O empoderamento individual pode liberar indivíduos e aumentar a autonomia
e a liberdade. O nível do grupo estimula o respeito mútuo e o apoio entre os
membros do e promove um sentimento de pertença, solidariedade e benefício. Do ponto de vista do cidadão, o empoderamento estrutural facilita e torna possível a responsabilidade compartilhada e a participação social. Portanto, o uso deste conceito pode ser utilizado como uma ferramenta para maior controle por parte de alguns grupos e / ou instituições, o que limitará a distribuição de poder para atender aos interesses de seus grupos societários.
O empoderamento mais utilizado hoje tem dois significados: um se refere ao
processo de mobilização e prática que visa a promoção e incentivo de grupos e comunidades a melhorar suas condições de vida e aumentar sua autonomia; o outro visa a promoção de excluídos e pobres uma ação que se integra com pessoas que precisam de bens básicos de vida, serviços públicos, etc. Em sistemas geralmente instáveis, tais não ajudam a organizá-los porque lidam com eles individualmente por meio de projetos e ações de ajuda.
Discutir a igualdade de gênero é entender e esclarecer a questão de que
todas as pessoas são iguais em termos de sociedade, lei, religião, normas culturais e várias outras características de nosso ambiente de vida. Apesar da diversidade, presume-se que todos têm os mesmos direitos e obrigações.
A perspectiva de gênero na implementação e no monitoramento da agenda não é,
desta forma, somente um objetivo, mas uma forma de abordar todas as desigualdades, já que mulheres e meninas são desproporcionalmente e sistematicamente afetadas por elas.
O status da mulher na sociedade sempre foi uma questão de preocupação social.
Quando os padrões de comportamento das mulheres e dos homens diferem dos que a sociedade lhes confia, elas sofrem discriminação e preconceito.
Gênero é um conceito utilizado no campo da pesquisa feminista para condenar a
fundação do sexismo em nossa sociedade, em que todas as coisas chamadas de homens são atribuídas de forma dominante e superior, enquanto as mulheres são entendidas como dominadas, inferiores, frágeis. Empoderamento inclui colocar mulheres em cargos de poder e papéis de liderança nos campos social, político e econômico, e visa garantir que elas tenham os mesmos direitos que os homens, ocupem espaço de poder e salários iguais ao desempenharem as mesmas funções e, em resumo, elas estão nesses espaços, é reconhecido pela sociedade, pela política e pela cultura.
Para muitas mulheres, o acesso ao trabalho e à renda significa que é possível
sustentar suas famílias, dar maior autonomia aos seus parceiros, serviços públicos ou projetos de caridade e outra opção de entrar em locais públicos.
A diferença salarial entre homens e mulheres na mesma ocupação ainda é uma
realidade, além do fato de as mulheres serem responsáveis pela tripla jornada de trabalho, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas de Gênero, Estatísticas-IBGE. Essas estatísticas mostram que ainda temos um longo caminho a percorrer para concretizar uma sociedade justa com direitos para homens e mulheres.
A busca pela igualdade de gênero, a tolerância do espaço masculino e a
necessidade de direitos iguais levaram a muitas discussões políticas e sociais no século XXI. Desde o século 18, grandes mulheres criaram textos e organizaram ações coletivas para reivindicar seus direitos. Portanto, várias ideias e pensamentos da teoria feminista foram criados. Desde então, filósofos e sociólogos apresentaram ideias inovadoras para a modernização social e reafirmaram a importância do feminismo na vida de meninas e mulheres hoje.
Simone de Beauvoir
A francesa nasceu em 1908 e foi um dos maiores ícones do feminismo. Beauvoir
estudou Filosofia na Universidade Sorbonne, em Paris, e aos 23 anos virou professora de Filosofia na Universidade de Marselha, onde produziu uma série de ensaios, livros e romances sobre o papel da mulher na sociedade. Uma das obras mais conhecidas da autora é O Segundo Sexo, onde ela escreve a famosa frase “ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. Para ela, “nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino”. Ou seja, ela defende que o sexo é um fator biológico do ser humano, diferente do gênero, que é construído pela sociedade. Além disso, Beauvoir também criticou a hierarquia entre homens e mulheres e a opressão moral e religiosa imposta a ela durante a sua geração. Aos 78 anos, ela morreu de pneumonia e deixou um grande legado para gerações futuras.
Angela Davis
Nascida em 1944, Angela Davis é uma professora e filósofa socialista estadunidense
que alcançou notoriedade mundial na década de 1970. Ela se destacou como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos e dos Panteras Negras, além de sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos. Sua luta envolve feminismo, antirracismo e anticapitalismo. Davis acredita que raça, classe e gênero são categorias que devem ser consideradas em conjunto. Para ela, apesar de vários argumentos defenderem a classe como o fator mais importante, é necessário considerar os outros aspectos para entender como, juntos, podem criar diferentes tipos de opressão. Em seu livro Mulheres, Raça e Classe, a ativista defende que o racismo encoraja a violência sexual. Ela explica que no período da escravidão, os patrões viam os corpos das mulheres negras como propriedade e se achavam no direito de fazer o que quisessem com elas.
Judith Butler
Atualmente professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados
Unidos, Judith Butler é uma das principais autoras da teoria queer. No livro Problemas de gênero, a pensadora defende que o gênero é fluido e não binário. Em outras palavras, ela acredita que todas as expressões de gênero e sexualidade são socialmente construídas, logo, podem mudar ao longo do tempo. Para ela, a quebra de gênero desmonta os padrões que mantêm a sociedade presa ao patriarcado. Entre essas e muitas outras mulheres representam a luta do feminismo no mundo.
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