Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS:
BENEFÍCIOS
2004
São Paulo
Curso de Direito
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS:
BENEFÍCIOS
2004
Banca examinadora:
Professor-Orientador :
Professor-Argüidor:
Professor-Argüidor:
Aos meus queridos pais Edson
e inspiração constantes em
minha vida.
Agradeço a todos aqueles, que
'lado' seja deste tema tão polarizado, para que se possa construir uma
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................10
6. ASPECTOS LEGAIS..............................................................................33
OGM’s...............................................................................................37
INTERNACIONAL ....................................................................................62
12. CONCLUSÃO.......................................................................................69
13.BIBLIOGRAFIA....................................................................................73
14.ANEXOS................................................................................................76
ABREVIATURAS
de outro ser vivo (como uma bactéria ou fungo) para funcionarem como
produtores e cientistas que defendem a nova tecnologia dizem que ela vai
perigoso: ainda não se conhece nem os seus efeitos sobre a saúde humana
1
(Warnock M. A Question of life. Oxford: Blackwell, 1985:XI.)
Eles podem estar chegando a partir da importação de alimentos e
agricultores, foram “literalmente castrados” por causa dos efeitos sobre eles
duas vezes mais rápido do que o normal, escape do cativeiro em que foram
2
Warnock M. A Question of life. Oxford: Blackwell, 1985:XI.
impossível conciliar, através da lei, interesses tão antagônicos quanto o de
ruralistas e ambientalistas.
decorrente de Ação Cautelar impetrada por duas das ONGs que compõem a
pronunciamento que levou mais de oito horas, a juíza relatora Selene Maria
representação.
a) a proteção dos consumidores frente aos riscos para sua saúde e sua
segurança;
qual.
Neste sentido temos Carlos Alberto Bittar3 onde conclui:
3
Carlos Alberto Bittar foi professor na Faculdade de Direito da USP e conselheiro do Instituto dos Advogados de
São Paulo.
brasileiro, cuja legislação específica é tecnologia jurídica das mais
informação ampla, eficaz e veraz, direito este tanto mais necessário quanto
borda e a letra "T" pretas. Nas embalagens em preto e branco, o fundo pode
ser branco.
4. PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE BIOSSEGURANÇA
os OGM’s que está comprando. Além disso, estes OGM’s devem passar
por uma avaliação dos riscos e problemas que a sua introdução no país
milho, por isso pode sofrer danos semelhantes . O Protocolo reconhece que
4
Transformado em Norma Jurídica Autor: Poder Executivo
Ementa: Estabelece normas para o plantio e comercialização da produção de soja da safra de 2004, e dá outras
providências. NOVA EMENTA: Estabelece normas para o plantio e comercialização da produção de soja
geneticamente modificada da safra de 2004, e dá ouras providências. Explicação: Utilizando a soja transgênica
(organismo geneticamente modificado).
Despacho: Publique-se. Submeta-se ao Plenário
5
“Vale lembrar que os riscos desses produtos para a saúde não são maiores do que os apresentados por um novo
alimento convencional”, afirma Flávio Finardi Filho, Ph.D. em Ciência dos Alimentos pela USP.
E a Assessoria Especial do Ministro, Simone Scholze6, afirma
para a sociedade.
6
Simone Scholze explica que há exceções à proibição. ''Em casos autorizados e acompanhados pela CTNBio a
manipulação é permitida'', afirma. A assessora explica que a preocupação do MCT é evitar a comercialização de
embriões. ''A venda decélulas-tronco é proibida também pelo Código Penal'', acrescenta. Jornal do Brasil.
T er ça-
f ei r a, 2 7 de N ovem br o de 2 0 0 1
7
O Brasil ratificou a Convenção da Biodiversidade, e estamos alinhados ao princípio da precaução. E não temos
certeza com relação aos problemas que poderão advir dos organismos geneticamente modificados em relação à nossa
biodiversidade de modo que estamos apenas fazendo aquilo que qualquer pessoa ou qualquer pessoa faria, sendo
cautelosos. Estamos trabalhando pelo licenciamento ambiental. Mas para se ter o licenciamento ambiental para
transgênicos tem um longo dever de casa a ser feito que é o macrozoneamento, por exemplo. É no macrozoneamento
que você vai definir as áreas passíveis de restrição e as áreas que não são passíveis de restrição. Você vai definir os
parâmetros para fazer os estudos de impacto ambiental e a partir daí que você vai poder estar falando, bem, agora nós
já sabemos que do ponto de vista técnico não temos problemas ao meio ambiente, vamos ver agora do ponto de vista
da saúde, vamos verificar agora do ponto de vista dos nossos interesses estratégicos, dos nossos interesses de
mercado. Essa avaliação ela é feita por todos os países. Os países desenvolvidos fazem isso o tempo todo , os países
em desenvolvimento estão aprendendo a fazer. O que convém aos nossos interesses estratégicos? E é isso que o
Brasil está fazendo. Em fevereiro de 2003, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu um adiamento do prazo
da votação dos outros dois juízes, Antônio Ezequiel e João Batista Moreira, para que o governo tenha tempo de rever
sua posição. Se o governo for fiel ao seu próprio programa de governo, deverá ser contra o uso comercial dos
transgênicos sem estudos preliminares. Nesse caso, a AGU poderia até desistir da apelação apresentada pela União -
o que não implicaria, porém, nem suspensão nem extinção do processo, já que a outra parte interessada também
apresentou suas razões de recurso e elas também estão sendo examinadas. "Politicamente, entretanto, é muito
importante que o governo se retire do recurso" Entrevista com a Ministra em 19/02/2004 para NOVAE
www.novae.inf.br
Provisória. De acordo com o jornal Gazeta Mercantil, que publicou o
internacional e renda".
8
jornal Valor Econômico
“A matéria ‘País deve se preparar para produzir transgênicos’ publicada no Valor de 9/12 à pág. A3 mostra claro
apoio à liberação de produtos transgênicos em nosso país, sem no entanto informar as possíveis conseqüências em
termos de perdas de mercado internacional do ‘complexo soja’ e no segmento de carnes. Os nossos grandes
importadores não aceitam transgênicos nem como ração animal, o que prejudicará os interesses de centenas de
milhares de produtores rurais. A UE e China por exemplo, rejeitam os transgênicos. A ‘segregação’ proposta só irá
aumentar custos e reduzirá a excelente competitividade de nossos produtos.·Pode ser coincidência, mas este estudo
corrobora as ‘boas’ intenções do governo americano em defender a ‘ajuda’, para o programa ‘Fome Zero’, em troca
da liberação do plantio e comércio de transgênicos no país. Prosperando essa barganha, os americanos estarão
matando, no mínimo, ‘três coelhos com uma paulada só’. O Brasil perderá a vantagem comparativa do ‘complexo
soja’”, que possui em relação aos EUA e Argentina; pagará royalties eternos às empresas detentoras de patentes
transgênicas; e de quebra, deixará os países importadores sem opção de compra de soja convencional, o que
possibilitará o aumento das exportações norte americanas de soja.Por último, o que se espera do governo Lula é o
cumprimento das propostas defendidas em campanha e que não se deixe levar pelo ‘canto da sereia’ dos oligopólios
internacionais. Os EUA e suas multinacionais são os maiores interessados, pois ganharão sempre, independente do
que acontecer aos mercados de nossos produtos, que vão muito bem (obrigado) e crescido de forma fantástica, o que
pode ser facilmente confirmado pelos resultados obtidos com o setor de agronegócio em nossa balança
comercial.”·Luiz Carlos Balcewicz”,
Diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná
Valor Econômico, 11/12/02.
