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História
A emergência de movimentos civis em busca de direitos remonta à Revolução
Francesa (1789), que foi influenciada pelos ideais do Iluminismo. No entanto, embora
nesse importante momento histórico os direitos dos homens tenham sido ampliados na
França, a mulher não foi inicialmente alcançada pela mudança.
Duas mulheres desse período tiveram seus escritos utilizados posteriormente como
base do movimento feminista: Olympe de Gouges, ativista francesa que escreveu a
“Declaração dos direitos da mulher e da cidadã” em 1791 e dois anos depois foi
condenada à morte; e Mary Wollstonecraft, educadora inglesa que publicou em 1792 o
artigo “Reivindicação dos direitos da mulher”, em que advogava que as mulheres
deveriam ter o mesmo acesso que os homens à educação formal.
A palavra feminismo foi usada pela primeira vez na primeira metade do século XIX
pelo filósofo francês e teórico do socialismo utópico Charles Fourier, autor do livro
“Teoria dos quatro movimentos” (1808), no qual afirma que o progresso da sociedade
como um todo tem como pré-condição a conquista de direitos pelas mulheres.
O movimento, inicialmente, era formado por mulheres de classe alta que desejavam
igualdade perante os homens da sua classe social e por mulheres das classes médias
que desejavam um sistema educacional formal e científico, bem como bons empregos,
conforme os homens da sua classe, as chamadas feministas liberais. Por último, as
mulheres operárias, com péssimas condições de trabalho, baixos salários e
sobrecarga de trabalho doméstico, desejavam melhores condições de trabalho e
emprego.
Todas tinham em comum o facto de não poderem votar e ser votadas, portanto este
facto incentivou e juntou o apoio de todas, já que as demandas específicas de cada
grupo só poderiam acontecer mediante mudanças nas leis. Assim, a igualdade jurídica
dependia da igualdade política, e reivindicações como educação formal e direito à
posse e ao divórcio.O movimento sufragista, que representa essa primeira onda,
começou na Inglaterra e alcançou o mundo. Sua mais notória porta-voz foi Emmeline
Pankhurst , líder das suffragettes, que, a partir de determinado momento, deixaram de
compor o movimento pacífico para realizarem uma militância radical e violenta,
dispostas a serem presas, feridas ou mortas pela causa.
O primeiro país a garantir o voto feminino foi a Finlândia, em 1893. Os demais fizeram-
no ao longo do século XX, especialmente nos pós-guerras. O último país a efetivar o
voto feminino foi a Arábia Saudita, em 2015. Mas existem países que ainda não
concederam este direito às mulheres, como é o caso do vaticano
Essa segunda onda aconteceu no âmbito da revolução sexual dos anos 1960, período
também da invenção da pílula anticoncepcional e da ressignificação do sexo não
somente como meio para a procriação, mas para o prazer. Outra temática que foi
objeto de reflexão e reivindicações nesse período foram as questões relacionadas ao
ambiente familiar, como violência doméstica, trabalho doméstico não remunerado
maioritariamente realizado por mulheres e o planeamento familiar sobre quantidade de
filhos e quando tê-los.
Uma teórica influente desse período é a filósofa Judith Butler, cujo livro “Problemas de
gênero” (1990) problematiza o conceito de gênero, abordando-o como não binário,
fluido e constituído por comportamentos que compõem uma performance. Essa
ressignificação da concepção de gênero e da sexualidade ficou conhecida como teoria
queer, o que abriu espaço para que, no feminismo, a heteronormatividade fosse
questionada e se desenvolvesse o transfeminismo.
quarta onda
Objetivos
Ao longo dos anos e conforme cada contexto, o feminismo também foi incorporando
demandas específicas e permanece de suma importância para a emancipação
feminina e construção de sociedades mais equânimes.
Marcos importantes
Por ser mulher, a princípio seu nome não havia sido incluído entre os contemplados
pelo Nobel de Física, mas Pierre Curie, seu marido, insistiu para que ela também fosse
premiada (1903), Em 1911, Marie Curie se tornou a primeira, e única mulher a ganhar
um segundo Prêmio Nobel, desta vez o de Química, por conta da descoberta do rádio e
do polônio.(marie curie)
Conquistas do feminismo
Passado
Presente
Apesar disto podemos considerar várias conquistas por parte das mulheres, tal como o
sufrágio, a independência em relação ao homem, entre outras…
Mas infelizmente nem tudo é igual em todo o mundo. Em alguns locais continuam a
ser violados os direitos das mulheres. Como exemplo temos o Afeganistão. Aqui foi
proibido que as mulheres afegãs embarquem em voos não acompanhadas por um
guardião masculino, o acesso à educação tornou-se mais complicado, em alguns
locais houve a proibição de ajuntamentos em locais públicos entre homens e mulheres
ao mesmo tempo.
