Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
da mulher
na Segunda
Guerra
Mundial
A participação das mulheres nas guerra sempre foi diversificada, atuaram nos
bastidores e também na frente de combate, travaram lutas violentas, dirigiam
tanques e ambulâncias e foram operárias nas fábricas de armamentos e
munição, mas apesar de tanta ativismo, no início de 1930 ainda não tinham o
direito ao voto.
Apesar das mulheres terem lutado, trabalhado tanto como enfermeiras como
pilotos de aviões, ou para animarem as tropas, ou até se infiltrarem
clandestinamente e agremiar informações estratégicas. As mulheres
suportaram toda sorte de atrocidades tipicamente cometidas em guerra,
campos de concentração, incêndios provocados por bombardeios e até mesmo
a bomba nuclear.
Esse modesto texto aborda diferentes funções e mulheres, e nos faz concluir
que a Segunda Guerra Mundial foi um conflito de homens e mulheres. E, foi a
ocasião quando muitas mulheres de diferentes países foram conclamadas a
contribuir com esforço de guerra.
Nos EUA, por exemplo, o direito ao voto foi concedido às mulheres maiores de
vinte e um anos (apenas em alguns estados) em 1913. Já na Europa, países
como a Finlândia, em 1906 e, Noruega em 1913 que foram os pioneiros no
direito feminino ao sufrágio eleitoral.
Havia, neste contexto, evidente receio da influência dos padres nas decisões
políticas das mulheres, como bem ilustram estes dois recortes dos debates
parlamentares: (…) No dia em que este assunto foi discutido na comissão,
tinha eu passado pela igreja de S. Mamede, donde vi sair centenas de
senhoras que ali tinham ido entreter os seus ócios e ilustrar o espírito na
prática do mês de Maria. O voto concedido a mulheres nestas condições,
vivendo sob a influência do clericalismo, seria o predomínio dos padres, dos
sacristães, numa palavra, dos reacionários (…). Diário do Senado: Legislatura:
1; Secção legislativa:2; Número:121; Página:18; Data:24/06/1912.
Somente no dia 26 de Dezembro de 1968 é publicada a Lei n.º 2137, que vem
finalmente remover qualquer discriminação em função do sexo. O diploma legal
não faz a distinção entre "cidadãos portugueses do sexo masculino" e
"cidadãos portugueses do sexo feminino". Do voto são apenas excluídos os
cidadãos que não saibam ler e escrever e nunca tenham sido recenseados ao
abrigo da Lei n.º 2015, de 28 de Maio de 1946 in litteris:
E caso seja ilegal, vão recorrer aos métodos perigosos, que podem levar à
morte. Outra lição se refere às possíveis soluções para antigos problemas, pois
quem irá cuidar das crianças, se os pais trabalham fora? E, outro busilis, como
se dedicar à família de forma adequada se trabalhamos cada vez mais? E a
solução soviética para harmonizar a contradição existente entre a vida
doméstica e o trabalho fora a socialização do trabalho doméstico. Assim,
inspirou as feministas dos anos setenta que acreditaram que tal
socialização[13], trouxeram os homens para fazer sua parte também no
trabalho doméstico.
O Estado Novo tentava dentro dos seus limites de ação fazer o possível para
dificultar esta conquista de independência por parte das mulheres. O emprego
feminino predominava no sector industrial, apesar de reduzidamente, existiam
também outras intervenções profissionais, de maior importância.
De acordo com Neves e Calado existe uma relação indissociável entre o berço
e o túmulo, os lençóis e o véu de luto, pelo bem da Nação. O pragmatismo
apela a um masoquismo, a um sofrimento desmesurado do qual as mulheres
devem sentir-se orgulhosas, pois as suas lágrimas de sangue serão símbolos
da salvação da pátria e da redenção da mulher.
Um pouco antes da segunda guerra mundial, pelo menos metade das mulheres
alemãs efetivamente trabalhavam fora, sendo um número mais elevado e
expressivo se comparado aos Estados Unidos (25%) e a Grã-Bretanha (45%).
