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“IGUALDADE E ESPECIFICIDADE”
PERNAMBUCO
2021
IGUALDADE E ESPECIFICIDADE
De início é importante destacar, que o século XIX foi um século importante e decisivo
para experiência feminina, no qual, apesar de toda opressão e inferiorização que ocorriam
com a mulher naquela época, também foi quando surgiu o feminismo e a participação das
mulheres em movimentos sociais. Baseando-se nas teorias iluministas do século XVIII,
algumas mulheres passaram a lutar pelos seus direitos, acreditando na ideia de que todo
indivíduo tinha direitos inalienáveis.
As mulheres tiveram várias oportunidades, desafios e perigos nas cidades para onde
cada vez mais migravam, com a expansão industrial, cresceu a oferta de empregos. No
entanto, as fontes de renda para essas mulheres se limitavam a trabalhos domésticos, fabris ou
a prostituição, além disso, elas recebiam um salário menor do que o dos homens. Uma vez
que, foram criadas leis que protegiam a mulher no ambiente de trabalho, diminuíram a carga
horária para mulheres e crianças e proibiam o trabalho dessas pessoas em locais de trabalho
perigosos. Sob essa perspectiva, o reflexo dessa desigualdade nos movimentos operários, era
notória pois a participação feminina era baixa, pois os trabalhadores homens não as viam
como aliadas capazes, sendo que as trabalhadoras tinham dificuldades para se organizar, pois
corriam grande risco de perder seus empregos. Porém, o grau de sindicalização das mulheres
cresceu, apesar delas ainda sofrerem discriminação, não conseguiu parar essas mulheres em
busca dos seus direitos.
Com o passar dos anos, mais especificamente com a chegada do século XX e XIX,
grandes mudanças tomaram conta da sociedade, trazendo uma melhoria nas condições de
vida das mulheres, resultando em concessões de direitos e reivindicações atendidas. Tendo
em vista que, todas as conquistas femininas vieram à base de muita luta por parte delas e com
o aumento da industrialização, a necessidade por igualdade de direitos em relação aos
homens só aumentou. Observa-se que para desfazer a ideia, na qual a função da mulher
imposta pela sociedade é de ser mãe e esposa, houve muitas batalhas travadas, mas,
atualmente ainda há quem pense dessa forma machista, mesmo o público feminino mostrando
sua força por anos com reivindicações por voto, direitos trabalhistas e políticos, leis a seu
favor, a escolha sobre ser mãe ou não, o uso de métodos contraceptivos, descriminalização do
aborto, estudar, alcançar cargos de chefia, enfim, melhores condições de sobrevivência na
sociedade. Sob essa ótica, é válido ressaltar que em escala mundial, os direitos concedidos às
mulheres vieram em épocas diferentes. Entretanto, atualmente muitas mulheres ainda tem que
provar o seu valor e capacidade, não sendo suficiente a cidadania concedida, leis e liberdade
garantidas, o público feminino ainda sofre com preconceito, machismo e violência, atitudes
ultrapassadas, retrogradas, que veem o sexo feminino como o sexo frágil, que de frágil não
tem nada, as lutas de séculos e ainda diárias de mães solo, trabalhadoras, esposas, donas de
casa e feministas ainda provam que são fortalezas.
Em síntese, é válido destacar que ainda distante de ser completa a conquista pela
igualdade, as mulheres têm obtido vitória em vários âmbitos. Embora que no Ocidente, no
qual o avanço tem sido grande e a subordinação social das mulheres tem sido reduzida,
todavia elas ainda têm sofrido violência, salários menores e preconceitos de diferentes tipos.
Dessa forma, o Estado deve investir em políticas públicas na proteção das mulheres em suas
diversas esferas.