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Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a

utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas,


moléculas) para obter bens ou assegurar serviços. Saiba as
noções fundamentais com este curso.
Introdução
O conceito de biotecnologia parte do uso de processos biológicos
para a obtenção de bens, que vão de alimentos como, por exemplo,
os que necessitam do processo de fermentação à produção de
medicamentos em geral. A biotecnologia utiliza células vivas e seus
derivados sintéticos como, por exemplo, as enzimas e aminoácidos.
A utilização de diferentes técnicas e procedimentos nos processos
de produção dos produtos integra a funcionalidade da biotecnologia.
Grosso modo podemos dizer que a biotecnologia existe há muito
tempo, desde os tempos antigos, nos processos de fabricação de
queijo, cerveja e demais alimentos que necessitem do processo de
fermentação.
Com o avanço da biotecnologia a as técnicas de genética molecular
contribuíram para a produção de proteínas essenciais ao corpo
humano com, por exemplo, a insulina, hormônios de crescimentos e
para o controle dos sintomas da menopausa. Vale ressaltar a
possibilidade da produção de vacinas com reagentes sintéticos que
não contém material viral como nas vacinas convencionais
A biotecnologia é uma área em franca expansão e tem muito a
contribuir para a sociedade do futuro, as novas descobertas na
área consistirão em um importante material para diversas
aplicações. Uma das áreas mais beneficiadas provavelmente será a
de alimentação, uma vez que os recursos estão cada vez mais
escassos e a população mundial cada vez maior, a manipulação
genética dos alimentos pode ser a saída para evitar cenários de
fome por todo o globo, visto que alimentos transgênicos podem ser
mais nutritivos, mais resistentes a pragas e de maior adaptação em
terrenos pobres em nutrientes do que os convencionais.
História da Biotecnologia
As raízes da biotecnologia moderna remontam à época de Louis
Pasteur, Robert Koch e Gregoe Mendel, já lá vão cem anos. Enquanto
Pasteur e Koch preparavam o terreno para a atual ciência
microbiológica, Mendel foi o primeiro a descrever as leis da herança
genética. Muitos cientistas contribuíram para o avanço destas
áreas. Em última análise, estes avanços levaram à descoberta do
ácido desoxirribonucleico (ADN) no início dos anos cinquenta,
identificado como a matéria prima de toda a genética. Pouco tempo
depois, James Watson e Francis Crick determinaram pela primeira
vez a estrutura do ADN. A descoberta da estrutura do ADN tornou
possível a manipulação direta de características genéticas.
Técnicas de inserção de um gene estranho em bactérias foram
desenvolvidas pela primeira vez no inicio dos anos setenta, por
vários laboratórios em diferentes universidades, incluindo a
Universidade da Califórnia em São Francisco, a Universidade de
Stanford e a Universidade de Harvard. Estes desenvolvimentos
prepararam o terreno para a revolução biotecnológica que se
seguiria.
O primeiro produto da biotecnologia fazia uso da insulina, uma
hormona proteica produzida no pâncreas que o organismo utiliza
para regular a concentração de açúcar (glucose) no sangue. Os
doentes com diabetes perdem a capacidade de produzir insulina e
precisam de uma fonte externa para regular a glucose no sangue.
A insulina foi isolada pela primeira vez a partir do pâncreas de
vacas e porcos, no início dos anos vinte. Esta fonte animal de
insulina provou ser eficaz no tratamento de humanos com diabetes
e foi depressa colocada à disposição dos doentes. No entanto, dado
que a insulina animal não é idêntica à matéria humana, os médicos
preocupavam-se cada vez mais com os efeitos do seu uso
prolongado. Para além disto, como a população de diabéticos
continuava a crescer, aumentava a preocupação com a
disponibilidade de insulina proveniente de fontes animais.
Estes fatores fizeram com que a insulina se tornasse no alvo ideal
de um pequeno grupo de bioquímicos e biólogos moleculares à
procura de aplicações para as novas técnicas de engenharia
genética, para doenças humanas.
Em 1978, uma versão sintética do gene da insulina humana foi
construída e inserida na bactéria , no laboratório de
Herbert Boyer na Universidade da Califórnia em São Francisco. A
insulina é uma proteína e, como todas as proteínas, consiste numa
cadeia de aminoácidos. A ordem dos aminoácidos numa proteína não
é aleatória, pelo contrário, é única a cada proteína específica.
Quando se conhece a sequência dos aminoácidos, pode-se isolar (ou
neste caso, sintetizar quimicamente) a sequência de ADN
correspondente, e introduzi-la nas células bacterianas para fazer a
proteína humana.
Para conseguir este efeito, é primeiramente inserido um pedaço de
ADN estranho num plasmídeo, um pequeno círculo de ADN que serve

