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EAD

Alimentos Transgênicos,
Transplantes e
Doação de Órgãos
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1. OBJETIVOS
• Estudar a temática sobre os alimentos transgênicos, ana-
lisando os prós e os contras do seu uso.
• Analisar os impactos dos alimentos transgênicos sobre a
saúde humana e o meio ambiente.
• Compreender o tema referente aos transplantes e à sua
importância para salvar vidas humanas.

2. CONTEÚDOS
• Conceituação, argumentos favoráveis e contrários ao uso
dos transgênicos.
• Impactos sobre a saúde humana e o meio ambiente.
• Em que consistem o transplante e a doação de órgãos.
• Dimensões dos transplantes e os seus desdobramentos:
quem pode doar ou não.
• Necessidade de combater o mercado de órgãos.
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3. ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE


1) Ao final da 2ª Guerra Mundial, o Tribunal Militar Inter-
nacional processou criminosos de guerra nazistas, in-
cluindo médicos que haviam realizado experimentos em
prisioneiros nos campos de concentração. A decisão do
tribunal incluiu o que agora é chamado de Código de
Nuremberg, uma declaração contendo 10 pontos, que
resumem aquilo que seria permitido em experimentos
médicos com participantes humanos.
A Declaração de Helsinque foi publicada pela primeira
vez pela World Medical Association (Associação Médica
Mundial) em 1964. É regularmente citada como referên-
cia na maioria das diretrizes nacionais e internacionais,
e é considerada por muitos como sendo o primeiro pa-
drão internacional de pesquisa biomédica. No centro
da declaração está a afirmação de que ‘o bem-estar do
ser humano deve ter prioridade sobre os interesses da
ciência e da sociedade’. Também fornece atenção espe-
cial à importância do consentimento livre e esclarecido
por escrito (Disponível em: <http://www.fhi.org/sp/RH/
Training/trainmat/ethicscurr/RETCCRPo/ss/Contents/
SectionVI/b6sl69.htm>. Acesso em: 27 maio 2009).

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, você estudou temas atuais da Bioética
como a eutanásia e a clonagem.
Agora, nesta última unidade, você terá a oportunidade de
estudar os alimentos transgênicos, os transplantes e a doação de
órgãos.
Então, vamos lá!
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5. CONCEITUAÇÃO DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS


O debate sobre os alimentos transgênicos traz à tona alguns
problemas cruciais de ética com relação à saúde da população, os
quais precisam ser enfrentados com toda a clareza e lisura.
Em nosso país, foi promulgada, em 24 de março de 2005, a
Lei n. 11.105, que trata dos Organismos Geneticamente Modifica-
dos (OGMs), sendo criada, assim, a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTBio).
Não somente no Brasil, mas no mundo inteiro, há muitas in-
definições e desconhecimentos acerca da aplicação e do resultado
no cultivo das plantas, bem como na criação de animais que po-
dem trazer benefícios e riscos.

Quais são os benefícios e quais são os riscos?


Como toda novidade passa por improvisações, em um pri-
meiro momento, no Brasil, permitiu-se tudo em relação ao uso de
transgênicos. Depois, vieram as pressões internacionais e, então,
começou-se a proibir tudo.
Nos meios acadêmicos e, também, na mídia em geral, o que
se percebe é um desencontro total de concepções entre cientistas,
políticos, economistas e agentes de mercado.
Afinal, devemos ser a favor ou contra o uso de transgêni-
cos? Com que base? Com quais argumentos? Qual a postura ética
a ser adotada diante de tantas interrogações e dúvidas? Essas são
algumas indagações que precisam ser elucidadas, aprofundadas e
respondidas.
O grande desafio da utilização de transgênicos não está re-
lacionado apenas ao clima e ao meio ambiente, mas também ao
seu controle ético-social. Referimo-nos, pois, à adoção de uma éti-
ca que esteja fundamentada na responsabilidade com o futuro da
humanidade, a qual deve orientar a aplicação das pesquisas e das

