O documento discute a luta das mulheres pelo direito ao voto no Brasil no século XX. Movimentos sufragistas pressionaram o governo por este direito. Finalmente, em 1932, o governo Vargas concedeu o voto feminino através de um decreto eleitoral.
O documento discute a luta das mulheres pelo direito ao voto no Brasil no século XX. Movimentos sufragistas pressionaram o governo por este direito. Finalmente, em 1932, o governo Vargas concedeu o voto feminino através de um decreto eleitoral.
O documento discute a luta das mulheres pelo direito ao voto no Brasil no século XX. Movimentos sufragistas pressionaram o governo por este direito. Finalmente, em 1932, o governo Vargas concedeu o voto feminino através de um decreto eleitoral.
nas democracias indiretas porque permite que as pessoas exerçam seus direitos de cidadania e participem do processo político, elegendo seus representantes políticos ou concorrendo a cargos políticos disponíveis. Até o início do século 20 , o voto, em quase todos os países, era direito exclusivo dos homens – principalmente dos ricos No cenário de grandes transformações do século XX, as mulheres ativistas que se mobilizaram pelo direito das mulheres à participação política tornaram-se sufragistas. 1- A mulher na sociedade brasileira no século XIX Ao longo do século XIX, as cidades brasileiras passaram por mudanças estruturais, podemos citar o comércio cada vez mais ativo, a industrialização precoce, as comunicações que ampliaram seus espaços e maiores índices de alfabetização, principalmente nos centros urbanos. Como tal, eles permitem o surgimento de novas ideias, ideologias e visões políticas. Não há dúvida de que a aceleração da urbanização e o desenvolvimento da industrialização também contribuíram para muitas mudanças na estrutura social da sociedade brasileira, como a necessidade de cada vez mais mão de obra para trabalhar nas fábricas e no comércio, e a inclusão de muitas mulheres e crianças nestes empregos., na maioria das vezes, este é um trabalho muito instável que poucas pessoas apreciam. A mulheres brasileiras no século XIX era muitas vezes responsáveis pelo trabalho doméstico, e elas deveriam realizar atividades relacionadas à família, como cuidar da família, cozinhar e lavar roupas. Onde cabia ao homem a responsabilidade financeira da família e a mulher competia todas as funções da casa, mediante a procriação e a educação dos filhos. Havia uma grande insistência desses pensamentos de que em seu cotidiano, a mulher deveria manter-se afastada da vida social e considerar a reclusão no lar como seu único e devido espaço. Dessa forma, muitas delas, principalmente das classes com mais condições financeiras, inicialmente não tinham interesse de instrução e nem de participação política na sociedade, e se por acaso houvesse, essas seriam tidas como mulheres desprezíveis, pois não se enquadravam nos moldes conservadores que a Igreja e muitos juristas recomendavam e faziam grandes esforços para evitar qualquer alteração na ordem social, qual queriam consolidar cada vez mais no país. Nas escolas do Império, as meninas aprendiam a ler e escrever, depois, as quatro operações matemáticas. Outra disciplina era conhecida como “artes do lar”, que tinha como objetivo formar boas senhoras do lar. Economia doméstica era outro conteúdo reservado às moças. Elas não aprendiam matérias relacionadas às ciências naturais, nem aquelas consideradas mais lógicas, como a geometria. Mesmo com oportunidades de trabalho desiguais, isso foi muito importante porque fez com que elas circulassem no espaço público. Grande avanço, ora, porque, no passado, as mulheres geralmente só tinham permissão de sair de casa para se dedicar às atividades religiosas, como ir às missas. Na sociedade acreditava-se que as mulheres, como tinham o dom de educar seus filhos, também podiam educar outras crianças e adolescentes. 