humano é então reintroduzido dentro de outra célula bacteriana.


Uma vez dentro da célula, o gene humano dentro do plasmídeo pode
ser lido pelo mecanismo da célula responsável pelo fabrico de
proteínas.
Na época, a abordagem adoptada por Boyer e os seus colegas para
sintetizar um gene era inédita. No entanto, hoje, esta abordagem é
mais comum e outros métodos de isolamento directo ou indirecto
de ADN humano são usados rotineiramente. A insulina humana
recombinante foi desenvolvida pela jovem empresa de Boyer, a
Genentech, em Outubro de 1982, o primeiro produto da biotecnologia
moderna.
Desde esse sucesso inicial, a aplicação da biotecnologia à medicina
humana continua a crescer a um ritmo alucinante.
Biotecnologia e informática
Na bioinformática cada equipe de pesquisadores leva anos para
estudar e conhecer um pedacinho dos quebra-cabeças que é o
código genético e as informações colhidas em diversos centros
científicos espalhados pelo globo são armazenadas em bancos de
dados específicos, como por exemplo o World Bank Schistosoma
Genome Network (rede internacional que compartilha sequências
decifradas de genes do parasita causador da esquistossomose), que
conta com instituições colaboradoras no Brasil, EUA, Inglaterra e
Egito.
Numa área tão especializada como essa, em que o mapeamento de
milhares de sequências é feito para ser usado em outras pesquisas,
é de se esperar certa dificuldade em visualizar a aplicação final dos
resultados, isto é, para que serve juntar as peças. De maneira geral,
a biotecnologia é associada aos polêmicos transgênicos, alimentos e
plantas que têm características modificadas pelo chamado
melhoramento genético.
A alteração artificial de características de plantas e animais pela
biotecnologia aplicada leva vantagem sobre a transferência de
genes de um organismo para outro através da reprodução sexual,
pois esse longo processo natural promove uma combinação
aleatória e, portanto, não é preciso nem previsível, além de limitar o
intercâmbio de características a indivíduos da mesma espécie. É
fato que a transferência para a indústria dos avanços da engenharia
genética, na técnica que permite introduzir em outro organismo o
material genético (DNA) determinante para a síntese de uma
proteína de interesse, tem um pé nas necessidades do mercado.
Na lista de produtos potencialmente comercializáveis figuram a
insulina, hormônios de crescimento, plantas resistentes a insetos
(milho, algodão, batata e soja geneticamente modificados),
tolerantes a herbicidas (milho, eucalipto, soja e cana-de-açúcar),
resistentes a vírus (mamão e batata), alteração da coloração,
fragrância e durabilidade de flores, produção de bactérias para
biodegradação de vazamentos de óleos e lixo tóxico.
Aplicações e tendências da Biotecnologia
Mas a biotecnologia serve apenas para produzir transgênicos, de
olho em oportunidades comerciais? A resposta é não, pois ela pode
ter ampla aplicação na área da saúde, com a terapia gênica, que
possibilita, por meio da manipulação dos genes, corrigir doenças
hereditárias.
A clonagem, que obtém indivíduos geneticamente idênticos,
vislumbra no futuro o fim das filas de espera por doadores a partir
da produção em série de órgãos para transplante. Segundo a
opinião do professor da pós-graduação em Ciências Genômicas e
Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília, no estudo dos
parasitas humanos, Augusto Mello Simões Barbosa, "a
bioinformática irá permitir o descobrimento de novos genes e a
melhor compreensão de sua fisiologia, bem como a possibilidade de
novos alvos para drogas e vacinas; permitirá também entender a
sua evolução e sua relação filogenética com outros organismos; e
ainda gerar ferramentas para detecção molecular do parasita, com
aplicação em diagnóstico e epidemiologia".
Para se ter uma idéia do que se diz aqui só no Brasil ocorrem seis
milhões de casos de esquistossomose por ano, segundo estimativa
da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1998. Moluscos, como
caramujos que vivem em água contaminada por fezes humanas,
transmitem o parasita, que se infiltra através da pele e atinge o
fígado causando hipertensão; o intestino, provocando diarréia; o
baço e o sistema vascular. Pode levar à cirrose, febre e falta de
apetite. O sequenciamento do genoma do Schistossoma mansoni
pode ajudar no desenvolvimento de vacinas e novos métodos de
diagnóstico.
Outra doença, típica de áreas pobres em países tropicais, é a
leptospirose, transmitida pela urina de roedores infectados. Os
pesquisadores do Instituto Butantan, de São Paulo, com a
colaboração da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia, já anunciaram o
sequenciamento do genoma da bactéria causadora da leptospirose
e acenam com a possibilidade de se criar uma forma de imunização
contra a doença.
Biotecnologia industrial - agricultura
Cultura de Tecidos - Uma das áreas mais promissoras na
Biotecnologia é a da cultura de tecidos. É uma área já antiga,
datando dos anos 20, mas que só alcançou progressos razoáveis a

