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Aula sobre Gênero e Sexualidades

Afinal de contas, o que é gênero?

O uso da palavra gênero tem uma tradição antiga que remonta aos filósofos
greco-romanos, por exemplo, foi empregada por Platão e Aristóteles para designar
as gerações de uma espécie, ou a reunião de seres pertencentes a uma mesma
espécie. A tradição filosófica usava o termo para distinguir principalmente o gênero
humano do gênero animal.

Logo percebemos que a palavra abrange diferentes conotações, por exemplo


atualmente é usada pela linguística para categorizar os gêneros textuais e pela
biologia para diferenciar os diversos gêneros dentro das espécies – assim como
nosso primeiro exemplo vindo dos filósofos clássicos -. No modo como trataremos
nessa disciplina, gênero vai dizer respeito à uma categoria de análise que nos ajuda
a compreender as relações entre mulheres, homens e minorias sexuais.

Gênero: Conceito construído socialmente (ou seja, dentro de um tempo histórico e


de uma cultura específica) para diferenciar as pessoas, envolvendo um conjunto de
atributos, valores e papéis para cada sexo.

Gênero e sexualidades

Enquanto conceito sociológico e filosófico, a categoria gênero tal como


empregamos atualmente, surge diante da necessidade de investigar e conceituar as
diferenças e especificidades das opressões sentidas por aqueles que não se
identificam com o masculino. A investigação promovida por esse conceito por vezes
está atrelada às sexualidades, isso porque a crítica promovida pelos estudos de
gênero defende que uma série de papéis sociais são designados desde ao
nascimento diante de um sexo biológico.
Esses papéis, isto é, os comportamentos que supostamente devem ser
seguidos, promovem relações desiguais entre os gêneros, bem como as formas de
viver a sexualidade e a orientação afetiva. Além disso, uma série de experiências e
concepções sobre feminino e masculino se modificam a cada época e cultura, de
modo que, não é possível dizer que certos comportamentos são determinados
naturalmente diante de um sexo.

O conceito de gênero, tal como veremos na sociologia será introduzido pelo


pesquisador John Money, que através de suas pesquisas se debruçou sobre o que é
ser homem ou mulher em cada época, ou seja, aponta o pressuposto de que o
gênero é algo socialmente construído e varia de acordo com a cultura e os grupos
sociais. A partir desse pressuposto, fala-se em identidade de gênero, isto é, como
uma pessoa se reconhece, considerando as concepções de sua época e de sua
cultura.

John Money1: O Psicólogo foi influenciado pelo estruturalismo de Lévi-Strauss


e as categorias de sexo e gênero, vindo posteriormente a separá-las, Money
é precursor dos estudos sobre transexualidade e intersexualidade.

Precursoras dos estudos de Gênero e Sexualidades

Simone de Beauvoir

“Não se nasce mulher, torna-se mulher...”

1
Wikipedia: John William Money (8 de julho de 1921 - 7 de julho de 2006) foi um psicólogo, sexólogo
e autor, especializado em pesquisa de identidade sexual e biologia de gênero. Ele foi um dos
primeiros cientistas a estudar a psicologia da fluidez sexual e como as construções societárias de
"gênero" afetam um indivíduo.
Essa frase de Simone de Beauvoir, tornou-se bastante célebre,
principalmente pelo protagonismo na luta pelos direitos das mulheres e as
manifestações feministas desde os anos 1960. O trecho encontra-se em uma de
suas principais obras, “O Segundo sexo” de 1949:

"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico,


econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o
conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o
castrado que qualificam o feminino"

Como poderíamos compreender essa frase?

O que Beauvoir busca criticar é o papel social imposto às pessoas que nascem
com o sexo feminino, isso porque, o senso comum parte de uma ideia sobre a
natureza da mulher, mas para a autora, as características que comumente atribuem
às mulheres não são dadas, são construídas dentro de um tempo histórico e cultural.
Nesse sentido, não é possível pensar que existe unicamente um modo de ser e se
identificar como mulher.

