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BIOTECNOLOGIA

Prof. LEONEL

2023
HISTÓRICO
Antes dos anos 1970, o termo biotecnologia era utilizado principalmente
na indústria de processamento de alimentos e na agroindústria. A partir
daquela época, começou a ser usado por instituições científicas do
Ocidente em referência a técnicas de laboratório desenvolvidas em
pesquisa biológica, tais como processos de DNA recombinante ou cultura
de tecidos. Realmente, o termo deveria ser empregado num sentido muito
mais amplo para descrever uma completa gama de métodos, tanto antigos
quanto modernos, usados para manipular organismos visando atender às
exigências humanas. Assim, o termo pode também ser definido como, "a
aplicação de conhecimento nativo e/ou científico para o gerenciamento de
(partes de) micro-organismos, ou de células e tecidos de organismos
superiores, de forma que estes forneçam bens e serviços para uso dos
seres humanos.
BIOTECNOLOGIA

No início da década de 80, a partir da clássica e já


tão conhecida sentença dada pela Suprema Corte
dos Estados Unidos para Chakrabarty,
concedendo patente para uma bactéria que
continha segmentos de DNA estranhos a ela,
abriram-se as portas ao que hoje se conhece por

BIOTECNOLOGIA.
CASO CHAKRABARTY
Engenheira genética Ananda M Chakrabarty, trabalhando para a General Electric,
desenvolveu uma bactéria Pseudomonas, capazes de quebrar o petróleo bruto,
que ele propôs o uso no tratamento de derrames de petróleo. Ela solicitou uma
patente para a bactéria nos Estados Unidos, mas foi recusado por um examinador
de patentes, porque a lei ditava que as coisas vivas não eram patenteáveis.

O Conselho de Apelações de Patentes e Interferências concordou com a decisão


original, no entanto, o Tribunal dos Estados Unidos das Alfândegas e Recurso de
Patentes, revogou o caso em favor Chakrabarty, escrevendo que "o fato de que
micro-organismos estão vivos é sem significado legal para fins de lei de patentes.
" Sidney A. Diamond, Comissário de Patentes e Marcas Registradas, recorreu ao
Tribunal Supremo.

O caso do Supremo Tribunal foi argumentado em 17 de março de 1980 e decidiu,


em 16 de junho de 1980.
Biotecnologia é o conjunto de
conhecimentos que permite a utilização
de agentes biológicos (organismos,
células, organelas, moléculas) para
obter bens ou assegurar serviços

A biotecnologia também utiliza o DNA em


técnicas de DNA recombinante.

Produtos de origem biotecnológica, por setor:

Setores Bens e Serviços


Agricultura ......................... Adubo composto, pesticidas, silagem, mudas
de plantas ou de árvores, plantas com propriedades novas.

Alimentação ...................... Pães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular


aditivos, etc.

Ind. Química ...................... Butanol, acetona, glicerol, ácidos orgânicos, enzimas.

Eletrônica ......................... Biosensores

Energia ............................ Etanol, biogás

Meio Ambiente ................ Recuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da


água etc.
Pecuária ........................... Embriões
Saúde ............................. Antibióticos, hormônios e outros medicamentos, vacinas,
reagentes e testes de diagnóstico, etc.
Biotecnologia

Hoje no Brasil, mais de 300 empresas são


consideradas especializadas em biotecnologia,
estando os pólos incubadores localizados
próximos a Centros de Pesquisa. No Rio de
Janeiro (UFRJ), em Minas Gerais (Fundação
BioMinas e UFMG), em São Paulo (USP, IAC,
Unicamp, UFSCAR), Brasília (Embrapa e UNB) e
no Rio Grande do Sul (UFRGS e Ulbra).
Cerca de 25% das empresas identificadas
pela Fundação BioMinas atuando em
Biotecnologia, estão voltadas diretamente
ao agro-negócio contra 24% diretamente
voltadas para a saúde humana.
No que se refere a Agroindústria, as
oportunidades abertas pela biotecnologia
vão desde a aceleração do processo de
obtenção de novas variedades até a criação
de meios para melhor explorar a
biodiversidade do País.
As novas sementes, por exemplo, podem
receber inovações tais como, a introdução
de características desejáveis por meio do
uso de marcadores, a tolerância a
herbicidas, a resistência a pragas, o
enriquecimento protéico do alimento.
No setor da saúde nas plantas, o
desenvolvimento de “kits-diagnósticos”
para a identificação de doenças vem
permitindo manter a competitividade
brasileira no exterior.
Vale lembrar que o Brasil deu uma importante
contribuição ao Projeto Genoma Humano
Internacional, produzindo mais de 1 milhão de
fragmentos de genes humanos e colocando o
Brasil como o segundo País que mais
contribuiu para o Projeto.
VACINA PARA O HPV
(Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