-se introduzir alterações por ação de agentes físicos ou


químicos com maior eficiência do que em plantas inteiras. Assim, as
taxas de alterações podem ser grandemente aumentadas e, a partir
dessas culturas, pode-se conseguir a regeneração de plantas com
características diferentes.
Existe também a possibilidade de fusão de células com
características diferentes, possibilitando ou novos tipos de
combinação, ou combinação de material genético de células
provenientes de espécies muitas vezes diferentes. Uma das
vantagens é que através dessa técnica pode-se gerar um grande
número de material clonado em curto espaço de tempo e em
ambientes reduzidos, sendo ainda indicada para a eliminação de
doenças.
Fixação de Nitrogênio - O nitrogênio, sendo um dos nutrientes
fundamentais para as plantas, participa da composição das
moléculas de proteína e clorofila, além de desempenhar uma função
chave no processo de divisão celular. Assim, uma adequada nutrição
em nitrogênio é fundamental para o crescimento vigoroso das
plantas. Uma das possibilidades de fornecimento de nitrogênio às
plantas é através da fixação biológica, por microrganismos,
utilizando o nitrogênio existente no ar. Esses fixadores de
nitrogênio, denominados inoculantes, podem ser usados em
leguminosas, gramíneas, florestas, ambientes aquáticos, etc.
Controle Biológico de Pragas - São inegáveis os danos que os
insetos/pragas causam à agricultura. A monocultura e o uso
indiscriminado de produtos químicos - defensivos agrícolas -
eliminam os inimigos naturais que existem em culturas
diversificadas, provocando o desequilíbrio ecológico nas áreas de
plantio, gerando condições propícias para o aparecimento de pragas
além de aumentar a sua resistência. Os microrganismos
patogênicos aos insetos/pragas são adequados à redução
específicas, enquanto que os predadores naturais e insetos
benéficos são preservados ou podem se desenvolver, estabelecendo
o equilíbrio natural.
Portanto, os inseticidas microbiológicos são considerados como
uma forma alternativa de controle de pragas.
Entre esses podem ser mencionados:
- fungos - cigarrinha da folha da cana-de-açúcar;
- vírus - granulose da broca da cana-de-açúcar; lagarta da laranja;
- parasitas moscas: broca da cana-de-açúcar;
- vespas: broca da cana-de-açúcar;
- bactérias: toxinas - lagarta do algodão e legumes
- moscas domésticas e bicheiras. moscas azuis e verdes, moscas
das frutas
Sementes - A melhoria da produtividade agrícola pode ser
conseguida mediante o uso de sementes melhoradas geneticamente.
Produtos como a batata , cacau, café, cana-de-açúcar, arroz,
cebola, laranja, milho, soja e tomate tiveram progresso na produção
agrícola nos últimos anos através do melhoramento genético e
seleção de cultivos de maior produtividade e resistência a fatores
ambientais.
Biotecnologia industrial saúde
Antibióticos - Os antibióticos são empregados no combate a
infecções causadas por microrganismos, notadamente bactérias,
tanto no organismo humano como no animal e vegetal.. São usados
também no controle de infecções em determinados processos
fermentativos. Os antibióticos se constituem no grupo de maior
importância econômica, entre os produtos obtidos por fermentação.
Atualmente existem mais de 5.000 tipos diferentes de antibióticos
conhecidos, tendo sido a sua produção grandemente impactada pelo
melhoramento genético dos microrganismos utilizados.
Dentre os produtos industrializados a maior contribuição comercial
provêm das penicilinas e cefalosporinas.
Proteínas reguladoras do metabolismo - A produção dessas
macromoléculas por microrganismos, teve grande impulso com as