9
Jornalista da Revista UpDate e ambientalista.
não-transgênicas. Se escolhermos adotá-las, a China, a Europa e o Japão
mercado brasileiro". Este estudo revela que "o milho dos EUA e a canola
de milho dos EUA para a União Européia eram de US$ 305 milhões, em
10
Doutorado em Genética - University of California, Davis/USA, 1992. Mestrado em Agronomia -
UFRGS/RS, 1980. Graduação em Agronomia - Universidade de Passo Fundo/RS, 1977
os dois tipos de plantação no mesmo lugar, mesmo em plantas de
Pense até mesmo em como é feito o transporte: caminhões que viajam com
plantas em todo lugar. Claro, não será no primeiro ano que ocorrerá a
poderá mais. Com o tempo, tudo será contaminado." "E há outro aspecto: o
custo para garantir que o produto é orgânico será pago por quem? Liberar o
que a variedade autorizada contem uma proteína inseticida que ataca a uma
praga que não existe no país, desconhecendo-se os efeitos que pudesse ter
domésticos.
os transgênicos não são a solução para a fome. "O que as pessoas pobres
11
A ActionAid foi fundada na Inglaterra, em 1972, como uma organização não-governamental, sem fins lucrativos e
sem filiação partidária ou religiosa. No início, existiam apenas 88 doadores ingleses para projetos que começavam a
se desenvolver na Índia e no Quênia. Nosso foco era então o de oferecer serviços essenciais às populações pobres,
como educação, por exemplo
Em importante estudo publicado pela Associação Portuguesa de
Association13 (BMA), diz que "o princípio de precaução deve ser aplicado
12
Professor da Faculdade de Direito da UNIVERSIDADE LUSÍADA - Porto
Professor Convidado da Universidade de Paris XII - Paris
Professor Associado da Escola Superior do Ministério Público do Estado do Pará - Belém - Brasil
Presidente da Associação Internacional de Direito do Consumo (1988/1997)
Presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo - Coimbra
Diretor do Centro de Estudos de Direito do Consumo - Coimbra
Diretor do Instituto Lusíada de Direito do Consumo - Porto
Vice-Presidente da Association Européenne de Droit et Economie Pharmaceutiques - Paris (1990/1996)
Secretário - Geral Adjunto da Association Européenne de Droit et Economie Pharmaceutiques - Paris
Diretor Coordenador do Guia do Consumidor - Lisboa
Diretor da Revista do Consumidor - Coimbra
Diretor da Revista Portuguesa de Direito do Consumo - Coimbra
Colaborador Permanente da RTP/Canal 1 (Porto)
Colaborador de 40 Estações de Radiodifusão (Direitos dos Consumidores)
Colaborador de 50 Periódicos Portugueses (Direitos dos Consumidores)
13
A preocupação com a Saúde Pública pode ser observada no relatório da British Medical Association (1999),
quando afirma que a introdução de alimentos transgênicos na Inglaterra é prematura, devido a falta de dados
suficientes que evidenciem a segurança do processo de produção. O G-8 (as sete nações mais ricas e a Rússia)
no desenvolvimento de alimentos geneticamente modificados, já que não
modificados".
transgênico nos EUA, que não são aprovados na Europa, e à rejeição geral
determinou uma investigação das implicações globais dos Alimentos Geneticamente Modificados (AGM), ficando a
OECD (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica) incumbida de apresentar os estudos na
próxima reunião em Tóquio (BBC-News, 21/06/99).
riscos para a saúde. Em junho de 1999, cinco países europeus levantaram
produto transgênico.
14
Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Julho de 2001, relativo a alimentos
geneticamente modificados para a alimentação humana e animal - Jornal Oficial C 304 E, de 30.10.2001]. Diretiva
90/219/CEE do Conselho, de 23 de Abril de 1990, relativa à utilização confinada de microrganismos geneticamente
modificados .Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho sobre os movimentos transfronteiriços
dos organismos geneticamente modificados .
No Japão, desde 1º de abril de 2002 o Governo implementou a
dos EUA, o que fizeram no ano de 2000, e passaram a importar estes grãos
6. ASPECTOS LEGAIS
de 1988.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
genético;
Abastecimento;
caso;
15
1 . Klett, Manfred.O Homem Vem a Ser o que Come? O significado da Agricultura Biodinâmica para a
alimentação do ser humano. Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica. 1999 e Anais da IV Conferência
Brasileira de Agricultura Biodinâmica, Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, 2001.
A Medida Provisória (MP) nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001,
a referida MP.
16
O relator da Lei de Biossegurança, que regulamenta a pesquisa e a comercialização de transgênicos, deputado Aldo
Rebelo (PC do B-SP), vai retirar do projeto a proibição para o armazenamento de embriões humanos nos laboratórios
de pesquisa, sendo mantido apenas o veto à alteração de seu código genético. Outra alteração do texto original é que
os representantes da sociedade civil na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) terão que ter
doutorado em atividades ligadas à ciência. Essa é uma vitória da comunidade científica, que reclamava da
interferência política e de leigos no assunto. Em seu relatório, Rebelo está dando tratamento diferenciado entre
pesquisa e comercialização de OGM’s (Organismos Geneticamente Modificados), o que não acontece no projeto
original do governo. No ano passado o deputado já havia adiantado que, em seu relatório, a CTNBio vai ter parecer
conclusivo no licenciamento de pesquisas com transgênicos. Somente a liberação para a comercialização de OGM’s
terá que passar pelos ministérios. Nesse caso, o parecer da CTNBio só é conclusivo se for negativo. Folha de
S.Paulo, em Brasília. 20/01/2004
17
Face aos debates no Congresso Nacional e à Ação Judicial sobre a rotulagem da soja transgênica aprovada pela
CTNBio, esse assunto também vem sendo discutido pelo grupo interministerial encarregado da elaboração da Portaria
do Ministério da Justiça sobre Rotulagem da Soja Geneticamente Modificada, do qual a CTNBio faz parte como
representante do Ministério da Ciência e Tecnologia. De qualquer forma, o consumidor deverá ter clareza de que se o
produto for disponibilizado para comercialização é porque é seguro. A comercialização de produtos alergênicos ou
tóxicos requer tratamento especial, sejam eles transgênicos ou convencionais. O direito de escolha informada do
consumidor é questão fundamental a ser respeitada.Em dezembro de 1999, foi aberta à consulta pública a proposta de
Portaria Interministerial de Rotulagem de Alimentos Geneticamente Modificados, elaborada por um grupo
interministerial integrado por representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, Agricultura, Saúde e Justiça,
sob coordenação deste último. O prazo de 90 dias foi prorrogado pelo Ministério da Justiça. A proposta de rotulagem
foi baseada na legislação em vigor na União Européia em 1999, com fundamento na presença do DNA ou da proteína
expressa. 0 grupo interministerial volta a se reunir esta semana para examinar as quase 200 proposições resultantes da
consulta pública. Uma vez que se trata de norma especifica com disposições referentes a alimentos ou ingredientes
ou animal que sejam produzidos a partir de OGM’s ou contenham tais
significativo.
que sejam ou contenham OGM’S, além do próprio Código de Defesa do Consumidor, a Portaria Interministerial será
complementar às Portarias 371/97 do Ministério da Agricultura e 42/98 do Ministério da Saúde, que regulamentam a
rotulagem de alimentos embalados.
