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Novos medicamentos têm sido criados, em especial para doenças raras ou não tratadas
previamente. Os métodos de produção biotecnológica fornecem versões mais seguras de
tratamentos existentes em quantidades ilimitadas. A Biotecnologia tem revolucionado a
investigação e o desenvolvimento de novos medicamentos e permite um melhor
direcionamento do produto para doenças específicas e grupos de doentes específicos.
Segundo a Fundação Biominas, São Paulo, Minas Gerais e o Sul do país concentram a maior
número de empresas no setor, com patentes depositadas para produtos inovadores. Os ativos
intangíveis (especificamente marcas e patentes) exercem um papel cada vez mais importante
na criação de valor das empresas, contribuindo assim para o crescimento da indústria
farmacêutica.
Futuro
2. As preocupações com a segurança dos produtos nos países desenvolvidos têm desaparecido
graças ao desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. A Biotecnologia oferece um
maior controle sobre o processo de fabrico, permitindo uma redução significativa dos riscos de
contaminação por agentes infecciosos. Um bom exemplo são os produtos de sangue utilizados
para tratar a hemofilia.
4. Alguns produtos não são naturalmente criados em quantidade suficiente para fins
terapêuticos. A Biotecnologia permite a produção em larga escala de substâncias existentes,
como por exemplo a insulina, no campo do tratamento da diabetes.
Por ser uma ciência multidisciplinar, a biotecnologia pode trazer benefícios e inovações para as
mais diversas áreas, desde a agricultura à robótica. Especialistas acreditam que a colaboração
entre áreas só traz benefícios e, por isso, listamos as principais inovações que a biotecnologia
trouxe para a indústria farmacêutica.
1 – Biossensores
2 – Biofármacos
Biofármacos são medicamentos obtidos por meio de técnicas biotecnológicas que utilizam
células geneticamente modificadas para a produção de proteínas terapêuticas. O exemplo
mais clássico é a produção de insulina recombinante para pacientes diabéticos. Mas há outros
exemplos bem famosos de biofármacos, como os anticorpos monoclonais para o tratamento
de câncer: Trastuzumabe (comercialmente Herceptin, utilizado no tratamento de câncer de
mama) e Rituximab (comercialmente Rituxan ou Mabthera, utilizado no tratamento de
linfomas e leucemias).
O mercado global de biofármacos é estimado em US$ 160 bilhões ao ano. No Brasil, existem
algumas farmacêuticas nacionais com projetos de desenvolvimento de biofármacos, como a
Libbs, a Cristália, a Recepta e a BioNovis (joint venture criada pelos laboratórios Aché, EMS,
Hypermarcas e União Química).
3 – Antibióticos
Você sabia que os antibióticos também são produzidos por intermédio da biotecnologia? Eles
são compostos do metabolismo secundário de micro-organismos, geralmente produzidos
durante a fase tardia de crescimento de bactérias e fungos. Na Medicina, os antibióticos são
utilizados para controlar doenças infecciosas, pois inibem o crescimento de micro-organismos
mesmo em concentrações baixas.
4 – Humano-no-chip
Ao ler o título deste tópico você logo pensou em chips implantados no corpo? Calma! A
tecnologia de humano-no-chip (ou human-on-a-chip em inglês) na verdade é uma plataforma
que pode ser utilizada para o teste de novos medicamentos, substituindo o uso de animais e
buscando reproduzir a complexidade de interações que existem entre os órgãos do corpo
humano.
Essa tecnologia permitirá que a indústria farmacêutica crie remédios e tratamentos mais
seguros, sem precisar recorrer a testes em animais. No Brasil, a tecnologia Human-on-a-chip já
está presente no LNBio em Campinas e integra o portfólio de projetos da Rede Nacional de
Métodos Alternativo ao Uso de Animais (RENAMA).
5 – Impressão de órgãos
Atualmente, a lista de espera para o transplante de órgãos é muito longa, e existem problemas
relacionados à imunossupressão (provocada para evitar problemas de incompatibilidade entre
o doador e o transplantado). Pensando nisso, pesquisadores uniram a medicina, a
biotecnologia e a engenharia e estão desenvolvendo órgãos humanos com o uso de
impressoras 3D.
Nas próximas décadas, com a bioimpressão, órgãos poderão ser desenvolvidos a partir de
células do próprio paciente, evitando o problema de rejeição e encurtando o tempo de espera
para um transplante.
6 – Medicina personalizada
Pensadores e guias espirituais já consideravam há bastante tempo que “cada ser humano é
único”, mas agora a Medicina está enxergando por este lado também. Com o avanço das
técnicas de sequenciamento de DNA, as informações genéticas estão facilmente disponíveis
para os médicos, que vão poder escolher o tratamento/remédio adequado para cada doença
de acordo com as particularidades do genoma do paciente.
Para conhecer mais sobre o assunto, acesse Medicina de Precisão: futuro para os tratamentos
de doenças, um texto do Profissão Biotec escrito por uma especialista da Unicamp.
7 – Terapia gênica
Em 2017 foram aprovadas duas terapias utilizando células imunes geneticamente modificadas
coletadas do próprio paciente (terapia CAR T-cell): tisagenlecleucel (Kymriah) — para crianças
e adultos com leucemia avançada, da Novartis; e axicabtagene ciloleucel (Yescarta) — para
pacientes com linfoma difuso de grandes células B, da Kite pharma. Também em 2017, uma
vacina contra câncer, chamada mRNA-4157 entrou na fase I de testes clínicos.
Em relação à técnica de edição gênica CRISPR, que trouxe avanços em diversas áreas de
pesquisas biológicas, dois testes clínicos foram anunciados para avaliar a tecnologia para o
tratamento de câncer. No Brasil, diversos centros já realizam pesquisa com CRISPR, como, por
exemplo, o LNBio em Campinas.
Como vimos, a biotecnologia também está presente no setor farmacêutico, trazendo inovação
em diversos produtos e serviços. Alguns deles, como os biofármacos, antibióticos, biocenoses
e algumas das terapias gênicas, já estão disponíveis para auxiliar no tratamento e diagnóstico
de pacientes.