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descobertas científicas em função da saúde e do bem-estar das


pessoas, e, consequentemente, conhecer quais são os interesses
que estão em jogo.
Podemos definir os produtos transgênicos como organismos
que recebem e incorporam genes de outras espécies.
TRANSGÊNICO é todo o organismo que seja modificado ge-
neticamente, pelas técnicas de engenharia genética.
Em outras palavras, é qualquer organismo em que se tenha
introduzido uma ou mais sequências de DNA (genes) provenientes
de uma outra espécie, ou uma sequência modificada de DNA da
mesma espécie (OPINA TUDO, s./d.).
As manipulações genéticas possíveis consistem na adição,
subtração (destruição), substituição mutagênese, bem como na
desativação ou destruição de genes.
O conceito transgênico foi utilizado em 1982 por Gordon
e Ruddle, época em que foram divulgados, nos EUA, os camun-
dongos gigantes “fabricados” por Palmiter Brinster e Hammer. Em
1983, foi feita a primeira planta transgênica.
A partir daí denominou-se transgene o gene adicional que
passa a integrar o genoma empedeiro, sendo o novo caráter dado
a ele transmitido à descendência, o que significa que a transgêne-
se é germinativa (OPINA TUDO, s./d.).
Na verdade, os resultados da transgenia já tinham sido al-
cançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a téc-
nica do DNA recombinante.
Nesse sentido, para Vogt (2002):
O potencial da biotecnologia é imenso e esta pode ser uma das fer-
ramentas mais poderosas na resolução de problemas, como foi o
caso do primeiro produto surgido em 1982: a insulina humana para
o tratamento de diabetes. A partir daí foram intensificadas as pes-
quisas com plantas e animais transgênicos. Algumas descobertas
importantes precisam ser destacadas: “batatas-vacinas” que evi-
tam doenças como a hepatite B; frutas e vegetais fortalecidos com
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vitaminas C e D; “bananas-vacina” contra doenças infantis; canola


com óleo enriquecido com betacaroteno, o qual é convertido em
vitamina A, são alguns exemplos do potencial de aplicação dessas
técnicas [...].
Os argumentos de que a fome cresce no mundo e de que a produ-
ção tradicional de alimentos não será capaz de atender as necessi-
dades das populações crescentes dos diferentes países do mundo
são frequentemente usados pelos defensores das modificações
transgênicas [...].
As discussões sobre segurança dos alimentos geneticamente mo-
dificados, seus riscos e benefícios ocupam espaço importante no
meio científico, no segmento industrial, nos movimentos sociais e
ecológicos, nos Fóruns Internacionais, nos Tribunais, na imprensa
e, aos poucos, junto à população que, muitas vezes, não tem a ver-
dadeira dimensão de o quanto os produtos transgênicos já fazem
parte do seu cotidiano.

Em sua maioria, os alimentos transgênicos são mais baratos


que os convencionais, mas ainda não se sabe se a diferença de
preço é ocasionada por causa do aumento da produtividade ou se
é para induzir a compra desse tipo de alimento pelo consumidor.

6. ALGUNS ARGUMENTOS FAVORÁVEIS


Pelo fato de o uso dos transgênicos ter uma história muito
recente, ainda é muito complicado estabelecer uma fundamenta-
ção mais convincente e condizente sobre o seu uso.
De qualquer maneira, desde que essa discussão foi iniciada,
os alimentos transgênicos ganharam muitos defensores.
Dessa forma, dentre os principais argumentos a favor desse
tipo de alimento, podemos destacar os seguintes:
a) A produção de alimentos transgênicos em larga escala beneficia
o consumo humano, pois é menos onerosa e isso a tornaria mais
acessível a toda a população.
b) A manipulação genética de plantas é relativamente simples e fácil,
pois a partir de uma única célula se pode obter outra planta (AMABIS).
c) As propriedades dos genes bacterianos de resistência a pragas na
lavoura seriam transportadas para as plantas transgênicas, com o
mesmo efeito, e isso viria a baratear o custo dos alimentos.

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d) Uma das esperanças dos cientistas, diz Amabis, é a de que as


variedades produzidas adquiram a capacidade de fixar o nitrogênio
diretamente no ar, como fazem as bactérias e algumas legumino-
sas, e para isso eles consideram que a produção agrícola fica limita-
da justamente pela disponibilidade de nitrogênio no solo.
e) Uma planta com maior teor de nutrientes pode saciar a fome e
trazer benefícios à saúde.
f) A produção de um alimento transgênico permite introduzir, nesse
alimento, elementos que antes não existiam, como o betacaroteno
(da vitamina A), tornando-o mais rico e saudável (BOA SAÚDE, 2009).