Angela Davis
Prefácio da Edição Brasileira de Djamila Ribeiro:

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender
as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus
efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da
impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade
da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo.
Além disso, a autora mostra a necessidade da não hierarquização das opressões,
ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para
possibilitar um novo modelo de sociedade. Davis apresenta o debate sobre o
abolicionismo penal como imprescindível para o enfrentamento do racismo
institucional. Denuncia o encarceramento em massa da população negra como
mecanismo de controle e dominação. Dessa forma, questiona a ideia de que a mera
adesão a uma lógica punitivista traria soluções efetivas para o combate à violência,
considerando-se que o sujeito negro foi aquele construído como violento e perigoso,
inclusive a mulher negra, cada vez mais encarcerada. Analisar essa problemática
tendo como base a questão de raça e classe permite a Davis fazer uma análise
profunda e refinada do modo pelo qual essas opressões estruturam a sociedade.
Neste livro, tal discussão é sinalizada pela autora por meio de sua abordagem do
sistema de contratação de pessoas encarceradas nos Estados Unidos, que já
durante o período escravocrata permitia às autoridades ceder homens e mulheres
negros presos para o trabalho, em uma relação direta entre escravidão e
encarceramento como forma de controle social. Nesse sentido, mesmo sendo
marxista, Davis é uma grande crítica da esquerda ortodoxa que defende a primazia
da questão de classe sobre as outras opressões. Em 'As mulheres negras na
construção de uma nova utopia', a autora destaca a importância de refletir sobre de
que maneira as opressões se combinam e entrecruzam: As organizações de
esquerda têm argumentado dentro de uma visão marxista e ortodoxa que a classe é
a coisa mais importante. Claro que classe é importante. É preciso compreender que
classe informa a raça. Mas raça, também, informa a classe. E gênero informa a
classe. Raça é a maneira como a classe é vivida. Da mesma forma que gênero é a
maneira como a raça é vivida. A gente precisa refletir bastante para perceber as
intersecções entre raça, classe e gênero, de forma a perceber que entre essas
categorias existem relações que são mútuas e outras que são cruzadas. Ninguém
pode assumir a primazia de uma categoria sobre as outras. A recusa a um olhar
ortodoxo mantém Davis atenta às questões contemporâneas, que abarcam desde a
cantora Beyoncé à crise de representatividade. A discussão feita por ela sobre
representação foge de dicotomias estéreis e nos auxilia numa nova compreensão.
Acredita que representação é importante, sobretudo no que diz respeito à população
negra, ainda majoritariamente fora de espaços de poder. No entanto, tal importância
não pode significar a incompreensão de seus limites. Para além de simplesmente
ocupar espaços, é necessário um real comprometimento em romper com lógicas
opressoras. Nesse sentido, acompanhar suas entrevistas é fundamental. Davis traz
as inquietações necessárias para que o conformismo não nos derrote. Pensa as
diferenças como fagulhas criativas que podem nos permitir interligar nossas lutas e
nos coloca o desafio de conceber ações capazes de desatrelar valores democráticos
de valores capitalistas. Essa é sua grande utopia. Nessa construção, para ela, cabe
às mulheres negras um papel essencial, por se tratar do grupo que, sendo
fundamentalmente o mais atingido pelas consequências de uma sociedade
capitalista, foi obrigado a compreender, para além de suas opressões, a opressão
de outros grupos.