A Resolução nº 305, de 12 de junho de 2002, do Conselho
18
a) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização confrontando-as com a hipótese de não execução
do projeto, b) identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e
operação da atividade, (c) definir as Áreas Direta e Indiretamente afetadas pelos impactos, e (d) considerar os Planos
e Programas de Governo com jurisdição sobre a área onde será implementada a atividade impactante.Desde modo,
considerando as abrangências das Áreas Direta e Indiretamente a serem afetas, o estudo de impacto ambiental deverá
no mínimo contemplar as seguintes atividades técnicas: (a) o diagnóstico ambiental, (b) o prognóstico das condições
ambientais com a execução do projeto, (c) as medidas ambientais mitigadoras e potencializadoras a serem adotadas e
(d) o programa de acompanhamento e monitoramento ambiental.
A partir do dia 26/02/2004, os alimentos industrializados que
T
O arcabouço legal relativo a OGM’s compreende, ainda,
mencionados anteriormente.
7. POSIÇÃO DO GOVERNO FEDERAL E DA SOCIEDADE
CIVIL
ensino têm, inclusive exercido, forte oposição a uma moratória dos cultivos
manutenção.
geneticamente modificadas.
pela primeira vez, o país exportará volume superior ao dos Estados Unidos.
19
Especialistas, no entanto, argumentam que o País não tem condições técnicas para garantir a segregação, o
armazenamento e a comercialização das duas variedades de grão, sem riscos de contaminação da soja convencional
pela transgênica.
20
O Princípio da Precaução (Princípio 15 da Declaração do Rio de Janeiro, de 1992), consolidado na legislação
ambiental brasileira e nos acordos internacionais sobre Diversidade Biológica e Biossegurança, reza que: “De modo a
proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados (...) Quando
houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como
razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”. Em resumo,
na dúvida, adotam-se medidas preventivas para evitar possíveis danos.
as exportações de soja brasileira foram de US$ 6,1 bilhões, contra US$ 7,1
empresas de biotecnologia.
de Transgênicos” 22, por exemplo, já se mobilizam uma vez mais para pedi
21
Jornal Folha de S. Paulo, 28/02/03.
22
Desse movimento fazem parte as ONGs: AS-PTA, Actionaid Brasil, Esplar, Inesc, Greenpeace, CT-IPÊ e Fase.
mercado interno e defende uma moratória, até que haja uma sólida
regulamentação técnica23.
concorrente ano.
23
Fonte: http://www.idec.org.br/paginas
8. A SOJA TRANSGÊNICA NO BRASIL, A LEI Nº 10.688,
24
Dentre as entidades convidadas destacam-se a Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja), a
Associação Brasileira de Produtores de Sementes (Abrasem), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
25
Processo nº 01200.002402/98-60.
Essa soja recebeu, por meio de técnicas de engenharia genética, o
questão.
riscos ao meio ambiente, tal assertiva somente poderia ser feita após a
26
Íntegra do Comunicado está disponível na página da CTNBio (http://www.ctnbio.gov.br/ctnbio/legis/).
27
A CTNBio emitiu parecer favorável à liberação da soja RR, dispensando a Monsanto do Brasil Ltda. de realizar o
Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), em desacordo com o que determina a Constituição Federal e a legislação
ambiental vigente.
28
Diga-se, de passagem, que grande parte da documentação do Processo nº 01200.002402/98-60
encontra-se em inglês. Constam, ainda, dos autos do processo pareceres de várias instituições, de
entidades de classe e de organizações não-governamentais que questionam os procedimentos da CTNBio,
bem como a falta de transparência e de informações relevantes para a tomada de decisão.
29
O parecer, emitido em 14 de julho de 1998, é assinado pelos membros da Comissão Setorial Específica Ambiental
da CTNBio, Eliana M. G. Fontes (pesquisadora da Embrapa) e Evaldo F. Vilela (págs. 357e 358 do Processo).
planta/ambiente, para respaldar o processo decisório30. A Comissão estaria,
oportunamente comentadas).
30
há qualquer vedação em relação a pesquisa e experimentos de campo.
31
Não
A União e a Monsanto recorreram da decisão. No início de
agosto, pela juíza Selene Maria de Almeida, do próprio TRF. O caso não
está encerrado, pelo menos até que a mesma 5ª Turma julgue o mérito do
recurso.
estudo.
fiscalização.
da empresa.
forma ilegal.
32
Jornal “Valor Econômico”, de 9 de maio de 2003.
Uma das razões alegadas pelas autoridades governamentais para
proibição judicial.
no entanto, para contestar esse argumento. O disposto no art. 5º, que ora
não se aplica à safra de 2004, por força da MP nº 131, explicitava que, para
ambientais pertinentes.
33
Exposição de Motivos nº 38, de 25 de setembro de 2003, da Casa Civil da Presidência da República.
daquele em que foi produzido e a compra de novas sementes da categoria
para o plantio34.
Governo.
de fiscais em número suficiente para a tarefa e avalia que será muito difícil
próximo ano. Aliás, até o momento não foram adotadas quaisquer medidas
34
Outro estudo elaborado por esta Consultora analisa de forma mais aprofundada o alcance e as implicações da
Medida Provisória nº 131, de 25 de setembro de 2003.
(TAC), a ser obrigatoriamente firmado pelos agricultores que plantarem
Paraná.
outubro deste ano, lei estadual que proíbe, até 31 de dezembro de 2006, o
cultivo, a comercialização e a importação de transgênicos. A lei veda,
uma vez.
do Ministério Público.
consumidores.
agrotóxicos.