2- O feminismo Mas pensar que as mulheres na época permaneceram estáticas sob o domínio dos seus patriarcas é inconcebível, já que muitas mulheres – inclusive da alta sociedade – estavam recebendo influências “libertinas” inglesas e francesas. Um número cada vez maior de mulheres passou a criticar a sociedade que dera aos homens mais direitos do que obrigações e às mulheres mais obrigações do que direitos. Mas os estreitos limites da sociedade local frustravam suas aspirações à independência econômica e à cidadania que aquela convivência alimentava. É bom lembrar que os avanços dos direitos femininos continuavam restritos aos grandes centros urbanos que adaptavam seus costumes aos cosmopolitas europeus, fora dessas áreas (no interior) continuava as mulheres submetidas ao julgo patriarcal. Quanto aos direito da educação as mulheres, permaneciam nas escolas até os doze anos de idade quando saíam para se casar. Nas escolas, as meninas apreendiam rudimentos de história, geografia, aritmética, composição literária, doutrina cristã e trabalhos de agulha. Em razão da precária educação, poucas mulheres estavam preparadas para prestar os exames de seleção quando as Faculdades de Direito, Medicina, Farmácia e Arquitetura abriram finalmente suas portas às mulheres em 1879. Mas apesar disso, você pode encontrar ao findar do século algumas mulheres entre os advogados, dentistas e médicos. Foi destes quadros que saíram as principais feministas. O voto feminino no Brasil é uma conquista dos movimentos sufragistas ligados ao feminismo. Esse movimento pede que as mulheres tenham cidadania e participem da seleção de representantes. No Brasil, o governo de Getúlio Vargas permitiu que as mulheres votassem apenas por meio do Decreto de Lei Eleitoral de 1932. A luta pelo voto feminino no Brasil O movimento sufragista O movimento sufragista foi um amplo movimento ocorrido em vários países democráticos do mundo, entre o fim do século XIX e o início do século XX, para organizar a luta das mulheres pelo direito ao sufrágio (voto). O sufrágio feminino foi negado no início das eras democráticas, em razão de uma organização sexista da política, que mantinha o domínio político nas mãos dos homens e excluía as mulheres com base na prerrogativa preconceituosa de que as mulheres eram incapazes de atuar no meio político. O movimento sufragista também representou a primeira onda do feminismo, luta histórica pela igualdade de gênero, que buscava, em sua primeira fase, garantir às mulheres o direito ao voto. As mulheres que haviam estudado – em geral, filhas da classe burguesa – estavam reivindicando os direitos femininos à educação, ao trabalho em suas áreas de formação (vale lembrar que as mulheres pobres já trabalhavam nas indústrias e nas manufaturas há pelo menos 200 anos), ao divórcio e à participação política. O movimento sufragista foi o ápice dessa luta e, por isso, marcou a história do feminismo como o primeiro grande movimento pela luta contra o sexismo e a favor da igualdade de gênero. Muitos movimentos sufragistas presumem que suas ações eram parte de uma luta coletiva expressamente internacional, e eles ganharam um sentido de camaradagem universal das mulheres, mesmo em face da oposição interna significativa. Outras linhas de pensamento, ao contrário, localizam a mudança social nos processos nacionais de modernização e de desenvolvimento político, colocando a aquisição do sufrágio feminino como uma vitória nacional peculiar. As sufragistas Desde o século XIX, inúmeros projetos de reformulação do sistema eleitoral foram apresentados no Brasil por deputados que defendiam o sufrágio feminino, mas nenhum deles foi aprovado. Mais tarde, já no século XX, os movimentos sufragista e feminista ganharam espaço no país. Em 1910, a professora baiana Leolinda Daltro fundou o Partido Republicano Feminino e, doze anos depois, Bertha Lutz deu início à Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Ambas as organizações buscavam pressionar o governo em prol da obtenção de direitos para a mulher, como o de votar, realizando congressos, passeatas e abaixo-assinados. No final da década de 1920, grandes avanços na causa sufragista aconteceram. As mulheres ainda não tinham direito de votar por uma lei federal, mas o voto feminino avançou em um estado