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Centro Educacional Moranguinho

Disciplina: Biologia.

Professora: Djane Novaes.

Acadêmico(a): Natielen Silva de Campos

FICHAMENTO - biotecnologia

Biotecnologia

TÍTULO:

Biotecnologia, transgênico, células tronco, Clonagem reprodutiva, Clonagem


terapêutica, bioética.
PALAVRAS- CHAVE:

1. O que é a biotecnologia:
Biotecnologia é uma área da ciência voltada à utilização de
sistemas e organismos vivos na criação e melhoria de técnicas e produtos.

A biotecnologia engloba ciências biológicas básicas (como biologia


molecular, embriologia, genética, etc.), ciências aplicadas (como imunologia
e bioquímica), além de áreas tecnológicas como informática e robótica.

Os métodos biotecnológicos abrangem diversos procedimentos de


modificação de organismos vivos, desde os mais simples como a
domesticação de animais e o cultivo de plantas, até os processos de
aperfeiçoamento como seleção artificial e hibridização. Além disso, os
métodos mais modernos envolvem a utilização de engenharia genética e a
cultura de células e tecidos. A integração entre as diferentes áreas da
RESUMO
biologia com as técnicas mencionadas acima dá origem à biotecnologia,
cujas aplicações ocorrem em diversos setores.
4. O que é transgênico?

Organismos geneticamente modificados (OGM) são, segundo definição do Ministério da Agricultura, todo e
qualquer organismo que teve seu material genético (DNA) modificado por meio de técnicas aplicadas pela
engenharia genética, em laboratórios. Já o transgênico é um organismo que contém um ou mais genes
transferidos artificialmente de outra espécie. Portanto, dentro dos OGM existe o grupo transgênico, esses
termos são frequentemente confundidos, para saber mais acesse a matéria

Quais as diferenças entre organismos geneticamente modificados e transgênicos?

Os OGM mais famosos entre a população são os alimentos transgênicos que tem como objetivo principal
selecionar plantas e animais mais resistentes a doenças, pragas, agrotóxicos e mudanças climáticas, e
que sejam também mais nutritivos e produtivos. O milho e a soja estão entre os alimentos transgênicos
mais consumidos no mundo. Há ainda o algodão geneticamente modificado, que é amplamente produzido
em agriculturas de todo o mundo. O salmão transgênico foi o primeiro produto de origem animal a ser
liberado para o consumo humano. Os microrganismos modificados podem ser utilizados para produção de
biocombustíveis, vacinas, fermentação de diversos produtos, controle da poluição, entre outros. A Lei de
Biossegurança, aprovada em 2005, estabelece normas sobre a pesquisa, produção, distribuição e
comercialização de OGM. A promulgação dessa lei ocorreu em contexto de intensa polêmica e debate,
tanto no Brasil quanto no exterior, sobre possíveis danos e riscos à saúde humana e impactos ambientais
que produtos transgênicos podem causar. Em especial, os ambientalistas desejavam a proibição da
comercialização de tais organismos com o código genético modificado.

5. As células tronco:

As células-tronco são células não especializadas que possuem a capacidade de se dividir, originando
células idênticas a ela ou células capazes de formar órgãos e tecidos diversos. Essas células são
classificadas segundo critérios que envolvem sua origem, capacidade de renovação e conversão em tipos
celulares diferentes. A células tronco totipotentes são aquelas derivadas do zigoto e possuem potencial de
produzir um organismo completo. As células tronco pluripotentes ou embrionárias, são derivadas da massa
interna do blastocisto e produzem todos os tecidos do organismo. E finalmente as células tronco
multipotentes ou adultas, tem sua origem os diversos tecidos do corpo e produzem os tecidos dos quais se
originam. As células tronco adultas estão envolvidas na manutenção dos tecidos, sendo responsáveis pela
recuperação de órgãos lesionados. Essas células estão presentes na medula espinhal e em outras partes
do corpo como por exemplo: fígado, medula óssea, polpa dentária, músculo esquelético, vasos
sanguíneos, pâncreas, córnea, retina e cérebro. A denominação adulta, habitualmente gera dúvidas a
respeito da origem e capacidade dessas células. As células são consideradas, adultas porque só
produzem as células dos tecidos dos quais se originam, portanto, são mais restritas em sua capacidade de
diferenciação. O termo adulto não está relacionado com a fase de amadurecimento do indivíduo, tanto que
essas células são encontradas em fetos, crianças, jovens e indivíduos adultos.
A clonagem é um mecanismo de propagação realizado por organismos que apresentam
reprodução assexuada, como algumas espécies de bactérias, hidras, entre outras. Na reprodução
assexuada, um único indivíduo origina seus descendentes, ou seja, não há troca de material genético com
outro organismo, assim, todos os descendentes são idênticos ao organismo que os gerou, sendo
chamados de clones.