9. EXIGÊNCIA DE ESTUDOS NACIONAIS .
sementes transgênicas não pode ser avaliado apenas com base em estudos
Canadá, onde há baixa diversidade biológica –, como tem sido a tônica até
o momento.
que se refere aos riscos para o meio ambiente. Estudos e pesquisas feitos
clima temperado, como é o caso dos EUA. Não é possível, portanto, aceitar
naquele país.
pesquisador, “há muitos dados, inclusive do exterior. São nesses dados que
35
A Embrapa, órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mantém acordos, desde
1997, com a Monsanto, e nos últimos anos desenvolveu soja transgênica a partir de genes cujos direitos de patente
pertencem à multinacional.
herbicida) e o monopólio das empresas sementeiras; a pressão para o
patenteamento dos seres vivos; o acesso e uso dos recursos genéticos, dada
BIOSSEGURANÇA
que a Comissão deveria contar, entre seus membros, de notório saber, com
pleito.
aceitáveis pelo bom senso e, salvo melhor juízo, pela práxis científica” 36.
em 7 de maio de 2003.
36
Observe-se que os ensaios referidos foram autorizados antes da liberação comercial, pela CTNBio, da soja
tratava de campo com o objetivo de ‘produção de sementes de cultivares e
era ‘carta marcada’, em junho (1998), que a soja seria liberada (como o foi,
em outubro [1998])?”.
comercial da soja RR, e que até hoje não houve qualquer deliberação por
modificado. Mais uma vez, cabe indagar: essas lavouras não seriam
transgênica.
37
Recorde-se que à época a cultivar ainda não havia sido liberada pela CTNBio.
38
Estudo elaborado em 1999 por José Cordeiro de Araújo, Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados –
“Produtos Transgênicos na Agricultura” – mostrava que até 18 de março de 1999, a CTNBio autorizou a implantação
de 432 lavouras demonstrativas de milho.
sendo mais adotado, desde fevereiro de 1999, conforme comunicado da
NO ÂMBITO INTERNACIONAL
39
Relatório final relativo à PFC nº 34, de 2000, da Câmara dos Deputados.
em 2002, a área mundial cultivada com transgênicos estaria ao redor de 58
área total, seguidos pela Argentina (23%), Canadá (6%) e China (4%).
40
JAMES, C. Global Review of Commercialized Transgene Crops. 2002 (www. issaa.org)
produtos, priorizando a compra de grãos convencionais, em detrimento dos
geneticamente alterados.
2002.
41
Liberação deliberada no ambiente inclui experimentos de campo e comercialização.
comercial seja com outras finalidades42, inclusive de pesquisa – e cobre
e microorganismos.
Diretiva 2001/18/CE:
de OGM’s;
42
Experimentos de campo, uso de microorganismos geneticamente modificados para processos de biorremediação
(tecnologia de utilização de microorganismos na recuperação de áreas contaminadas).
43
O Protocolo de Cartagena (ou Protocolo de Biossegurança), assinado sob a égide da Convenção sobre Diversidade
Biológica, regula o movimento transfronteiriço de OGM’s.
– adoção de plano de monitoramento com a finalidade de detectar e
por OGM’s.
deverão ser revistas à luz das novas exigências introduzidas pela Diretiva
2001/18/CE.
uma “moratória”, dado que nenhum outro alimento que contenha ou seja
constituído por OGM’s foi autorizado, pela União Européia, após outubro
modificados.
Apesar desse entendimento, muitos dos produtos geneticamente
44
A íntegra das diretivas citadas neste estudo está disponível na página da União Européia
(http://www.europa.eu.int/comm/food/fs/gmo/gmo_legi). Acesso em maio de 2003.
45
ADN (DNA, na sigla em inglês) é a substância química constituinte dos genes – material hereditário.
exemplo, biscoitos fabricados com óleo de milho produzido com milho
transgênico.
Pesquisas de opinião em curso nos EUA vêm indicando que grande parte
12. CONCLUSÃO
46
Órgão equivalente ao Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária do Brasil.
47
Esse conceito tem sido alvo de críticas. Para muitos especialistas, seria um critério útil à indústria, mas inaceitável
do ponto de vista do consumidor e da saúde pública. A rigor, em termos de genoma (conjunto de genes) a variedade
modificada não é igual nem equivalente à convencional. Na verdade, um novo gene (transgene) foi introduzido, com
implicações que não seriam ainda de todo conhecidas.
Devemos expor que os três maiores países produtores de soja,
Brasil é o único entre estes que tem plantações, de acordo com dados
aproximadamente, 90%.
frente aos riscos para sua saúde e sua segurança, para a proteção dos
13. BIBLIOGRAFIA
BERTONHA, João Henrique Giometti. Advogado — São Paulo, SP —
23/11/03
1999.
GÖRGEN, Frei Sergio Antonio, ofm; et. al. Risco dos Transgênicos. -
http://www.pt-rs.org.br.
Anexo 2:
AL I ME N T O I N F AN T I L
Colheita es pecial
Ar i s co Amido de milho Ger ber ( N ovar t i s )
papinha
B ar at ei r o Amido de milho Qu aker Mingau de milho
B ig Amido de milho
Mingau de milho
Car r ef ou r Amido de milho
Cr em ogem a
Mingau tr adicional
( U n i l ever )
Milho ver de
E xt r a Amido de milho
Jos apar S upr a s oy (todos os tipos )
Mai z en a
Amido de milho
( U n i l ever )
Ar r ozina mingau
N es t l é S opinhas c/ pedaços
Papinhas c/ pedaços
Papinhas cr emos as
S opinhas cr emos as
Cer eal par a alimentação
infantil
Ninho cr es cimento
Nes togeno
Nan
P ão de
Amido de milho
Açú car
S u ppor t Aptamil (todos os tipos )
F AR I N H AS E GR ÃOS
Mãe T er r a
Mai s Vi t a
pr odu t os S oj a em gr ãos Ex tr ato de s oj a
pr odu t os n at u r ai s
n at u r ai s
Ex tr ato de s oj a Pr oteína tex tur izada
Pr oteína tex tur izada de s oj a S oj a em gr ãos
S algadinho de s oj a Fibr a de s oj a
Flocos de milho D af ap' s Far inha de milho
Far inha de s oj a Fubá
Ar o ( Makr o) Far inha de milho Far ofa pr onta
B ar at ei r o Far inha de milho H i kar i Far ofa pr onta
Canj ica Milho de pipoca
Milho de pipoca Fubá
Far ofa pr onta S êmola de milho
B ig Canj ica Far inha de milho
