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Feminismo

IVINE, DOUGLAS, LUARA E GABRIEL


FERREIRA
Introdução
Feminismo é um movimento social por direitos
civis, protagonizado por mulheres, que desde
sua origem reivindica a igualdade política,
jurídica e social entre homens e mulheres. Sua
atuação não é sexista, isto é, não busca impor
algum tipo de superioridade feminina, mas a
igualdade entre os sexos.

A palavra feminismo foi usada pela primeira vez


na primeira metade do século XIX pelo filósofo
francês e teórico do socialismo utópico Charles
Fourier (1772-1837), autor do livro “Teoria dos
quatro movimentos”, no qual afirma que o
progresso da sociedade como um todo tem
como pré-condição a conquista de direitos
pelas mulheres
Ao longo da história ocidental sempre houve
mulheres que se rebelaram contra sua
condição, que lutaram por liberdade e muitas
vezes pagaram com suas próprias vidas. A
Inquisição da Igreja católica foi implacável com
qualquer mulher que desafiasse os princípios
por ela pregados como
dogmas insofismáveis.
ONDAS
A primeira onda feminista teve início no final do século XIX, conduzido por
mulheres do Reino Unido e dos EUA, brancas e de classe média. Essas mulheres
buscavam os princípios incorporados pela Revolução Francesa, de liberdade,
igualdade e fraternidade, visto que eles eram apenas aos homens. Para além
disso esse grupo de mulheres visavam a conquista de igualdade jurídica, como o
direito ao voto e os critérios a casamentos arranjados. Elas queriam uma relação
mais proporcional e

Na incessante luta pela igualdade, duas importantes pensadoras intelectuais


colaboraram na realização de documentos pela busca de direitos:

• A primeira delas é a francesa Olympe de Gouges, quem escreveu o panfleto “A


declaração dos direitos da mulher cidadã“, em 1791, o qual estipulava direitos
iguais como mulheres.

Além da francesa, Mary Wollstonecraft – feminista, nascida em Londres que


publicou o texto “Reinvindicação dos direitos das mulheres” em 1792, onde
contestava pensadores iluministas do século XVIII, que tinha como intenção a
submissão das mulher
Gouges, Wollstonecraft e várias outras mulheres que lutavam na reinvindicação
de seus direitos, não alcançaram os direitos por qual lutavam. Foi apenas no
século seguinte, na Inglaterra, no ano de 1897, por meio do movimento sufragista
– que buscava o direito ao sufrágio feminino (direito ao voto), que as mulheres
conseguiram maior visibilidade.

A educadora Millicent Fawcett, em 1987, fundou a União Nacional pelo Sufrágio


Feminino no qual formulava requerimentos formais para a Assembleia
Legislativa. A luta pelo sufrágio no Reino Unido também se associou as mulheres
trabalhadoras para combater a exploração da época.

Dentre as mulheres que participaram do movimento, Emily Davidson fez história.


A feminista, em 1913, se jogou debaixo do cavalo do rei da Inglaterra,
ocasionando na sua morte. Foi a partir desse acontecimento que o movimento
ganhou força.
Segunda Onda
A segunda onda do feminismo ocorreu na segunda metade do século XX, entre as décadas de
1960 e 1980. Nessa fase do movimento, a sexualidade feminina foi um tema primordial, como a
questão do prazer feminino, liberdade sexual, os direitos reprodutivos, a saúde da mulher e o
estupro (sexo não consentido).
Essa segunda onda aconteceu no âmbito da revolução sexual dos anos 1960, período também
da invenção da pílula anticoncepcional e da ressignificação do sexo não somente como meio
para a procriação, mas para o prazer. Outra temática que foi objeto de reflexão e reivindicações
nesse período foram as questões relacionadas ao ambiente familiar, como violência doméstica,
trabalho doméstico não remunerado majoritariamente realizado por mulheres e o
planejamento familiar sobre quantidade de filhos e quando tê-los.
A teórica e ativista que influenciou de modo significativo não só a segunda onda do feminismo,
mas as que se seguiriam a essa foi a filósofa francesa Simone de Beauvoir (1908-1986),
especialmente por sua obra “O Segundo Sexo”, publicada em 1949. Sua tese fundamental é que
ser mulher é uma construção social, e não biológica, sintetizada em sua famosa frase: “Não se
nasce mulher, torna-se”.
Essa percepção implicou compreender que a opressão sobre as mulheres em todas as áreas
também é uma construção social, e não algo natural e imodificável. Portanto, a idealização do
feminino como emocional, delicado e voltado para a maternidade e o casamento é cultural, e
não uma inclinação biológica da mulher
Terceira Onda
A segunda onda do feminismo ocorreu na segunda metade do século XX, entre as décadas de
1960 e 198A terceira onda do feminismo ocorreu na década de 1990, em um contexto de forte
reação à pauta feminista pela política de viés conservador, que a considerava como
desnecessária, como se a igualdade plena já tivesse sido alcançada. Os trabalhos teóricos
então se voltaram para mostrar em que pontos as desigualdades ainda permaneciam e
acrescentaram a concepção de interseccionalidade, que aponta a necessidade de se
considerar outros padrões de opressão, tais como raça, classe e orientação sexual, que se
somam ao machismo, gerando violências e demandas específicas.

