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CEEJA - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ALUNO: JOSÉ ANTONIO DE MEDEIROS

TRABALHO DE BIOLOGIA

Ariquemes – RO, Dezembro de 2022


BIOTECNOLOGIA

A Biotecnologia é um ramo da Biologia que desenvolve tecnologias a partir de


organismos vivos, baseado nos processos biomoleculares e celulares, para criar ou
modificar produtos para desenvolver soluções para toda a sociedade. A biotecnologia é
utilizada há milhares de anos com microrganismos fermentados para fazer pães, bebidas
e queijos, por exemplo.

Uma das aplicações mais relevantes da biotecnologia está relacionada com a área da
medicina. Mas, por se tratar de uma coleção de tecnologias diversas, a biotecnologia é
responsável pela produção de plantas resistentes às doenças, plásticos biodegradáveis,
detergentes mais eficientes, biocombustíveis, processos industriais menos poluentes,
menor necessidade de pesticidas, biorremediação de poluentes e também centenas de
testes de diagnósticos e medicamentos novos.

DNA recombinante

A transição da biotecnologia clássica para a moderna teve início com as descobertas do


monge Gregor Mendel, considerado o pai da genética. O monge cientista, foi o primeiro
a demonstrar a recombinação do DNA (1866) durante a reprodução sexuada, por meio
de seus experimentos envolvendo o cruzamento de ervilhas. Essa descoberta levantou a
hipótese de que haveria transferência de características entre os organismos vivos,
abrindo o caminho para o desenvolvimento de microrganismos e plantas com
características de interesse. Com isso diversas pesquisas relacionadas aos genes foram
intensificadas resultando em grandes marcos que possibilitaram a biotecnologia
moderna.

As técnicas de manipulação do DNA também contribuíram para que houvesse avanços


na medicina. Diversas vacinas foram desenvolvidas por meio de técnicas da
biotecnologia moderna. Inclusive, uma de suas primeiras aplicações se deu na área da
saúde. Ainda em 1982, a insulina passou a ser produzida por microrganismos
transgênicos e disponibilizada para a sociedade. Além disso, medicamentos produzidos
a partir de anticorpos monoclonais (feitos por meio da clonagem de um único linfócito),
hormônios e vacinas (pela recombinação do DNA ou RNA dos agentes causadores de
doenças) são exemplos de como a biotecnologia continua contribuindo na saúde.
CÉLULAS-TRONCO

Células-tronco são tipos de células que podem se diferenciar em células com funções
muito especializadas, constituindo diferentes tipos de tecidos do corpo. Podemos
afirmar que células-tronco são células que têm o potencial de recompor tecidos
danificados e, assim, auxiliar no tratamento de doenças como câncer, Alzheimer,
doenças cardíacas e outras.

Existem três grandes tipos de células-tronco: as embrionárias, as não embrionárias


(adultas) e as induzidas, e são extraídas de tecidos maduros, como o cordão umbilical ou
a medula óssea e apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo, podendo
assim replicarem-se várias vezes, diferentemente de outras células do organismo.

MAPEAMENTO GENÉTICO

Um mapa genético é semelhante a um mapa de uma cidade com informações


específicas como: bairro, rua, casa, etc. É muito importante ter um mapa do genoma
humano, para que possamos conhecer, especificamente, cada segmento de um
cromossomo. Sendo uma representação gráfica das distâncias entre genes e de suas
posições relativas em um cromossomo. O mapeamento genético é um teste que analisa a
sequência do DNA, extraído a partir de uma amostra de sangue ou saliva e trata-se de
um exame que identifica a presença de diversas mutações, importante para identificar
doenças como câncer.

Como vimos, o DNA é um composto orgânico


cujas moléculas carregam as informações que
coordenam o desenvolvimento e funcionamento do
organismo. Todas as células do corpo humano
contêm moléculas de DNA. Essas bases ficam
organizadas em sequências de DNA dispostas em
duas grandes “fitas” que se entrelaçam, sendo uma
delas herdada da mãe, e outra do pai.

