, pelo o antibiótico mais específico indicado pelo antibiograma.
(Pinheiro, 2015)

Assim como o uso correto traz melhoras para o estado do paciente, o uso incorreto e
descontrolado dos antibióticos levam ao surgimento de novas bactérias resistentes ao
mesmo, dificultando ainda mais o tratamento. (De acordo com a figura 1).

Figura 1.

 Uma infecção urinária causada


pela bactéria E.coli. Quando há
uma cistite, estamos falando de
milhões de bactérias atacando a
bexiga. Essas bactérias são da
mesma espécie, mas não são
exatamente iguais; não são clones.
Quando escolhemos um
antibiótico, optamos por aquele que é eficaz contra a maioria das bactérias
presentes. Nem sempre o antibiótico mata 100% das bactérias. O que
acontece é que se reduzirmos o número de bactérias para 5% ou 10%, a
infecção desaparece porque nosso sistema imune é capaz de controlar o que
sobrou.

Porém, muitas vezes o nosso organismo não consegue se livrar


completamente destas bactérias, permitindo que as mesmas se reproduzam e
causem uma nova infecção, agora composta apenas por bactérias resistentes
ao antibiótico escolhido inicialmente. (Pinheiro, 2015)

Algumas bactérias são mais propensas para se tornar resistente e também alguns
antibióticos têm mais facilidade para causar resistência. Mas além do uso descontrolado
desses remédios, existem outros fatores que contribuem para acontecer essa resistência,
como a interrupção do tratamento antes do tempo previsto para o fim.
Se um antibiótico está prescrito por 10 dias, é porque sabe-se de antemão que
este é o tempo necessário para matar praticamente todas as bactérias.
Algumas bactérias mais fracas morrem com 24 horas, outras precisam de 7
dias. Se o tratamento é interrompido com 5 dias, por exemplo, as bactérias
mais resistentes, que precisavam de mais tempo de antibiótico, continuarão
vivas e poderão se multiplicar, levando, agora, a uma infecção bem mais
resistente. (Pinheiro, 2015)
E outro fator, também muito importante é o uso indiscriminado dos antibióticos. No
nosso corpo existem bactérias que só agem quando o nosso sistema imunológico está
baixo, se o paciente faz uso constante desses remédios sem necessidade, quando houver
realmente uma infecção bacteriana e que precisar fazer uso dos antibióticos, já existirá
bactérias resistentes a esse antibiótico no organismo do mesmo.
Enfim, a única saída encontrada até agora para esse problema foi a “substituição” dos
tratamentos de antibióticos farmacêuticos pelo os naturais, que possuem praticamente o
mesmo “poder” que os outros e também são bastante eficazes e o melhor de tudo, não
desenvolvem resistência nas bactérias e são mais acessíveis e podem ser encontrados em
casa. O alho, a cebola e o limão são exemplos de antibióticos naturais.
CONCLUSÃO

Podemos concluir que mesmo com todos os benefícios que os antibióticos podem trazer
para um paciente com infecções bacterianas também podem trazer malefícios se forem
usado de maneira incorreta, e infelizmente poucas pessoas sabem disso.
Enfim, só deve fazer uso de antibióticos com prescrição médica e seguir corretamente as
orientações do mesmo, para ter um tratamento mais seguro, rápido e sem complicações.
REFERÊNCIAS

FRAZÃO, Dr.Arthur. Meningite Bacteriana Disponível em:


http://www.tuasaude.com/meningite-bacteriana/. Acesso Dezembro de 2015.

MIRANDA, Juliana. A origem dos antibióticos. Disponível em:


http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-dos-antibioticos.html. Acesso
Dezembro de 2015.

PINHEIRO, Dr Pedro. ANTIBIÓTICOS/ Tipos, resistência e indicações . Disponível


em : http://www.mdsaude.com/2011/02/antibioticos.html. Acesso Dezembro de 2015.

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