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Conquistas das mulheres na política

No Brasil, a mulher conquistou o direito ao voto em 1932. O sufrágio feminino, garantido pelo primeiro Código
Eleitoral brasileiro, foi uma conquista que aconteceu graças à organização de movimentos feministas no início do
século XX, que tiveram grande influência na luta por direitos políticos das mulheres nos EUA e na Europa.

Um ano após conquistarem o direito ao voto, em 1933, foi eleita a Carlota Pereira de Queirós, a primeira
deputada federal brasileira. No ano seguinte, em 1934, a professora Antonieta de Barros, filha de uma escrava
liberta, foi eleita para a Assembleia de Santa Catarina. Ela foi a primeira parlamentar negra da História do Brasil.

Atualmente, as mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Mesmo assim, elas ainda são minoria na política. Apenas 12% das prefeituras brasileiras são comandadas
por mulheres, segundo o TSE.

“Imagine que o voto no Brasil, sempre existiu. Em todos os períodos, império, República, inclusive na colônia, o
voto sempre existiu e as mulheres nunca foram vistas como sujeitas, como cidadãs com direito ao voto. A gente,
enquanto Brasil, ensaia uma democracia, então é importante termos a participação feminina neste ensaio geral”,
ressalta a historiadora.

1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escola

Somente em 1827, a partir da Lei Geral – promulgada em 15 de outubro – é que mulheres foram autorizadas a
ingressar nos colégios e estudassem além da escola primária.

1852: Primeiro jornal feminino

Editado por mulheres e direcionado para mulheres, surgiu o Jornal das Senhoras, que afirmava que as pessoas do
sexo feminino não deveriam executar afazeres do lar. Depois disso, outros jornais foram lançados, como o Bello
Sexo, em 1862 e O Sexo Feminino, em 1873.

1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às
faculdades.

O acesso à educação é um dos principais recursos para a emancipação das mulheres, antes resumidas à esfera
doméstica. Somente em 1879 elas têm acesso às universidades, mas hoje elas são maioria na educação superior
brasileira, segundo o Censo da Educação Superior 2018, realizado e divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep).

1910 – O primeiro partido político feminino é criado

O Partido Republicano Feminino reivindicava o direito ao voto e à emancipação feminina.

1932 – Mulheres conquistam o direito ao voto

O sufrágio feminino foi garantido pelo primeiro Código Eleitoral brasileiro em 1932. Uma conquista que aconteceu
graças à organização de movimentos feministas no início do século XX, que tiveram grande influência da luta por
direitos políticos das mulheres nos EUA e na Europa.

1962 – Criação do Estatuto da Mulher Casada

Somente em 27 de agosto, com a promulgação da Lei nº 4.212/1962, foi permitido que mulheres casadas não
precisassem mais da autorização do marido para trabalhar. A partir de então, elas também passariam a ter direito
à herança e a chance de pedir a guarda dos filhos em casos de separação.
1974 – Mulheres conquistam o direito de portarem um cartão de crédito

Imagine só. Cartão de crédito, que hoje está presente na vida da maioria das pessoas, por muito tempo foi um
direito exclusivo dos homens. Até 1974, os bancos queriam ditar como as mulheres gastavam o próprio dinheiro.
Mulheres solteiras ou divorciadas que solicitassem um cartão de crédito ou empréstimo eram obrigadas a levar
um homem para assinar o contrato.

A mulher não tinha liberdade de escolha e era vista como objeto que pertencia ao pai ou ao marido, sem voz ativa
alguma. Somente em 1974 foi aprovada a “Lei de Igualdade de Oportunidade de Crédito”, para que clientes não
fossem mais discriminados baseados no gênero ou estado civil.

1977 – É aprovada a Lei do Divórcio

Somente a partir da Lei nº 6.515/1977, promulgada em 26 de dezembro de 1977, é que o divórcio tornou-se uma
opção legal no Brasil.

1979 – Direito à prática do futebol

Um decreto da Era Vargas estabelecia que as mulheres não podiam praticar esportes determinados como
incompatíveis com as “condições de sua natureza”.

1985 – É criada a primeira Delegacia da Mulher

A Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) surge em São Paulo e, logo depois, outras unidades
começam a ser implantadas em outros estados. Essas delegacias especializadas da Polícia Civil realizam,
essencialmente, ações de proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as
mulheres.

1988: Primeiro encontro nacional de mulheres negras

Aproximadamente 450 mulheres negras promoveram diversos eventos em diferentes estados do Brasil para
debater questões do feminismo negro

2006 – Lei Maria da Penha

A Lei nº 11.340/2002 foi sancionada para combater a violência contra a mulher e ganhou o nome de Maria da
Penha em alusão a farmacêutica que lutou por quase 20 anos para que seu marido fosse preso após tentar matá-
la por duas vezes.