7. ALGUNS ARGUMENTOS CONTRÁRIOS AO USO


DOS TRANSGÊNICOS
É importante que ressaltemos, também, os opositores à uti-
lização dos alimentos transgênicos, de forma que podemos men-
cionar os seguintes argumentos:
a) Os transgênicos representam um aumento de riscos para a saú-
de dos consumidores e as multinacionais querem negar o direito
dos consumidores à informação.
b) Não há regulamentos técnicos para a segurança no uso de pro-
dutos transgênicos, e estes tendem a provocar a perda da diversi-
dade genética na agricultura.
c) A erosão genética ameaça o futuro da agricultura e os transgê-
nicos tornam a agricultura cada vez mais arriscada, podendo pro-
vocar poluição genética e o surgimento de superpragas, além de
matar insetos benéficos para a agricultura.
d) Os transgênicos podem afetar a vida microbiana no solo e os
impactos dos transgênicos na natureza são irreversíveis.
e) Ninguém quer assumir a responsabilidade pelos riscos dos trans-
gênicos.
f) Umas poucas multinacionais podem monopolizar a produção de
sementes para a agricultura, tornando os agricultores brasileiros e
o Brasil dependentes de seus interesses.
g) As variedades transgênicas não são mais produtivas do que as
convencionais ou muitas das tradicionais.
h) Os transgênicos podem aumentar o desemprego e a exclusão
social no Brasil e representam um risco para a segurança alimentar
dos brasileiros.
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i) Não existem conhecimentos científicos sobre os impactos do uso


de transgênicos no meio ambiente ou na saúde humana para a rea-
lidade brasileira (BOA SAÚDE, 2009).

Há uma ala de defensores do uso de transgênicos que apre-


goam que a engenharia genética poderá produzir alimentos livres
de fertilizantes, e que, para isso, bastaria inocular nas plantas ge-
nes capazes de aumentar a fixação de nitrogênio.
No entanto, uma pergunta paira no ar: quais são as conse-
quências dessa prática no balanceamento de nutrientes no solo?
Essa técnica envolve questões referentes ao equilíbrio ambiental,
ao macro e ao microssistema.
Temos, de um lado, as empresas transnacionais que anun-
ciam os seus produtos como alternativas para melhorar o rendi-
mento da colheita, a diminuição dos custos finais da produção e
a redução da utilização de agrotóxicos; de outro lado, as organi-
zações de defesa do meio ambiente e de defesa dos direitos do
consumidor alertam o público que tais sementes e/ou alimentos
podem ser nocivos à saúde humana e prejudicial ao meio ambien-
te, já tão degradado e destruído.

8. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: IMPACTOS SOBRE A


SAÚDE E O MEIO AMBIENTE
Uma parte significativa de cientistas e pesquisadores argu-
menta que as manipulações genéticas dos Organismos Genetica-
mente Modificados (OGMs) podem causar mutações que modifi-
cariam o funcionamento normal dos genes naturais do organismo,
gerando efeitos colaterais imprevisíveis. O processo não é total-
mente controlado e surpresas indesejáveis poderiam acompanhar
aquelas mudanças ambicionadas.
Alega-se, ainda, que o plantio de transgênicos poderia redu-
zir a biodiversidade, como consequência da maior agressividade
das culturas transgênicas, levando ao desaparecimento de varie-
dades nativas e espécies silvestres.

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Além disso, há críticas, também, no que se refere à possibi-


lidade de eliminação de insetos e de fungos por OGMs, alterados
para a produção de inseticidas e fungicidas, interferindo, assim,
nas populações de insetos benéficos ou predadores e na comuni-
dade de organismos do solo.
Segundo Faria (s/d):
Do ponto de vista da saúde humana, muitos especialistas, tanto
da comunidade científica nacional quanto da internacional, adver-
tem, igualmente, que os alimentos transgênicos não foram ainda
de todo testados e sua segurança, suficientemente comprovada.
Poucos seriam os estudos efetivos referentes a potenciais riscos à
saúde no médio e no longo prazos. Defendem a necessidade de
ensaios toxicológicos e avaliações epidemiológicas mais aprofun-
dadas e conduzidas por períodos mais longos.

A rejeição quanto ao uso dos alimentos transgênicos está bas-


tante presente no mundo inteiro. Quase todos os países da Europa
têm rejeitado os produtos transgênicos. Assim, devido à pressão
de grupos ambientalistas e da própria população, os governos eu-
ropeus proibiram sua comercialização e seu cultivo, de forma que
quase 80% dos europeus não querem consumir esses produtos.
Além dos aspectos ambientais e de saúde humana, há ou-
tros aspectos, como os econômicos e os estratégicos, que preci-
sam ser avaliados: os europeus, por exemplo, mantêm uma posi-
ção de cautela em relação ao consumo de produtos alimentícios
transgênicos.
O Brasil poderia valer-se da preferência de compradores in-
ternacionais por produtos não transgênicos para aumentar as ex-
portações agrícolas e, até mesmo, obter um preço melhor para as
mercadorias, tendo em vista que podemos produzir várias safras
anuais, enquanto a Europa, Japão e América do Norte têm inver-
nos rigorosos e por longo tempo.
Dessa forma, pelo fato de o Brasil ser rico em biodiversidade,
o impacto do uso de sementes transgênicas não pode ser avaliado
com base nos estudos provenientes somente do exterior.
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Por isso, é necessário promover estudos locais, regionais e