Para as mulheres de hoje, o feminismo está por vezes fora de moda, é coisa do
passado. As feministas veteranas observam, intrigadas, a jovem geração que parece
encontrar a felicidade na maternidade e dispõe da pílula do dia seguinte nas
enfermarias dos liceus franceses. Estão contentes, porque lutaram nos anos 1970 pelo
direito a uma maternidade escolhida e, portanto, feliz. Mas ficam perplexas com as
novas feministas, como a filósofa Sylviane Agacinski, que dizem da maternidade que é
o "ponto de ancoragem" da identidade feminina. As primeiras combatentes dizem às
mais novas que é preciso continuar a mobilização pelos seus direitos. Que extremistas
americanos e europeus querem de novo recusar às mulheres o direito ao aborto. Que
em tantas regiões do mundo as mulheres são humilhadas, torturadas, assassinadas,
pelo simples facto de serem mulheres. Que, mesmo em França, em 2006, há
mulheres nos subúrbios que sofrem o mais ignominioso machismo que as obriga a
submeterem-se, para serem bem vistas, ou as condena como "putas" quando são
insubmissas.
Um "novo feminismo" foi, de resto, invocado quando em França nasceu um movimento
de defesa dos direitos das mulheres nos subúrbios, como um nome em jeito de
programa, "Nem putas, nem submissas". Mas trata-se antes de mais de um
movimento cívico, em que não tardou a aparecer, em filigrana, a mão da esquerda
socialista. Atenção, porém, ao novo discurso feminista da vitimização das mulheres,
adverte a filósofa Elizabeth Badinter. Esta tese "simplista" de uma "pretensa natureza
feminina" fraca e passiva leva as mulheres "pelo caminho errado", fazendo-as regredir,
afirma a filósofa. Badinter, que ainda participou nos anos 70 nos primeiros combates
feministas, recorda a importância da frase de Simone de Beauvoir, ao dizer que "não
se nasce mulher, torna-se mulher": a companheira de Jean-Paul Sartre colocava a
questão existencialista do "ser humano que é o que faz, e que se define pelas suas
escolhas", e de forma alguma a de uma pretensa "condição feminina" evocada pela
nova geração de feministas.-A.N.P., Paris
Futuro
Em 2015 a ONU Mulheres lançou a iniciativa global “Por um planeta 50-50 em 2030:
um passo decisivo pela igualdade de gênero”. Nela, foram traçados compromissos
assumidos por mais de 90 países para eliminar as desigualdades de gênero.
Tipos de feminismo
Feminismo negro: aborda a dupla opressão de gênero e raça sofrida por mulheres
negras. Assim, a questão racial é também colocada em primeiro plano. A grande
referência de feminismo negro no mundo é a ativista Angela Davis, que em 1981
publicou o livro “Mulheres, raça e classe”, uma análise histórica do feminismo à luz
desses importantes fatores.
Feminismo filosófico é uma corrente filosófica nascida há três séculos, com maior
relevância nos séculos XX e XXI. Esta linha de pensamento soube vincular os
conceitos de mulher e filosofia a partir de novos pontos de vista. Anteriormente, alguns
pensadores recolhiam em seus livros as opiniões da filosofia acerca das mulheres.
MACHISMO
Machismo é um comportamento fundamentado na compreensão de que os homens
são superiores às mulheres. O machismo baseia-se na cultura patriarcal que associa à
figura do pai a uma liderança, que pode ser transposta para todas as áreas do
desenvolvimento social. Assim, pela concepção machista, a mulher desempenha um
papel de subalternidade em relação ao homem, servindo e obedecendo.. Com isto,
podemos entender que se estabelece um ideal de macho (daí "machismo"), toma-o
como meta e impõe seu comportamento aos homens.
Deste modo, as mulheres passam a ser compreendidas como objeto e uma mera
negação do conceito de homem (mulher = não-homem), retirando seu caráter
subjetivo.
femismo
Femismo é a ideologia que prega a superioridade do gênero feminino sobre o
masculino. É considerado o equivalente ao machismo, mas fazendo com que os
oprimidos sejam os homens, enquanto que as mulheres seriam as
opressoras.Seguindo a mesma tendência do machismo, o femismo é marcado pelo
preconceito de gênero, neste caso o masculino. As pessoas femistas costumam
humilhar, desvalorizar, utilizar comentários e atitudes agressivas em relação aos
homens.
Feminismo
o feminismo é um movimento político, filosófico e social que busca a igualdade de
direitos entre homens e mulheres. Lembrando que o movimento feminista surgiu na
Europa do século XIX, tendo sido consequência da Revolução Francesa, que pregava
“Igualdade, Liberdade e Fraternidade”. Esse movimento luta pela igualdade de
condições entre homens e mulheres, no sentido de que ambos tenham os mesmos
direitos e as mesmas oportunidades. O objetivo final do feminismo é construir uma
sociedade que ofereça igualdade de condições entre os dois gêneros. Em outras
palavras, o feminismo não quer que as mulheres sejam iguais aos homens, mas sim
respeitadas e vistas com a mesma importância deles.