O câncer de colo uterino é o 3º câncer mais


comum em mulheres, no mundo todo.
Anualmente, cerca de 700.000 novos casos são
diagnosticados. Em países desenvolvidos, o
risco de uma mulher desenvolver câncer
cervical durante sua vida, sem nunca ter
participado de um programa de prevenção, é de
cerca de 1%.
Clonagem
A CLONAGEM DE BOVINOS NO BRASIL
(Cenargen / Embrapa)

A EMBRAPA surpreende o mundo e anuncia


que obteve o primeiro nascimento de um
clone bovino, da raça simental, na sua
fazenda experimental de Brasília, no mês de
março de 2001.
Cultura de Tecidos
Plântula de café cv Rubi, crescida in vitro e obtida a partir de gema axilar de uma
outra plântula similar a ela. Assim por diante, outros clones podem ser obtidos.
Plântula de banana obtida “in vitro” e transferida para solo

em casa de vegetação
TÉCNICA DO DNA RECOMBINANTE:

• A Engenharia Genética ou Tecnologia do DNA


Recombinante é um conjunto de técnicas que
permite aos cientistas identificar, isolar e multiplicar
genes de quaisquer organismos. Um exemplo é o
isolamento, extração e o enxerto de gene humano
para a produção de insulina em bactérias da espécie
Escherichia coli. Essas bactérias, contendo o gene
humano, multiplicam-se quando cultivadas em
laboratórios, produzindo insulina, o que atualmente
é realizado em grande escala.
Tecnologia do DNA Recombinante
• É feita pela ligação ou recombinação do material genético de duas
origens diferentes;
• na natureza o material genético já é constantemente recombinado:

Conjugação entre
Durante a fertilização bactérias
Crossing-over
Os primeiros engenheiros genéticos do mundo (humanos)

Nov, 1972
Congresso em
Honolulu - Hawaii
Altas horas da noite...
Stanley N. Cohen
Stanford University Herbert Boyer
University of California em
San Francisco (UCSF)

Especialista em
Pioneiro no enzimas de
estudo com os restrição
plasmídeos
Vetores utilizados em Engenharia Genética:
Plasmídeos
• As bactérias, em particular a Escherichia coli, constituem um dos
principais materiais biológicos empregados na Tecnologia do DNA
Recombinante. Isto se deve a vários fatores:
• - ciclo de vida rápido
• - cultivo de um grande número de indivíduos em um espaço pequeno
• - apresenta menor número de genes em relação aos organismos
superiores
• - divisão celular por fissão binária.
• Além do DNA cromossômico, a célula bacteriana contém pequenas
moléculas de DNA circular denominadas PLASMÍDEOS. Estes mantém
uma existência independente do cromossomo; no entanto, sua
duplicação é sincronizada com a da bactéria, garantindo assim sua
transmissão para as bactérias-filhas.
• Em Engenharia Genética, genes "estranhos" a bactéria podem ser
incorporados aos seus plasmídeos, e assim, tais bactérias passam a
produzir as proteínas que esses genes codificam.
Certos plasmídeos possuem genes responsáveis pela
síntese de enzimas que destroem um antibiótico antes
mesmo que ele faça mal a bactéria.
Os plasmídeos portadores de genes que conferem
resistência a drogas são chamados PLASMÍDEOS R (R
Resistência). Eles possuem também, genes que permitem
sua passagem de uma bactéria para outra (RTF ou Fator de
Transferência de Resistência).
Quando dois ou mais tipos de plasmídeos R estão presentes
em uma mesma bactéria, os genes de um deles pode
passar para o outro. Esse mecanismo faz com que surjam
plasmídeos R muito complexos, portadores de diversos
genes para resistência a diferentes antibióticos.
Essa propriedade de genes para resistência a antibióticos
passarem de uma molécula de DNA para outra fez com que
os cientistas os classificasse de transposons ou genes
saltadores.
TRANSGÊNICOS
Aplicações:

DNA recombinante:
Transgênicos  introdução de genes de uma
espécie em outra espécie diferente
Terapia Gênica  Utilização de genes normais
para substituir genes alterados cuja deficiência
origina diversas doenças.
Tecnologia
Cohen-Boyer

 Experimentos para a seleção, recombinação e transformação de novos


genes em bactérias:

Técnicas até hoje usadas em laboratórios de biologia molecular;


Uma das mais importantes descobertas na pesquisa biomédica;
1978 – “Genentech” primeira empresa de biotecnologia do mundo;
Pioneiros na passagem para uma mentalidade comercial em biologia –
método patenteado e logo em seguida os OGMs;
Em 1980 ficaram multi-milionários;
Insulina:
primeiro hormônio resultante da tecnologia do
DNA recombinante (TRANSGÊNICO)

O controle do diabetes requer injeções regulares dessa proteína, que o


corpo não produz (diabetes Tipo I) ou produz em quantidade insuficiente
(Tipo II);
Diabetes tipo I - Letal até 1921;
Os seres humanos podem usar a insulina de animais domesticados, de
porcos e vacas, que difere ligeiramente da insulina humana  podem
provocar efeitos adversos nos pacientes e risco de alergias a estas
proteínas;
Insulina  mina de ouro biotecnologica;
1982: a insulina entra no mercado pela Eli Lilly sob licença da Genentech.
Insulina: hormônio que regula os níveis de glicose no sangue por afetar a captação celular de
glicose.;
- O diabetes é resultante de uma produção inadequada de insulina
Estudos mostram que 7,6 milhões de brasileiros têm diabetes. Destes, cerca de 900 mil dependem
exclusivamente do Sistema Único de Saúde para a obtenção de insulina. Dados do governo apontam ainda o
alto índice de mortes causadas pela doença: cerca de 50 mil todos os anos. A doença mata quatro vezes mais
do que a aids e supera o número de vítimas do trânsito no país.
Produção em larga escala de insulina recombinante

Fonte:http://www.biomm.com/pt/
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
• A base da técnica do DNA recombinante é a utilização de
enzimas de restrição. Essas enzimas são capazes de cortar uma
molécula de DNA em locais bem específicos, ou seja, cada tipo
de enzima de restrição reconhece apenas uma certa sequência
de nucleotídeos e efetua o corte somente ao encontrar essa
sequência na molécula de DNA.
• Cada bactéria tem suas próprias enzimas de restrição e cada
enzima reconhece apenas um tipo de sequência,
independentemente da fonte do DNA.
• O esquema a seguir, explica melhor o fenômeno e demonstra a
técnica de se enxertar um pedaço de DNA estranho (gene) num
plasmídeo bacteriano. O gene a ser enxertado pode ser obtido
de animal, de planta ou ser preparado em laboratório. Repare
que tanto o plasmídeo quanto o pedaço de DNA a ser enxertado
têm que ser submetidos à mesma enzima de restrição, que os
cortará em regiões com a mesma sequência, de forma a
aparecerem extremidades soltas complementares que possam
se soldar. O resultado é o DNA recombinante constituído do
plasmídeo e do gene novo enxertado.
TÉCNICA DO DNA RECOMBINANTE
Ruim para o produtor e para o
consumidor - GREENPEACE
A introdução de transgênicos na natureza expõe nossa
biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do
patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o aumento
dramático no uso de agrotóxicos. Além disso, ela torna a
agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas que
detêm a tecnologia, e põe em risco a saúde de agricultores e
consumidores. O Greenpeace defende um modelo de agricultura
baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize de
produtos tóxicos, por entender que só assim teremos agricultura
para sempre.
Brasil é o 2º país que mais cultiva
transgênicos, diz relatório