nacionais sobre os riscos do meio ambiente. As condições climá-
ticas e ambientais, como país tropical, são totalmente diferentes
daquelas observadas em países de clima temperado.
Segundo dados do Serviço Internacional para a Aquisição de
Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA), em 2002, a área mundial
cultivada com produtos transgênicos atingiu 58 milhões de hecta-
res e os quatro maiores plantadores são:
a) EUA, com 66%.
b) Argentina, com 23%.
c) Canadá, com 6%.
d) China, com 4%, com predomínio da soja, milho, algodão
e canola.
Destacar as contradições e incertezas que englobam os ali-
mentos transgênicos não significa, pois, direcionar o debate a uma
perspectiva ideológica ou apriorística a favor ou contra, sem entrar
no mérito do problema.
As intervenções sobre a genética vegetal e animal devem ser
pensadas e realizadas em função do bem comum para toda a hu-
manidade.
Ao aceitar os benefícios realizados nessas intervenções,
como também em outros, não se pode incorrer em novas formas
de imperialismo e monopolismo econômico, agora de caráter bio-
tecnológico. Há limites reais nas intervenções biotecnológicas,
quando estas podem causar danos ou desastres ecológicos e, até
mesmo, algum tipo de risco para o ser humano, como, por exem-
plo, a transmissão de vírus ou contaminações não controláveis.
A ética da Biologia e da Medicina não pertence somente aos
biólogos e aos médicos; também não pertence aos filósofos, aos
teólogos, aos juristas e aos cientistas políticos e sociais. A ética,
como valor, pertence a todos os cidadãos. A todo instante, o cida-
dão comum pode enfrentar questões de vida e de morte, de doen-

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ças graves e incuráveis, de dúvidas e de desafios que requerem


uma tomada de decisão consciente, crítica e abalizada.
Por essa razão, todos são responsáveis pelo estudo e apro-
fundamento da Bioética e da Biotecnologia. O que acontecerá no
futuro, em termos do uso mais massivo dos produtos transgênicos,
é difícil de prever. Os Comitês, as Comissões, os órgãos de fiscaliza-
ção e supervisão deverão fazer-se presentes e atuarem com lisura
e transparência. Esses grupos serão ainda necessários enquanto a
maioria se omitir e desconhecer os debates que se estão realizan-
do em torno do tema.
O ser humano não é um mero executor passivo de ações e
práticas cotidianas, mas, imbuído de sua liberdade criativa e res-
ponsável, deve assumir o protagonismo na construção de sua his-
tória, da cultura e do próprio conhecimento como ferramenta que
auxilia o seu bem-estar.

9. TRANSPLANTES E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


No decorrer dos estudos que estamos realizando sobre a
Bioética, o problema crucial e mais relevante é o que se relaciona
à vida ou à morte do ser humano, ou seja, quando, de fato, inicia
a vida, qual o significado da existência, quando ocorre a morte e
em que circunstâncias. Como a vida é um valor extremamente va-
lioso, há que se ter todo o cuidado no que se refere ao tema trans-
plantes e doação de órgãos, que pode ser encarado por diferentes
pontos de vista.
Por um lado, é a esperança e a possibilidade concreta de
um órgão doado poder dar continuidade a outra vida, como, por
exemplo, no caso do transplante de coração, de fígado, de rim,
de córnea, entre tantas ou outras hipóteses. Por outro lado, há a
possibilidade de se instaurar um processo de comércio mesquinho
e explorador de órgãos, sobretudo em países ou regiões mais po-
bres e desprovidas de recursos.
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Cotidianamente, a mídia noticia denúncias e matérias alar-


mantes sobre esse assunto, em diversas partes do mundo.
Sabemos que empresas multinacionais e indústrias farma-
cêuticas poderosas investem pesadamente em pesquisas, visando,
exclusivamente, ao lucro e ao enriquecimento fácil, uma vez que
é muito mais fácil realizar testes em um ambiente empobrecido e
necessitado, do que em países onde há normas e legislação, regu-
lamentando as pesquisas biomédicas.