São justamente essas sequências estudadas durante o mapeamento genético, permitindo


a identificação de mutações que predispõem o indivíduo à diversas doenças, como o
câncer.
FERMENTAÇÃO

Conforme apontado, a biotecnologia tem usos milenares, sendo a produção de alimentos


a sua primeira descoberta. Desde os tempos mais longínquos, o homem utilizou
microorganismos para preparar bebidas, alimentos e vestimentas, muito antes que a
existência deles tivesse sido reconhecida ou estudada.

Fermentação é um termo que deriva do latim fervere (ferver), decorrente do


aparecimento de bolhas ocasionado pela produção de dióxido de carbono resultante da
ação de leveduras ou bactérias sobre o material orgânico. Microorganismos diferentes
correspondem a fermentações diferentes. Como as fermentações alcóolica, lática e
acética.

Pela fermentação, os alimentos tornam-se mais


nutritivos, aumentam a digestabilidade e a
palatabilidade, além de serem mais seguros ou
adquirirem um odor melhor. A fermentação é um
processo de preservação relativamente eficiente,
de baixa energia, que aumenta a vida do produto
e reduz a necessidade de refrigeração ou outras
operações de energia intensiva para a
preservação dos alimentos.

TRANSGENIA

Transgenia é a ciência que realiza alteração genética em organismos vivos. Transgênico


é um organismo vivo modificado geneticamente.

Na transgenia é feita a retirada de genes específicos de uma ser vivo e inserido em


outro, que pode ser de uma espécie diferente. O objetivo dessa técnica é inserir
características consideradas algum tipo de benefício de uma espécie em outra, uma vez
que, em geral, espécies diferentes não se cruzam naturalmente. Já com essa técnica, o
cruzamento entre espécies diferentes é eficaz e estável, o que permite carregar essas
modificações genéticas para as gerações futuras, ou impedir a planta nova de gerar
sementes, por exemplo, e pode gerar benefícios variados para a espécie modificada.
Na agricultura grande parte das commodities (produtos muito comercializados, de
origem primária que servem como matéria-prima) brasileiros e mundiais são
transgênicas. Eles foram modificadas geneticamente com o objetivo crescer em
ambientes diferentes dos naturais, tolerar vários herbicidas, resistir a diferentes espécies
de insetos ou até mesmo para aumentar sua produtividade. São exemplos de
commodities, que em sua maioria. São transgênicos: a soja, o milho, o algodão e a
canola.

Os produtos transgênicos estão no mercado há mais de 20 anos, e não há estudos que


comprovem efeitos maléficos à saúde. No entanto, um contraponto sobre a Transgenia é
que, como esse processo é relativamente recente, pode não haver conhecimento
suficiente para possíveis efeitos da modificação genética a longo prazo, implicando em
danos à saúde humana, como alergias causadas pelo consumo de algo não encontrado
dessa forma na natureza.

CLONAGEM

A clonagem é um processo artificial pautado na reprodução de cópias genéticas de


determinados seres vivos através de um filamento de DNA. Neste caso, ao invés de
utilizar os gametas sexuais masculinos (espermatozoides) e feminino (óvulos) a
reprodução é realizada usando as células somáticas. Isso significa que é retirado o
núcleo da célula, e coloca-se no lugar uma célula somática.

A primeira clonagem aconteceu em 1996, no Instituto Roslin, na Escócia, por um grupo


de embriologistas liderado pelo doutor Ian Wilmut. Eles criaram o primeiro mamífero
por meio da técnica chamada de “Clonagem Reprodutiva”, uma ovelha que ficou
conhecida como “Dolly”, produzida através de uma célula somática de glândula
mamária de um animal adulto.
Referências:
ALMEIDA, C. P. et al. Biotecnologia na Produção de Alimentos. Universidade de São
Paulo – USP. 2011.
ARAGUAIA, Mariana. "Mapas genéticos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mapas-geneticos.htm. Acesso em 07 de
dezembro de 2022.
FERREIRA, Fabricio Alves. "Biotecnologia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/biotecnologia.htm. Acesso em 07 de dezembro
de 2022.
MINISTÉRIO DA SAÚDE: O que são células tronco?
PORTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Transgênico. São Paulo, 2021.
SANTANA, Elisabeth. Mapeamento Genético, OCONOGENÉTICA, 2022.

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