País foi o que registrou maior aumento em


área de transgênicos em 2015. Cultivo com
sementes geneticamente modificadas saltou
5%.
Após 20 anos de cultivos no mundo (os primeiros plantios
ocorreram em 1996), os transgênicos se consolidaram como a
tecnologia agrícola mais rapidamente adotada na história recente
da agricultura. Adriana Brondani comenta que, no Brasil, já são 17
anos de uso dessa tecnologia. “Ao longo desse período de uso de
organismos geneticamente modificados (OGM), não há um só
estudo científico que tenha concluído que eles causam danos à
saúde humana, animal ou ao meio ambiente”, revela. No País, a
taxa média de adoção para as três culturas GM já disponíveis é de
91%. No caso da soja, 94% da área foi plantada com variedades
transgênicas, para o milho (safras de inverno e verão) a taxa foi de
84%. O destaque de 2015, porém, foi o algodão, cuja adoção saiu
de 66% em 2014 para 73% neste ano.
TRANSGÊNICOS NO BRASIL
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países que
mais cultivam variedades geneticamente modificadas
de grãos e fibras do mundo, perdendo apenas para os
Estados Unidos, segundo relatório do Serviço
Internacional para Aquisição de Aplicações em
Agrobiotecnologia (ISAAA, na sigla em inglês).

Em 2015, os produtores brasileiros cultivaram 44,2


milhões de hectares com soja, milho e algodão
transgênicos, enquanto os Estados Unidos, país líder no
plantio de transgênicos, semearam 70,9 milhões de
hectares.
No Brasil, a intensa adoção dessa tecnologia no campo reflete a
confiança que os produtores depositam nela. Na outra ponta da
cadeia, em 2015, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio) também aprovou um número recorde de novos produtos
aplicáveis à agricultura. Foram 14 plantas transgênicas que
expressam características que irão ajudar os agricultores de soja,
milho e algodão a manejar os desafios da lavoura e obter melhor
rendimento em função da redução de perdas. A diretora-executiva
do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana
Brondani, destaca os fatores que contribuíram para esse
desempenho. “A competitividade do agronegócio brasileiro é
resultado de uma forte sinergia entre as necessidades do campo,
adoção da biotecnologia agrícola e critério científico em avaliações
de biossegurança”, afirma. Entre as aprovações, cabe ressaltar o
primeiro eucalipto transgênico do mundo, liberado
comercialmente em abril do ano passado.
ORGANISMOS TRANSGÊNICOS
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que
tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético.

O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada


característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta
característica.

As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando


o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no
ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-
las ou passá-las adiante.

Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria
exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a
única opção para a compra de grãos não transgênicos.
São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das
indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através
de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.
ORGANISMOS TRANSGÊNICOS
Ainda não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do
consumidor e no meio ambiente e há sérios indícios de que eles sejam prejudiciais. Os próprios
médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas
espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros.

Os transgênicos ainda estão proibidos no Brasil e o tema ganha dimensão nacional e


interesse popular graças às ações das ONGs.

Queremos que antes que se tome uma decisão sobre o cultivo, a comercialização e o consumo
de transgênicos no Brasil, sejam feitas pesquisas por instituições científicas de comprovada
competência e independência, que assegurem que os transgênicos não são prejudiciais à
saúde e ao meio ambiente.

Ao mesmo tempo, queremos que sejam realizadas pesquisas e que haja incentivos para
desenvolver a agroecologia - uma agricultura que respeite o meio ambiente e leve em
consideração as condições sociais do setor.
TRANSGÊNICOS NO MUNDO
Os Estados Unidos liberaram o cultivo e a comercialização de milho, soja,
algodão e outras plantas transgênicas em meados da década de 1990, e cerca
de um terço de sua atual produção de grãos utiliza essas sementes.

