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SOCIOLOGIA

Gênero e
Sexualidade
Parte 1
Profa Giane Carvalho
GÊNERO
Gênero é um conceito generalista que agrega em si
todas as particularidades e características em
comum de um grupo, classe, seres ou coisas.
O termo gênero vem do latim genus, que significa
nascimento, descendência, origem, família, tipo.
Podemos ter gênero alimentício, gênero literário,
porém, é nas Ciências Humanas e Naturais que se
discute o gênero humano.

Sendo assim, para as Ciências Sociais falar de gênero


é designar as relações sociais e as identidades
subjetivas que emergem de construções culturais.
GÊNERO É DIFERENTE DE SEXO
SEXO - O sexo está relacionado às distinções anatômicas e biológicas do
corpo humano, como genitálias, aparelhos reprodutivos, seios, etc.
Assim, temos algumas pessoas do sexo feminino (com vagina/vulva), algumas
pessoas do sexo masculino (com pênis) e pessoas intersexuais (casos raros em
que existem genitais ambíguos ou ausentes).

GÊNERO - As Ciências Sociais argumentam que gênero se refere à organização


social da relação entre os sexos e expressa que homens e mulheres são produtos do
contexto social e histórico e não resultado da anatomia de seus corpos.

Como uma sociedade define o que é ser homem ou que é ser uma
mulher diz respeito ao gênero.
Essa construção social de gênero varia de cultura para cultura ao
longo da história.
ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS SOBRE GÊNERO
NO CAMPO DAS CIÊNCIAS HUMANAS TEMOS VÁRIAS REFERÊNCIAS SOBRE GÊNERO.

No antropologia temos uma clássica referência de Margaret Mead (EUA)


que, em 1935, realizou estudos etnográficos junto a três tribos da Nova Guiné, onde
evidenciou através do contraste com outras culturas que os comportamentos/
temperamentos que reputamos naturais em um sexo são meras variações do
comportamento humano às quais os membros de um ou ambos os sexos podem
ser, com maior ou menor sucesso, influenciados através da educação.
GÊNERO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Após a segunda guerra mundial (séc. XX) a partir das
críticas ao determinismo biológico e das críticas
feministas, nas ciências sociais e na psicologia, o conceito
de sexo foi substituído pelo conceito de gênero.
Esses movimentos ganharam força na década de 1960 em
função da desigualdade de poder entre o masculino e
feminino.
Nos anos 1972, Ann Oakley, socióloga britânica, propôs a
diferenciação entre sexo e gênero.
As teorias feministas abraçaram o conceito da distinção
entre o sexo biológico e a construção social de gênero.
Hoje, a distinção é rigorosamente seguida em alguns
contextos, principalmente nas Ciências Sociais.
GÊNERO UMA CONSTRUÇAÕ SOCIAL

Na linguagem da Muitas sociedades


sociologia de gênero há reconhecem apenas dois
a inclusão de um terceiro papéis de gênero, o
gênero, um tanto distinto masculino e o feminino,
do sexo biológico. Um correspondentes ao sexo
exemplo é o papel de biológico. Entretanto,
gênero adotado pelas algumas sociedades
Hijras da Índia e Remember incorporam
to pessoas que
Paquistão. O povo Bugis describe each adotam
of o papel de
de Celebes, Indonésia gênero oposto ao típico
their key personality
possui uma tradição de do sexo biológico, por
incorporar várias traits, physical
exemplo, em algumas
características de attributes, andsociedades
more. indígenas
gênero. norte-americanas.
GÊNERO UMA CONSTRUÇAÕ SOCIAL
Para a norte americana Joan Scott (1995) o uso do termo
gênero passou a ser empregado a fim de se referir a uma
organização social dos sexos e promover a distinção entre o
determinismo biológico e os papeis sociais de homens e
mulheres, que até então estavam vinculados a um mesmo
sentido.
A autora discute três posições teóricas sobre os estudos de gênero:

A primeira, uma tentativa feminista de entender as origens do


patriarcado.
A segunda se situa numa tradição marxista e busca um
compromisso junto a crítica feminista.
A terceira se divide entre o pós-estruturalismo francês e as teorias
de relação do objeto, inspira-se em diversas escolas da psicanálise
para explicar a produção e a reprodução da identidade de gênero
do sujeito.
PAPEL SOCIAL DOS GÊNEROS

Pergunta clássica:
Somente mulher lava a
louça?

Disponível em: http://metamorfoseshistoricas.blogspot.com/2012/01/o-


papel-feminino-ontem-e-hoje-mudancas.html Acesso em: 03, mai, 2020.
QUESTÕES DE GÊNERO
O livro “O segundo sexo” da
filósofa Simone de Beauvoir
(França), no ano de 1949, abordou
o existencialismo para a
experiência de vida da mulher ao
mencionar que “ninguém nasce
mulher, torna-se”. A maturidade
em relação ao contexto social é
aprendida, não instintiva, pois a
feminilidade é vista como uma
aprendizagem social e cultural.
QUESTÕES DE GÊNERO
A autora Judith Butler (EUA) publicou em 1989 a obra
“Problemas de Gênero” onde trouxe uma abordagem
pós-estruturalista e contribui para pensarmos gênero
no sentido performativo, para além de identidades fixas
ou categorias de corpo, sexo, gênero e sexualidade que
perpassam a estrutura binária.
Esse desdobramento do conceito de gênero foi dado
nos anos 1990, através da teoria queer que questiona
a normatividade heterossexual e ressalta o aspecto
social e mutável dos corpos e da sexualidade. Para
Butler o gênero é uma performance que se dá em
qualquer corpo, portanto, desconectado da ideia de
que a cada corpo corresponderia somente um gênero.
GÊNERO NO BRASIL

