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Os movimentos por igualdade de

gênero

Grupo: Stéfany Cordeiro, Mikaelly e


Jennifer
Grupo: 3° ano 02
Professora: Margaret
Escola Estadual Américo Antunes de
Oliveira
Feminismo
O feminismo é um movimento social e político de
mulheres e para mulheres que desde o século XIX
vem ganhando espaço em todo o mundo, promovendo
mudanças políticas e sociais em benefício das
mulheres e da sociedade como um todo. Suas
bandeiras iniciais eram o acesso à educação formal e
o direito ao voto e à elegibilidade para mulheres,
seguidas por liberdades civis e autonomia legal, como
o direito a posses, direitos trabalhistas e direito ao
divórcio.

Mais à frente os direitos reprodutivos e a luta contra a


violência física, sexual e psicológica também se
tornaram bandeiras importantes desse movimento. Ao
longo dos anos e conforme cada contexto, o
feminismo também foi incorporando demandas
específicas e permanece de suma importância para a
emancipação feminina e construção de sociedades
mais equânimes.

Sua atuação não é sexista, isto é, não busca impor


algum tipo de superioridade feminina, mas a igualdade
entre os sexos.
 As três ondas do movimento
feminista

Primeira onda do feminismo


A primeira onda teve início no final do século XIX e
durou até meados do século XX. Nesse período, a
reivindicação era pelos direitos básicos das mulheres,
como o voto, a educação, a vida pública e privada e a
abolição da escravatura feminina. Além disso, um
questionamento muito comum era sobre a imposição
dos papéis submissos e a passividade feminina.

Segunda onda do feminismo


Já a segunda onda do feminismo teve início na
metade dos anos 50 até meados de 90, sendo mais
ativa entre a década de 60 e 70. Por apresentar temas
polêmicos como sexualidade, pornografia e direitos
reprodutivos, esse período ficou conhecido como
feminismo radical, dando base para a sua vertente
contemporânea.

É, então, por meio da divulgação desses assuntos que


a distinção entre sexo e gênero começa a ser
conceituada, dando origem a novas discussões sobre
os papéis de gênero, identidade e orientação sexual.
Além disso, a segunda onda trouxe à tona a discussão
teórica sobre a opressão das estruturas sociais,
interligando raça, gênero, etnia e classe social às
relações de poder e às instituições.

Terceira onda do feminismo


Por fim, a terceira onda do feminismo foi marcada
pelas mudanças ocidentais dos anos 90, como o fim
da União Soviética, a queda do muro de Berlim, a
dissolução das ditaduras da América Latina, o
surgimento do neoliberalismo, assim como o
crescimento econômico e cultural dos Estados Unidos
e as evoluções tecnológicas.

Nesse sentido, ela tomou como tema principal a


presença da mulher na cultura e entretenimento, sem
deixar de lado os assuntos levantados na segunda
onda — gênero e sexualidade.

Dessa maneira, as mulheres utilizavam os meios de


comunicação para abordar temas como estupro,
empoderamento feminino e patriarcado. Além disso,
esse período ficou marcado pelo surgimento do
feminismo interseccional.
 Vertentes do movimento feminista

Feminismo liberal
É uma das vertentes mais antigas do feminismo. Tem
como objetivo a política de modificação e a busca por
igualdade por meio da legislação. Essa vertente surgiu
na Revolução Francesa, com Mary Wollstonecraft na
luta por direitos iguais aos homens.

É uma vertente criticada por não tratar de outras


questões sociais evidentes como raça e classe social,
e não trabalham sobre circunstâncias que trazem
opressão ou perpetuação do modelo de estrutura
social.

Feminismo marxista/socialista
O feminismo marxista ou socialista preserva a
centralidade do trabalho, no qual a economia estaria
diretamente ligada com as desigualdades entre
homens e mulheres. Essa vertente procura mostrar,
através do capitalismo e da propriedade privada, as
diferentes formas em que as mulheres são oprimidas.

De acordo com essa vertente, as desigualdades


apresentadas por homens e mulheres e, toda a
exploração e dominação que elas sofrem, estão
relacionadas diretamente com a economia e o
capitalismo, que criam uma estrutura social de
dominação. As mulheres só alcançariam a igualdade e
liberdade através de uma reestruturação absoluta do
sistema capitalista.
Feminismo Interseccional
O feminismo interseccional tem como objetivo o
estudo do sistema de opressão e reconhece os
diversos grupos sociais, visto que as mulheres
possuem condições diferentes das outras. Essa
vertente entende as diferentes lutas das mulheres
diante das suas particularidades. Temos como
exemplo as lutas das mulheres negras lésbicas que
são diferentes das lutas das mulheres negras.