Em 2001, um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que


os alimentos transgênicos aprovados para comercialização não fazem mal à
saúde e contribuem para melhorar as condições ambientais ao reduzir, na
maioria dos cultivos, o volume de pesticidas empregados na agricultura - essa
posição passou a ser apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em
maio de 2004. Argentina, Índia, China, Ucrânia, Canadá e outros países
também liberaram seu cultivo e comercialização, mas a maior aceitação
desses produtos no Brasil só se concretizou em 2003, quando o Reino Unido e
outros países da União Europeia divulgaram estudos comprovando a
segurança ambiental e alimentar de algumas plantas transgênicas.
CONTINUAÇÃO

E importante ressaltar, entretanto, que não se pode


generalizar esse tipo de estudo. O cultivo de plantas
transgênicas é pesquisado e liberado caso a caso. Saber que
atualmente o algodão ou o milho transgênicos não oferecem
riscos ao meio ambiente e à saúde das pessoas são significa
que outros tipos de OGMs sejam igualmente seguros. Além
disso, técnicas de pesquisa mais refinadas, que estão em
contínuo desenvolvimento, podem revelar, no futuro, que o
que hoje se considera seguro na verdade não o é.
Benefícios dos transgênicos
•Economia: são conseguidas variedades de cultivos mais resistentes
às adversidades (pragas, seca, geadas, etc.), garantindo a produção.
Conservação: ao obter cultivos mais resistentes, são reduzidas as
intervenções na terra, evitando seu desgaste e o uso de agrotóxicos.

•Saúde: podem ser produzidos alimentos com melhores


características nutricionais do que as das espécies naturais.

•Preservação: por meio destas modificações genéticas, pode-se


estender a vida útil do alimento.

•O aumento da produtividade é um dos maiores benefícios


já constatados dos transgênicos
Benefícios dos transgênicos chegam à população

As vantagens do milho resistente a insetos estão aparecendo


muito claramente para os agricultores brasileiros. Basta dizer
que, na última safra de inverno, 19% da área total da cultura já
foram plantadas com variedades Bt, aquelas que foram
geneticamente modificadas para ficar resistentes ao ataque de
lagartas, segundo estimativa da consultoria em agronegócios
Céleres. E a safra 2008/2009 foi apenas a primeira após a
liberação comercial das primeiras sementes Bt. Para a safra de
inverno 2010, cujo plantio já foi iniciado, estima‐se que 53% do
milho produzido no País serão geneticamente modificados. A
rápida adoção reflete os benefícios econômicos e de manejo
dessa cultura para os agricultores.
Mas, em 2010, ficará claro também para os consumidores um
benefício até agora pouco destacado dos milhos Bt. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está estabelecendo
limites máximos de micotoxinas – substâncias tóxicas produzidas
por fungos – em 16 alimentos, inclusive no milho. O que isso tem
a ver com as variedades Bt? Diversos estudos realizados pelo
mundo demonstraram que elas apresentam, naturalmente,
teores 20% mais baixos de micotoxinas.
As micotoxinas são produzidas por fungos que se alimentam do
milho, e que, muitas vezes, se aproveitam dos furos feitos pelos
insetos para adentrar a planta. Como sofre menos ataques de
insetos, o milho Bt fica menos danificado e tem, assim, menor
incidência de fungos.
Alda Lerayer
Spodoptera frugiperda
RISCOS DOS TRANSGÊNICOS
•Saúde: os produtos podem produzir alergias em pessoas suscetíveis e
resistência aos antibióticos usados pelos seres humanos.

•Economia: do ponto de vista comercial, estes produtos são os preferidos


pelos agricultores, gerando uma dependência das empresas
multinacionais que os comercializam.

•Conservação: causam contaminação genética irreversível. O


aparecimento de organismos com maiores aptidões provoca o risco de
extinção nas variedades endêmicas ou silvestres.