pesquisas do DNA recombinante.
Os principais produtos são: insulina humana, interferon, hormônio
de crescimento humano, peptídios neuroativos,, etc. Desses
fármacos, o que se encontra em estágio tecnológico mais avançado
é a insulina, fundamental na regulação do teor de glicose no sangue,
sendo usada na terapia de pacientes com diabetes.
Transformação de esteróides - A cortisona, descoberta no início
da década de 30, e suas propriedades no combate à artrite
reumática, levou à pesquisa do desenvolvimento de muitos
compostos similares, hoje industrializados e comercializados.
Inicialmente, a síntese da cortisona era feita por via química.
Posteriormente, algumas das etapas principais da síntese passaram
a ser realizadas por microrganismos o que proporcionou
substancial barateamento no custo final. Outros produtos como
hidrocortisona, testosterona, albumina humana, gama globulina, e
fator anti - hemofílico estão sendo produzidos e comercializados.
Vacinas - As vacinas representam um importante instrumento no
controle de doenças infecciosas. Muitas doenças podem ser
evitadas pela imunidade induzida como a poliomielite, a varíola e o
sarampo.
As vacinas podem ser de origem viral, bacteriana, protozoária e
mesozoária.
A Biotecnologia, através da técnica do DNA recombinante, tem
envidado esforços no desenvolvimento de novos agentes
imunizantes para influenza tipos A e B, herpes, polio e hepatite A e B,
Vacinas de origem bacteriana, para diversos tipos de meningite, tem
sido produzidas por meio de fermentação, bem como o componente
pertussis da vacina tríplice.
Biocombustíveis
É sabido, com muita clareza, que os combustíveis fósseis, os mais
utilizados no mundo, são finitos e as reservas terrestres só tendem
a diminuir e terminar, sem renovação. Além disso, são
extremamente poluidores e causam sérios desequilíbrios no
ambiente. Os biocombustíveis são materiais biológicos que, quando
em combustão, possuem a capacidade de gerar energia para
realizar trabalhos. É certo que praticamente todo material biológico
gera energia quando é queimado e suas consequências ao ambiente
são menores que dos combustíveis fósseis.
O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool
proveniente da cana de açúcar. Sua principal vantagem é a menor
poluição que causa em comparação aos combustíveis derivados do
petróleo. A cana é um produto completo porque produz açúcar,
álcool e bagaço, que é usado como combustível para geração de
energia elétrica (Termo-geração). Contudo, possui algumas
desvantagens, como o fato de não resolver o problema da
dependência do petróleo. O álcool proveniente da cana-de-açúcar
tem sido o biocombustível número 1 na política brasileira de
incentivo a energias alternativas ao petróleo.
O mais grave durante a implantação do Pro-álcool talvez tenha sido
a necessidade de se utilizar um motor específico que não permite a
utilização alternada entre álcool e gasolina, quando for interessante,
este problema foi contornado com o desenvolvimento da Tecnologia
FLEX. Ainda há a questão ambiental, com o estímulo ao Pró-álcool,
grande área de Mata Atlântica foi substituída por plantações de
cana de açúcar, particularmente no nordeste brasileiro. Isto
acarretou graves problemas climáticos e edáficos, com elevação
das temperaturas e da erodibilidade dos solos.
Tanto que muitos usineiros agora têm preocupação em proteger os
fragmentos que restam e recuperar áreas degradadas. Até porque
atualmente o álcool não está dando o lucro esperado.
É sabido, com muita clareza, que os combustíveis fósseis, os mais
utilizados no mundo, são finitos e as reservas terrestres só tendem