Nessa doutrina, o sexo não significa mais uma atividade pessoal e, sim, um
dever sagrado voltado para a reprodução de seres humanos[19] superiores, ou
seja, arianos. Tanto que o soldado nazista para se casar precisava obter
autorização especial, emitida por Himmler, conforme a Lei de 1932, a Ordem
A65.
Por isso, elogiou o Partido Social Democrata dando seu apoio à educação
científica e à propriedade coletiva, mas criticou os marxistas por sua
preocupação e crença na igualdade econômica para todos. Ainda acreditava
que os partidos políticos eram movidos por interesses especiais, mas a
eugenia[21] era a filosofia hábil para unir as partes para um propósito
significativo.
E, por isso, foram criados pela SS, os Lebensborn (fonte de vida) com o fito de
reproduzir os arianos perfeitos por meio do relacionamento entre indivíduos
aptos. Era uma espécie de haras nacional onde as mulheres perfeitamente
adequadas geravam arianos típicos e perfeitos, completamente dentro dos
padrões exigidos pelo Terceiro Reich.
A política racial da Alemanha nazista representou um conjunto de políticas e
leis implementadas em apoio à teoria de superioridade da raça ariana, baseada
em uma doutrina racista que alegava legitimidade científica.
Depois da guerra, vinte mil dessas crianças foram finalmente recuperadas pelo
governo polonês na zona de ocupação soviética da Alemanha e cerca de seis
mil crianças foram resgatadas nas zonas de ocupação dos Aliados ocidentais.
Por outro lado, os países do Eixo, como a Alemanha e Itália, resistiram à ideia
de ter mulheres envolvidas no esforço de guerra. Mas depois, também
aderiram.
Fato este que ainda persiste mesmo nos dias atuais, infelizmente. Na Rússia,
as mulheres eram chamadas de “combatentes de macacão” devido ao uso da
roupa de brim utilizada comumente nas fábricas como, situada em Moscou,
quando se dizia que não havia vida pessoa fora da fábrica. O que gerou o
seguinte comentário: “Não morríamos, mas estávamos sempre com fome”.
Conhecida como “Anjo Azul” conforme ficou conhecida devido ao filme Der
Blaue Engel, de 1930, o primeiro grande filme do expressionismo alemão e que
acompanhou os exércitos norte-americanos pela Itália, França, Bélgica e
também pela Alemanha[42].
Após a guerra, quando um jornalista lhe perguntou sobre seus inúmeros casos
amorosos, se entre estes, esteve o comandante supremo das Forças Aliadas
na Europa, Dwight Eisenhower[43], respondeu com ironia: “Como seria
possível? Ele nunca esteve na frente de batalha”.[44].
Apesar de que o ministro de Hitler não gostasse das letras das músicas
cantadas por Zarah, que em verdade, era uma espiã soviética. Com grandioso
sucesso na Alemanha, Leander não aceitou o convite dos estúdios norte-
americanos por questões óbvias e permaneceu a serviço do cinema e
propaganda nazista até 1943, quando sua mansão em Berlim fora destruída
pelos bombardeios dos Aliados e, seus serviços não mais eram necessários
aos russos. E, com apoio da NKVD[45], Leander retornou definitivamente a sua
terra natal (Suécia).
Parte do seu trabalho era também de fazer visitas às frentes de batalha. Tal
qual Dietrich e, aliás, foi assim que Olga conheceu um de seus amantes que
era piloto da Luftwaffe e, ao fim da guerra, foi presa e interrogada pela NKVD e
encerrou sua carreira artística em 1974.
Hedy Lamar foi atriz da época de ouro do cinema, nas décadas de trinta e
quarenta e ficou bastante conhecida por protagonizar uma das primeiras cenas
de sexo no cinema. E, mesmo assim, deu uma grande contribuição com a
invenção de um sistema de comunicações para os EUA durante a Segunda
Guerra. A tecnologia serviu de base para o desenvolvimento da atual telefonia
celular.