Esse movimento visa agenciar diversos marcadores


sociais, como gênero, raça, sexualidade e classe,
para conseguir identificar através da individualidade
de cada mulher o problema que o feminismo irá
combater.

A teórica que ficou conhecida pelo desenvolvimento


da teoria interseccional foi Kimberlé Williams
Crenshaw, professora estadunidense, especialista em
questões de raça e gênero. Ela identificou as
opressões e discriminações das mulheres, diante das
identidades minoritárias através da estrutura social,
observando as opressões que sentiam por conta de
suas classes e sexualidades.

Feminismo negro
O feminismo negro surgiu por conta das lutas
constantes contra a violência dos homens e por conta
do racismo.

Na busca por direitos iguais, as mulheres brancas


lutavam em combate ao machismo e ao sistema
patriarcal, enquanto as mulheres negras sofriam com
relações de trabalho pois, muitas vezes, quando
tentavam viabilizar as suas narrativas em relação ao
trabalho escravo, eram invisibilizadas no meio do
feminismo tradicional.

Ainda podemos enxergar esses problemas nos dias


atuais, visto que as mulheres negras apresentam um
salário inferior ao das mulheres brancas, por exemplo.

Ecofeminismo
O ecofeminismo tem relação direta com a natureza e
os animais, visa a luta contra a exploração do meio
ambiente e a consagração das diversas formas de
vida. Suas ideias tratam sobre as redundâncias entre
a mulher, natureza e ciência, que normalmente traz a
autoridade do homem como ser que possui um
“controle natural” sobre os demais.

Essa vertente tem como objetivo lutar contra a


manutenção do modelo patriarcal através da
igualdade entre homens, mulheres e o meio ambiente,
evidenciando a importância de todos os seres vivos.

Feminismo radical
Essa vertente do feminismo acredita que nenhum
alcance dos propósitos das mulheres vai ocorrer sem
a eliminação do domínio masculino. Apenas com o fim
da estrutura seria possível lutar contra a opressão. A
abolição do gênero seria o melhor caminho para
alcançar direitos e acabar com as opressões contra as
mulheres.

O gênero é algo criado e serve como instrumento do


modelo patriarcal, inferiorizando as mulheres e
estabelecendo uma hierarquia que gera opressão.
Segundo esta corrente, para conseguir a abolição do
gênero, é necessária uma busca radical, com o intuito
de descobrir todo o lugar que o gênero atinge e auxilia
na construção de desigualdades.

É preciso identificar como desigualdades de gênero


ocorrem dentro da família, visto que em muitas vezes
o homem está acima da mulher em relação à
hierarquia. Entender isso é necessário para que as
mulheres possam trabalhar fora de casa, atingindo a
sua liberdade econômica.

Esta corrente também entende que é importante


perceber as diferenças de gênero na infância para que
as crianças não perpetuem as mesmas atitudes e
pensamentos do modelo patriarcal, podendo a longo
prazo barrar o modelo de gênero.

A escritora e professora norte-americana Phyllis


Chesler, conhecida por ser uma psicóloga feminista e
pelo seu livro “Women and Madness”, fala como o
modo de organização social é regulado pelo sistema
de gênero. Ela afirma que esse sistema é responsável
por regular o comportamento das diferenças sexuais e
que as mulheres no passado foram muitas vezes
taxadas como loucas quando não efetuavam os
afazeres domésticos ou matrimoniais, considerando
um comportamento transgressor.
Movimento ElesPorElas
(HeForShe)

Criado pela ONU Mulheres, a Entidade das Nações


Unidas para a Igualdade de Gênero e o
Empoderamento das Mulheres, o movimento
ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global para
envolver homens e meninos na remoção das barreiras
sociais e culturais que impedem as mulheres de
atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a
modelarem juntos uma nova sociedade.

Igualdade de gênero nos


Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ONU)

A Organização das Nações Unidas (ONU), possui


dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) metas para alcançar a igualdade de gênero e
empoderar todas as mulheres e meninas.

A meta é até 2030, acabar com todas as formas de


discriminação, violência contra mulheres e meninas,
desenvolvendo políticas públicas para a igualdade de
condições para mulheres e meninas, entre outras
manifestações.

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