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E.E.E.

P MANOEL MANO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

CRATEUS-CE
2022
CRATEUS-CE
2022
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1. INTRODUÇÃO
Interesses políticos e econômicos sempre prevaleceram, no entanto em sua maioria das vezes
favorável somente às classes dominantes.Diante desse fato,todas as tomadas de decisões
foram pouco analisadas e acabaram acarretando prejuízos à sociedade como um todo,ao meio
ambiente e às culturas ainda preservadas. Aualmente,

2. RESUMO

Em suma, este trabalho apresenta aspectos históricos sobre as transformações e diferentes


conceitos que foram desenvolvidos ao longo da história sobre as realidades vivenciadas pela
sociedade, bem como uma reflexão sobre como todos esse aspectos ainda influenciam
negativamente na construção de uma sociedade mais igualitária em questões de gênero,
retratando também que apesar de grandes mudanças e grandes marcos alcançados, a questão
de luta por direitos das mulheres e ainda continua sendo uma problemática no cenário
mundial. Apresenta também as divergentes perspectivas apresentadas por filósofos e
escritores os quais discutiram o assunto na época. Por fim, ainda evidência a luta de mulheres
que além de julgadas pelo seu gênero,também foram fortemente discriminadas pela sua
sexualidade.
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3. A HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE

Primordialmente, e também atualmemte, discutimos que a mulher sempre foi alvo de


discriminações e quase sempre vista como alguém com a obrigação de ser submissa aos
homens e parceiros, devido a uma sociedade que constantemente se desvendou e se
desenvolveu machista.

Durante muito tempo, perdurou-se a imagem da mulher em condições equivalentes,que se


assemelhavam, à de escrava, numa época em que ser livre estava significada em,
estreitamente, ser homem. Tendo esse ponto em vista,você verá posteriormente, neste
trabalho, que ao decorrer das lutas femininas,todas as mulheres que de alguma forma tentaram
negar suas obrigações,seu “papel de mulher”, buscando mudar a realidade desigual, foram
consideradas bruxas, acarretando então o genocídio “caça às bruxas”. A partir dessa imagem
submissa ao homem,eram estabelecidas funções primordiais que adequariam a mulher ao seu
gênero,sendo elas: reprodução, a amamentação e a criação dos filhos.

3.1 A mulher para Aristóteles

Aristóteles (filósofo grego) explica que essa submissão das mulheres aos homens, deu-se pela
superioridade da autoridade masculina diante das vontades do casal, bem como da
necessidade de as mulheres se guardarem no interior da família, cumprindo o papel de mãe e
dando educação aos filhos. Segundo ele, elas não poderiam conduzir seus desejos e as
relações com outros, pois quem cumpria o papel de sobrepujá-las era o homem.

“A relação de macho para fêmea é por natureza uma relação de


superior a inferior e de governante a governado”
Aristóteles, Política

Nessa perspectiva, o filósofo encarava a família como a comunidade natural mais básica e
sobre a qual se edificavam as outras e, preso ao espírito da época, não conseguiu antever uma
estrutura da família que não se baseasse nas relações de dominação senhor/escravo e
marido/esposa. Para ele, essa estrutura de dependência e dominação era perfeita, no sentido de
que cumpria tão excelentemente as funções da família e, por isso, não fazia sentido
equacionar uma estrutura diferente.

3.2 “Caça às bruxas”

Um marco no que diz respeito à história das mulheres durante a Idade Média foi a perseguição
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a elas, mais conhecida como “caça às bruxas”. Foi um genocídio praticado contra o sexo
feminino, na Europa e nas Américas, em que muitas mulheres sofreram agressões e até
mesmo perderam suas vidas por serem consideradas feiticeiras.

3.2.1 Quem eram as bruxas?

O “Martelo das bruxas”, publicado em 1487, consiste no principal registro sobre quais eram
as características utilizadas para a identificação das mulheres que seriam condenadas nessa
época.

Mulheres que colhiam, cultivavam e tinham conhecimentos sobre como preparar receitas a
partir de plantas foram perseguidas porque tais saberes e práticas populares eram condenados.
As mulheres eram descritas como seres selvagens em oposição ao modelo defendido de
mulheres passivas, dóceis, obedientes, submissas e subordinadas ao controle dos homens. A
fogueira foi defendida como melhor recurso por eliminar o sangue e a ameaça de
contaminação.