Goebbels tinha baixa estatura e era manco motivo pelo qual usava aparelho
ortopédico, tinha os pés toros e nem era louro e nem tinha olhos azuis. Seu tipo
era longe do descrito em ser o alemão ideal conforme seu ministério
apregoava. Aliás, o desenvolvimento acentuado de seu intelecto foi devido em
grande parte por seus defeitos físicos de que era portador.
Apesar de seus problemas físicos possuía certa beleza, tinha cabelos pretos,
olhos castanhos bem colocados, bons dentes e mãos bem moldadas. Desde
criança, Goebbels cuidava ciosamente de sua aparência, exibindo os
elementos do exagerado apuro em trajar-se, o que resultou num guarda-roupa
que tinha mais de trezentos trajes.
E foi leal à Hitler até seus derradeiros dias de vida, quando teve a coragem de
matar seus seis filhos envenenados no bunker, antes de ela e seu marido
cometerem suicídio[51].
Aliás, Magda acreditava ser impossível viver num mundo sem Hitler e o
nacional-socialismo. Johanna Maria Magdalena Goebbels (1901-1945) foi
também amiga e aliada pessoal de Adolf Hitler. Ficou conhecida,
principalmente, por durante a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho, no fim
da Segunda Guerra Mundial, juntamente com seu esposo, assassinar seus seis
filhos com veneno.
Sua origem é controvertida, uma vez que no mesmo ano de seu nascimento,
sua mãe havia se casado com o empresário alemão Oskar Ritschel, mas este
se recusará a dar o seu sobrenome à menina. O dito casamento da mãe de
Magda com Ritschel durou até 1905, quando ela se divorciou.
E, tal descoberta aponta para uma inconveniente verdade por detrás de boato
que existia dentro do Partido Nazista, ainda nos tempos da guerra, de que
Magda guardava grande segredo, porém, nada ficou provado se Goebbels
sabia de tal segredo da esposa, sendo, contudo, que em 1934 veio a escrever
em seu diário que sua esposa tinha um horrível segredo sobre seu passado,
sem mencionar, qual seria tal segredo. Supõe-se que tal segredo seria a sua
linhagem judaica que contrariava toda a ideologia do Partido nazista.
O curioso que a referida música foi utilizada pelos dois lados do conflito
mundial. Tratava-se de mais uma simples canção sobre a separação e
incerteza de um dia retornar aos braços da amada. Desde 1942, a propaganda
nazista não parava de tocar a música, inclusive na versão em inglês. Os
britânicos revidaram com a mesma canção, na interpretação de Anne Shelton,
muito popular entre os soldados.
As tropas inglesas igualmente tinham sua musa que era Vera Lynn, chamada
de “namorada dos soldados” e serviu como ferramenta publicitária e funcionou
como slogan de forte apelo psicológico social. Foi contratada como cantora
oficial da BBC de Londres que era a principal emissora de rádio da Europa.
Vera Lynn[54] se tornou a voz feminina mais conhecida no mundo.
No Japão, a chamada “Rosa de Tóquio” [55] era Iva Toguri, uma norte-
americana de Los Angeles (nissei) que emprestou a voz à Rádio Tóquio é a
propaganda japonesa antiamericana no Pacífico.
Na verdade, Toguri usava frases como: “O que acham que fazem as mulheres
nos Estados Unidos com os conversíveis e os reservistas?”. Toguri foi presa
depois da guerra e acusada de traição, só sendo libertada em 1956[56].
Durante a segunda guerra mundial, o rádio teve relevante papel nas ações
desenvolvidas pelos países beligerantes. E, os japoneses foram os campeões,
espalhando mensagens patrióticas que visavam incentivar seus guerreiros e ao
mesmo tempo abater o moral das tropas do principal inimigo, os norte-
americanos.