10. RECORDANDO ALGUNS FATOS


Costuma-se dar ênfase às atrocidades praticadas, antiga-
mente, e mais recentemente nos campos de concentração nazista
e, com base no conhecimento por parte do público de fatos explo-
ratórios que ocorrem, começam as reações em cadeia no sentido
de cobrar diretrizes éticas em defesa da dignidade e da vida hu-
mana.
Em 1947, surgiu o Código de Nuremberg; mais tarde, em
1964, elaborou-se a Declaração de Helsinque, que passou a ser
considerada como um marco de referência, passando por inúme-
ras reformulações e atualizações.
O primeiro transplante registrado no Brasil foi realizado em
1954, no qual foram transplantadas as córneas de um paciente.
Com o passar do tempo, a evolução, as técnicas de captação, a re-
moção e o transplante foram aperfeiçoados, assim como os equi-
pamentos cirúrgicos, os Centros de Saúde e os medicamentos para
evitar uma possível rejeição.
A partir de 1980-1990, quase todos os países do mundo, in-
clusive os não desenvolvidos, começaram a criar seus Comitês de
Ética na pesquisa biomédica.
No caso do Brasil, já que nossos estudos são direcionados
prioritariamente para a nossa realidade, em 1996, o Conselho Na-

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cional de Saúde do Ministério da Saúde, por meio da Resolução n.


196, criou a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (CONEP) e uma
rede institucional de 315 Comitês de Ética e Pesquisa, espalhados
em Hospitais, Universidades e em Instituições de Pesquisa pelo
Brasil inteiro.
A Resolução n. 196/96 de 10 de novembro de 1996 contém
os quatro referenciais éticos fundamentais que devem ser obser-
vados em toda a pesquisa que envolver seres humanos, a saber:
III - ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMA-
NOS
As pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigên-
cias éticas e científicas fundamentais.
III. 1 - A eticidade da pesquisa implica em:
a) consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a pro-
teção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (autono-
mia). Neste sentido, a pesquisa envolvendo seres humanos deverá
sempre tratá-lo em sua dignidade, respeitá-lo em sua autonomia e
defendê-lo em sua vulnerabilidade;
b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como poten-
ciais, individuais ou coletivos (beneficência), comprometendo-se
com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos;
c) garantia de que danos previsíveis serão evitados (não maleficên-
cia);
d) relevância social da pesquisa com vantagens significativas para
os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vul-
neráveis, o que garante a igual consideração dos interesses envolvi-
dos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária
(justiça e eqüidade) (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 1996).

A Lei n. 9.434, datada de 1997, regulamentou o uso de par-


tes do corpo humano, tecidos e órgãos de pessoas mortas a serem
destinadas a transplantes ou tratamento após comprovação de
morte encefálica. Inicialmente, a Lei definia a doação resumida e
deveria constar no documento de identidade.
Na época, houve um decréscimo enorme de doadores, dada
a suspeita de que se poderiam cometer muitas arbitrariedades.
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Em 2001, a Lei n. 10.211 descrevia que a doação presumida


foi revogada e o poder de decisão passou a ser da família do pa-
ciente, após certificada a morte encefálica.
A legislação também viabilizou a criação da Associação Bra-
sileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), e, mais tarde, a Alian-
ça Brasileira de Doação de Órgãos e Tecidos (ABDOT) e o Sistema
Nacional de Transplantes, coordenado pelo próprio Ministério da
Saúde.

11. DIMENSÃO SOCIAL DO PROBLEMA DE TRANSͳ


PLANTE
Vejamos algumas questões relacionadas ao grande proble-
ma que é o transplante de órgãos:
• Quantas pessoas, somente no Brasil, aguardam a doação
de um órgão para transplante?
• Quem pode doar um ou mais órgãos para serem trans-
plantados em outro paciente?
• Quais são os requisitos e os cuidados com relação à doa-
ção, retirada dos órgãos, conservação, transporte e reim-
plante?
São essas as questões que analisaremos a seguir.
O Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de
70.000 pessoas aguardam a possibilidade de realizar um trans-
plante de algum tipo de órgão.
Em contrapartida, na prática, há poucos doadores, sobre-
tudo porque não há uma conscientização por parte da sociedade
para esse problema.
Recentemente, o Ministério da Saúde lançou uma campanha
chamada Tempo é vida, com o objetivo de esclarecer e incentivar
mais pessoas a se tornarem doadoras de órgãos.