1. Clonagem reprodutiva

Esse tipo de clonagem objetiva a produção de organismos idênticos ao progenitor. A técnica,


que é chamada de transferência nuclear, consiste basicamente na retirada do núcleo de uma célula adulta
e sua introdução em um óvulo do qual foi retirado o núcleo e, assim, não apresenta mais material genético.
Em seguida, essa célula é transferida para o útero do organismo, que dará continuidade ao
desenvolvimento do embrião. Esse foi o procedimento realizado para a criação da ovelha Dolly. Entretanto,
esse tipo de clonagem apresenta alguns problemas, como a morte precoce dos clones e a presença de
anormalidades provocadas possivelmente por falhas na reprogramação do genoma. A clonagem
reprodutiva mostra-se mais eficaz quando realizada por meio da transferência de núcleos de células
embrionárias em vez de núcleos de células adultas. Na clonagem reprodutiva, são produzidos organismos
com as mesmas características de seu progenitor.

2. Clonagem terapêutica:

A clonagem terapêutica é realizada por meio de um procedimento semelhante ao da clonagem


reprodutiva, no qual o DNA de uma célula adulta é retirado e introduzido em um óvulo sem a presença de
material genético. No entanto, diferentemente da clonagem reprodutiva, a célula não é introduzida em um
útero para se desenvolver. Após algumas divisões, as células-tronco (células com grande capacidade de
divisão e diferenciação, podendo, assim, tornar-se outros tipos celulares) são direcionadas para a
formação de tecidos idênticos aos do doador.

A clonagem terapêutica poderia ser utilizada no tratamento de algumas doenças – como


problemas cardíacos, de forma a substituir um tecido cardíaco após um infarto – ou em transplantes. Com
essa técnica, seriam reduzidos os problemas de rejeição, já que o material utilizado no tratamento teria
sido produzido a partir do organismo doente. As células-tronco podem diferenciar-se em outros tipos
celulares. Alguns pontos, todavia, merecem atenção. Se o doente apresenta alguma doença genética, por
exemplo, ele não poderia ser o seu doador, já que a mutação causadora da doença estaria presente em
todas as células. No caso da utilização de células provenientes de outro doador, o receptor poderia
apresentar rejeição, levando o organismo a produzir anticorpos contra essas células.
7. aspectos éticos ligados a biotecnologia

A bioética não é pautada em proibições, limites ou vetos, e muito menos na necessidade imperiosa que
alguns veem de que tudo seja regulamentado, codificado, legalizado. Pelo contrário, baseada no respeito
ao pluralismo moral, para ela, o que vale é o desejo livre, soberano e consciente dos indivíduos e das
sociedades humanas, desde que as decisões não invadam a liberdade e os direitos de outros indivíduos e
outras sociedades.

A bioética está, exatamente, em libertar-se dos paternalismos que se confundem com beneficência.
Historicamente, a humanidade vem carregando o peso do maniqueísmo entre o “certo” e o “errado”, entre
o “bem” e o “mal”, entre o “justo” e o “injusto”. Para a bioética laica, o que é bem, certo ou justo para uma
comunidade moral, não é bem, certo ou justo para outra, já que suas moralidades podem ser diversas.
Desta maneira, ao invés de pautarem-se em proibições, vetos, limitações, normatizações ou mesmo em
mandamentos, ela atua afirmativamente, positivamente. Para ela, portanto, a essência é a liberdade,
porém, com compromisso, com responsabilidade.

A bioética caracteriza-se, assim, por proceder à análise processual dos conflitos a partir de uma ética
minimalista que possa proporcionar - na medida do possível - a mediação e a solução pacífica das
diferenças. Em situações nas quais “estranhos morais” cheguem a posições inconciliáveis no contexto de
temas situados nas últimas fronteiras do diálogo, como o aborto, por exemplo, e em alguns momentos o
tema dos transgênicos, nos quais provavelmente durante um bom tempo ainda se estará trabalhando para
a construção de um consenso universal, as únicas saídas parecem ser o diálogo e a tolerância.

O diálogo exaustivo e a tolerância, exercidos com responsabilidade são assim algumas das categorias
utilizadas pela bioética para possibilitar a construção de convívio pacífico entre indivíduos e coletividades
de visões e posturas morais diferentes.

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