Embalada numa voz adocicada, ela dizia: "Vocês, soldados americanos, por
que não voltam para as suas casas? Tudo já terminou. Vocês perderam a
guerra. Se Mac Arthur (o comandante-chefe das operações de guerra dos
EUA) for capturado vivo, ser enforcado na Praça Imperial de Tóquio. (...)".
A famosa Rosa de Tóquio era Iva Toguri era nissei, pois era norte-americana
filha de imigrantes japoneses e, ao retornar à terra de seus pais para visitar
parentes, fora surpreendida com a notícia de que o Japão havia bombardeado
a base naval americana de Pearl Harbor no Pacífico, entrando definitivamente
na guerra. Apesar de Iva não saber falar japonês, atendeu a um anúncio de
jornal que pedia pessoas que soubessem falar inglês fluentemente para
trabalhar na Rádio de Tóquio.
Foi também pelo rádio em um tom dramático que foi feito o pronunciamento a
partir do Palácio Imperial onde o Imperador Hiroito anunciou ao Japão e ao
mundo a sua rendição incondicional aos Aliados.
Apesar de bastante conhecido fora do Japão por seu nome pessoal que é
Hiroito, no Japão é reconhecido com seu nome póstumo, Imperador Showa.
Seu reinado foi o mais longo de todos os demais imperadores japoneses, e
coincidiu com turbulento período onde se deram muitas mudanças na
sociedade japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito[57].
Mas, o General MacArthur havia ouvido do general Bonner Fellers que cogitar
em enforcar Hiroito[62] seria semelhante a promover a crucificação de Cristo
para nós, o que fez que se convencesse em inocentá-lo.
Se, de fato, a invasão nazista à França fora feita com relativa facilidade pelo
exército alemão, o mesmo não se pode afirmar da resistência civil-militar por
grupo atualmente conhecidos como a "resistência francesa". Durante quatro
longos anos de ocupação nazista na França (1940-1944), diversos grupos
capitaneados principalmente pelos diretores do Partido Comunista Francês,
resistiram bravamente até final vitória contra os nazistas.
O auge de sua atuação, segundo ela, foi ter estado em Paris, junto do General
Charles de Gaulle[66], quando da libertação da cidade, em 25 de agosto de
1944. “Eu não fui a única mulher a se juntar à Resistência”, ela disse. “Tenho
orgulho do que fizemos como uma equipe. Mas o momento de maior orgulho
foi ir a Paris com o General de Gaulle. Foi maravilhoso o sentimento de
adentrar a cidade, mas minha excitação era contida, pois tudo parecia muito
perigoso”.
Stefania Podgorska de dezesseis anos foi trabalhar para uma família judaica a
Diamants, depois que seu pai morreu. Aproximou-se dos Diamants e mudou-se
para a cada deles. Infelizmente, Hitler logo quando invadiu a Polônia, os
Diamants foram forçados a viver em um gueto[67]. Voltou para viver com sua
família, depois que sua mãe e irmão foram enviados para os campos de
trabalhos forçados. Ela tinha que cuidar de sua irmã de seis. anos. Como eram
muito pobres, tinham que vendar roupas para se alimentar.
Vivia com medo constante de que alguém descobrisse seu segredo, tanto que
parou de falar com pessoas de fora de sua casa. Com a chegada do exército
soviético que libertou a cidade, todos os judeus que abrigava foram libertados.
Max Diamant e Podgorska acabaram se casando e se mudando para os
Estados Unidos.
Charlotte Sorkine era a mais jovem integrante do grupo de resistência francesa,
criou milhares de documentos falsos para as pessoas perseguidas pelos
nazistas e levou grupos de pessoas procuradas para fora do país. Sorkine
ajudou seu próprio pai a escapar do país. No entanto, ela decidiu ficar, para
ajudar na luta contra os soldados alemães.