Além disso, as principais acusações eram referentes às práticas sexuais e reprodutivas. Sendo
assim, os desejos e prazeres sexuais das mulheres eram considerados como demoníacos.
Nesse sentido, a condenação do desejo sexual chegava a tal ponto que uma das supostas
evidências afirmada para que as mulheres fossem queimadas era possuir um clitóris grande,
como se um clitóris grande fosse uma marca do demônio.

Parteiras e curandeiras foram perseguidas como praticantes de feitiçaria. Essas mulheres eram
uma ameaça para as sociedades profissionais em torno das quais se registram os novos saberes
especializados que serão validados como científicos, como a medicina, que começa a
organizar-se como categoria no século XVI

3.3 A mulher para Jacques Sprenger

Jacques Sprenger, inquisitor, publicou no final do século XV (15) um “manual da caça às


bruxas”, no qual fazia referência aos textos sagrados que mencionavam a criação da mulher,
justificando sua inferioridade, em decorrência de a primeira delas ter se formado de uma
costela defeituosa de adão, sendo, por tal motivo, um ser vivo imperfeito.
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3.4 Desenvolvimento econômico da mulher

No final do período medieval, as mulheres passaram a assumir importante papel no


desenvolvimento econômico das cidades. Surgiu um novo modelo de relação de trabalho,
tendo em vista o alto crescimento da economia urbana, e as mulheres passaram a ser inseridas
nesse espaço, que visava intercalar trabalho e cotidiano, no qual, com o casamento, o homem
e a mulher formariam um núcleo de atividade econômica.
Por mais que essa porta tenha sido aberta e tenha surgido a possibilidade de as mulheres
alcançarem independência social e profissional, ainda havia conflitos com os ditames
impostos pela economia, pela política e pelas mentalidades. Permanecia a grande ideia de a
formação da mulher ser voltada para a área da família e da economia doméstica, não havendo
a possibilidade de ter uma formação profissional ou científica.
No período renascentista (séc. XIV (14) a séc. XVI (16)) o trabalho feminino também foi
depreciado. As mulheres que trabalhavam eram desvalorizadas, mas nem por isso deixaram de
exercer suas atividades, pois as necessidades materiais de sobrevivência exigiam que assim
fosse8.

Essa desvalorização acarretava o recebimento de remuneração inferior à dos homens, e,


consequentemente, havia a exploração da mão de obra feminina para que houvesse maior
acumulo de capital.

A mulher, portanto, não foi afastada do trabalho, ela foi incluída nessa esfera, mas em
condições míseras. Diante desses obstáculos para participar do mercado de trabalho, muitas
passaram a realizar trabalhos a domicílios, eram contratadas por alguém, algo muito comum
no ramo da confecção, e presente até os dias atuais
.

Intelectualmente, os homens estavam em crescente desenvolvimento, enquanto as mulheres


continuavam estagnadas. Até o século XIX (19) não se tinha registro de mulheres
frequentando uma universidade. As mulheres perderam até a profissão de parteira, substituída
pela obstetrícia, especialidade destinada aos homens. Devido a esse tratamento dado a homens
e mulheres, e a inferioridade a que elas eram submetidas, é que começaram a contestar a
desigualdade de gênero no que diz respeito ao acesso ao trabalho e à educação

3.5 Olympe de GOUGES


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No período da revolução francesa, as mulheres, insatisfeitas com a sua situação, tentaram


conquistar a mesma liberdade dada aos homens. A escritora Olympe de GOUGES, indignada
com a sujeição das mulheres à sociedade machista, propôs a “Declaração dos Direitos da
Mulher”, comparável à “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, pretendendo
assim, acabar com os privilégios dos homens. Este foi o grande marco dessa luta feminina
pela igualdade.

Olympe de GOUGES foi sentenciada à morte, guilhotinada em 1739, sob a acusação de ter
deixado de lado os benefícios do seu gênero e tentar ser um homem de Estado.

