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FESTIVAL DE WOODSTOCK
Alunas: Laura Beatriz Laux Braga, Nubia Mirela Jungthon Bach e Rafaela Pichani da
Rosa
Orientadora: Sandra Marilei
Introdução ………………………………………………………………………………….2
Justificativa ………………………………………………………………………………...3
Objetivos …………………………………………………………………………………...4
Metodologia ………………………………………………………………………………..5
O Festival de Woodstock ………………………………………………..……………….6
Conclusão ………………………………………………………….……………………..14
Referências ………………………………………………….……………………………16
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Introdução
2
Justificativa
3
Objetivos
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Metodologia
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O Festival de Woodstock
Contexto histórico
O ano de 1969 foi o ápice das disputas políticas e sociais que ocorriam nos
Estados Unidos naquela época. Os anos 60 foram marcados pelos protestos contra
a guerra do Vietnã e, além disso, cerca de meio milhão de soldados do país
estavam na guerra, vista de forma cada vez mais crítica pela sociedade dos EUA. A
revolta dos protestantes era compreensível visto que mais de dois milhões de
jovens foram alistados de maneira obrigatória.
Esses foram os anos em que tivemos pela primeira vez um intenso “fosso
geracional”. Esse é um termo para quando uma geração de jovens possui visões de
mundo e hábitos marcantemente diferentes do que seus pais e avós tem. Foi a
geração de nascidos entre os anos finais da Segunda Guerra Mundial até o início da
década de 1960. A primeira geração que cresceu sob o risco de um holocausto
nuclear, mas também a primeira sem grandes preocupações materiais nos Estados
Unidos, após a Grande Depressão e nos anos de maior crescimento econômico do
país, esses eram os jovens presentes em Woodstock. A revolta vinha também de
estratégia política e econômica dos EUA, que usou o "American Way of Life" para
vender a ideia de que a América era uma sociedade praticamente sem desemprego
onde todos os sonhos podiam ser realizados. Esse ideário motivou o consumo e a
ideia de que comprar e desfrutar o tempo livre em atividades de lazer são o eixo
central da existência. Assim, vendendo o capitalismo como um sistema perfeito e
devido a esses acontecimentos o anticomunismo ganhou força na época.
Começando assim o que chamamos de Guerra Fria (1945 - 1989). A Guerra Fria foi
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a disputa ideológica entre a União Soviética e países apoiadores como Hungria,
Romênia, Alemanha Oriental, que defendia os ideais socialistas, se opondo aos
Estados Unidos, a Europa Ocidental, parte dos países da Ásia, América Central
(exceto Cuba), América do Sul e Oceania, que representava o capitalismo. Isso era
revoltante pois os jovens sabiam que os EUA não era perfeito como retratavam, eles
estavam revoltados com a vida, os padrões estabelecidos por seus pais, a cultura e
a ignorância do “American Way of Life”, e com isso iniciou-se o movimento
contracultura.
Contracultura
Hippies
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Imagem 1 – Jovens no Woodstock
Organização do festival
Um dos organizadores era Michael Lang, que tinha 25 anos na época, ele era
alguém que você imagina em Woodstock. Sonhador, idealista, meio desorganizado,
ele surgiu com a ideia e a apresentou para seu amigo Artie Kornfeld, que era dois
anos mais velho, também uma pessoa da contracultura dos anos 1960, músico e
compositor, com mais de 75 músicas nas rádios. Artie foi essencial para o
acontecimento do festival, pois tinha muitos contatos, já que era um dos vice-
presidentes de uma das maiores gravadoras dos Estados Unidos. Ambos moravam
em Nova York e um dia viram um anúncio nos classificados dos jornais.
O anúncio era de uma firma de investimentos desejando projetos
interessantes. A empresa era formada por dois sócios. Um era John Roberts, de 24
anos, que herdou uma fortuna do seu tio, dono de uma rede de farmácias e inventor
de produtos médicos. O outro era seu amigo, Joel Rosenman, 3 anos mais velho,
que queria ser músico, mas achou mais seguro seguir uma carreira financeira. O
projeto de Lang e Artie era o de iniciar uma gravadora, construindo um estúdio perto
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de Nova York. Os dois mencionaram a ideia de uma grande festa de inauguração do
estúdio, o que fez com que os investidores mudassem o foco do projeto. Em vez de
uma gravadora, um grande festival, muito maior do que qualquer um que Lang
tenha organizado durante sua vida.
Então, em janeiro de 1969, eles iniciaram um trabalho de meses para
organizar o que seria o Woodstock. E as coisas não foram nem um pouco
tranquilas. Roberts e Rosenman frequentemente discordavam de Lang e tinham
ritmos de trabalho diferentes. Encontrar o local onde seria o festival foi também
difícil, já que prefeituras e moradores de várias pequenas cidades rejeitavam a ideia
de dezenas de milhares de jovens subitamente na cidade. A cidade de Bethel foi
confirmada apenas duas semanas antes do festival, com aluguel da fazenda de Max
Yasgur. Ele era o maior produtor de leite da região, dono de 650 vacas.