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Segundo o Dr. José Medina Pestana, presidente da Associa-


ção Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), para que um ór-
gão seja doado, basta, apenas, que a família autorize.
Dessa forma, a doação pode ser autorizada quando se cons-
tata a morte encefálica do paciente.
Segundo o Ministro José Gomes Temporão, o Brasil hoje de-
tém o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos
do mundo, sendo que 95% das intervenções são realizadas no Sis-
tema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o segundo país do mundo
na realização de transplantes. (MATIAS, 2009). Por causa de uma
divulgação mais agressiva e permanente, somente no primeiro se-
mestre de 2008, foram feitos 8.365 transplantes no país, o que
significa um aumento de 15% com relação ao ano passado.
O Novo Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Trans-
plantes, lançado em setembro de 2008, prevê a padronização das
regras da fila de espera em todos os estados do país e o mecanis-
mo para evitar tentativas de fraudes e irregularidades com acom-
panhamento pela internet.
Ainda há filas de, aproximadamente, 35.000 pessoas apenas
para o transplante de rim. Com esse transplante, evitam-se as ses-
sões dolorosas e regulares de hemodiálise.

12. O QUE É NECESSÁRIO PARA A DOAÇÃO DE ÓRͳ


GÃOS?
A primeira atitude a ser tomada por um doador potencial
ou real é conversar com a família e deixar claro o seu desejo. Não
precisa ser por escrito; basta que os familiares, com parentesco de
até segundo grau, autorizem.
A retirada de órgãos ou tecidos somente poderá ser realiza-
da com a comprovação de morte cerebral (encefálica), com base
em dois exames neurológicos, realizados por dois médicos que
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não participem das equipes de captação e de transplante, além de


um exame complementar.
Devemos ressaltar que a morte encefálica é diferente do
coma, no qual as células do cérebro ainda estão vivas, respirando
e alimentando-se, mesmo que estejam com dificuldades ou este-
jam um pouco debilitadas. Assim, embora ainda haja batimentos
cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem
os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas
horas.
É importante, ainda, saber que todo o processo deve ser
acompanhado por um médico de confiança da família do doador.
A doação de órgãos também pode ser feita em vida, por
qualquer pessoa que apresente um bom estado de saúde e seja
compatível. Vejamos algumas exigências necessárias para esse
tipo de doação:
a) ser um cidadão juridicamente capaz;
b) estar em condições de doar órgão ou tecido sem com-
prometer a saúde e as aptidões vitais;
c) apresentar condições adequadas de saúde avaliadas por
um médico que afaste a possibilidade de existir doenças
que comprometam a saúde durante e após a doação;
d) querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o
rim, e não impeça o organismo do doador de continuar
funcionando;
e) ter um receptor com indicação terapêutica indispensá-
vel de transplante;
f) ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de
não parentes, a doação só poderá ser feita com autoriza-
ção judicial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
A Legislação Brasileira também prevê normas para quem
não pode fazer doações em vida. Destacamos algumas delas con-
sideradas mais importantes:

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a) Pacientes portadores de insuficiência orgânica que com-


prometa o funcionamento de órgãos e tecidos doados,
como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar,
pancreática e medular.
b) Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por
transplante, como soropositivos para HIV, doença de
Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais con-
traindicações utilizadas para a doação de sangue e he-
moderivados.
c) Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de
múltiplos órgãos e sistemas.
d) Pessoas com tumores malignos, com exceção daqueles
restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basoce-
lular e câncer de útero, e doenças degenerativas crôni-
cas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Não podemos deixar de destacar um tipo de doação que
também pode ser feito em vida: o de medula óssea, que é um te-
cido líquido que ocupa o interior dos ossos. O transplante é indica-
do em alguns tipos de leucemia e em algumas doenças do sangue.
Logo, qualquer pessoa pode doá-la, desde que tenha idade entre
18 e 55 anos e goze de boa saúde.
Com a escassez de doadores de medula óssea, temos como
outra opção a utilização do sangue do cordão umbilical, que é uma
rica fonte de células-tronco. O cordão reconstitui as células do san-
gue, e, por isso, podem ser transplantadas sem a necessidade de
uma completa semelhança entre o paciente e o doador.
Assim, se, por um lado, o país avança muito com relação aos
transplantes e à doação de órgãos, por outro, ainda há muitos pre-
conceitos e desconfianças, pouca consciência de solidariedade en-
tre os cidadãos comuns e raro conhecimento da importância e da
necessidade de doações.
Nesse sentido, milhares e milhares de pessoa ainda morrem
por falta absoluta de doadores. Além disso, há, também, os pro-
blemas técnicos, como, por exemplo, a inexistência de condições
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médicas no que concerne à retirada de órgãos, o transporte rápido


e seguro e o transplante propriamente dito, que salva vidas e que
dá outra chance para um paciente, muitas vezes, em fase terminal.