Uma teórica influente desse período é a filósofa Judith Butler (1956 - até o presente), cujo livro
“Problemas de gênero” (1990) problematiza o conceito de gênero, abordando-o como não
binário, fluido e constituído por comportamentos que compõem uma performance. Essa
ressignificação da concepção de gênero e da sexualidade ficou conhecida como teoria queer, o
que abriu espaço para que, no feminismo, a heteronormatividade fosse questionada e se
desenvolvesse o transfeminismo.

Outra dimensão abordada na terceira onda é a do colonialismo, isto é, a influência dos países
hegemônicos sobre a construção do feminismo nos países periféricos. Assim, o feminismo
indígena e o feminismo pós-colonial incluíram o fator geopolítico do colonialismo em suas
reivindicações de gênero.
Quarta Onda

A denominada quarta onda do feminismo remonta ao ano de 2010, quando cresceu


significativamente a militância política nas redes sociais. A difusão de ideias feministas foi
amplificada por sites e blogs, e a própria mobilização passou a contar com ferramentas virtuais,
como hashtags de denúncia sobre situações de assédio, por exemplo, que por vezes têm escala
global, como a campanha argentina #niunaamenos de 2015 e a norte-americana #metoo de
2017.
Essa quarta onda se desenvolve sobretudo entre mulheres jovens. A representatividade e a
violência sexual são temas centrais. Um marco desse novo momento foi a marcha organizada
em 2011 por jovens estudantes canadenses, a Marcha das Vadias. Esse movimento foi motivado
pela abordagem policial feita a uma jovem que tinha sofrido um estupro e que foi culpabilizada
pela roupa com que estava vestida. No mesmo ano a marcha foi realizada em outros países,
incluindo o Brasil.
Pautas
igualdade de gênero;
direitos LGBT;
igualdade salarial;
liberdade de escolhas da
mulher;
anular a divisão bipolar entre
homens e mulheres;
incentivar a educação sexual
nas escolas;

igualdade de acesso à
Poly
educação;
igualdade salarial;
fim da segregação sexual no
trabalho;
melhores condições no
mercado de trabalho
O feminismo é um movimento social e político de
mulheres e para mulheres que desde o século XIX vem
ganhando espaço em todo o mundo, promovendo
mudanças políticas e sociais em benefício das
mulheres e da sociedade como um todo. Suas
bandeiras iniciais eram o acesso à educação formal e
o direito ao voto e à elegibilidade para mulheres,
seguidas por liberdades civis e autonomia legal, como
o direito a posses, direitos trabalhistas e direito ao
divórcio.
Mais à frente os direitos reprodutivos e a luta contra a
violência física, sexual e psicológica também se
tornaram bandeiras importantes desse movimento. Ao
longo dos
Poly anos e conforme cada contexto, o feminismo
também foi incorporando demandas específicas e
permanece de suma importância para a emancipação
feminina e construção de sociedades mais equânimes.
formas de
manifestação
Palestras
Manifestações
Greves
Literatura( Bell Hooks - o feminismo é para todos)
Artes
Música
Poly
Vertentes

