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RESUMO
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Artigo Científico, apresentado como requisito para conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito
Ambiental, da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia – Emeron, em outubro de 2021.
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Formada em Direto pela FARO – Faculdade de Rondônia; Pós-Graduada em Direito Eleitoral; Assessora de
Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
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Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – Mestrado: Poder Judiciário FGV – Fundação
Getúlio Vargas, Direito, Rio; Pós Graduação em Direito Constitucional – Faculdade de Ciências Humanas e
Letras de Rondônia – FARO e UFMG.
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ABSTRATC
The transgenic organisms, also known as genetically modified organisms (GMOs), are
possessors of DNA fragments from other living organisms mixed with their genetic
code. This study aimed to analyze the impacts on the environment arising from
transgenic foods, as well as to identify the main impacts of transgenic foods on the
environment pointed out in the scientific literature, to understand the causal
relationship between the identified impacts and the dynamics of cultivation and
production of transgenic food and verify the existence of viable alternatives to minimize
the identified impacts. The risks to human and animal health and biological diversity
can result from the inherent characteristics of the GMOs or its potential genetic
transference to other species. This is a qualitative, descriptive study, carried out
through bibliographical research. The result showed that scientific studies that provide
conclusive information about the impacts that may result from the planting and
consumption of GMOs are still limited, requiring greater encouragement of research
and debates involving society and the scientific community, with emphasis mainly on
prevention.
INTRODUÇÃO
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desigual de alimentos, pelas desigualdades sociais e dificuldade de acesso aos
alimentos pelas pessoas de baixa renda. O que se verifica, contudo, é bastante
diferente: preliminarmente, por sua resistência aos agrotóxicos e por apresentarem
características inseticidas, a utilização continuada de sementes transgênicas pode
ocasionar resistência de ervas daninhas e insetos, forçando ao aumento dos índices
de uso de agrotóxicos na agricultura.
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atual. Se fez necessário, assim, analisar as diversas concepções sobre o
desenvolvimento científico-tecnológico, buscando argumentos e informações
sustentadas por parâmetros permitam ter uma visão mais aprofundada sobre o
assunto aqui discutido.
BASE TEÓRICA
TRAJETÓRIA E LEGALIDADE
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Nos anos 70, foram assinalados significativos avanços na biologia molecular e
no campo da genética, ocasionando o desenvolvimento biotecnológico vivenciado na
atualidade. Desde então, seres microscópicos, vegetais e animais, passaram a ser
manipulados por transgenia. Nas duas décadas seguintes, a biotecnologia tornou-se
objeto de inúmeras pesquisas e grandes debates científicos, sociais e legais no
contexto nacional e internacional.
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Ademais, é importante ainda compreender as disposições constitucionais que
são atinentes ao assunto. A Constituição Federal (BRASIL, 1988), em seu art. 225, II,
§ 1º determina os parâmetros institucionais para as pesquisas com organismos
geneticamente modificados, quais sejam:
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superação do problema da fome mundial, em uma perspectiva de que esse problema
seria ocasionado pela escassez de alimentos.
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não está evidente a efetividade desta prática da biotecnologia. Por um prisma, pode
implicar em benefícios aos produtores e consumidores, mediante de uma colheita
abundante e mais resistente aos agentes externos, por outro podem ocasionar
implicações altamente nefastas ao meio ambiente e à saúde das pessoas (MAFTUN
et al, 2004).
1. Riscos alimentares
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d) risco de transferência horizontal das construções transgênicas, para o
genoma de bactérias simbióticas tanto de humanos quanto de animais.
2. Riscos ecológicos
3. Riscos agrotecnológicos
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b) riscos de mudanças transferidas nas propriedades de variedade GM que
deveriam emergir depois de muitas gerações em razão da adaptação do novo gene
ao genoma, com manifestação da nova propriedade pleiotrópica e as mudanças já
citadas;
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Assim, a disseminação de genes tanto para plantas da mesma espécie como para
espécies bem diferentes já pode ser considerada um risco real.
Princípio da Precaução
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Fonte: Senado Federal (2017). Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/07/27/novas-regras-para-identificacao-de-
transgenicos-estao-na-pauta-da-cra.
METODOLOGIA DA PESQUISA
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Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, realizado mediante pesquisa
bibliográfica, sem meta-análise. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo,
realizado mediante pesquisa bibliográfica. Lüdke e André (2012, p. 54) conceituam a
pesquisa qualitativa como:
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Ademais, não ocorreu pesquisa com seres humanos nem com animais, dessa
forma, não houve a necessidade de submissão ao Comitê de Ética na Pesquisa.
Declara-se que não há conflito de interesses no desenvolvimento da presente
pesquisa. A análise dos dados deu-se por meio da Análise de Conteúdo que também
admite a abordagem qualitativa definida para o desenvolvimento deste estudo, pois,
conforme Bardin (2004), este método de análise busca inferir os significados que vão
além das mensagens concretas.
RESULTADOS DA PESQUISA
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argumentam em favor o uso indiscriminado dos OGM nas lavouras, e de outro, a
sociedade e as organizações governamentais e não governamentais defendem
estudos mais conclusivos acerca dos verdadeiros impactos dessas modificações.
Nesse sentido, é indispensável adotar uma postura preventiva e cautelosa acerca dos
alimentos transgênicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde o final dos anos 90, as prateleiras vêm sendo abastecidas com
alimentos contendo componentes geneticamente modificados. A transgenia é uma
tecnologia que pode favorecer significativamente o melhoramento genético das
plantas, buscando produzir alimentos, fármacos e outros produtos industriais em
maiores escalas e quantidades. Entretanto, ainda é limitado o conhecimento acerca
dos riscos que o plantio e o consumo de tais alimentos possuem, de forma que a
legislação se ocupa daquilo que já está estabelecido e adota o Princípio da Prevenção
para o que ainda não está esclarecido de modo definitivo.
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utilização de biotecnologia pela sociedade, bem como de maior incentivo e celeridade
às pesquisas que possam trazer resultados mais conclusivos ao assunto.
REFERÊNCIAS
BECK, U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Ed. 34,
2010.
______. Lei n. 11. 105, de 24 de março de 2005. Brasília: Casa Civil, 2005.
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NODARI, R. O.; GUERRA, M. P.: Implicações dos transgênicos na sustentabilidade
ambiental e agrícola. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. VII (2), 481-91,
jul. out. 2000.
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