a diminuir e terminar, sem renovação. Além disso, são
extremamente poluidores e causam sérios desequilíbrios no
ambiente. Os biocombustíveis são materiais biológicos que, quando
em combustão, possuem a capacidade de gerar energia para
realizar trabalhos.
É certo que praticamente todo material biológico gera energia
quando é queimado e suas consequências ao ambiente são menores
que dos combustíveis fósseis. O tipo mais difundido de
biocombustível no Brasil é o álcool proveniente da cana de açúcar.
Sua principal vantagem é a menor poluição que causa em
comparação aos combustíveis derivados do petróleo. A cana é um
produto completo porque produz açúcar, álcool e bagaço, que é
usado como combustível para geração de energia elétrica (Termo-
geração).
Contudo, possui algumas desvantagens, como o fato de não resolver
o problema da dependência do petróleo. O álcool proveniente da
cana-de-açúcar tem sido o biocombustível número 1 na política
brasileira de incentivo a energias alternativas ao petróleo. O mais
grave durante a implantação do Pro-álcool talvez tenha sido a
necessidade de se utilizar um motor específico que não permite a
utilização alternada entre álcool e gasolina, quando for interessante,
este problema foi contornado com o desenvolvimento da Tecnologia
FLEX.
Ainda há a questão ambiental, com o estímulo ao Pró-álcool, grande
área de Mata Atlântica foi substituída por plantações de cana de
açúcar, particularmente no nordeste brasileiro. Isto acarretou
graves problemas climáticos e edáficos, com elevação das
temperaturas e da erodibilidade dos solos. Tanto que muitos
usineiros agora têm preocupação em proteger os fragmentos que
restam e recuperar áreas degradadas. Até porque atualmente o
álcool não está dando o lucro esperado.
BIOMASSA
Da biomassa resultam vários combustíveis diretos ou derivados,
desde a lenha tradicionalmente usada para cozinhar, até os
combustíveis líquidos que substituem os derivados do petróleo. Uma
das grandes vantagens da biomassa é a variedade de formas de sua
utilização. Pode-se usar biomassa como combustível na forma de
gases, líquidos ou sólidos. É um material versátil e provavelmente o
único combustível primário que, na forma de álcool ou óleo, pode
substituir a gasolina ou o diesel nos carros e caminhões.
Por sua versatilidade, pode-se escolher o material que seja mais
adequado ao solo, ao clima, e às necessidades sócio-econômicas. O
tempo necessário para a produção desses combustíveis pode variar
de semanas a anos. O Brasil possui características especialmente
adequadas à produção de biomassa para fins energéticos: clima
tropical úmido, terras disponíveis, mão-de-obra rural abundante,
carente de oportunidade de trabalho, e nível industrial tecnológico
compatível.
Comparada às opções energéticas de origem fóssil, a biomassa
possui um clico extremamente curto. Além de pequeno tempo
necessário à sua produção, a fotossíntese, processo produtivo da
biomassa, capta em geral quantidades superiores àquelas dos
gases emitidos na queima para a formação de mais matéria-prima.
Nesse processo, o clico do carbono é de curta duração, limitando-se
à superfície terrestre.
Da biomassa resultam vários combustíveis diretos ou derivados,
desde a lenha tradicionalmente usada para cozinhar, até os
combustíveis líquidos que substituem os derivados do petróleo. Uma
das grandes vantagens da biomassa é a variedade de formas de sua
utilização. Pode-se usar biomassa como combustível na forma de
gases, líquidos ou sólidos. É um material versátil e provavelmente o
único combustível primário que, na forma de álcool ou óleo, pode