3.6 Crítica de Mary WOLLSTONECRAT ao filósofo Rousseau.

Na Inglaterra, o feminismo foi muito marcado pela crítica que Mary WOLLSTONECRAT
(escritora) fez aos pensamentos de Rousseau (filósofo). Ele acreditava que o homem pertencia
ao mundo externo e a mulher ao interno, devendo sempre estar a serviço do homem.
WOLLSTONECRAT contestou que existem diferenças naturais entre homens e mulheres,
tanto de caráter quanto de inteligência. A suposta inferioridade da mulher dava-se pela sua
educação, propondo, então, que as mulheres passassem a ter as mesmas oportunidades de
formação intelectual, bem como de desenvolver-se fisicamente, que os homens

3.7 Capitalismo

Após esse período da revolução, e com a chegada do século XIX, veio o capitalismo que
trouxe consequências para a esfera feminina. Com a implementação de fábricas e o
desenvolvimento da tecnologia, as mulheres passaram a trabalhar dentro do setor fabril, em
atividades compatíveis com as que exerciam dentro de casa, em condições degradantes, e com
remuneração sempre inferior à dos homens. Uma das justificativas para tal diferença é de que
não havia a necessidade de as mulheres ganharem mais que os homens, pois elas tinham quem
as sustentasse, no caso, eles próprios.
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4. LUTA PELA VISIBILIDADE DE MULHERES LGBTQIAP+


Os Apesar das conquistas já alcançadas pela comunidade homossexual, as mulheres
lgbtquiap+ ainda sofrem com o preconceito e a discriminação, que é mais intenso no caso
delas pelo fato de, além de serem , também mulheres, enfrentando, portanto, uma dupla recusa
social. Por apresentarem diferenças de gênero em relação aos hoemens, ao longo da história,o
assunto foi freqüentemente ignorado pelas legislações. Sendo assim, muitas dessas mulheres
terminam por ser vítimas de ações discriminatórias e preconceituosas por parte da família,
amigos, ambiente de trabalho e da sociedade em geral.
Independente da aceitação ou não, a transformação do mundo é rápida, conceitos acerca das
relações humanas são renovados e reinventados, buscando sempre a felicidade e fazendo com
que as pessoas sejam conduzidas à liberdade de optarem por viver uma vida sem exclusões.
Porém, essas pessoas têm convivido com situações às quais esboçam reações muitas vezes
discriminatórias, em conseqüência da má informação, da homofobia e do preconceito.
No que tange especificamente à história da homossexualidade feminina, esta é
envolta em mistério, pois, corno é relatado em Sell (1987), Safo, urna poetiza grega, escrevia
a respeito de mulheres e do amor entre mulheres. Todavia, ainda existem contradições quanto
à sua orientação sexual, mas sabe-se que ela cultuava as mulheres que a rodeavam, e que a
sociedade da época comentava a respeito. A relação homossexual feminina era conhecida na
Antiguidade, mas não era aceita, sendo que o amor entre duas mulheres era entendido como
não-natural, ou também chamado de amizades desonrosas de Safo.
A discriminação sofrida pelos homossexuais foi tamanha que muitos eram internados em
manicômios, considerados como doentes mentais, recebendo tratamentos muitas vezes
desumanos, sendo esquecidos pelas famílias e amigos. Uma vez evidenciada a
homossexualidade, tinha início um processo de discriminação, sendo fácil excluir o
homossexual do convívio familiar, ou ainda rotular o mesmo como um doente ou uma pessoa
de comportamento imoral.

4.1 Luta e direitos alcançados

Ao se abordar a luta das homossexuais femininas por direitos, torna-se necessário tratar brevemente
do movimento feminista, uma vez que ambos se encontram vinculados. Em outras palavras, ao
longo da história, a luta por direitos das homossexuais esteve comumente associada à luta
desenvolvida pelo movimento feminista.