Necessidade de combater o mercado de órgãos


Afirmamos diversas vezes no decorrer deste estudo que a
vida é um valor precioso e inestimável, de modo que devemos evi-
tar transformá-la em um simples produto ou mercadoria.
Não é tarefa difícil averiguar em jornais e revistas de circula-
ção nacional anúncios de venda de órgãos.
No caso dos transplantes e doações de órgãos, a demanda
por um órgão é sempre superior do que a oferta. Decorre daí os
abusos, o comércio velado ou explícito, os subterfúgios, os alicia-
mentos e assim por diante.
As organizações internacionais que se referem às medicinas,
à Saúde e, também, aos Direitos Humanos são claramente con-
trárias à compra e à venda de órgãos de pessoas vivas ou após a
morte.
Desse modo, a legislação brasileira, baseada na Lei n.
9.434/97, considera crime o comércio de órgãos e pune tanto
quem vende quanto quem alicia vendedores e recepta órgãos,
com pena de prisão que varia entre 8 e 13 anos.

O controle ético-social dos transgênicos –––––––––––––––––


[...] O grande nó em relação aos transgênicos não está somente na utilização ou
não dessa nova tecnologia, mas no seu controle ético-social. Tal controle deve
acontecer num nível diferente dos planos científico e tecnológico. É bom lembrar
que a ética sobrevive sem a ciência e a técnica, e sua existência não depende
delas. Por sua vez, a ciência e a técnica não podem prescindir da ética, sob
pena de transformarem-se, nas mãos de ideologias e minorias inescrupulosas,
em poderosas armas que ameaçarão o futuro da humanidade. A história, nesse
sentido, apresenta vários exemplos nada edificantes.
Falamos, aqui, da necessidade de uma ética referente à responsabilidade para
com o futuro da humanidade, a qual vai orientar a utilização e a aplicação das
descobertas científicas em função da saúde e do bem-estar das pessoas, ques-
tionar a respeito dos interesses a quem servem, bem como sobre as conseqüên-

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168 © Bioética

cias sociais de sua aplicação. A ciência e a técnica devem ser utilizadas como
instrumentos a serviço da saúde. Nessa perspectiva, é indispensável agregar à
discussão sobre os transgênicos referenciais éticos que direcionem as fronteiras
do progresso da tecnociência, sem, obrigatoriamente negá-lo. “Temos que intro-
duzir um debate, para além dos referenciais éticos da prudência, da tolerância e
da responsabilidade, a questão da equidade e da justiça distributiva dos benefí-
cios.” O grande nó em relação aos transgênicos não está somente na utilização
ou não desta nova tecnologia, mas no seu controle ético-social (PESSINI, 2006,
p. 50).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

13. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS


Sugerimos, neste tópico, que você procure responder às
questões a seguir, que tratam da temática desenvolvida nesta uni-
dade, bem como que as discuta e as comente.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
testar seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder
a essas questões, procure revisar os conteúdos estudados para
sanar suas dúvidas. Este é o momento ideal para você fazer uma
revisão do estudo desta unidade. Lembre-se de que, na Educação
a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma coo-
perativa e colaborativa. Portanto, compartilhe com seus colegas
de curso suas descobertas.
1) Os países europeus e o Japão são os mais exigentes com relação aos ali-
mentos que consomem e a maioria deles exige todas as discriminações dos
produtos nos rótulos e embalagens, de forma detalhada e pormenorizada.
Como atividade prática, propõe-se:
primeiro, que você crie o hábito de ler e prestar atenção sobre a data de vali-
dade dos produtos e mercadorias que você consome, diariamente;
segundo lugar, comece a pesquisar na Internet quais são os produtos transgê-
nicos ou não. E certifique-se da composição de cada produto que você venha
a adquirir.

2) Quanto à doação de órgãos (ainda em vida ou após a morte): converse e


troque ideias com seus familiares, parentes e amigos para averiguar quem
está disposto a autorizar a doação de órgãos e divulgue a ideia da doação,
estimulando as pessoas para essa tarefa importante e profundamente hu-
manitária de partilha e de solidariedade.
© U9 - Alimentos Transgênicos, Transplantes e Doação de Órgãos 169