Feministas
Angela Davis
Uma voz desbravadora para as mulheres negras, Davis teve um papel crucial no
movimento dos direitos civis. A ativista política foi uma das principais líderes do movimento
Black Power, e embora algumas de suas posições mais radicais e papel em protestos
políticos tenham sido considerados controversos, ela tem lutado incansavelmente para
defender o progresso dos direitos das mulheres por mais de seis décadas. Ela mais
recentemente atuou como co-presidente honorária da Marcha das Mulheres em
Washington em 2017.
Bárbara Walters
Antes de seu mandato como juíza da Suprema Corte, Bader Ginsburg co-fundou o
Women's Rights Law Reporter em 1970, o primeiro jornal de direito dos EUA a se
concentrar exclusivamente nos direitos das mulheres. Dois anos depois, ela co-fundou o
Projeto dos Direitos das Mulheres na União Americana das Liberdades Civis (ACLU), mais
uma vez garantindo que as vozes das mulheres fossem ouvidas na lei. Nomeada pelo
presidente Bill Clinton em 1993, Bader Ginsburg tornou-se a segunda juíza da Suprema
Corte, uma posição que ela ainda ocupa hoje e usa para defender os direitos das
mulheres.
Michelle Obama
Em 2009, quando o marido Barack Obama se tornou o primeiro presidente negro dos
Estados Unidos, Michelle Obama também fez história ao se tornar a primeira-dama negra
do país e a única primeira-dama a frequentar uma universidade da Ivy League (Princeton)
para seus estudos de graduação. Ela deixou sua marca na Casa Branca com sua iniciativa
Let Girls Learn, que capacitou meninas em todo o mundo a ter melhor acesso à educação.
Mesmo após a presidência de seu marido, ela continua a defender a causa através da
Girls Opportunity Alliance, um programa dentro da Obama Foundation que apoia líderes
populares que trabalham na educação das meninas.
Oprah Winfrey
Motivada pelo salário desigual que recebeu no início de sua carreira na radiodifusão,
Oprah começou seu próprio programa de televisão e a partir daí construiu um império para
ajudar as mulheres a crescer, desenvolver e prosperar. "Eu nunca me considerei ou me
chamei de feminista, mas não acho que você possa realmente ser uma mulher neste
mundo e não ser." Desde então, ela desenvolveu a Academia de Liderança Oprah Winfrey
para Meninas, a Oprah Winfrey Network e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade
em 2013.
Madonna
A Rainha do Pop construiu toda sua carreira em empurrar os limites das mulheres e da
sexualidade através de suas músicas e vídeos musicais — quebrando sem desculpas
estereótipos de gênero ao longo do caminho. Com sua personalidade pública, Madonna
encorajou as mulheres a assumir em sua sexualidade e vidas. Mais recentemente, ela se
tornou vocal ao falar contra o sexismo e o ageísmo que as mulheres recebem hoje,
continuando a se vestir tão sexy quanto ela quer aos 58 anos de idade.
Malala Yousafzai
Emma Watson
Uma das mais novas vozes do feminismo da geração, a atriz chamou a atenção de todos
com seu discurso comovente em frente às Nações Unidas que lançou uma nova iniciativa
para a igualdade de gênero. O trabalho de Watson para a ONU nos lembrou a todos que o
feminismo não é apenas uma luta para as mulheres — é para os homens se juntarem
também. Desde então, ela lançou o movimento #HeForShe, seu próprio clube do livro
feminista e muita conversa sobre o que significa ser feminista hoje.
"When at 15, my girlfriends started dropping out of their beloved sports teams,
because they didn’t want to appear muscle-y, when at 18, my male friends were
unable to express their feelings, I decided that I was a feminist."
"How can we effect change in the world when only half of it is invited or feel
welcome to participate in the conversation?"
Angelina Jolie
Aside from her extensive work as a UN diplomat, actress and philanthropist, in 2013, when
Angelina Jolie chose to share her double-masectomy story, she changed the face of breast
cancer awareness. In a personal essay, Jolie revealed how the health decision empowered
her as a woman while encouraging other women to come forward with their own breast
cancer stories.
Amal Clooney
O mundo pode ter aprendido pela primeira vez sobre Amal Clooney quando ela se casou
com o galã de Hollywood George Clooney em 2014, mas seu impacto tinha sido uma força
para a mudança muito antes disso. Ela trabalha como uma das mais renomadas
advogadas internacionais de direitos humanos do mundo, com clientes anteriores,
incluindo a ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko e o fundador do WikiLeaks
Julian Assange. Ela também foi nomeada para várias comissões das Nações Unidas.
Junto com seu marido, Amal fundou a Fundação Clooney para a Justiça, uma organização
que defende os direitos humanos e a conscientização sobre abusos em todo o mundo.
Conclusão