Alguns pensadores da época, como Rousseau, ainda apresentavam críticas às mulheres. De acordo
com Pinski e Pedro (2003, p. 266), esses pensadores:
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[...] duvidavam da capacidade das mulheres. Para eles, as


mulheres, por sua natureza distinta, não conseguem raciocinar
do mesmo modo que os homens, pois são movidas mais pelas
paixões — [...] perigosa ao bom funcionamento da sociedade

.Pinski e Pedro (2003, p. 266)

Como se observa, os filósofos desse período, como já havia ocorrido em épocas anteriores,
reafirmavam que as mulheres eram seres inferiores aos homens e, por conta dessa inferioridade,
deveriam ser subordinadas a eles. As mulheres independentes e poderosas eram condenadas pelos
filósofos. "A mulher que atua nos territórios 'masculinos' da cultura e da política foi repudiada em
favor da mulher doméstica. que elege a família como centro de sua vida" (PINSKI e PEDRO, 2003,
p. 267).

Contudo, a luta por direitos, como: educação, maior espaço na sociedade e trabalho, tomaram
proporções significativas, sendo que as mulheres foram conquistando suas reivindicações com
muito custo. Mas o casamento ainda era o foco principal dessas mulheres e muitas delas preferiam
"tolerar alguma violência doméstica que viver sem um companheiro" (PINSKI e PEDRO, 2003, p.
277).

O direito ao voto fora conquistado muito tempo depois em virtude do impasse político das
mulheres na Inglaterra que bloqueava essa busca. Em vários outros países os grupos de
enfrentamento eram divididos entre as feministas e as trabalhadoras, sendo que as primeiras
buscavam direitos não apenas trabalhistas, mas também sociais. Por isso consideravam que as
trabalhadoras eram discriminatórias. Os Estados Unidos foram os pioneiros em reconhecer direitos
feministas, incluindo o voto em 1869.

Os direitos sexuais também fizeram parte dessa luta. As mulheres procuravam sua independência
sexual, optando entre ter ou não um filho, buscando também o reconhecimento por parte dos
homens de que elas não mais aceitariam a submissão. Embora nos dias atuais ainda exista esta
submissão por parte da mulher, desde o início das lutas por direitos elas não admitiam mais a
violência e queriam o reconhecimento de que não foram feitas apenas para a procriação, mas
também têm desejos e sentem prazer.

Atualmente, a vida sexual dos homossexuais tem instigado a curiosidade de um grande número de
pessoas que observam casais homossexuais. O contexto da homossexualidade em si, o quanto essas
pessoas sofrem ou sofreram ao assumir a sua orientação sexual nem sempre perpassa as noções
pré-concebidas sobre tal situação. É fácil classificar as mulheres que se relacionam com mulheres
como problemáticas, uma vez que, na concepção da sociedade em geral, a nutlher nasceu para ser
do homem, numa sociedade que exige que elas estruturem suas vidas em torno dos homens.
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5. CONCLUSÃO

Ao fim do trabalho pode se concluir que por meio da pesquisa foi possível ampliar os
conhecimentos sobre o tema apresentado, se fazendo necessário construir diferentes
perspectivas e opiniões, além de formar uma análise mais crítica em relação à nossa
sociedade,e perceber que o machismo está presnete atualmente como reflexos desse e mais
aspectos históricos apresentados. Cabe também ressaltar a luta de mulheres,que além da luta
feminista tiveram que lutar pelos seus direitos,pela sua visibilidade em razão à sua
sexualidade.
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6. BIBLIOGRAFIA

UMA ANÁLISE da história da mulher na sociedade. [S. l.]: Direito familiar, 1 abr.
2020. Disponível em: https://direitofamiliar.com.br/uma-analise-da-historia-da-
mulher-na-sociedade/

Acesso em: 22 set. 2022

PLATÃO e Aristóteles sobre mulheres: citações selecionadas. [S. l.]: Filosofia na


escola, 1 set. 2019. Disponível em: https://filosofianaescola.com/politica/platao-
e-aristoteles-sobre-mulheres-citacoes-selecionadas/

Acesso em: 22 set. 2022.

CAÇA às bruxas: o que isso tem a ver com o feminismo?. [S. l.]: Sapatistas, 1 abr.
2020. Disponível em: https://sapatista.com.br/caca-as-bruxa/

Acesso em: 26 set. 2022

HOMOSSEXUAIS femininas: a luta pela conquista de direitos e a contrução da


identidade de gênero. [S. l.]: Repositório Ufsc, 1 abr. 2020. Disponível em:

Acesso em: 24 set. 20228

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Referência 1 Referência 2
E.E.E.P MANOEL MANO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

CRATEÚS-CE
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