Mis tur a p/ pão de
Far inha de milho
queij o
Milho de pipoca Qu aker Milhar ina
Polenta ins tantânea Polentina
Car r ef ou r Milho de pipoca
Fubá
Flocos de milho pr é- cozidos
Ch am pi on Milho de pipoca
E xt r a Far inha de milho
Canj ica
Milho de pipoca
Far ofa pr onta
Y oki Polenta pr onta
K imilho
K ipolenta
S êmola de milho
Far inha de milho
Fubá
Far ofa pr onta
Canj ica
Mis tur a p/ bolo
Cur au de milho
Mis tur a p/ pão de queij o
ÓL E OS
Ar o ( Makr o) Óleo de s oj a Cam pes t r e Óleo de s oj a
B ar at ei r o Óleo de s oj a L i z a ( Car gi l l) Óleo de s oj a
B ig Óleo de s oj a Óleo de milho
Car r ef ou r Óleo de s oj a S al ada ( B u n ge) Óleo de milho
Óleo de milho S oya ( B u n ge) Óleo de s oj a
Ch am pi on Óleo de s oj a
Óleo de milho
E xt r a Óleo de s oj a
L eve
Óleo de s oj a
( I MCOP A)
Maz ol a
Óleo de milho
( U n i l ever )
S adi a Óleo de s oj a
E N L AT AD OS
An gl o ( B F ) Almôndegas ao molho
Car ne bovina em cons er va
Fiambr e de car ne bovina
Patês (todos os s abor es )
S als ichas
B ar at ei r o Milho ver de
B on du el l e B r oto de s oj a
B or don ( B F ) Almôndegas ao molho
Car ne bovina em cons er va
Fiambr e de car ne bovina
S als ichas
E xt r a Milho ver de
S u per bom Car ne vegetal
B ife vegetal
S als icha vegetal
S w if t ( B F ) Almôndegas ao molho
K ibife de boi
Viandada car ne cozida
Patê de galinha/car ne/fígado
S als ichas
MOL H OS E CON D I ME N T OS
Ar i s co S azon (todos os
T ar antella molho Aj i n om ot o
( U n i l ever ) s abor es )
Molho pr onto (todos os
Hondas hi temper o
s abor es )
Maiones e Caldo de car ne/galinha
Molho de tomate (todos
Mos tar da Ci r i o
os tipos )
T emper o es pecial E t t i ( P ar m al at ) S als ar etti molho
Caldo de galinha/car ne Mos tar da
Molho de tomate (todos os
Ar o ( Makr o) Molho de s oj a
tipos )
Mos tar da H i kar i Molho de s oj a
Molho de s oj a Mos tar da
L i n gu an ot t o
Molho inglês Pas ta p/ tor r adas
( E F F E M)
Maiones e Óleo de alho
Molho de tomate (todos
B ar at ei r o Molho inglês P ar m al at
os tipos )
Molho de s oj a Molhos pr ontos
Caldo de car ne/ Molho de tomate (todos
P ei x e ( Ci r i o)
galinha/bacon/legumes os tipos )
Molho de tomate (todos os
Molho inglês
tipos )
B ig Maiones e Mos tar da
Molho de tomate (todos os
S an t i s t a ( B u n ge) Maionegg´ s
tipos )
U n cl e B en ' s Molho pr onto (todos os
Molho de s oj a
( E F F E M) s abor es )
Molho de pimenta Molho par a s alada
Molho de tomate (todos os
Car r ef ou r Vi gor Maiones e
tipos )
Maiones e
Molho de s oj a
T emper o completo
Caldo de car ne/
galinha/bacon/legumes
Cer ej a Molho de s oj a
Mis s o mas s a de s oj a
Molho de tomate (todos os
Ch am pi on
tipos )
Maiones e
Molho de s oj a
T emper o completo
Caldo de car ne/
galinha/bacon/legumes
CI CA
Pomar ola molho
( U n i l ever )
Maiones e
Mos tar da
Molho de tomate (todos os
tipos )
E xt r a Molho inglês
Molho de s oj a
Caldo de car ne/
bacon/legumes /galinha
Molho de tomate (todos os
tipos )
Goodl i gh t Molho italiano
H el l m an ' s
Maiones e (todos os s abor es )
( U n i l ever )
Mos tar da
Molho p/ s alada
K n or r Molho de tomate (todos os
( U n i l ever ) tipos )
Molho pr onto (todos os
s abor es )
B r as ileir inho temper o
Refoga temper o
Caldo de car ne/ galinha/peix e
Caldo de bacon/legumes
Mãe T er r a
pr odu t os Mis s o mas s a de s oj a
n at u r ai s
Molho de s oj a
Maggi
Delícias de fr ango
( N es t l é)
Gr ill temper o
Fondor
S abor e temper o
Caldo de
bacon/legumes /camar ão
Caldo de car ne/galinha
T omagic temper o
Molho em pó (todos os
s abor es )
S aku r a Mis s o mas s a de s oj a
Molho de s oj a
S OP AS E P R AT OS P R ON T OS
Ar i s co
S opas H em m er Cr emes
( U n i l ever )
Lámen macar r ão ins tantâneo S opas
Canj ão
S opão
B ig Canj ão
S opão
Cam i l qu as e
Ar r oz Caipir a
pr on t o
Ci r i o Ris oto Pr imaver a
S opas
Caldos
Goodl i gh t Caldos
S opas
Gr eat Val u e S opa Ex pr es s
K n or r
S opão
( U n i l ever )
Canj ão
S opas
Vir ado de feij ão
Rizi s abor es
B r as ileir inho feij ão
T r attor ia pas tas
Maggi
S opão
( N es t l é)
Canj ão
Canj a de galinha
S opas
Rango feij ão
Pr atos r is otos e pas tas
Lámen macar r ão ins tantâneo
Hot Pot - macar r ão
ins tantâneo
Nis s in Cupnoodles
Macar r ão ins tantâneo
Macar r onada ins tantânea
S paghetti ins tantâneo
Qu al i m ax S opa Ex pr es s
S aku r a Mis s os hir o
S an avi t a S opas
S OB R E ME S AS
Ar o ( Makr o) Mis tur a p/ pudim Oet ker Mis tur a p/ pudim/flan
Mis tur a p/ cur au de milho Mis tur a p/ mous s e
B ig Mis tur a p/bolo Mis tur a p/ s or vete
D u côco Mis tur a p/ s obr emes a Mis tur a p/ chantilly
Goodl i gh t Mis tur a p/ bolo Mis tur a p/ bolo
Mis tur a p/pudim H i kar i Mis tur a p/ bolo
K ar o
Cober tur a Qu aker Mis tur a p/ bolo
( U n i l ever )
Mai z en a
Mis tur a p/ bolo R oyal ( K r af t ) Mis tur a p/ pudim
( U n i l ever )
N es t l é Mis tur a p/ pudim S ol ( S an t i s t a) Mis tur a p/ bolo
MAT I N AI S E CE R E AI S
Ar i s co
Mágico achocolatado B r i s t ol e Meyer s Pr o S obee
( U n i l ever )
Ar o ( Makr o) Achocolatado em pó S us tagem
Cer eal matinal (todos
B ar at ei r o Achocolatado K el l og' s
os tipos )
Capuccinos Mococa Nutr iton mingau
Cer eal matinal (todos os
Moc achocolatado
tipos )
Cer eal matinal (todos os
B ig N u t r i f oods Cer ealon mingau
tipos )
Car r ef ou r Cor nflakes Cor n flakes
D u côco Achocolatado em pó N u t r i l at i n a Diet s hake
Ovom al t i n e
E xt r a Achocolatado Achocolatado
( N ovar t i s )
Capuccinos Qu aker T oddy achocolatado
Cer eal matinal (todos os Choco Milk
tipos ) achocolatado
Cer eal matinal (todos os
U n i t ed Mi l l s Chocolate em pó
tipos )
Fitnes s & Diet bar r a de
cer eais
T r io B ar r a de cer eais
Fibr a total light bar r a de
cer eais
N es t l é Nes quik achocolatado