Movimento
feminismo marxista Movimento feminista feminista
radical liberal
O feminismo radical é a ideologia É a única vertente que não
propõe uma releitura da do movimento feminista que problematiza o capitalismo e
concepção tradicional da classe enfatiza as raízes patriarcais da acredita que a mulher deve ser
social, superando a visão do desigualdade entre homens e inserida no mercado de
proletariado liderado pelo homem mulheres, ou, mais trabalho de forma justa e
branco e postulando que “a maior especificamente, a dominação igualitária. Isso também
parte da classe trabalhadora social das mulheres pelos demonstra a clara ligação que
global é constituída de imigrantes, homens. essa linha feminista tem com o
pessoas racializadas, mulheres – liberalismo, que inspirou o
tanto cis como trans – nome da mesma.
Movimento Movimento
feminista feminista No Brasil
interseccional negro O movimento feminista no Brasil
surgiu no século 19 com a luta pela
O propósito do feminismo O movimento feminista negro educação feminina, direito de voto e

interseccional é ouvir diferentes nasceu para atender a necessidade abolição dos escravos.
de representatividade de mulheres Atualmente, existem várias
tipos de feministas, alertando organizações feministas no Brasil que
para o fato de que as negras dentro do feminismo. defendem a equiparação do direito
experiências de vida se Sua principal sustentação é que a das mulheres ao dos homens.
baseiam no modo como as experiência das mulheres negras dá Igualmente, há organizações
origem a uma compreensão específicas de feministas negras,
suas múltiplas identidades se indígenas, homossexuais, trans, etc.
misturam. particular de sua posição em Inclusive, existem movimentos de
relação ao sexismo, à opressão de mulheres que são contra o feminismo.
classe e ao racismo.
Angela Davis Simone de Beauvoir
Angela Yvonne Davis é uma professora e
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand
filósofa socialista estadunidense que
de Beauvoir, mais conhecida como
alcançou notoriedade mundial na década
Simone de Beauvoir, foi uma escritora,
de 1970 como integrante do Partido
intelectual, filósofa existencialista,
Comunista dos Estados Unidos, dos
ativista política, feminista e teórica
Panteras Negras
social francesa
Feminismo na atualidade
O feminismo é caracterizado pela pluralidade de pautas, portanto está em constante
transformação. A desigualdade de gênero é estrutural e milenar, refletindo-se em todos
os aspectos da vida social, desde a esfera pública, o mercado de trabalho, até o
ambiente doméstico. A representatividade política ainda deixa muito a desejar. Apesar
de o sufrágio feminino ser uma conquista nos mais variados países, a presença de
mulheres em cargos eletivos ainda é pequena, portanto há uma sub-representação
desse grupo nos parlamentos e governos. Conforme dados da Oxfam |1|, em 2018
apenas 15% de parlamentares eleitos no Brasil eram mulheres.
No mercado de trabalho, da mesma forma, há ainda poucas mulheres em posições de
chefia, especialmente nas grandes empresas. Além disso, a média salarial das
mulheres continua menor que a média salarial dos homens no desempenho das
mesmas funções, e a condição de mãe é usualmente utilizada por empregadores
como justificativa para demissão ou para não contratação.
No ambiente doméstico, o trabalho continua majoritariamente delegado às mulheres,
ainda que elas trabalhem fora e contribuam financeiramente com as despesas da
família. Segundo a Oxfam, somente 10% das trabalhadoras domésticas do mundo são
amparadas por leis trabalhistas. Ademais, três quartos do trabalho de cuidado não
remunerado no mundo é realizado por mulheres.
A violência contra as mulheres perpassa todos os ambientes mencionados – públicos,
laborais e domésticos – na forma de múltiplos assédios e também de agressão física e
sexual. O feminicídio é um grande desafio para governos e tem crescido, apesar das
conquistas femininas. De acordo com o site G1 |2|, no Brasil, a taxa de feminicídios
aumentou 7,3% em 2019 em relação a 2018 e uma mulher foi vítima de feminicídio a
cada 7 horas.
Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito,
impor minha existência numa sociedade que insiste em
negá-la - Djanila Ribeiro
Obrigado!
1
HTTPS://MUNDOEDUCACAO.UOL.COM.BR/G
EOGRAFIA/O-QUE-E-FEMINISMO.HTM

HTTPS://WWW.POLITIZE.COM.BR/MOVIMENT
O-FEMINISTA/

HTTPS://WWW.SCIELO.BR/J/RSOCP/A/GW9
TMRSYGQNZXNJZNCSBF5R

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