Depois que Maianne Cohn foi presa, torturada e morta pelos nazistas, Sorkine
assumiu seus deveres e, assim, ajudou a trazer dezenas de crianças para a
Suíça, onde estas estariam seguras. Continuou a fazer os documentos e a
levar as pessoas à segurança até que muitos de seus membros de seu grupo
de resistência foram presos.
Sonia Butt, de dezessete anos, se juntou à Women’s Auxiliary Air Force no dia
em que ela se tornou elegível para o serviço. Dentro de dois anos, chamou a
atenção do Executivo de Operações Especiais que estava procurando
potenciais espiãs femininas.
Nessa época, nasceram cerca de duzentos mil bastardos. Tanto assim que
num arroubo um oficial nazista declarou ao magistrado francês in litteris: “Suas
mulheres, até seus filhos, seu país não é mais seu!”.
Paris se tornara uma espécie de parque de diversões sexuais durante a
Segunda Guerra Mundial. Com as suntuosas festas oferecidas aos oficiais
nazistas de grande patente na embaixada da Alemanha, rega a champanhe,
atrizes e cantoras da moda cumpriam um ritual, especialmente denominado de
quintas-feiras de Florence que ocorriam no Hotel Bristol. Aliás, Florence Gould
era casada com o milionário das ferrovias, Frank Jay Gould e promovia os
encontros culturais que passaram a incorporar os alemães francófonos, entre
estes, os escritores e militares como Ernst Jünger e Gerhard Heller.
O caso mais escandaloso foi o da atriz Arletty que justificaria assim a sua
colaboração horizontal em um filme: “Meu coração é francês, mas meu traseiro
é internacional. Foi esse o lema adotado pelas prostitutas francesas, cujo
trabalho foi favorecido por uma lei que legalizava as chamadas maison close.
Os prostíbulos de luxo, muitas vezes listados em guias escritos em alemão,
passariam a funcionar a pleno vapor, satisfazendo inclusive a ideologia
higienista dos nazistas .
A preocupação com sexo na guerra era tão grande que até mesmo nos
campos de concentração[70] havia os bordéis. O sexo obviamente era proibido
aos judeus e prisioneiros soviéticos.
Apesar de pouco numeroso, esse primeiro grupo era o que mais visitava o
bordel. E, abaixo, num bloco maior, que ia muito pouco ao bordel, era formado
pela grande massa trabalhadora das plantações e das fábricas. Nesse
segmento estavam muitos jovens que teriam sua primeira experiência sexual
no campo.
Outros, no entanto, ao regressar para a casa e ao seu país de origem tiver que
manter em silêncio o seu sofrimento, por medo de discriminação, pois as
chamadas leis sobre a sodomia só acabariam por ser suprimidas na Europa
Ocidental nos anos de 1960 a 1970.
A Noite das Facas Longas ou Nacht der langen Messer ou a Noite dos Longos
Punhais foi um expurgo que aconteceu na Alemanha Nazista na noite do dia 30
de junho para 01 de julho de 1934 quando a facção de Hitler do Partido Nazi
realizou uma série de execuções políticas logo após seu líder tornar-se
chanceler da Alemanha.
Hitler revoltou-se contra o líder da SA, Ernst Röhm, pois temia a independência
daquela facção[73] que já contava na ocasião com mais de três milhões de
integrantes.
Além de ter fornecido uma base jurídica para o nazismo, visto que os tribunais
alemães rapidamente deixaram de lado séculos de proibições de execuções
extrajudiciais para demonstrar total lealdade ao regime. A Noite das Facas
Longas representou um marco para o governo alemão e estabeleceu Hitler
como o juiz supremo[75] do povo alemão, como ele mesmo disso em um de
seus discursos no Reichtag, em 13 de julho de 1934.
A expressão "noite das facas longas" origina-se de um verso de uma canção
da SA que tem como tema principal a execução destes massacres. Mas,
devido ao peso pejorativo da expressão, a Alemanha se refere a esse
acontecimento com o nome Röhm-Putsch, nome empregado inclusive pela
propaganda nazista da época.