•Culturais: as técnicas agrícolas milenares que conviviam de forma


equilibrada com o meio ambiente são alteradas.
TRANGÊNICOS HOJE

Já foram licenciadas no Brasil 11 variedades de milho


geneticamente modificado, 4 de soja, 6 de algodão e 10 vacinas
para uso veterinário. Nenhum problema, não fosse o fato de que
parte da comunidade científica vem denunciando os riscos que os
transgênicos representam à saúde humana e ao meio ambiente.
Confira os argumentos e tire suas próprias conclusões.

Globo News, Quarta, 9/6 às 23:30h 09/06/2010


CRISPER cas-9
Repetições Palindrômicas Curtas
Agrupadas e Regularmente
Interespaçadas
Consiste em pequenas porções do DNA bacteriano compostas por repetições
de nucleotídeos. Cada uma dessas repetições encontra-se adjacente a um
“protoespaçador” (“espaçador de DNA”), que corresponde a uma região não-
codificante inserida no DNA bacteriano após o contato com genomas
invasores provenientes de bacteriófagos ou plasmídeos.

A transcrição do locus CRISPR resulta em pequenos fragmentos de RNA


com capacidade de desempenhar o reconhecimento de um DNA exógeno
específico e atuar como um guia de modo a orientar a nuclease Cas, que irá
promover a clivagem e consequente eliminação do DNA invasor caso este
entre novamente em contato com a bactéria, atuando como importante
mecanismo de defesa contra DNAs invasores
CRISPR cas-9
A CRISPR é uma nova ferramenta de edição de genoma que pode transformar
esse campo da biologia – e um recente estudo feito em embriões humanos
geneticamente modificados pode ajudar a transformar essa promessa em
realidade. Mas cientistas querem mexer com genoma há décadas. Por que
a CRISPR de uma hora para outra se tornou uma grande esperança?

O CRISPR permite que cientistas modifiquem genomas com uma precisão nunca
antes atingida, além de eficiência e flexibilidade. Os últimos anos foram cheios
de conquistas para a CRISPR, que criou macacos com mutações programadas e
também evitou a infecção do HIV em células humanas.

Chineses já aplicaram a técnica em embriões humanos, o que dá uma dica dos


potenciais da CRISPR para curar qualquer doença genética. E sim, isso pode nos
levar à era do design de bebês (no entanto, como os resultados desse estudo nos
mostram, ainda estamos longe de conseguir levar essa tecnologia para a
medicina).
Imunidade bacteriana
Imunidade bacteriana
Jennifer Doudna
FIM
Controle biológico de pragas e doenças

O controle biológico consiste na redução das populações de


organismos que atacam florestas, plantas e diferentes culturas.
Envolve a exploração, criação e colonização de inimigos naturais,
como, por exemplo, insetos, ácaros e patógenos (fungos, bactérias
e vírus) das diversas pragas e doenças, e a sua liberação em
lavouras atacadas.

Segundo o pesquisador, existem catalogadas no mundo, cerca de


250 espécies de agentes naturais para uso no controle biológico.
No Brasil, de acordo com o especialista, 107 produtos de controle
biológico já estão registrados.
Mudando o modelo

Estima-se que nas regiões tropicais, as perdas na agricultura, devido ao


ataque de pragas e incidência de doenças atinjam cerca de US$ 12
bilhões anuais. Entretanto, segundo o professor, a agricultura brasileira
tem, tradicionalmente, uma cultura de combate a pragas e doenças de
plantas com o uso de agroquímicos. “Nos últimos 12 anos, o consumo
destes produtos no Brasil aumentou 162% em relação”, pontuou.

De acordo com o especialista, a substituição de agroquímicos pelo


controle biológico contribui para a redução de desequilíbrios
biológicos pela eliminação de inimigos naturais, além de ter impacto
sobre a qualidade do solo, da água e dos alimentos, devido à redução
ou eliminação de resíduos tóxicos. “Temos o desafio de criarmos um
modelo de controle biológico para o clima tropical, integrando-o com
o uso de agroquímicos”.
Controle Biológico

http://www.futura-sciences.com/fr/comprendre/dossiers/doc/t/zoologie-1/d.
Modo de ação
Plantas Bt

Graf J mBio 2011; doi:10.1128/mBio.00161-11

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