Gayle Rubin

A antropóloga e socióloga Gayle Rubin é uma das percursoras do estudos de


gênero e sexualidades, ao trazer o conceito de gênero para sociologia, Rubin
promoveu discussões sobre as relações de desigualdade e opressão, um de seus
artigos mais famosos data de 1975 “Tráfico de mulheres: Notas sobre a “Economia
Política””, onde a autora se utiliza de  Lévi-Strauss e da psicanálise de Sigmund
Freud e Jacques Lacan para analisar a relação entre as estruturas sociais e o
psiquismo, o objetivo de Rubin nesse ensaio é buscar instrumentos conceituais
capazes de elucidar os sistemas de opressão, especificamente, o sistema de
opressão promovido pelo capitalismo e pelo patriarcado 2. Rubin sugere que a teoria
freudiana sobre a feminilidade e a psicanálise de forma geral, fornece uma
descrição da transformação da sexualidade biológica pela cultura. Nesse sentido, a
autora interpreta os ensaios freudianos sobre a feminilidade e a sexualidade
feminina como o relato que nos diz algo sobre como o indivíduo desde que nasce, é
psicologicamente preparado para viver em meio à opressão de gênero. Usando o
dispositivo sexo/gênero, RUBIN vê “no mapa da realidade social traçado por Freud
e Lévi-Strauss uma profunda consciência do lugar ocupado pela sexualidade na
sociedade, e das profundas diferenças entre a experiência social de homens e
mulheres”. (RUBIN, 1975 p.04)

Chegou o tempo de pensar sobre o sexo. Para alguns a sexualidade pode


parecer um tópico sem importância, um desvio frívolo de problemas mais
críticos como a pobreza, guerra, doença, racismo, fome ou aniquilação
nuclear. Mas é em tempos como esse, quando vivemos com a possibilidade
de destruição sem precedentes, que as pessoas são mais propensas a se
tornarem perigosamente malucas sobre a sexualidade. Conflitos
contemporâneos sobre valores sexuais e condutas eróticas têm muito em
comum com disputas religiosas de séculos anteriores. Eles passam a ter um
imenso peso simbólico. Disputas sobre o comportamento sexual muitas
vezes se tornam o veículo para deslocar ansiedades sociais, e descarregar a
concomitante intensidade emocional. Consequentemente, a sexualidade
deveria ser tratada com especial atenção em tempos de grande estresse
social (RUBIN, 1984)

2
Patriarcado designa um conjunto de relações interindividuais, onde sexo e gênero são
pensados desde uma hierarquia que promove a opressão de mulheres e minorias sexuais.
No emprego do termo também nos remetemos às ideias expostas por Gayle Rubin (1975)
em “Tráfico de mulheres: Notas sobre a “Economia Política””. De modo geral, usamos o
termo para distinguir relações específicas que configuram formas opressoras.
O trecho destacado acima é o parágrafo inicial de outro artigo famoso escrito
por Gayle Rubin3 e refere-se à seção nomeada pela autora como “Guerras sexuais”.
Nesse trabalho, além de articular a categoria gênero para analisar situações de
opressão e de dominação, Rubin pensa a sexualidade como categoria autônoma na
investigação e análise das relações de poder.
. De forma geral, Rubin (1984) busca demonstrar nesse artigo, como a
sexualidade é um campo de disputa de poder, fornecendo uma descrição do
panorama político da sexualidade no contexto dos Estados Unidos dos anos 1980.
A despeito do contexto de escrita do parágrafo mencionado, poderíamos
dizer que o trabalho de Rubin (1984) se faz atual e parece contemplar diferentes
períodos da história. Tanto sexualidade, quanto gênero são temas com uma
tradição problemática nos discursos científico e popular 4, de modo que metodologias
e dispositivos de controle foram formulados de modo a construir normatizações a
respeito das diferentes formas de existir e de se posicionar diante do mundo,
promovendo a marginalização e subalternidade de subjetividades que não se
encontravam dentro das normas hegemônicas.

3
RUBIN, G. (1984) Pensando sobre sexo: notas para uma teoria radical da política da sexualidade.
Cadernos Pagu, Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, n. 21, p. 1-88, 2003.

