Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
PANORAMA HISTÓRICO
Nesse passo, não se pode deixar de evidenciar que mesmo com tantas discussões teóricas e a
criação de legislações específicas para proteção e a concessão de direitos às mulheres, ainda
persiste certa fraqueza na sua eficiência e no seu cumprimento dentro da sociedade. Um
exemplo são os altos índices de violência contra mulher mesmo após a promulgação da Lei
Maria da Penha, havendo um crescimento de 13% para 37% no percentual
de mulheres agredidas por ex-companheiros entre os anos de 2011 e 2019, incluindo situações
em que os agressores eram ex-maridos e também ex-namorados, segundo a 8ª edição da
Pesquisa Nacional sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Também há que se
falar nos casos alarmantes de Feminicídio, especialmente no período atual de pandemia da
Covid-19, em que muitas vítimas ficam reclusas em casa junto com seus agressores. Tal crime
hediondo consiste no assassinato de uma mulher vítima de violência doméstica e familiar, por
menosprezo ou discriminação à condição da vítima ser uma mulher, segundo a Lei do
Feminicídio (Lei nº 13.104/2015).
Com isso, é importantíssima a atuação estatal na coibição de crimes desta natureza e na
atuação em parceria com instituições em defesa à mulher, com a implementação de projetos
de conscientização e que tragam informação e educação para a população, de forma a se
resguardar a proteção aos direitos femininos e proporcionar uma sociedade justa, segura e
igualitária.
No século XIX, surge um novo discurso filosófico sobre a mulher. Com as manifestações contra a
discriminação feminina e a luta pelo direito ao voto, acontecimentos que prevêem uma melhoria na
perspectiva da forma de viver das mulheres.
A figura da mulher, de elemento secundário, passou a ser algo extremamente importante na sociedade
atual, onde ela exerce cada vez mais um papel de protagonista, embora ainda sofra com as heranças
históricas do sistema social patriarcalista em seu dia a dia. Com o tempo, graças às lutas promovidas,
a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de
mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e estruturas
hierárquicas menos submissas.
Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere
aos diferentes gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula tanto as funções trabalhistas
quanto as domésticas e até as maternas, ficando, muitas vezes, sobrecarregada. Além disso, o
número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é menor, embora elas
constituam a maioria apta a pertencer ao mercado de trabalho. E por falar em trabalho, o salário da
mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na sociedade atual, fator que fica
ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.
É por essa desigualdade ainda latente, fruto de um passado que deixou marcas na atualidade – em
que a mulher era vista apenas para a reprodução e como um complemento do homem –, que surge a
necessidade de lutar pelos direitos femininos.
Não por acaso, a influência do feminismo tem crescido na sociedade, apesar do fato de muitas
pessoas carregarem mitos sobre esse movimento, tal como pensar que feminismo é o contrário de
machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens, entre outros erros. A luta feminista
é pela igualdade entre mulheres e homens na sociedade, é contra o machismo e o patriarcalismo,
lutando pela liberdade individual, tanto é que homens também podem atuar, embora as lideranças
devam ser obviamente compostas por mulheres.
Mais um entre os problemas vividos pelas mulheres na sociedade é a questão da violência. Embora
leis específicas (tais como a “Lei Maria da Penha”) e as Delegacias da Mulher tenham sido criadas no
Brasil, ainda são numerosos os casos de agressões no ambiente domiciliar, assédio, estupro,
assassinatos e outros. Isso sem falar no monitoramento social constante sobre as atitudes e o corpo
da mulher, que são cada vez mais cercados de “regras” e posturas morais que muitas vezes privam os
direitos e as liberdades individuais.
Por todos esses motivos, embora o papel da mulher na sociedade venha se tornando cada vez maior e
melhor, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. É preciso, pois, combater a cultura
machista na sociedade (e isso não significa “combater os homens”!), melhorar o acesso das mulheres
a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre
o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de efetivar a proteção de mulheres
ameaçadas em seus cotidianos.
Os desafios são grandes, mas quanto menor for a resistência das pessoas no sentido de questionar ou
combater as pautas femininas, mais ampla e melhor será a efetivação de uma sociedade mais
igualitária. Trata-se de uma missão a ser concluída por toda a sociedade, tanto pelas mulheres quanto
pelos homens.
Finalmente esperamos que um número cada vez maior de pessoas possam reconhecer que existem
mudanças urgentes e possíveis para acontecer, objetivando que os seres humanos possam articular
uma vivência mutuamente inclusiva. Onde homens e mulheres possam compreender suas vidas por
uma visão mais ampla, para que a partir daí, consigam participar das mais variadas formas da criação
de um futuro sustentável, igualitário e renovado.
Através destes relatos que este requerimento tem o intuito, no âmbito municipal, de fazer o
reconhecimento da importância das mulheres no desenvolvimento do nosso município, com uma
singela homenagem através da MOÇÃO DE APLAUSOS, ato este que temos a certeza de suma
importância para as mulheres, pois temos o reconhecimento de sua importância em nosso município,
estado e país. Para isso a ideia é de nominar representantes de algumas das nossas entidades, tais
como escolas, departamentos públicos, para estarem representando as mulheres do município,
recebendo esta singela homenagem que será realizada no dia 08/03/2019 pela Câmara Municipal de
Paraíso do Norte.
