A década de 60 foi um período intensamente cultural em todo mundo. Um
dos movimentos mais importantes e influentes dessa época foi o movimento hippie, que surgiu nos Estados Unidos e se espalhou para outros países. O movimento hippie se caracterizou pela busca de uma vida mais simples e natural, pela defesa dos direitos civis e pela rejeição à guerra do Vietnã. Os hippies pregavam a liberdade sexual, a igualdade racial e de gênero, o uso de drogas alucinógenas e a experimentação artística e musical. A música foi uma das principais expressões do movimento hippie, com artista internacionais como Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Beatles, Bob Dylan e muitos outros. O estilo de vida hippie influenciou a moda, a arte, a literatura e o cinema, e suas ideias e valores ainda são lembrados e discutidos até hoje. Mas não foi apenas nos Estados Unidos que teve um período de transformações, A década de 60 no Brasil foi um período de intensas transformações políticas, sociais e culturais, e um dos movimentos culturais mais importantes dessa época foi o Tropicalismo. O movimento cultural conhecido como Tropicália surgiu no final da década de 1960 no Brasil, e foi uma importante manifestação artística que marcou a época e teve influência em diversos campos, como na música, nas artes plásticas e no cinema. O movimento foi liderado por artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa e Os Mutantes. A Tropicália propunha uma nova forma de se pensar a cultura brasileira, misturando elementos da cultura popular brasileira com a cultura de massa internacional. A ideia era subverter a tradição nacionalista e buscar uma nova linguagem artística que rompesse com os padrões estabelecidos e fosse capaz de expressar as tensões e contradições da sociedade brasileira na época.
A música foi o principal meio de expressão do movimento, e as canções
eram marcadas por arranjos inovadores, letras provocadoras e pela mistura de diferentes estilos musicais, como rock, samba, bossa nova e música erudita. O movimento também tinha uma forte carga política, denunciando a repressão do regime militar e a opressão dos valores conservadores da sociedade O Tropicalismo enfrentou forte resistência por parte dos setores mais conservadores da sociedade brasileira, que viam o movimento como uma ameaça à moral e aos valores tradicionais do país. Mesmo assim, o Tropicalismo deixou um legado importante para a cultura brasileira, gerações posteriores de artistas e contribuindo para a construção de uma identidade cultural mais plural e diversa. Em quanto o tropicalismo estava se espalhando pelo brasil muita coisa ocorreu, a mais marcante foi a ditadura militar. A Ditadura Militar no Brasil foi um período da história do país que durou de 1964 a 1985. Foi um regime autoritário que teve início com um golpe militar que depôs o presidente João Goulart e instaurou uma junta militar no poder. Durante esse período, o país foi governado por generais que se sucederam na presidência, e o regime se caracterizou pela supressão das liberdades democráticas, perseguição política, censura à imprensa e violações aos direitos humanos. Entre as principais características da Ditadura Militar, destacam-se: Censura à imprensa e restrição à liberdade de expressão: durante o regime, a imprensa foi fortemente censurada, e muitos jornalistas e escritores foram perseguidos e presos por expressarem opiniões contrárias ao regime. Perseguição política: o regime perseguia e prendia opositores políticos, incluindo líderes sindicais, estudantis e artistas que eram considerados subversivos.
Tortura e violações aos direitos humanos: muitos dos presos políticos
foram submetidos a sessões de tortura, e muitos foram mortos ou desapareceram sem deixar rastros. A Comissão Nacional da Verdade, criada em 2012, estima que cerca de 434 pessoas foram mortas ou desapareceram durante o regime. Restrição às liberdades democráticas: o regime suprimiu os direitos civis e políticos, e a constituição foi suspensa. O Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas foram fechados, e o país passou a ser governado por decretos e atos institucionais. A Ditadura Militar chegou ao fim em 1985, com a eleição de Tancredo Neves para a presidência da República, após uma série de manifestações populares pela redemocratização do país. A transição para a democracia foi marcada pela anistia aos presos políticos e pela elaboração de uma nova constituição, promulgada em 1988, que restabeleceu as liberdades democráticas e os direitos civis e políticos.