4
Conferir a genealogia realizada por Michel Foucault (1988): História da Sexualidade I: A vontade de
saber. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Foucault defende que o conceito de Sexualidade nasce em determinado discurso cientifico, no interior
do debate sobre normalidade versus anormalidade. Os primeiros estudos científicos sobre
sexualidade vão aparecer nos últimos períodos do século XIX, a partir das classificações daquilo que
supostamente é o anormal, as ciências da medicina instituíram diversas patologias frente aos
comportamentos sexuais, de forma que o que temos como análise desses processos de
patologização são as institucionalizações de pessoas socialmente marginalizadas, os famosos
hospícios. O que Foucault evoca com isso são os campos de poder dos saberes, isto é, a medicina
usada como autoridade capaz de dizer o que deve ser o comportamento sexual normal, dessa forma,
a figura do médico interliga a ciência e a vida cotidiana.
Judith Butler

A Filosofa defende sua Teoria da performatividade, onde faz a crítica


sobre a noção dicotômica dos sexos que os divide entre feminino e
masculino, defende a diferenciação entre sexo e gênero sendo este último
ligado a construções sociais. Butler retoma as mudanças epistemológicas que
sempre rondaram as ideias sobre sexo e a sua gênese nos seres humanos
desde a tradição filosófica ( gênero era determinado pelo calor da mãe
segundo Aristóteles, para agostinho a fêmea é um macho que não deu certo”
Quem diz sobre sexo é o gênero e este é determinado pela cultura
(discursos e senso comum), portanto gênero é uma performance e não uma
essência da natureza
Para saber mais:

LINKS:

https://www.youtube.com/watch?v=oNv67S1I_3k

https://www.youtube.com/watch?v=kZOPRKVQuAw

https://www.youtube.com/watch?v=XsJTCKzL-Gg

https://cafecomsociologia.com/tag/eixo-raca-etnia-genero-sexualidade-e-
diversidade/

cafecomsociologia.com/dica-de-plano-de-aula-relacoes-de-genero/

https://www.geledes.org.br/o-conceito-de-genero-por-pierre-bourdieu-a-
dominacao-masculina/

https://www.geledes.org.br/o-conceito-de-genero-por-judith-butler-a-questao-
da-performatividade/

https://www.resumov.com.br/provas/enem-2015/q5/ (discussão sobre a


questão de Simone de Beauvoir)
http://hipermidia.unisc.br/portal/be-a-ba-feminista-dicionario-de-
termos/#:~:text=Femismo%3A%20Oposto%20de%20machismo.,cada%20sexo
%3B%20passível%20de%20desconstrução.

BIBLIOGRAFIA:

BUTLER, J. (2016). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade.


Rio de Janeiro: Civilização brasileira

DAVIS, A. (2016). Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo Editora

RUBIN, G. (2017). Políticas do sexo. São Paulo: Ubu Editora.

Questões

1 UERJ 2020/1
APÓS 70 ANOS, SIMONE DE BEAUVOIR AINDA MOSTRA CAMINHO DA LIBERDADE FEMININA
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. A célebre frase que abre o segundo volume de O segundo
sexo, de 1949, sintetiza as teses apresentadas por Simone de Beauvoir nas mais de 900 páginas de
um estudo fascinante sobre a condição feminina. Beauvoir admite que as diferenças biológicas
desempenham algum papel na construção da inferioridade feminina, mas defende que a importância
social dada a essas diferenças é muito mais determinante para a opressão. Ser mulher não é nascer
com determinado sexo, mas, principalmente, ser classificada de uma forma negativa pela sociedade.
É ser educada, desde o nascimento, a ser frágil, passiva, dependente, apagada, delicada, discreta,
submissa e invisível.

MIRIAN GOLDENBERG
Adaptado de www1.folha.uol.com.br, 10/03/2019.
As reflexões de Simone de Beauvoir na obra O segundo sexo continuam presentes nos debates
atuais referentes ao feminismo e às condições de vida das mulheres, em diversas sociedades.