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Ao concluir a abordagem deste tema, nunca é demais rati-
ficar o significado da vida e do corpo humano como um valor em
si mesmo, ou seja, a vida não tem preço e, por isso, precisa ser
preservada.
A doação de órgãos é uma decisão humanitária louvável, de-
sejável e, especialmente, necessária diante do quadro brasileiro que
descrevemos. Entretanto, é evidente que o problema é mundial.
Por isso, propomos que cada um de nós assuma a sua parcela
de responsabilidade nas escolas, na agenda da mídia, nos partidos
políticos, nas igrejas, nos sindicatos, e, sobretudo, que participe-
mos das políticas públicas nacionais e internacionais, discutindo o
tema para conscientizar as pessoas com relação a uma perspectiva
de partilha, de solidariedade e de ajuda mútua entre todos.
Assim, chegamos ao final do Caderno de Referência de Con-
teúdo Bioética. Esperamos que os conhecimentos adquiridos com
estes estudos tenham contribuído para sua formação.
Nosso estudo encerra-se aqui, mas não o nosso diálogo.
Você, ao optar pela Educação a Distância, tem, além de todos os
seus colegas de curso, o seu tutor para contar. Sempre que neces-
sitar de nossa ajuda, não tenha receio em nos contatar.
Foram muitas atividades, interatividades, horas de leitura e,
com isso, nosso dever, agora, está cumprido. Mais do que isso!
Alguns dos tópicos aprendidos aqui serão levados com você em
sua prática profissional, pois são imprescindíveis à nossa profissão.
A manutenção e atualização diária de seus conhecimentos
sobre a Bioética devem ser preservadas por você.
Para finalizar nosso estudo, perguntamos: você é um doador
potencial ou real? Pense nisso com todo o carinho!
Foi um prazer trabalhar com você!

Claretiano - Centro Universitário


170 © Bioética

15. EͳREFERÊNCIAS
AMBIENTE BRASIL. Home Page. Disponível em: <www.ambientebrasil.com.br>. Acesso
em: 9 ago. 2010.
ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTURA ORGÂNICA. Home Page. Disponível em: <www.aao.org.
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BOA SAÚDE. Alimentos transgênicos. Disponível em: <http://boasaude.uol.com.br/
lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=alimentos&CurrentPage=0&LibDocID=3833>.
Acesso em: 9 ago. 2010.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas
Envolvendo Seres Humanos. Resolução 196/96. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/
bioetica/res19696.htm>. Acesso em: 9 ago. 2010.
FARIA, C. R. S. M. A polêmica dos transgênicos. s./d. Disponível em: <http://www.senado.
gov.br/conleg/artigos/politicasocial/ApolemicadosTransgenicos.pdf>. Acesso em: 9 ago.
2010.
MATIAS, Cristina. Mais de 71 mil pessoas esperam por doações de órgãos no Brasil.
Disponível em:
<http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2008/10/24/ult4477u1068.
jhtm>. Acesso em: 9 ago. 2010.
OPINA TUDO. Transgênicos: riscos para o meio ambiente e para saúde humana. Conceito.
s./d. Disponível em: <http://br.geocities.com/opinatudo/conceito__transgenicos.htm>.
Acesso em: 9 ago. 2010.
TRANSGÊNICOS. Home Page. Disponível em: <http://www.esplar.org.br/publicacoes/
transgenicos.htm>. Acesso em: 9 ago. 2010.
VOGT, Carlos. O alarde dos transgênicos. Disponível em: <http://www.comciencia.br/
reportagens/transgenicos/trans01.htm>. Acesso em: 26 maio 2009.

16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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Universitário São Camilo, 2004.
BERNARD, J. A bioética. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.
BOFF, L. Ética da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
BOREM, A. Escape gênico: os riscos do escape gênico da soja no Brasil. Revista
Biotecnologia, Campinas, ano 2, v. 10, 1999.
CASSIRER, E. Ensaio sobre o homem. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CHIAVACCI, E. Breves lições de bioética. São Paulo: Paulinas, 2004.
CORDEIRO, A. R. Plantas transgênicas: o futuro da agricultura sustentável. História,
Ciência, Saúde. Rio de Janeiro: Manguinhos, 2000. v. 7.
ECHEVERRIA, T. M. Cenários do amanhã: sistemas de produção de soja e os transgênicos.
Campinas: UNICAMP, 2001.
© U9 - Alimentos Transgênicos, Transplantes e Doação de Órgãos 171

GARRAFA, V. Pesquisas em bioética no Brasil de hoje. São Paulo: Gaia, 2006.


LONDRES, F. Transgênicos no Brasil: as verdadeiras conseqüências. São Paulo: Revista
Candeia, 2007.
PESSINI, L. Problemas atuais da bioética. São Paulo: Loyola, 1997.
PESSINI, L.; BARCHIFONTAINE; C. P. (Orgs.). Buscar sentido e plenitude de vida: bioética,
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SOCIEDADE DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO-SOTER. Sustentabilidade da Vida e
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ZANCAN, G. O desafio das plantas geneticamente modificadas. São Paulo: Cadernos de
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ZATZ, M. A biologia molecular contribuindo para a compreensão e a prevenção das
doenças hereditárias. São Paulo: Ciência & Saúde, 2002. v. 7.

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