Hitler não governava sozinho era assessorado por vários ministros. Importante
relacioná-los para entender as tramas da história. Os ministros eram de crucial
relevância para o funcionamento e manutenção do Reich Nazista e, eram
escolhidos por Hitler e ainda, tinham a função de ajudá-lo a comandar a
Alemanha, alguns desses ministros também eram responsáveis pelas questões
políticas e, outros, porém, ajudavam nas questões da Guerra.
Wilhelm Frick foi o Ministro do Interior do Reich até 1946, quando passou a
ocupar o cargo de Protektor da Boêmia e Morávia. Formado em Direito, fez
graduação em Jurisprudência e depois acabou por se filiar ao Partido Nazi, e,
em 1923, ele já havia participado do Putsch da Cervejaria[77], portanto, era um
dos homens que estava com Hitler há muito tempo e desfrutava de sua
confiança. Foi sentenciado a morte nos Julgamentos de Nuremberg.
Já a história de Sophie Scholl no filme “Uma mulher contra Hitler” que foi
lançado em 2005 e dirigido por Rothemund, sendo indicado ao Oscar de
melhor filme estrangeiro e, entre outras premiações, recebeu dois Ursos de
Prata no Festival de Berlim.
Era uma estudante alemã que, juntamente com seu irmão Hans, foi presa após
a distribuição de alguns panfletos na Universidade de Munique, em 1943.
Submetidos a longos e cansativos interrogatórios, os dois foram guilhotinados
após um julgamento sumário, juntamente com Christoph Probst (também
membro do grupo Rosa Branca ou Blanche Rose).
Aliás, Zygmunt Bauman levantou tal questão sobre a fragilidade das reflexões
sociológicas sobre o Holocausto[79], as quais, estão comprometidas com essa
concepção moral como fato societário, tornariam impossível, a devida
compreensão teórica da emergência de escolhas individuais como a resistência
na Alemanha nazista.
A moral cumpriria assim uma função de integração social, sendo essa visão, de
acordo com Bauman, uma redução: uma estratégia que procede pela
suposição de que os fenômenos morais na sua totalidade podem ser
exaustivamente explicados em termos das instituições não morais que lhes
conferiram sua força indutora.
A crítica de Bauman visa ao privilégio, visto por este como quase exclusivo, do
societário nas análises sociológicas da moral. Afinal, para Bauman, se a moral
só pode aparecer em sociedade, isso não quer dizer que esta deva ao
societário sua origem, sob a forma de treinamentos e imposições.
O que resultou em treze mil bebês mestiços, apenas em Kansai e outras três
mil mulheres japonesas com filhos negros em Yokohama. Mesmo nos países
que não sofreram a ocupação militar na guerra, a prostituição se proliferou
crescentemente.
O best-seller do Holocausto, o Diário de Anne Frank, que era uma menina que
viveu escondida com sua família em um sótão de Amsterdã, na Holanda
durante dois anos.
Escreveu até 01 de agosto de 1944, exatamente três dias antes de ser presa
com seus familiares e outros ocupantes do chamado “anexo secreto” onde
viviam, na rua Prinsengracht, 263.
O esconderijo fora descoberto em 04 de agosto de 1944 e as pessoas que ali
moravam foram deportadas para vários campos de concentração da Europa.
Apenas o pai da menina escritora, Otto Frank sobreviveu[83]. Como eram
judeus-alemães de Frankfurt, a família Frank havia deixado a Alemanha em
1933, na esperança de escapar das garras do nazismo.
Mas essa primeira versão, trouxe muitas passagens que foram omitidas e
suprimidas por Otto Frank[84]. Principalmente os trechos onde Anne escrevia
sobre as descobertas sobre o sexo e sobre sua própria sexualidade, sobre os
conflitos com a mãe e as opiniões depreciativas que tinha sobre os outros
habitantes do mesmo esconderijo.