De acordo com o texto de Mirian Goldenberg, a abordagem realizada por Simone de Beauvoir
valoriza princípios do seguinte tipo:

a) étnico-raciais
b) político-religiosos
c) histórico-culturais
d) econômico-científicos

2 UPE 3° Fase 2° Dia SSA 2019


Observe a figura a seguir:
Sobre o tema nela apresentado, é CORRETO afirmar que

a) se trata de um movimento social contemporâneo que defende a preservação da qualidade de


vida dos habitantes do planeta por meio de ações de proteção do meio ambiente.

b) se refere ao movimento social de mulheres que reivindicam melhores condições sociais para as
famílias e reconhecimento de outras datas comemorativas.

c) é um dos movimentos de luta feminista contra a opressão da sociedade machista cuja


reivindicação contempla não só a extensão do dia internacional de lutas das mulheres mas
também a autonomia em decidir sobre transformações e intervenções no seu corpo.

d) é parte do movimento social de luta contra a desigualdade sociopolítica existente no país,


mediante a defesa do bem-estar social e das políticas de incentivo à abertura de novos postos
de trabalho para os homossexuais.

e) se caracteriza por ser um conjunto de mulheres que objetivam reivindicar a liberdade de


participação na escolha dos representantes políticos, ou seja, esse movimento é parte daquele
reconhecido como movimento sufragista do início do século XX.

3 UNIFOR Bacharelado 2018


A charge ilustra uma situação bastante comum acerca das desigualdades entre pessoas do sexo
biológico feminino e masculino. Sobre questões de gênero, pode-se afirmar que 

 a) desigualdades de gênero assolam somente mulheres com baixa condição socioeconômica e
escolaridade, sobretudo as brancas e indígenas. 

 b) dadas as conquistas das mulheres na contemporaneidade, as desigualdades de gênero não


são mais presentes no mercado de trabalho.

 c) não obstante a luta do movimento feminista, mulheres ainda são alvo recorrente de violência
doméstica, sexual e afetiva. 

 d) dados estatísticos dos órgãos de pesquisa apontam que mulheres da região Nordeste são as
que mais registram queixas de violência. 

 e) uma medida de notável repercussão no cenário nacional foi a promulgação da Lei Maria da
Penha, com a única finalidade de imputar maior pena ao agressor.

4 ENEM 2ª Aplicação - 1° Dia 2017

No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimentos LGBT representam um
desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e comportamentos sexuais
anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar do
movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção para a sexualidade como fonte de estigmas,
intolerância, opressão.
SIMÓES, J. Homossexualidade e movimento LGBT: estigma, diversidade e cidadania. In: BOTELHO,
A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro Enigma, 2012
(adaptado).
 
O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de

 a) organização sindical.

 b) participação partidária.

 c) manifestação religiosa.

 d) formação profissional.

 e) afirmação identitária.

5 FACERES Medicina 2016/2


“A Parada do Orgulho LGBT de 2016 teve o tema ‘Lei de identidade de gênero, já! - Todas as
pessoas juntas contra a Transfobia!’. Os caminhões de som levaram uma bandeira com a letra T, em
referência às mulheres transexuais, homens trans e travestis. Segundo a organização do evento, o
objetivo foi fazer uma grande mobilização para que a ‘Lei de Identidade de Gênero’ seja aprovada.”
(Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/05/com-17-trios-eletricos-parada-gay-reune-
multidao-em-sao-paulo.html)
 
De acordo com as informações do texto, a respeito das Paradas do Orgulho LGBT, é incorreto afirmar
que:

 a) As Paradas LGBT são manifestações de luta pela igualdade de direitos de grupos
marginalizados.

 b) A transfobia diz respeito ao preconceito e discriminação contra os indivíduos transgêneros


(mulheres e homens transexuais e travestis).

 c) Na Parada LGBT, além de lutar pelo avanço de direitos, as pessoas festejam o orgulho por
sua condição e identidade.

 d) Estes eventos servem exclusivamente para a promoção pessoal, paquera, sexo, uso de
drogas e prostituição.

 e) As Paradas LGBT são mobilizadas para conscientizar a sociedade sobre a existência do
preconceito contra as diferenças.

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