O processo histórico de aquisição de direitos para as mulheres foi um processo árduo e
masculinas, o que alterou a dinâmica social da época. Destaca-se que a mulher negra já
vivia muito antes uma jornada até tripla de funções, sendo mãe, dona de casa e
trabalhando fora. Pois bem, com a mudança na dinâmica das atribuições na sociedade, o
mundo se viu na obrigação de mudar! Junto com a história, os costumes e o mundo jurídico,
Porém, eis de salientar que mesmo com tamanha mudança, o machismo ainda se encontrava
nesses processos, causando entraves para o exercício da igualdade de gênero e de direitos!
Nesse passo, não se pode deixar de evidenciar que mesmo com tantas discussões teóricas e a
criação de legislações específicas para proteção e a concessão de direitos às mulheres, ainda
persiste certa fraqueza na sua eficiência e no seu cumprimento dentro da sociedade. Um
exemplo são os altos índices de violência contra mulher mesmo após a promulgação da Lei
Maria da Penha, havendo um crescimento de 13% para 37% no percentual
de mulheres agredidas por ex-companheiros entre os anos de 2011 e 2019, incluindo situações
em que os agressores eram ex-maridos e também ex-namorados, segundo a 8ª edição da
Pesquisa Nacional sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Também há que se
falar nos casos alarmantes de Feminicídio, especialmente no período atual de pandemia da
Covid-19, em que muitas vítimas ficam reclusas em casa junto com seus agressores. Tal crime
hediondo consiste no assassinato de uma mulher vítima de violência doméstica e familiar, por
menosprezo ou discriminação à condição da vítima ser uma mulher, segundo a Lei do
Feminicídio (Lei nº 13.104/2015).
Com isso, é importantíssima a atuação estatal na coibição de crimes desta natureza e na
atuação em parceria com instituições em defesa à mulher, com a implementação de projetos
de conscientização e que tragam informação e educação para a população, de forma a se
resguardar a proteção aos direitos femininos e proporcionar uma sociedade justa, segura e
igualitária.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, J. D. Feminismo: origens, conquistas e desafios no século 21. Nexo Jornal. Disponível
em: https://www.nexojornal.com.br/explicado/2020/03/07/Feminismo-origens-conquistas-e-
desafios-no-século-21. Acesso: 27 ago. 2022.
BARRETO, G. A evolução histórica dos Direitos da Mulher. Jus Brasil. 2016. Disponível em:
https://gabipbarreto.jusbrasil.com.br/artigos/395863079/a-evolucao-historica-do-direito-das-
mulheres. Acesso em: 28 ago. 2020.
UFSC. Declaração dos direitos da mulher e da cidadã. Tradução de Selvino José Assmann.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/download/911/10852/0.
Acesso em: 28 ago. 2022.
https://www.bing.com/ck/a?!
&&p=aa0f5f804dcfe865JmltdHM9MTY2MTYwMjQ0OCZpZ3VpZD1mMTAxMWYyMS1kNTkz
LTRiNDMtOTE0Zi1hYjhhNjY2MzQxYTcmaW5zaWQ9NTE5Nw&ptn=3&hsh=3&fclid=c021744
6-2601-11ed-919f-
f22dc4fd9189&u=a1aHR0cHM6Ly9wZXJpb2RpY29zLnVmc2MuYnIvaW5kZXgucGhwL2ludGV
ydGhlc2lzL2FydGljbGUvZG93bmxvYWQvOTExLzEwODUyLzA&ntb=1
https://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwijuunQqOX5AhWjr
ZUCHf0gC2EQFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.ufsc.br%2Findex.php
%2Finterthesis%2Farticle%2FviewFile
%2F911%2F10852&usg=AOvVaw0aalCD4_a4_F9zR3qs5Gz9
A%20Evolu%E7%E3o%20da%20Mulher%20na%20Sociedade-converted.pdf (ifce.edu.br)
https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/historia-dos-direitos-das-mulheres/?
gclid=EAIaIQobChMI6e_Aw4fC-QIVCjyRCh3Nngt-EAAYASACEgLzivD_BwE
https://bellatodesconhecido.jusbrasil.com.br/artigos/254204838/direito-da-mulher-na-biblia
https://gabipbarreto.jusbrasil.com.br/artigos/395863079/a-evolucao-historica-do-direito-das-
mulheres
https://revistas.ufpr.br/relegens/article/view/35565
A%20Evolu%E7%E3o%20da%20Mulher%20na%20Sociedade-converted.pdf (ifce.edu.br)
PapelDaMulher.pdf (ufu.br)
Principais lutas e conquistas das mulheres ao longo da História - Esporte Clube Pinheiros
(ecp.org.br)
INTRODUÇÃO (ufc.br)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_da_Mulher_e_da_Cidad
%C3%A3
http://www.historia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/fontes%20historicas/
declaracao_direitos_mulher_cidada.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_da_Mulher_e_da_Cidad
%C3%A3
http://www.historia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/fontes%20historicas/
declaracao_direitos_mulher_cidada.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Olympe_de_Gouges
https://professoragiseleleite.jusbrasil.com.br/artigos/573290274/os-direitos-da-mulher-ate-hoje
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/729-4.pdf
https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/historia-dos-direitos-das-mulheres/?
gclid=EAIaIQobChMI6e_Aw4fC-QIVCjyRCh3Nngt-EAAYASACEgLzivD_BwE
GOUGES, Olympe de. Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne. In: Bibliothèque
Jeanne Hersch. Textes fondateurs. Disponível em:
«http://www.aidh.org/Biblio/Text_fondat/FR_03.htm» Acesso em 11 fev 2007