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Agosto 2022

Prezados senhores dirigentes e/ou responsáveis da Sociedade Antroposófica do Brasil (SAB), da Federação
das Escolas Waldorf do Brasil (FEWB) e da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA),
Tendo por sólida base os conteúdos essenciais da Antroposofia e da Pedagogia Waldorf, nós – profissionais da
educação, pais e/ou responsáveis, médicos e profissionais de saúde, ligados à Antroposofia e a Pedagogia Waldorf
– apresentamo-nos através deste manifesto, com o objetivo de estabelecer um diálogo com as entidades acima
citadas, bem como, solicitar um posicionamento das referidas instituições, oficial e contrário à ideologia de
gênero, a qual, surpreendentemente, vem ganhando espaço dentro de nossas escolas.
Para tanto, nos pautamos nos seguintes aspectos:
A Antroposofia foca o ser humano em seu desenvolvimento anímico-cultural-espiritual. Neste sentido as escolas
Waldorf existem para promover a espiritualidade humana, desde o primeiro setênio. As ações educativas nas
escolas Waldorf devem estar sempre permeadas de conhecimento espiritual, de maneira a favorecer o equilíbrio
e a saúde de nossas crianças e jovens.

Querem nos induzir a pensar que uma criança ou adolescente possa ser LGBTQIA+, mas isso é uma construção
externa, não espontânea. A ideologia de gênero hoje é uma imposição e viola a integralidade do ser, atuando como
um instrumento de destruição da entidade humana, principalmente quando aplicada às crianças e jovens. Esta é
uma pauta ideológico-político-econômica e não ANTROPOSÓFICA.
Tal temática é centrada na materialização do ser, estimulação persistente do corpo astral, ou seja, pertence ao
mundo dos instintos e, desta forma, não contribui para o desenvolvimento do “Eu”. Precisamos destacar que o
princípio espiritual é o verdadeiro propósito da pedagogia Waldorf.
Nossas crianças e nossos jovens precisam ser protegidos dessas manifestações, para terem uma evolução saudável,
a fim de que possam, quando adultos, atuar com liberdade e discernimento em suas vidas, fazendo suas próprias
escolhas.

A sexualidade desponta na época da adolescência. O corpo vai se desenvolvendo progressivamente,


acompanhando as questões da alma. Quando a criança transforma seu corpo físico, se torna um jovem homem ou
uma jovem mulher. Somente neste momento acorda para o interesse pelo outro, naturalmente pelo sexo oposto.
Pode ocorrer algum transtorno de desenvolvimento, como a disforia de gênero, ou seja, quando o adolescente não
se identifica com o seu sexo, sendo que a maioria dos casos é superada ao término da fase da adolescência.
Não somos contra a homossexualidade/homo afetividade, como escolha individual de um adulto, somos contra a
massificação da cultura feita pela propaganda de "glamourização" da homossexualidade e demonização da
heterossexualidade.

Fazendo uma analogia, correlacionamos a educação e o desenvolvimento saudável da criança. Portanto, somos
contra a alfabetização precoce e a ideologia de gênero, ou seja, a erotização precoce, basicamente, pelo mesmo
motivo: crianças não devem ser expostas, incentivadas e acordadas para estas questões que nada tem a ver com o
seu grau de maturidade e desenvolvimento.
Na Antroposofia, estudamos sobre os conceitos de cabeça grande/cabeça pequena; sobre temperamentos, sobre a
forma de se trazer o bom, o belo e o VERDADEIRO. Tudo isto precisa ser sempre colocado em primeiro plano
na educação de nossas crianças em uma Escola Waldorf.
Assim sendo, apresentamos este manifesto no intuito de defender e relembrar a essência da Pedagogia Waldorf,
respeitando o desenvolvimento da criança, conforme Rudolf Steiner nos ensinou, e não nos deixando conduzir
por ideias, modismos e interesses econômicos que não estão ancorados na Antroposofia.
Com coragem e senso de responsabilidade, encerramos este manifesto convocando a diretoria da Sociedade
Antroposófica do Brasil (SAB), no papel de guardiã suprema das manifestações antroposóficas no Brasil, a se
posicionar contra toda e qualquer atitude arbitrária e favorável à introdução da ideologia de gênero, pseudociência,
no currículo, por parte da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA), da Federação das Escolas
Waldorf do Brasil (FEWB) e das Escolas Waldorf, fazendo um chamado à consciência de cada um, para que
continuemos trabalhando todos juntos, de forma fraterna, em prol de nosso bem maior, a ANTROPOSOFIA e o
legado deixado por RUDOLF STEINER.
Atenciosamente,
Aliança Medicina e Pedagogia Antroposóficas (AMP Antroposóficas)
Apoio: Conselho Cultural do Brasil (CCB)

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