2015 – É sancionada a Lei do Feminicídio

A Constituição Federal reconhece a partir da Lei nº 13.104 o feminicídio como um crime de homicídio.

2018 – A importunação sexual feminina passou a ser considerada crime

A partir da Lei nº 13.718/2018 o assédio passa a ser considerado crime no Brasil. Ser mulher ainda – e infelizmente
– é motivo para vivenciar situações de assédio e violência no dia a dia, no ônibus, em aplicativos de carros
particulares ou numa simples ida ao mercado. A ocorrência deste tipo de prática contra as mulheres é tanta que a
pauta feminista precisou incluir em suas ações a defesa da lei que caracteriza o assédio como crime (Lei nº
13.718/2018).

Apesar desta legislação garantir proteção às pessoas de todos os gêneros, a força do movimento feminista foi
essencial para que ela se tornasse uma realidade em nossa sociedade. Não é como se hoje não sofressemos mais
com o assédio, mas pelo menos agora temos um mecanismo legal para defender nosso direito de ir e vir!
De cortadora de cana a empreendedora, ela fatura com e-commerce de semijoias

A trajetória de Sabrina Nunes, dona da maior loja virtual de semijoias do Brasil, a Francisca Joias.

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“Eu faço o que tem que ser feito. É simples assim”. É dessa maneira que Sabrina Nunes resume seu papel no
mundo. Empreendedora à frente do e-commerce Francisca Joias, a maior entre as lojas online de semijoias no
Brasil,  Sabrina fez de tudo um pouco antes de ver seu negócio prosperar. Desde os oito anos de idade, vendeu
picolé na rua, foi garçonete, porteira de prédio e cortadora de cana em lavouras no Mato Grosso do Sul. 

Nativa de Itinga, cidade do Vale do Jequitinhonha (MG), um dos lugares mais pobres do Brasil, Sabrina explica que
sempre gostou de vender, mas empreender nunca foi uma ideia – até que a necessidade chegou. “Eu estava em
um estágio da vida que, sem dinheiro, não havia nenhum pensamento a longo prazo. Precisava de ações
emergenciais para sair daquela situação.” 

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Saiu do canavial e foi pulando de emprego em emprego até que virou secretária, mas percebeu que para subir um
pouco mais na profissão teria que estudar. “Vi que as pessoas que tinham formação ganhavam melhor, então
consegui uma bolsa para a faculdade via Prouni”, diz. Assim, mudou-se para o Rio de Janeiro em 2010 para cursar
engenharia, onde leu em uma revista a história de alguém que havia faturado R$ 5 mil com vendas na internet.
“Pensei que era isso o que eu queria fazer e, com R$ 50, comprei as primeiras bijuterias para revender.”

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Seis meses depois, as vendas superavam expectativas: os R$ 5 mil foram conquistados em apenas uma semana e a
empreendedora largou a faculdade para se dedicar ao negócio. “Descobri que vender na internet era o que eu
queria e passei a estudar cada vez mais. Tudo era muito novo e não havia muitos cursos, então aprendi na
prática.” 

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Hoje, a Francisca Joias, que leva o nome em homenagem à avó de Sabrina, vende 700 peças vendidas por dia, tem
1 milhão de seguidores no Instagram, 50 funcionários e coleções desenvolvidas com influenciadoras digitais como
Bianca Andrade, a Boca Rosa, Gkay e Franciny Ehlk. 

Por ser pioneira do e-commerce e ter criado uma série de estratégias de vendas, hoje Sabrina Nunes mantém
grupos de mentoria para empreendedores e cursos de vendas online. Os dois braços faturaram, juntos, R$ 30
milhões em 2021 e, apesar da pandemia, registraram um crescimento de 47% nos últimos dois anos, segundo a
CEO. 

Para ela, compartilhar sua experiência em cursos vai além do faturamento, já que quer incentivar outras pessoas a
empreender: “Quando ajudamos um empreendedor, geramos mais empregos. Gosto especialmente de falar e
agregar valor para as mulheres”.

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As mulheres representam 70% da força de trabalho na saúde em todo o mundo, segundo o documento “Um olhar
para gênero” do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).  Abaixo, a entrevista com Margareth Dalcolmo
e uma seleção de mulheres que estão lutando contra a pandemia no país.

Forbes: As mulheres são a maior parte da força de trabalho da saúde. Como você enxerga a atuação das cientistas
antes e depois da pandemia de Covid-19?  

Margareth Dalcolmo: Foram as mulheres que rapidamente fizeram o desvendamento do genoma do SARS-CoV-2
no Brasil. Desde o início, nós todas tivemos uma participação enorme, assistindo pacientes, conduzindo pesquisas
e programas de assistência social, dando pareceres, e, muitas vezes, acumulando essas tarefas como as obrigações
domésticas. As mulheres ficaram muito sobrecarregadas durante a pandemia e esse peso ficou marcadamente
desigual.

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frente-contra-a-covid/

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