Você está na página 1de 1

Contracultura

Na sociologia, a contracultura refere-se a um movimento libertário de contestação que surgiu na década de 60 nos
Estados Unidos.
Representou um movimento de rebeldia e insatisfação que rompeu com diversos padrões, ao contestar de forma radical
comportamentos da cultura dominante. No entanto, vale lembrar que ele possui um caráter pacífico.
Possuía um teor social, artístico, filosófico e cultural, e se posicionou contra valores disseminados pela indústria e o
mercado cultural.
Isso mudou significativamente os valores e os comportamentos dessa época, sobretudo nos jovens, os grandes líderes
do movimento.
A cultura desse movimento está relacionada com a cultura marginal, alternativa e underground e recebe esse nome por
se posicionar contra a cultura dominante, a cultura erudita.
A contracultura representou, um grande movimento de contestação de valores que surge nos anos 50 nos Estados
Unidos, com a Geração Beat. Ele teve seu apogeu na década de 60 donde os jovens representavam a maior parcela do
movimento.
Com o intuito de alertar para alguns valores disseminados pela indústria e os meios de comunicação, a geração beat
teve grande importância nessa fase inicial.
Precursores do movimento da contracultura, eles eram jovens intelectuais que valorizavam a simplicidade, o amor, a
natureza, como forma de tornar a liberdade sua mais forte característica.
Eles alertavam que o anticonsumismo levaria a uma libertação do espírito, a luta pela paz e ainda, a valorização das
minorias.
Contra os valores capitalistas impostos e o conservadorismo, eles propunham uma vida livre com liberdade dos
relacionamentos, seja amoroso e sexual.
Essa inovação de valores se deu com a aproximação das religiões orientais (budismo, o hinduísmo, etc.) bem como de
novos hábitos, por exemplo, o vegetarianismo e o uso de drogas psicodélicas.
Com isso, eles buscavam a libertação de uma sociedade que, segundo eles, estaria sendo engolida por padrões e valores
capitalistas principalmente com o crescimento dos meios de comunicação.
Baseado nesses objetivos, o movimento hippie teve seu auge na década de 70 questionando essas normas impostas. E,
da mesma maneira, propondo uma mudança de valores e comportamentos que levassem a liberdade de pensamento e
de atos.
Foi assim que os hippies se engajaram politicamente e se libertaram do conservadorismo, do totalitarismo e do
tradicionalismo vigentes, impulsionados por movimentos culturais, artísticos, filosóficos e sociais.
A ideia era que o lema “paz e amor” (peace and love) ou ainda, “faça amor, não faça guerra” (make love not war),
refletisse uma vida comunitária de luta contra a paz. Além disso, a igualdade e o fim das injustiças eram outros objetivos
do movimento.
Foi assim, que eles deixaram o conforto de seus lares para viverem em sociedades mais “abertas” (naturistas e de
valorização da natureza) através de um estilo de vida nômade.
As vestimentas do hippies eram próprias e avessas aos “modismos” impostos pela indústria cultural. Utilizavam calças
boca de sino, sandálias, roupas multicoloridas e rasgadas. Ademais, os cabelos compridos eram escolhidos para ambos
os sexos.
Mesmo tendo origem nos Estados Unidos, a contracultura se disseminou rapidamente por países da América Latina e da
Europa.

Você também pode gostar