Nes cau achocolatado
Mucilon de milho
Nes ton bar r a de cer eias
Cer eal matinal (todos os
tipos )
Nutr en
N u t r i m en t al Nutr i bar r a de cer eais
Ol vebr a Cer eal Diet S hake
S oy Milke
P ão de
Capuccinos
Açú car
CH OCOL AT E S E B AL AS
Gar ot o
B ombons (todos os tipos ) Ar cor B utter toffes
( N es t l é)
Chocolates (todos os
Chocolates (todos os tipos )
tipos )
Chocolates (todos os
N es t l é B ombons (todos os tipos ) Cadbu r y
tipos )
Chocolates (todos os tipos ) EFFEM T wix chocolate
T offes M&M chocolate
P an Chocolates (todos os tipos ) S nicker s chocolate
Chocolate (todos os
L act a ( K r af t )
tipos )
B I S COI T OS E S AL GAD I N H OS
B is coitos (todos os
Ar o ( Makr o) B is coitos r echeados Adr i a
tipos )
B is coitos (todos os
B is coito água e s al B au du cco
tipos )
B is coito maizena T or r adas
B ar at ei r o Wafer B is kui
B is coito champagne EFFEM Mr Nut's
B is coito r echeado B is coito Rar is
S algadinhos (todos os
S equilho E l m a Ch i ps
tipos )
B is coito de polvilho B atata fr ita
Car r ef ou r B atata lis a Gl i co Glico s algadinho
B atata ondulada Ebicen s algadinho
B is coitos (todos os
B atata palha F i r en z e
tipos )
Ch am pi on B atata lis a L i n gu an ot t o S oj a fr ita
B is coitos (todos os
B atata ondulada L u ( D an on e)
tipos )
B atata palha Gr an dia bis coitos
E xt r a Wafer T r iunfo bis coitos
B is coito champagne Aymor é bis coitos
B is coito r echeado Mar i l an B is coitos (todos os
tipos )
B is coitos (todos os
S equilho N abi s co ( K r af t )
tipos )
S algadinhos (todos os
B is coito de polvilho
tipos )
F i br ax B is coito de fibr as natur al Oet ker Amendoim
B is coito de fibr as mel Cas tanha de caj u
B is coitos (todos os
B is coito de fibr as s algado P ar m al at
tipos )
B is coito de fibr as chocolate K idlat bolinho
B is coitos (todos os
U n i t ed Mi l l s B iits cookies candies P i r aqu ê
tipos )
S algadinhos (todos os
Mabel B is coitos (todos os tipos )
tipos )
B is coitos (todos os
S kinny s algadinho Z abet
tipos )
N es t l é B is coitos (todos os tipos ) T or r adas
P an co B is coitos (todos os tipos ) Vi s con t i T or r adas
S algadinhos (todos os tipos )
Pão de mel
P ão de
B is coito champagne
Açu car
T os t i n es
B is coitos (todos os tipos )
( N es t l é)
Y oki Yokitos
Pipoca pr onta
Amendoim
Amendoim doce
Ovinhos de amendoim
W i ckbol d T or r adas
P ÃE S E B OL OS
Ar o ( Makr o) Pão de hambur guer B au du cco T or r ada
Pão de hot dog Panettone
P an co B is naguinha B olo
Pão Egg s ponge B olinho kids
Pão côco/milho T or ta limão
Pão hot dog F i r en z e Pão de s oj a/7gr ãos
B ebezinho Pão de for ma
B olo B is naguinha
Pão de for ma B olo inglês
T ica - Pão de for ma Panettone
P u l l m an
W i ckbol d T or r adas B is naguinha
( S an t i s t a)
Pão de for ma
Jack bolinho
tr adicional
Pão de for ma Pão mix fibr a
B is naguinha Ana Mar ia
Pão integr al (todos os tipos ) Rocambole
Muffis
B olo
Vi s con t i Chocotone
B olo
B E B I D AS
Ades
Alimento à bas e de s oj a D an on e B ebida láctea
( U n i l ever )
N es t l é B ebida láctea Qu aker T oddyinho
Al l day
Alimento à bas e de s oj a
( S an t i s t a/ B u n ge)
Y aku l t T onyu
F R I OS , L AT I CÍ N I OS E MAR GAR I N AS
Dany pudim de
Ar i s co Cr emutcho D an on e
chocolate
Ar o ( Makr o) Mar gar ina Dannete
Requeipizza Cor pus light iogur te
Fatiados s abor ches ter Danoninho choc
Pr es unto P ar m al at Des s er t s obr emes a
S als ichas Pudim de chocolate
B ar at ei r o Mar gar ina Flan
S als ichas P au l i s t a ( D an on e) Glut bebida láctea
B at avo S als ichas (tods os tipos ) Dupli
Mor tadela (todos os tipos ) Manj ar
Patês (todos os s abor es ) Flan/pudim
Cr eamy bebida láctea com
S an t i s t a ( B u n ge) Allday mar gar ina
iogur te
Car r ef ou r Mar gar ina Pr imor gor dur a vegetal
Mila mar gar ina de
Cr eme vegetal
milho
Gor dur a vegetal Delícia mar gar ina
S als ichas S oya mar gar ina
Ch am pi on S als ichas Vi gor Flan
E xt r a Mar gar ina Gor dur a vegetal
S als ichas Mar gar ina
Goodl i gh t Mar gar ina
Mar ba Mor tadela
Mar binha
Embutido
S als ichas
N es t l é Chandelle
Flan
Chamy bebida láctea
Molico iogur te
Mous s e de Chocolate
Pudim de chocolate
P au l i céi a Mor tadela
Embutido
P er di gão S als ichas (todos os tipos )
Apr es untado
Peito cozido de per u
Ches ter ella
Mor tadela
Pr es unto de ches ter
S als ichão
Lanche ches ter
Patês (todos os s abor es )
R ez en de Apr es untado
Pr es unto cozido
S als ichas
Mor tadela de fr ango
S adi a Apr es untado
Mor tadela (todos os tipos )
S als ichas (todos os tipos )
S als ichão
Patê (todos os s abor es )
B lanquet de per u light
Pr es unto de per u light
Qualy mar gar ina
S ear a Mor tadela
Lanche
S als ichas
Apr es untado
T ubelle de fr ango
U n i l ever Claybon mar gar ina
Dor iana mar gar ina
B ecel mar gar ina
S aúde gor dur a vegetal
W i l s on S als ichas
MAS S AS F R E S CAS
F r es car i n i
B ig Capeletti Capeletti
( P i l l s bu r y)
Es paguete Ravioli
Las anha Pas tel r echeado
Mas s a de pas tel Mas s a de pizza
Pas tel r echeado Mas s a de pas tel
Pizza P avi ol i Ravioli de car ne
Ravioli Capeletti de legumes
Ch am pi on Pas tel de fr ango Mas s a de pas tel
Capeletti de fr ango Pas tel r echeado
Ravioli de fr ango P as t i t ex Capeletti car ne/fr ango
Car r ef ou r Pas tel de fr ango Ravioli car ne/fr ango
Capeletti de fr ango Nhoque
Ravioli de fr ango Mas s a de pizza
Pas tel r echeado
Mas s al eve Ravioli de car ne/fr ango
Capeletti de
car ne/fr ango
Pas tel r echeado
Nhoque
Mez z an i Ravioli de car ne
Capeletti de car ne
Mas s a de pas tel
Pas tel r echeado
Nhoque
F i r en z e Mas s a de pizza
Mas s a de pas tel
S an t a B r an ca Capeletti
Ravioli
Pizza
Pas tel r echeado
Mas s a de pas tel
CON GE L AD OS
Ar o ( Makr o) Cox inha de fr ango Ar os a Mas s a par a tor ta
