Alunas: Cecilia, Davi, Eduarda, Harttur e Raphaela.
Professora: Dayana. Turma: 3°1. O que foi o movimento hippie?
O movimento hippie foi um movimento de contracultura que
surgiu nos Estados Unidos na década de 1960. Esse movimento se opunha à Guerra do Vietnã (1959-1976), ao autoritarismo, ao conservadorismo, à segregação racial, à corrida armamentista, ao uso de armas nucleares e à ordem bipolar da Guerra Fria (1947-1981), que dividia o mundo em áreas de influências soviéticas e estadunidenses. Além disso, rejeitava o capitalismo e o comunismo, além da hierarquia e da obediência. Também criticava a imposição de valores estéticos de beleza, o modelo de educação, de matrimônio e de família vigentes. Inserido no contexto de neoliberalismo, questionava sobre o real benefício da sociedade industrializada, recusando o predomínio da racionalidade científica e buscando redefinir a sociedade por meio de experiências sensoriais. Com a popularização da pílula anticoncepcional, defendia a ideia de amor por meio de relações sexuais livres. Na arte se expressava através da música, da literatura e da moda. Em relação a alimentação, defendia o consumo de comidas naturais. A contracultura hippie representou o choque de gerações e lutas pelos direitos civis dos negros, dos homossexuais e das mulheres. É importante lembrar que o movimento hippie foi influenciado pelo movimento negro dos Estados Unidos. Origem do movimento hippie
O movimento hippie surgiu no pós-Segunda Guerra
Mundial, durante o contexto da Guerra Fria, na década de 1960, quando os Estados Unidos estavam envolvidos na Guerra do Vietnã. Durante o conflito, grande parte da população estadunidense contestava a manutenção dos EUA, gerando uma onda de questionamentos sobre os valores e costumes daquele período. O movimento hippie surgiu, então, contestando os valores capitalistas da época, questionando o American Way of Life, estilo de vida americano baseado no consumismo, e defendendo práticas mais libertárias.
Qual o objetivo do movimento hippie?
O movimento hippie defendia a vida em
comunidade de forma harmônica, com práticas mais libertárias e naturalistas, como o consumo de alimentos naturais. Além disso, buscava a saída dos Estados Unidos da Guerra do Vietnã. Características do movimento hippie.
→ Roupas do movimento hippie
Os integrantes do movimento hippie usavam roupas coloridas, calças desbotadas, colares, camisas indianas, flores no cabelo, camisetas tie- dye, sandálias, bolsas a tiracolo, roupas reaproveitadas, saias curtas, muitos adereços e geralmente tinham cabelos longos, vistos como ato de rebeldia pela sociedade conservadora daquele período.
→ Expressões do movimento hippie
Influenciados pela ideia de resistência não violenta do líder indiano Mahatma Gandhi, tinham como slogans as frases “Faça amor, não faça guerra” (Make love, not war), “Paz e amor” (Peace and love), “Poder das flores” (Flower Power) e “Proíbam a bomba” (Ban the bomb). Ao final de suas passeatas era comum a distribuição de flores. Assim, o movimento hippie pode ser percebido como um movimento pacifista. → Ideologia do movimento hippie. O movimento hippie defendia uma vida harmônica em comunidade e repudiava o capitalismo e a ideia de Estado. No entanto, apesar das críticas da contracultura hippie ao capitalismo, o próprio capitalismo incorporou as características do movimento em seus slogans publicitários, tais como a ideia de liberdade e rebeldia, buscando atrair o público mais jovem, ampliando seus lucros na indústria da moda. Assim, o teor revolucionário do movimento foi banalizado por meio da indústria cultural.
→ Cultura do movimento hippie.
No aspecto cultural, o movimento hippie criticava o estilo de vida consumista e a sociedade industrializada e rejeitava a hierarquia, a obediência, o autoritarismo, o capitalismo, o comunismo e a guerra. Era contra a imposição de valores estéticos de beleza e buscava redefinir a sociedade por meio de experiências sensoriais. Defendia o amor livre, práticas mais libertárias e naturalistas e se expressavam através da arte e da moda. Movimento hippie e o Festival de Woodstock.
Durante as décadas de 1950 e 1960, o mundo foi
marcado por mudanças políticas, sociais e culturais. A América do Sul passava por governos militares, Cuba havia realizado a sua revolução, a Guerra do Vietnã e a Guerra da Coreia haviam iniciado, além do fortalecimento do movimento negro e feminista, bem como do movimento hippie. Nesse contexto, o surgimento da contracultura na sociedade de consumo culminou na realização do Festival de Woodstock, em agosto de 1969, na cidade de Bethel, nos Estados Unidos. O Festival de Woodstock reuniu mais de 300 mil pessoas e teve como grande destaque a participação do cantor, compositor e guitarrista Jimi Hendrix, que tocou o hino nacional dos Estados Unidos com acordes que simulavam bombas e aviões, mostrando a sua insatisfação e protestando contra o horror da Guerra do Vietnã. Movimento hippie e o Flower Power.
Criada pelo poeta Allen Ginsberg, a
expressão Flower Power (“Poder das flores”) foi utilizada como slogan pela contracultura hippie, que compartilhava de ideias de resistência e luta por direitos civis presentes nos movimentos Black Power e Gay Power. O Flower Power defendia a ideia de paz e amor, protestando contra a Guerra do Vietnã, tendo como “arma” o uso de flores. Os jovens entregavam flores aos militares ou colocavam flores nos canos de suas armas. Assim, tendo como slogan as frases “Poder das flores” (Flower Power) e “Faça amor, não guerra” (Make love, not war), o movimento contestava os valores sociais e culturais vigentes de modo pacífico. Movimento hippie no Brasil.
O movimento hippie não ficou restrito somente aos
Estados Unidos, expandindo-se em contextos diversos e adquirindo novas percepções na Alemanha, França, Inglaterra e Brasil. Enquanto os Estados Unidos vivenciavam a Guerra do Vietnã e a busca pela ampliação de áreas de influência, no Brasil as influências da contracultura estiveram presentes no contexto da Ditatura Civil-Militar por meio dos jovens que defendiam a liberdade e igualdade de direitos e buscavam romper com os padrões sociais e culturais dominantes no país. A contracultura hippie se deu no Brasil através de experimentações independentes e improvisadas, tais como shows, filmes, performances e teatro experimental, e influenciou a moda e o comportamento dos jovens brasileiros. A arte foi utilizada como instrumento de denúncia política e social, apresentando uma visão irônica sobre a cultura de massa. A Tropicália (ou Tropicalismo) foi um movimento que teve essa influência, ao adotar a visão antropofágica de mundo de Oswald de Andrade. Contestava a política vigente no país, ao mesmo tempo que negava a estética musical dominante, apresentando uma postura crítica e renovadora. Movimento hippie na atualidade.
Apesar de o movimento hippie ter tido o
seu auge na década 1960, ele ainda está presente na memória coletiva e exerce influência cultural, social e política na atualidade. Seus lemas, como “Paz e amor” e “Faça amor, não faça guerra”, ainda podem ser vistos em manifestações ao redor do mundo, e a sua defesa da liberdade ainda pode ser percebida no comportamento das pessoas e na indústria cultural. Sendo assim, ele ainda se faz presente, entretanto inserido em novos contextos históricos, assumindo novas formas. Suas ideias de liberdade sexual, defesa do meio ambiente, naturalismo e de crítica ao consumismo e ao capitalismo ainda reverberam na sociedade atual.
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