Inclusive, ao decorrer do tempo, pessoas que eram contra a realização do
festival na cidade, tentaram organizar uma campanha de boicote ao leite, pois a
questão geracional explicada anteriormente faziam com que os adultos detestassem
a ideia do festival. Um desses adultos era Max Yasgur, o dono da fazenda. Então,
qual o motivo dele ter aceitado receber o festival? Ele era conservador, apoiava a
guerra contra o Vietnã e, segundo Michael Lang, ele era contrário às ideias de
Woodstock. Entretanto, ele tinha um filho e uma filha e dizia que queria melhor
entender a nova geração.
Alguns desses adultos costumavam dizer que essa busca idealista por uma
sociedade melhor era só uma desculpa para três dias de festa ou para vender
ingressos. Porém se compararmos os três anos seguintes ao Woodstock com os
anos anteriores nos Estados Unidos, foram abertas mais organizações de serviço
social, alimentar, auxílio jurídico, grupos ambientalistas e de direitos dos animais,
muitos desses existindo até hoje. Ou seja, o festival esteve em um contexto de
movimentação política e social que trouxe diversas mudanças positivas para a
sociedade e a ampliação de organizações sociais.
Apesar de o festival ter acontecido em Bethel, o desejo dos organizadores
era que o festival fosse na cidade de Woodstock. Esse era o nome da empresa que
eles formaram e o local onde queriam construir aquele estúdio. O motivo era
especificamente um, era a cidade onde morava o músico e compositor Bob Dylan,
grande ídolo de Lang. Por uma questão de agenda, Bob Dylan disse que nunca
chegou a conversar seriamente com os organizadores e que desde o início seria
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impossível tocar no festival. Inclusive, formar o elenco do festival também foi
complicado, já que os grandes nomes da música estavam desconfiados, estavam
com medo de calote ou falta de estrutura. Apenas em abril, após meses e quase
cancelamento do projeto, os organizadores conseguiram o primeiro grande nome
para o festival, a banda Creedence Clearwater Revival.
No dia 15 de agosto de 1969, às 17 horas locais, Ritchie Haven subiu ao
palco, iniciando os três dias de festival. Os três dias planejados de festival viraram
quase quatro, e as 100 mil pessoas esperadas viraram meio milhão. O gigantismo
de Woodstock é uma das coisas que entraram para a história, mas isso não era
planejado. Calcula-se que entre 500 mil e 1 milhão de pessoas simplesmente não
conseguiram chegar ou entrar na área do festival.
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Em um dos maiores engarrafamentos já registrados, muita gente
simplesmente deixou os carros no acostamento e foi apé até o Woodstock. O
sistema de som foi personalizado e mesmo assim não deu conta. Muita gente em
Woodstock se focou na diversão, mal ouvindo ou vendo os artistas.
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porque não deu tempo de montar as bilheterias dada a quantidade de gente. Os
serviços médicos foram realizados por voluntários, assim como a segurança.
O festival deu um grande prejuízo, que levou mais de 10 anos para ser pago,
o que só foi possível graças ao filme ''Woodstock: 3 dias de amor e música'', mas
também se deve ao legado do festival, que inspirou outros festivais e toda uma
geração de pessoas, artistas e músicas. Outra prova do seu legado é a existência
de museus que levam seu nome e contam a sua história.
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● Sly & the Family Stone
● The Who
Conclusão
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espaço onde jovens de todo o país puderam se reunir em um ambiente de
tolerância e comunhão. O festival se tornou um símbolo da resistência pacífica,
protesto contra a guerra, busca por igualdade e experimentação com novos estilos
de vida.
O impacto de Woodstock foi significativo em várias áreas. Em primeiro lugar,
ele deixou uma marca indelével na história da música, apresentando algumas das
maiores lendas do rock da época. As performances de artistas como Jimi Hendrix,
Janis Joplin, The Who e muitos outros se tornaram lendárias e ajudaram a definir o
que conhecemos como música de festival até os dias de hoje. Além disso,
Woodstock teve um impacto social duradouro. O festival demonstrou o poder da
unidade e da coexistência pacífica, à medida que pessoas de diferentes origens se
uniram em torno de um objetivo comum: celebrar a música e propagar mensagens
de amor e paz. Esse espírito de união e harmonia foi uma influência importante em
movimentos posteriores, como o ambientalismo, o movimento pelos direitos civis e a
busca por igualdade de gênero.
O legado de Woodstock continua a ressoar nos dias de hoje. Ainda vemos
festivais de música que procuram capturar o espírito de Woodstock, enfatizando a
diversidade, a inclusão e a expressão artística. A ideia de criar um ambiente
acolhedor, onde as pessoas possam se conectar por meio da música, é uma das
heranças mais valiosas de Woodstock.
Por fim, o Festival de Woodstock de 1969 foi um marco cultural e musical que
transcendeu seu tempo. Ele simbolizou a esperança, a paz e a possibilidade de um
mundo melhor. Sua influência na música, na cultura e na sociedade em geral é
inegável, e seu legado continuará a inspirar e influenciar gerações futuras.
Woodstock é mais do que apenas um festival é um ícone atemporal que representa
a busca por uma sociedade mais justa e pacífica.
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Referências
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NERDOLOGIA. Canal do YouTube. Woodstock, 2020. Disponível em:
https://youtu.be/iuK-9ZbIvbA. Acesso em: 21 jun. 2023.
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