Hambúr guer D a gr an j a Chickenitos
Es petinhos temper ados Hambúr guer
B ar at ei r o Hambúr guer T op line empanados
K ibe K ibe
Almôndegas Almôndegas
Chickenitos F or n o de Mi n as Pão de queij o
( P i l l s bu r y)
Milho congelado Folhado
Pizzas Pão de batata
T or ta mous s e K i l o Cer t o Hambúr guer
B at avo Empanados Almôndega
Chicken nuggets Chickenitos
S teak de fr ango Pizzas
Hambúr guer (todos os tipos )
Las anha
B ig B is coito de queij o
Hambúr guer
Las anha
Pão de queij o
Car r ef ou r Hambúr guer bovino/fr ango
K ibe
Almôndega bovino/fr ango
Empanados de
fr ango/legumes
Cox inha/cr oquete/empadinha
B olinha de queij o
T or ta de
fr ango/palmito/legumes
B atata pr é- fr ita
Milho ver de
Ch am pi on Hambúr guer bovino/fr ango
K ibe
Almôndega bovina/fr ango
Cox inha de fr ango
Empanados de
fr ango/legumes
Cr oquete/Empadinha/B olinha
T or ta de
legumes /fr ango/palmito
B atata pr é- fr ita
Milho ver de
L a B as qu e S or vetes
N es t l é S or vetes
T oque de S abor pr atos
P er di gão
pr ontos
Feij oada
S tr ogonoff
S algadinhos
Recheados (todos os s abor es )
Empanados (todos os tipos )
B ig/Mini chicken
Hambúr guer
K ibe
Almôndegas
Pizza
R ez en de Hambúr guer bovino/fr ango
Chicken bits
Empanados (todos os tipos )
S adi a Hambúr guer (todos os tipos )
Roule de per u light
Empanados (todos os tipos )
Nuggets de fr ango/batata
Cr oquete/Cox inha
Peito de fr ango à milanes a
Almôndega de fr ango
Feij oada
Fr ango x adr ez
T or tas s algadas
Pizzas
Pr atos pr ontos
Mis s Dais y (s obr emes as )
S ear a Hambúr guer
Almondega
K ibe
S teak de fr ango
S nacks de fr ango
Filezinho de fr ango
Mini pizza
S u per bom Gr ains B ur ger
Gr ains Almôndega
Gr ains K ibe
Gr ains Nug's empanados
Gr ain Hot dog
K i bon
S or vetes
( U n i l ever )
R AÇÕE S AN I MAI S
Ar o ( Makr o) Ração par a cachor r os EFFEM Champ
P ur ina
B onzo Fr olic
( N es t l é)
Dog menu Pedigr ee
Deli dog Whis kas
K anina K itekat
Cat chow Gu abi Far o
Gats y T op cat
Alpo Her ói Mas cote
Fr is kies
Anexo 3:
Direito do Consumidor
Rotulagem de Alimentos Transgênicos
Por Sérgio P. Marçal e Maximiliano Paschoal
I - Das relações de consumo e do dever de informação do fornecedor
As relações de consumo são reguladas no Brasil prioritariamente pela Lei 8078, de 11 de setembro de
1990, mais conhecido como Código de Defesa do Consumidor ("CDC"). Relações de consumo, segundo
o artigo 3º do dispositivo legal citado, compreendem aquelas relacionadas à atividades de produção,
transformação, montagem, criação, construção, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de bens e prestação de serviços, inclusive de natureza bancária, desenvolvidas por entidades públicas ou
privadas. Ou seja, todas aquelas relações referentes à produção e à colocação no mercado de bens e de
serviços com a sua posterior aquisição e utilização pela coletividade.
As relações submetidas ao regime do CDC são necessariamente compostas pelos adquirentes e usuários
finais (pessoas físicas, coletividade de pessoas físicas e pessoas jurídicas), bem como, de outro lado, pelos
fornecedores de bens ou de serviços para consumo.
Nos termos do inciso III do artigo 6º do CDC, é direito básico do consumidor "a informação adequada e
clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem".
O artigo 31 do CDC estabelece as regras que a oferta e a apresentação de quaisquer produtos ou serviços
devem atender, prevendo a necessidade das mesmas "assegurarem informações corretas, claras, precisas,
ostensivas e em língua portuguesa, sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à
saúde e segurança dos consumidores".
O que a legislação brasileira de consumo visa amparar com o direito de informação é a possibilidade do
consumidor fazer uma escolha consciente sobre o produto que está adquirindo. Ou seja, o consumidor
deve ser abastecido com informações relevantes que lhe permita saber claramente o que ele irá consumir.
A doutrina fala que o rol apresentado é meramente enumerativo.
Entretanto, apesar dessas normas gerais, não existe na legislação que regula as relações de consumo, até a
presente data, qualquer determinação específica no sentido de obrigar a informação ao consumidor no
caso de produtos geneticamente modificados. Fato é que o tema pode ser considerado novo em nosso
país, havendo pouca doutrina e experiência prática sobre o assunto.
II - Organismos geneticamente modificados (OGM's) e a informação ao consumidor
(1) Âmbito internacional
A necessidade ou não de informar e advertir ao consumidor quanto a existência de produtos ou
componentes contendo modificações genéticas vem sendo discutida mundialmente, sem que se tenha
chegado a um consenso sobre o assunto até o momento.
Um dos principais fóruns de debate sobre o assunto é a Comissão Codex Alimentarius (Codex
Alimentarius Commission) (CODEX), que foi criada em 1962 por iniciativa de duas organizações
internacionais das Nações Unidas, a saber: FAO (Food and Agricultural Organization) e WHO (World
Health Organization).
O CODEX é responsável por fazer propostas e aconselhar os órgãos internacionais em todos os assuntos
pertinentes à implementação de padrões mundiais relacionados a alimentos. Entre as suas finalidades está
a proteção da saúde dos consumidores, fortalecendo práticas comuns no mercado de alimentos, bem como
a coordenação de todas as regras comerciais relacionadas ao referido mercado.
O CODEX é dividido internamente em subcomissões, as quais são chamadas de comitês. Entre os seus
comitês especializados em assuntos diversos relacionados ao mercado mundial de alimentos (World Wide
General Subject Codex Committees), existe aquele responsável pela fixação de regras e padrões quanto a
rotulagem de produtos, denominado CCFL (Codex Committe on Food Labelling).