brasileiro, sinal de que tinha cada vez mais legitimidade perante a sociedade. Além disso, uma mulher ocupou um cargo político pela primeira vez em nosso país.Em 25 de outubro de 1927, foi aprovada a lei estadual nº 660, no estado do Rio Grande do Norte. Essa lei, que só vigorava no território potiguar, determinava que as mulheres teriam direito ao voto. Esse fato representou um grande avanço para a causa sufragista, e uma grande divulgação da lei aconteceu com o objetivo de promover a causa nacionalmente. A primeira mulher que se alistou nesse estado foi a professora Celina Guimarães, na cidade de Mossoró. O Rio Grande do Norte também foi pioneiro em outro fato: em uma cidade desse estado, a primeira mulher tomou posse de um cargo político eletivo. Isso se deu em 1928, quando Alzira Soriano venceu a eleição para a prefeitura de Lages. Ela recebeu 60% dos votos e foi empossada como prefeita da cidade potiguar em 1º de janeiro de 1929.Sua gestão ficou conhecida pelo desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de estradas e escolas e melhorias no sistema de iluminação pública. O mandato de Alzira, no entanto, não foi longo. Ela foi afastada da prefeitura após a Revolução de 1930, pois não concordava com o movimento que levou Vargas à presidência. No mesmo ano, a advogada mineira Mietta Santiago notou que a proibição do voto feminino contrariava um artigo da Constituição brasileira de 1891, que estava em vigor. Mietta recorreu à justiça e ganhou o direito de votar e se candidatar. Ela concorreu a um cargo de deputada federal e deu o seu primeiro voto em si mesma. Em 1930, começou a tramitar no Senado o projeto que garantiria o direito de voto às mulheres, mas com a revolução ocorrida naquele ano, as atividades parlamentares foram suspensas. Depois da vitória das forças democráticas, foi nomeado um grupo de juristas encarregado de elaborar o novo código eleitoral – dentre eles estava Bertha Lutz. Conclusão Foi durante a presidência de Getúlio Vargas que as mulheres, finalmente, tiveram seu direito ao voto garantido. A plataforma que levou Vargas ao poder tinha na reforma do Sistema Eleitoral uma de suas prioridades, e a reforma desse sistema também era fundamental para que o presidente conseguisse enfraquecer a oligarquias. Pouco mais de um ano da subida de Vargas à presidência, foi anunciado o decreto nº 21.076. Esse decreto foi emitido no dia 24 de fevereiro de 1932 e ficou conhecido como Código Eleitoral, estabelecendo uma padronização para o Sistema Eleitoral de nosso país. Por meio dele, as restrições de gênero ao voto foram abolidas. Com isso, as mulheres brasileiras tornaram-se aptas a alistarem-se eleitoralmente. De toda forma, o direito ao voto feminino – acompanhado do direito de se candidatar e ser eleita – foi conquistado com lutas históricas de longa duração com mulheres desbravadoras que lideraram as primeiras conquistas feministas e mostraram que lugar de mulher é também nos centros de decisão do país. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a permitir o voto feminino. Os critérios para que as mulheres pudessem votar eram: ter mais de 21 anos e ser alfabetizadas. Em 1934, o voto feminino tornou-se um direito constitucional, uma vez que foi incluído na Constituição de 1934. Nos dias atuais, as mulheres têm seu direito ao voto assegurado pela Constituição Cidadã, promulgada em 1988. O Sistema Eleitoral atual do Brasil é o mais democrático de nossa história, uma vez que permite que todos os cidadãos maiores de 16 anos possam votar. A conquista do voto feminino é celebrada atualmente por meio de uma data comemorativa: o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, comemorado no dia 24 de fevereiro.
Democracia, Direitos Fundamentais, Paradigmas: Justiça, Segurança e Liberdade : Democracia – história do constitucionalismo e formação do Estado – Estado de Direito Democrático – Estado Social – Direitos Fundamentais
As Mulheres Pertencem A Um Grupo Considerado Vulnerável A Qual Durante Muito Tempo Persistiu A Ideia de Que Elas Não Eram Dignas de Diversos Tipos de Direitos