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Assistente Social, Docente do Curso de Serviço Social do UNIFEG.
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Grifos nosso.
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Kinsey centralizou sua investigação no comportamento sexual norte-americano. Ao publicar o primeiro volume
do famoso relatório sobre a sexualidade humana (Sexual Behavior in the Human Male), em 1948, gerou uma
enorme polêmica nos Estados Unidos. O livro foi um dos mais vendidos naquele ano. O segundo volume, que
abordava a sexualidade das mulheres (Sexual Behavior in the Human Female) foi publicado em 1953. Os seus
relatórios foram vistos por muitos como o início da “Revolução Sexual da década de 1960. Disponível In -
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Kinsey#O_Relat.C3.B3rio_Kinsey.
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O que as mulheres almejavam não era somente a liberdade sexual vinda com
o advento da pílula anticoncepcional e o maior acesso ao aborto legal,
principalmente em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, mas sim e,
principalmente, sua emancipação na luta contra as idéias conservadoras do mundo
machista e a igualdade enquanto segmento participativo e digno de direitos. Este
processo foi árduo e longo, sendo que, as mulheres na sociedade patriarcal e
machista, eram vistas como um ser inferior ao homem. Os Movimentos Feministas
organizados neste período, principalmente nos Estados Unidos, exigiam a igualdade
de direitos, remuneração salarial equiparada à dos homens, direito ao voto, dentre
outras reivindicação.
Embalados por estes ideais, tendo como pano de fundo as manifestações
feministas, outros segmentos até então reprimidos, se entusiasmaram pela onda de
liberdade sexual e deram vazão a seus sentimentos, organizando também,
manifestações que exprimiam o desejo e a ânsia de liberdade ou, como era comum
dizer, nesta época, “saírem do armário”.
Nesse contexto, iniciou-se um movimento denominado Contracultura.
Movimento ideário que colocava em dúvida os valores socialmente aceitos. Com o
avanço dos meios de comunicação, os Movimentos de Contracultura ganharam
espaços por todo o globo. Através da música, da arte e com um estilo próprio de
vida, eclodiram-se, propondo uma sociedade alternativa, na qual a liberdade seria a
pedra mestra para se viver. Em 1950, nos Estados Unidos, surge o primeiro grande
grupo de contracultura, o Beat Generation (Geração Beat), composto por jovens
intelectuais que contestavam o consumismo e o otimismo do pós-guerra americano.
Em 1960, o Movimento Hippie se expande pelo mundo todo, opondo-se
radicalmente aos valores culturais considerados primordiais para a sociedade. Com
o slogan “paz e o amor”, caracterizaram-se enquanto movimento da não-violência.
Este movimento arrebatava multidões, sendo considerado um fenômeno
verdadeiramente cultural. Tal foi a sua repercussão que, em 1969, organizou e fez
acontecer o grande Festival Woodstock.
A nova onda de manifestações e culturas gerou uma gama de movimentos
que lutavam pelo desejo de mudar o estilo de vida e os valores sociais. Assim, junto
com o Movimento Feminista e o Movimento Hippie, surge também a “juventude
transviada”, embalada pela beatlemania, de Liverpool; a era rock-roll, com a música
de Elvis Presley; o amplo interesse pelo meio ambiente, o que gerou o Movimento
Ecológico Greenpeace, em 1971. No Brasil, o tropicalismo, lançado por Caetano
Veloso e Gilberto Gil, ganhava força como um novo estilo estético-cultural.
Com o “Manifesto Antropofágico”; no campo sexual temos Leila Diniz (1943-
1972) com o avanço de seu modismo despojado em que o sexo era visto, por ela,
como esporte; Henry Miller (1891-1980), que militava contra a hipocrisia; Luz Del
Fuego, nome artístico de Dora Vivacqua que, na década de 1950, lutava para que as
pessoas vencessem seus preconceitos contra a nudez e o sexo livre; Oscar Wilde,
ícone da homossexualidade que abalou e incentivou o debate sobre a
homossexualidade; Mohan Chandra Rajneesh, o Osho, pregava novos paradigmas
para o sexo e o amor no Ocidente. O ícone da nova geração, James Dean, que
influenciou muitos jovens com seu comportarem; Marlon Brando, ídolo de uma
geração, difundiu o estilo “machão”, dentre outros que fizeram história. (HOSIE,
2004, p. 126-136).
Nos anos de 1960, inicia-se um novo estilo de mobilização e contestação
social. Jovens, imbuídos por um espírito de liberdade, criam um novo estilo anti-
social frente às suas famílias conservadoras. Uma cultura alternativa, denominada
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de cultura underground, focava, principalmente, a transformação da consciência, dos
valores e do comportamento, na busca de novos espaços e canais de expressão.
Em 1971, os minúsculos shorts femininos (hot pants) e as minissaias foram a maior
revelação da moda topless. (MASON, 2004, p. 44).
Em linhas gerais, a inocência marcava o idealismo ingênuo e pacífico que
marcou época. Como não poderia deixar de ser, a homossexualidade passou
também a fazer parte da agenda de discussões da sociedade. Movimentos em sua
defesa eclodiram juntamente com os outros movimentos que defendiam a liberdade.
Na contramão, antigos valores e costumes vieram à tona em defesa do
conservadorismo, da moral e dos bons costumes. Grupos cristãos conservadores
realizavam mobilizações contra as diversas manifestações considerandas imorais e
perniciosas, caracterizando sua aceitação como prerrogativa de uma “sociedade
promíscua, advertindo ainda para um castigo divino”. Em contraposição, ativistas
gays permaneceram na luta pela descriminalização das atividades homossexuais e
no combate à discriminação contras gays e lésbicas. (idem, p. 48).
Considerações Finais
“[...] a primeira tem o orgasmo como referência. Ela corresponde aos dois
relatórios Kinsey de 1948 e 1953. Em outros termos, a sexualidade não é mais
colocada sob a primazia da reprodução. A segunda é a era do otimismo
sexual, cristalizado em torno da reivindicação do direito ao prazer. Ela
corresponde à idade da pílula. [...] A terceira, a contemporânea, está centrada
na AIDS”. (2001, p. 88).
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Referências Bibliográficas
CATONNÉ, Jean-Philippe. A sexualidade, ontem e hoje. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
HOSIE, Robin. Admirável mundo novo: 1945 a 1970. Trad. Maria Clara de Mello
Motta e Helena Portella Raposo. Memórias do Século XX, v. V, p. 125-137. Rio de
Janeiro: Reader’s Digest, 2004.