Após cinco anos de discussão sobre a obrigatoriedade ou não de constar dos rótulos a indicação de que o
produto é geneticamente modificado, onde vinha sendo analisada uma minuta de recomendações
preparada pela Secretaria do CODEX (CODEX Secretariat), o CCFL ainda não chegou a um consenso
sobre o tema.
Existem três principais posições quanto a necessidade de rotulagem dos produtos geneticamente
modificados, ou produtos compostos por tais organismos. São elas: 1) rotulagem mínima: alguns países,
liderados pelos Estados Unidos da América, entre eles o Brasil, defendem a "rotulagem mínima", ou seja,
apenas as informações essenciais deveriam constar do rótulo. A delegação americana defende tal posição
com base na "Doutrina da Equivalência Substancial", que se comentará a seguir; 2) rotulagem
moderada: para tal corrente, todo o alimento que é ou contém organismos geneticamente modificados
deve ser rotulado se após uma adequada análise restar demonstrado que ele difere em algum aspecto
daquele alimento convencional equivalente; 3) rotulagem obrigatória: defende a rotulagem obrigatória
de todos os produtos com organismos geneticamente modificados, independentemente de sua
equivalência substancial e testes.
(3) Âmbito nacional
No Brasil a discussão sobre os organismos geneticamente modificados passou a ganhar uma certa
relevância após a promulgação da Lei de Biossegurança (Lei 8.974/95), regulamentada pelo Decreto 1752
do mesmo ano, bem como com a instalação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio),
que foi criada para resguardar a segurança da população e do ambiente frente aos trabalhos de
manipulação dos organismos geneticamente modificados (OGM'S).
A sociedade civil começa a se envolver no processo de discussão dessa questão, havendo expressiva
cobertura da imprensa sobre o assunto. Começam a aparecer manifestações, como projetos de lei na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
III - Da doutrina da equivalência substancial
O conceito de equivalência substancial surgiu e tem sido primordialmente discutido pela comunidade
internacional dentro do contexto da avaliação de segurança de novos alimentos. Essa doutrina também é
utilizada para a questão da rotulagem de alimentos, na medida em que avalia a extensão da alteração na
composição, valor nutricional e uso desejado de alimentos.
Assim, levando-se em consideração essa teoria, se determinado produto modificado geneticamente
mantiver as mesmas características, composição, valores nutricionais e utilidade de um outro, não hão
motivos para segregá-lo dos demais chamados convencionais tão-somente em razão da utilização de
técnica de biotecnologia. Isto porque serão os mesmos produtos, apenas obtidos por diferentes métodos
de produção.
De acordo com a doutrina da equivalência substancial, um alimento somente pode deixar de ser
considerado equivalente a um outro quando uma avaliação científica descobre uma característica como
composição, valor nutricional, efeito nutricional ou utilidade que diferencia o produto de um alimento
correspondente já existente.
De acordo com os padrões internacionais, a rotulagem adicional somente se justifica para identificar a
presença de risco à saúde ou à segurança do consumidor. Em sua minuta de comentários apresentada
perante o CCFL, a delegação americana, ao defender a desnecessidade de rotulagem a respeito de OGM's,
enfatiza que essa rotulagem não pode ser vista como uma forma de garantir a segurança do consumidor,
como defendem alguns. A rotulagem não pode substituir uma segura avaliação dos produtos, pois os
alimentos não devem estar à disposição do consumidor se não estiverem aptos ao consumo. Os rótulos
apenas devem dar ao consumidor informações ou precaução, mas a segurança é pré-requisito
inerente em qualquer caso.
Em síntese, os países que se valem da "doutrina da equivalência substancial" normalmente defendem a
obrigatoriedade de rotulagem de alimentos obtidos por meio da biotecnologia ou convencionais, desde
que não correspondam substancialmente ao equivalente já existente. Não sustentam, todavia, a
obrigatoriedade de divulgar-se o método pelo qual o alimento foi obtido.
IV - Rotulagem de transgênicos no Brasil
Conforme acima já comentado, diante da legislação brasileira não há como contestar que o consumidor
tem o direito de ter a exata informação sobre as características, composição e origem do produto.
Entretanto, se faz necessárias algumas ponderações sobre a necessidade ou não de rotulagem de alimentos
transgênicos em nosso país.
O Decreto que regulamentou a Lei de Biossegurança (Dec. nº 1752/95) estabelece em seu artigo 2, inciso
XII, que a CTNBio emitirá "parecer técnico prévio e conclusivo sobre registro, uso, transporte,
armazenamento, comercialização, consumo, liberação e descarte de produtos contendo OGM ou
derivados, encaminhando-o ao órgão de fiscalização competente".
Verifica-se, com isso, que a CTNBio tem entre suas atribuições o dever de concluir a respeito da
comercialização e consumo de produtos que contenham OGM. Com isso, uma vez que haja manifestação
oficial quanto a segurança dos alimentos geneticamente modificados, é razoável supor que tais alimentos
não precisariam de um aviso especial em seus rótulos se o processo genético manteve suas características.
O que se faz necessário é o controle rigoroso da segurança dos produtos e, só a partir da constatação
irrestrita desta, autorizar a comercialização do alimento, tendo-se em mente que não se pode substituir
segurança por rotulagem. Não adianta ter um rótulo no produto se o mesmo não for seguro. O que o
consumidor espera é que aquele produto seja seguro, com ou sem rótulo específico.
É exatamente esta a função - avaliação de segurança - que se espera da CTNBio na emissão de seu
parecer conclusivo. Vale ressaltar que a CTNBio tem entre seus componentes um representante de órgão
legalmente constituído de defesa do consumidor.
Parece-nos muito mais adequado uma mobilização para se exigir o desenvolvimento dos sistemas de
segurança alimentar. A mera exigência de rotulagem pode funcionar contra os consumidores e contra a
tecnologia, pois pode ocasionar um descaso com a segurança ou transmitir aos consumidores a idéia de
que os órgãos oficiais não se definiram conclusivamente a respeito dos efeitos sobre a saúde humana. Se
não houver essa definição a respeito da segurança, o produto simplesmente não deve ser comercializado,
sendo irrelevante a rotulagem.
O fato é que o anseio dos consumidores por informação é legítimo e deve ser atendido dentro de certos
parâmetros científicos e legais. Caberá aos participantes da relação de consumo - consumidores e
fornecedores - definir a efetivação dessa rotulagem, alterando-se, se for o caso, as regras legais hoje
existentes. Também os fornecedores devem avaliar a possibilidade de ocorrer a rotulagem espontânea, a
favor do que já começam a se pronunciar grandes empresas dessa área.
Há que se tomar precauções, entretanto, para que o mero desconhecimento não crie uma barreira
comercial intransponível e a condenação de uma tecnologia recém surgida. A questão deve ser analisada
despida de preconceitos.
Revista Consultor Jurídico, 23 de setembro de 1999.