substituir a gasolina ou o diesel nos carros e caminhões.
Por sua versatilidade, pode-se escolher o material que seja mais
adequado ao solo, ao clima, e às necessidades sócio-econômicas. O
tempo necessário para a produção desses combustíveis pode variar
de semanas a anos. O Brasil possui características especialmente
adequadas à produção de biomassa para fins energéticos: clima
tropical úmido, terras disponíveis, mão-de-obra rural abundante,
carente de oportunidade de trabalho, e nível industrial tecnológico
compatível.
Comparada às opções energéticas de origem fóssil, a biomassa
possui um clico extremamente curto. Além de pequeno tempo
necessário à sua produção, a fotossíntese, processo produtivo da
biomassa, capta em geral quantidades superiores àquelas dos
gases emitidos na queima para a formação de mais matéria-prima.
Nesse processo, o clico do carbono é de curta duração, limitando-se
à superfície terrestre.
Os combustíveis mais comuns da biomassa são os resíduos
agrícolas, madeira e plantas como a cana-de-açúcar, que são
colhidos com o objetivo de produzir energia. O lixo municipal pode
ser convertido em combustível para o transporte, indústrias e
mesmo residências. Os recursos renováveis representam cerca de
20% do suprimento total de energia no mundo, sendo 14%
proveniente de biomassa e 6% de fonte hídrica.
No Brasil, a proporção da energia total consumida é cerca de 35%
de origem hídrica e 25% de origem em biomassa, significando que
os recursos renováveis suprem algo em torno de 2/3 dos
requisitos energéticos do País. Em condições favoráveis a biomassa
pode contribuir de maneira significante para com a produção de
energia elétrica.
O pesquisador Hall, através de seus trabalhos, estima que com a
recuperação de um terço dos resíduos disponíveis seria possível o
atendimento de 10% do consumo elétrico mundial e que com um
programa de plantio de 100 milhões de hectares de culturas
especialmente para esta atividade seria possível atender 30% do
consumo. A produção de energia elétrica a partir da biomassa,
atualmente, é muito defendida como uma alternativa importante
para países em desenvolvimento e também outros países.
Programas nacionais começaram a ser desenvolvidos visando o
incremento da eficiência de sistemas para a combustão,
gaseificação e pirólise da biomassa.
Segundo pesquisadores, entre os programas nacionais bem
sucedidos no mundo citam-se:, O PROÁLCOOl, Brasil; Aproveitamento
de biogás na China
Bretanha;
Aproveitamento do bagaço de cana nas Ilhas Maurício; Coque
vegetal no Brasil
No Brasil cerca de 30% das necessidades energéticas são supridas
pela biomassa sob a forma de: Lenha para queima direta nas
padarias e cerâmicas Carvão vegetal para redução de ferro gusa
em fornos siderúrgicos e combustível alternativo nas fábricas de
cimento do norte e do nordeste; No sul do país queimam carvão
mineral, álcool etílico ou álcool metílico para fins carburantes e
para indústria química; O bagaço de cana e outros resíduos
combustíveis são utilizados para geração de vapor para produzir
eletricidade, como nas usinas de açúcar e álcool, que não
necessitam de outro combustível, pelo contrário ainda sobra bagaço
para indústria de celulose.
Outra forma de aproveitamento da biomassa é o Biogás que é uma
fonte abundante, não poluidora e barata de energia.
A energia química da biomassa pode ser convertida em calor e daí
em outras formas de energia:
- através da combustão na fase sólida, sempre foi a mais
utilizada
- quando através da pirólise, são produzidos gases e/ou
líquidos combustíveis.
O processo de produção de um gás combustível a partir da biomassa é
composto por três etapas:

- a secagem ou retirada da umidade pode ser feita quando


a madeira é introduzida no gaseificador, aproveitando-se a
temperatura ali existente, contudo a operação com madeira seca é
mais eficiente.
- durante a etapa de pirólise formam-
se gases, vapor de água, vapor de alcatrão e carvão
- é liberada a energia necessária ao processo, pela
combustão parcial dos produtos da pirólise.
Assim, o processo de gaseificação da biomassa, como da madeira,
consiste na sua transformação em um gás combustível, contendo
proporções variáveis de monóxido de carbono, dióxido de carbono,
hidrogênio, metano, vapor de água e alcatrões. Esta composição do
gás combustível depende de diversos fatores, tais como, tipo de
gaseificador, introdução ou não de vapor de água, e principalmente
do conteúdo de umidade da madeira a ser gaseificada.
Vantagens da gaseificação da biomassa:

diminuindo assim a emissão de particulados

necessidade de controle de poluição.

aumenta a produção de hidrogênio e de monóxido de carbono e diminui


a produção de dióxido de carbono.
Conclusões e Resumo

A biotecnologia consiste a manipulação de organismos, célulasou


moléculas biológicas que possam ter aplicações específicas. Esta
tecnologia implica a modificação direta do genoma dos organismos,
pois são introduzidos intencionalmente fragmentos de DNA que
possuem uma determinada função pretendida. Sendo assim, por
meio de engenharia genética, o gene que contém a informação para
síntese de uma determinada proteína pode ser transferido para
outro organismo que então produzirá grandes quantidades dessa
substância.
A biotecnologia pode ser aplicada agricultura, produção de
alimentos, áreas da saúde. Na agricultura e produção de alimentos
são desenvolvidas plantas mais resistentes a pragas e a vírus,
melhorando assim a qualidade e o tempo de duração dos mesmos.
No caso das aplicações ligadas á saúde, refere-se a diagnósticos e
terapêuticas de doenças, amplificando e dirigindo a resposta
imunitária através da imunoterapia, e produção de antibióticos,
asteróides, vitaminas e vacinas.
Tudo isto é feito através da produção de anticorpos, pois por serem
altamente específicos podem ser utilizados para reconhecer
determinados antigénios. Um antigénio possui vários determinantes
antigénios que, ao entrarem no organismo, estimulam diferentes
clones de linfócitos B que dão origem a diferentes tipos
de anticorpos. A estes anticorpos chamam-se policlonais, pois
resultam vários clones dos linfócitos B, e apresentam especificidade
para os determinantes antigénicos de um determinado invasor.
Existem também os anticorpos monoclonais, que são obtidos
através do isolamento de um único linfócito B, que será estimulado
a produzir anticorpos todos iguais e específicos para um só
determinante antigénio. Estes são produzidos em laboratório
através da fusão IN VITRO, de um linfócito B activado com um
mieloma (célula tumoral), daí resulta uma nova célula designada por
hibridoma. Os hibridomas produzem grandes quantidades de
anticorpos para um único determinante antigénico (propriedade
conseguida através dos linfócitos B) e dividem-se indefinidamente
(características de uma célula tumoral).
Em aplicações biomédicas, estes anticorpos servem para, por
exemplo, para testes de gravidez (pois os monoclonais ligam-se á
HCG), diagnóstico de doença como a gonorreia, hepatite, preparação
de soros, tratamentos de cancros e antídotos para veneno.
A biotecnologia permite também a obtenção de produtos com
aplicações terapêuticas, em grandes quantidades e a baixo custo
através de processos de bioconservação. A bioconservação
consiste na transformação de um composto por outro
estruturalmente relacionado. Isto tem a vantagem de obter
produtos que resultam de vias metabólicas complexas em que a
síntese é muito difícil de realizar em IN VITRO ; diminui os processos
de obtenção de produtos, o que é mais económico e rápido; aumenta
o grau de pureza, diminuindo a possibilidade de reações alérgicas.
Alguns dos produtos que se podem obter são antibióticos, para o
tratamento de infeções bacterianas, esteróides, como
contraceptivos, anti-inflamatórios (cortisona), vitaminas, que são
produzidos por alguns fungos e bactérias, vacinas, para a
prevenção de doenças infeciosas e proteínas humanas para o
controlo de diabetes, tratamento para doentes hemofílicos,
estimulação da resposta imunitária (interferão) e tratamento de
atrasos de crescimento.
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