Na terceira versão é bem menos explícita, possuindo trechos não tão pesados,
mas que ainda assim conseguem retratar o sofrimento que os judeus
passaram. Esta terceira versão foi editada por Otto Frank, onde se reuniram as
duas versões anteriores ainda que tivessem cortes.
A quarta versão foi criada e organizada em 1955 pela escritora alemã, Mirjam
Pressler, é bem a semelhante à segunda versão, que foi a organizada pelo pai
de Anne. É uma versão reorganizada, fazendo que esta seja menos conhecida.
Anne além de abordar temas como menstruarão, contatos físicos, beijos e sexo
e, outros tabus para adolescentes da década de 1940, em pelo menos uma
passagem a menina relatou uma fantasia lésbica. Em 06 de janeiro de 1944, na
época escreveu: “Uma vez, quando estava pensando a noite na case de
Jacque não pude conter minha curiosidade sobre seu corpo, que ela sempre
havia escondido de mim e que eu nunca tinha visto. Perguntei se, como prova
de nossa amizade, poderíamos tocar os seios uma da outra, Jacque recusou...
Também tive um desejo terrível de beijá-la e beijei. Sempre que vejo uma
mulher nua, como a Vênus, em meu livro de história da arte, entro em êxtase”.
(...)
Os cortes realizados na obra de Anne pelo seu pai e editor original em 1947
subestimaram os aspectos mais complexos de sua personalidade e origem
judaica, facilitando, por sua vez, a transformação desta em uma figura
idealizada e universal de martírio da segunda guerra mundial.
Anne Frank e toda sua família foram deportadas para Auschwitz em setembro
de 1944. A mãe morreu ali de fome e exaustão. Anne e sua irmã Margot foram
enviadas para Bergen-Belsen, e morreram de tifo, provavelmente em fevereiro
de 1945. Incrivelmente Otto Frank sobreviveu a Auschwitz.
Oficialmente Hitler teria morrido por suicídio em abril de 1945, mas até hoje a
fuga do Führer está no topo das teorias de conspiração. Cogita-se que Hitler
teria passado seus últimos dias no Brasil, Argentina e até mesmo na África,
bem longe dos olhos dos Aliados.
Não foi a última a história sobre o fim de Hitler e sobre as teorias de fuga de
Hitler em uma Berlim cercada pelo Exército Vermelho ou qualquer outra
novidade sobre o líder nazista.
Ruby Bradley era enfermeira que servia com militares quando foi capturada
após o ataque de Pearl Harbor. Tornou-se prisioneira de guerra, quando se
dedicou a se cuidar de colegas com necessidades médicas e lhes oferecendo a
própria comida.
Ficou detida por trinta e seis meses e, nesse tempo, realizou mais de duzentas
e trinta cirurgias e partos no campo de concentração, sem as condições
adequadas. Ainda contrabandeava suprimentos médicos e comida para os
prisioneiros. Quando foi libertada em 1945 estava pesando somente trinta e
seis quilogramas. Cinco anos mais tarde, Bradley serviu nas linhas de frente da
Guerra da Coreia.
Nancy Wake era aliada à Resistência Francesa e chegou a ser a mulher mais
procurada pelo exército nazista. Passou anos transportando pessoas com
documentos falsificados e refugiados da França durante a guerra. Até que foi
captura e mesmo a tortura dos longos interrogatórios, nunca revelou nenhum
segredo e, ainda, conseguiu escapar em 1943.
Travers e seu parceiro, um general francês, perceberam que não teriam ajuda
e teriam que tomar alguma providência. Susan tomou a direção de um
caminhão e liderou uma comitiva de fugo no meio do deserto. E, durante o
caminho seu veículo chegou a ser baleado onze vezes, mas mesmo assim, ela
conseguiu chegar até a fronteira.
O mundo que surgiu com o fim do segundo grande conflito armado mundial foi
muito diferente daquele que existiu em 1939. As potências do Eixo estavam
vencidas, mas também a Grã-Bretanha e a França saíram debilitadas da
guerra.