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Além disso, durante a Idade Média na Europa, muitas mulheres que expressavam tanto a sua sexualidade
como suas crenças de forma livre foram condenadas à morte e a guilhotinadas em praças públicas. Começa
aí a divisão da boa e má mulher, da santa e da puta, das resignadas e das bruxas, o que não difere muito de
hoje. Nesse sentido, ou é para casar ou para ficar: qualquer semelhança com o passado não é mera
coincidência, mas sim uma construção social de muitos e anos que ainda são reproduzidas nos dias de hoje.
No Renascimento
De acordo com a história, ainda durante o Renascimento, a mulher era conhecida como um ser naturalmente
inferior e, por isso, ela jamais poderia exercer qualquer função de poder. Contudo, a partir do século XVII,
temos os primeiros registros de precursoras da valorização da mulher, como Lucrécia Marinelli, que
escreveu “A Nobreza e a excelência da mulher”, onde defendia a igualdade dos sexos.
Moderato Fonte, em “Valor da Mulher” descreveu as mulheres em casa comparando-as com animais
“viviam como animais encurraladas entre paredes”. Arcangela Tarabotti, obrigada pelo seu pai a viver em
um mosteiro, escreveu obras em que denunciou o falso moralismo masculino e a falta de liberdade das
mulheres.
No Iluminismo
Durante o iluminismo, temos os registros de um começo de conquistas das mulheres, onde elas passaram a
ter acesso a uma educação formal. E, foi durante a revolução francesa, que muitas mulheres passaram a se
unir e a lutar pelos seus direitos, sendo essa época considerada o início do feminismo moderno.
Embora com o acesso a uma educação formal por parte de algumas mulheres, ela era destinada à elite. Nesse
sentido, acreditava-se que essas mulheres deveriam ser suficientemente educadas a fim de se tornarem
inteligentes e agradáveis aos seus maridos. E aquelas que não se casavam eram e ainda são ridicularizadas.
Sendo assim, a primeira da lista das conquistas das mulheres vem apenas em 1893, na Nova Zelândia, que
permitiu o voto feminino, fato que chegou à França muito tempo depois.
Além disso, durante a revolução industrial e o êxodo rural, a mulher conquistou o direito de trabalhadora
assalariada. Porém, como ainda nos dias de hoje, seu salário era muito inferior aos dos homens. Além do
salário inferior, começa aí a dupla jornada da mulher: trabalho fora de casa totalmente precarizado e não
valorizado somado ao trabalho doméstico.
Tem-se o registro de uma conversa entre uma brasileira e uma francesa, que data de 1835, onde a mulher
brasileira desabafa
Em 1827 as mulheres foram autorizadas a ingressar nos colégios para estudar além da escola primária;
Nísia Floresta foi a primeira brasileira a discutir a questão da diferença de gênero e a defender mulheres
como merecedoras de respeito igualitário. Seu livro é considerado o pioneiro do feminismo brasileiro.
O Jornal das Senhoras foi o primeiro editado e direcionado para mulheres. No conteúdo, informava que as
mulheres não deveriam se limitar a aprender atividades domésticas.
Se em 1827 as mulheres puderam dar continuidade aos estudos, somente em 1879 ocorreu o acesso à
educação superior
No Brasil, a mulher conquistou o direito ao voto em 1932. O sufrágio feminino, garantido pelo primeiro
Código Eleitoral brasileiro, foi uma conquista que aconteceu graças à organização de movimentos feministas
no início do século XX.
Neste ano foi eleita a primeira deputada federal brasileira, Carlota Pereira de Queirós.
Foi por meio do jornal Quilombo, vida, problemas e aspirações do negro que a questão das mulheres negras
foi abordada na época, em um retrato que foi o início das mobilizações de gênero e raça no Brasil.
Em 1962 foi permitido que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar.
A partir de então, elas também passariam a ter direito à herança e a chance de pedir a guarda dos filhos em
casos de separação.
Um decreto da Era Vargas estabelecia que as mulheres não podiam praticar esportes determinados como
incompatíveis com as “condições de sua natureza”.
Comemora-se no dia 5 de setembro o Dia Internacional da Mulher Indígena. A data foi criada em 1983 para
registrar publicamente o enfrentamento e a luta da mulher indígena pela sobrevivência.
Segundo a Procuradoria Especial da Mulher, “o nome da mulher indígena, guerreira, que inspirou a
efeméride, é o da índia aimará Bartolina Sisa, que, juntamente com seu marido, Túpac Katari, da mesma
etnia, comandou uma rebelião contra os conquistadores e dominadores espanhóis, no Alto Peru, região atual
da Bolívia, em 1781.”
A Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) surge em São Paulo e, logo depois, outras
unidades começam a ser implantadas em outros estados.
Aproximadamente 450 mulheres negras promoveram diversos eventos em diferentes estados do Brasil para
debater questões do feminismo negro
1988 – A Constituição Brasileira passa a reconhecer as mulheres como iguais aos homens
Na Constituição de 1988 que as mulheres passaram a ser vistas pela legislação brasileira como iguais aos
homens.
O Código Civil brasileiro extinguiu o artigo que permitia que um homem solicitasse a anulação do seu
casamento caso descobrisse que a esposa não era virgem antes do matrimônio.
A Lei 11.340/06, que recebeu o nome de “Lei Maria da Penha”, em homenagem a uma farmacêutica que
ficou sem os movimentos das pernas após ser vítima de violência doméstica, foi pioneira sobre a violência
doméstica no país.
O nome advém de um caso ocorrido com a atriz Carolina Dieckmann, em 2011, quando um um hacker
invadiu seu computador pessoal e divulgou fotos íntimas da atriz. Isso gerou uma grande discussão na
sociedade, de forma que a atriz abraçou a causa e cedeu seu nome à lei.
A lei prevê os crimes que decorrerem do uso indevido de informações e materiais pessoais que dizem
respeito à privacidade de uma pessoa na internet, como fotos e vídeos.
A data anual do dia 25 de julho remete ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu
no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII, que têm por objetivo reafirmar a identidade, a
história e a luta das mulheres negras brasileiras
A Constituição Federal reconhece a partir da Lei nº 13.104 o feminicídio como um crime de homicídio.
2021 – É criada lei para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher
A Lei 14.192/21 estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher
ao longo das eleições e durante o exercício de direitos políticos e de funções públicas. É violência política
contra as mulheres toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os
direitos políticos.