Inicialmente Na década de 1980 os


No Brasil os
acreditava-se que estudos sobre a
estudos de
havia um problema condição feminina
gênero, também
da mulher, que dão espaço aos
chamados de
deveria ser estudos sobre as
relações de
pensado unicamente mulheres já que não é
gênero, emergem
pelas mulheres, pois possível falar de uma
durante a década
durante séculosRemember
os to única condição
de 1970/80, em
homens asdescribe each of feminina no Brasil e
torno da
silenciaram e no mundo, pois há
problemática da theirbase
key personality diferenças de classe,
reprimiram com
condição
no modelo patriarcal.
traits, physical idade, etnia,
feminina.
attributes, and more. orientação sexual.
QUESTÕES DE GÊNERO

A historiadora brasileira
Joana Maria Pedro Desde então, feministas
argumenta que as norte americanas como
mulheres negras, Angela Davis e Bell
particularmente, Hooks também se
questionaram o gesto pronunciaram ao dizer
excludente da escrita da que as mulheres não
história das mulheres, Rememberviviamto da mesma
revelando as fraturas forma “a experiência de
describe each of
internas não só da história, ser mulher”, apontando
mas do próprio feminismo their key personality
as desigualdades,
acadêmico ao mostrar as também,
traits, physical
armadilhas e ilusões da entre as mulheres.
attributes, and more.
categoria mulher.
SEXUALIDADE
A sexualidade diz respeito a orientação sexual que pode ser
classificada em três tipos:

HETEROSSEXUAL OU HOMOSSEXUAL OU
BISSEXUAL OU
HETEROAFETIVO HOMOAFETIVO
BIAFETIVO
Quando a atração ocorre
Quando Quando ocorre
entre pessoas do mesmo
homens sentem atração por
gênero. Nessa categoria estão
atração, todos os
as lésbicas (atração e
exclusivamente gêneros.
relacionamento entre
, por mulheres
mulheres) e os gays
e vice e versa.
(afetividade e atração entre
homens).
SEXUALIDADE
ASSEXUALIDADE
Por um tempo o assexual foi abordado como uma pessoa sem interesse em fazer
sexo. Mas, novos estudos apontam que a assexualidade se refere a um tipo de
orientação sexual, por exemplo, em alguns casos, uma pessoa assexual deseja uma
conexão romântica, mas não estará interessada em fazer sexo. Outros
experimentam o desejo de fazer sexo – mas isso só vem com uma profunda conexão
emocional com alguém. Muitas pessoas que se identificam como assexuais ficam em
algum lugar entre esses dois.

OBSERVAÇÃO:
O termo “orientação sexual” tem sido utilizado nos últimos anos no
lugar de "opção sexual", pois nem sempre podemos dizer que é uma
opção.
IDENTIDADE DE GÊNERO
Identidade de gênero é como a pessoa se percebe em seu gênero e
não apenas o que a sociedade a define. Os tipos mais comuns são:

CISGÊNERO - são as pessoas que estão dentro do padrão social e


cultural de gênero, ou seja, são os que se identificam com o
gênero que lhes foi determinado no momento do seu nascimento.

TRANSGÊNERO - é quem não se identifica com o seu sexo de


nascimento. Transgêneros, transexuais e travestis são aquelas
cuja identidade de gênero é diferente do gênero atribuído pela
sociedade no nascimento.

NÃO BINÁRIO - quem não se sente confortável completamente


nem como homens, nem como mulheres. Pessoas não-binárias
podem fluir ou transitar entre o feminino e o masculino. Exemplo:
uma pessoa que não se mostra nem homem, nem mulher
(identidade de gênero), com o sexo designado como feminino
(sexo biológico).
IDENTIDADE DE GÊNERO
A comissão de Direitos Humanos de Nova York indicou 33 tipos de gênero.

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_de_g%C3%AAnero. Acesso em: mai, 2020.


SEXISMO E MACHISMO
Sexismo - se baseia na ideia de que o homem é melhor e mais
competente do que a mulher, uma concepção que se assemelha
ao machismo, mas vai além. Trata-se de uma atitude
discriminatória que define quais usos e costumes devem ser
respeitados por cada sexo, desde o modo de vestir até o
comportamento social adequado. A sociedade, de maneira geral,
é sexista e educa as crianças de forma a reproduzir modelos
binários em que a tendência é de que um sexo deva ser
complementar ao outro. Ter medo de que um menino "vire gay"
por brincar com boneca é um pensamento sexista.
Machismo - julga a mulher como inferior ao homem em aspectos
físicos, culturais e intelectuais. O machismo desqualifica a mulher
perante o homem e é a principal causa do feminicídio por perpetuar
a crença de que, numa relação, o parceiro é o "dono" da parceira.

Disponível em:https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/12/03/machismo-sexismo-e-
misoginia-quais-sao-as-diferencas.htm. Acesso em: mai, 2020.
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A Experiência Vivida. Rio de Janeiro: Ed. Nova. Fronteira, 1980.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. 8aed. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2015.

GROSSI, Miriam. Identidade de Gênero e Sexualidade. Coleção Antropologia em Primeira Mão. PPGAS/UFSC, 1998.

GUERRA, Luiz Antônio. Sexo, Gênero e Sexualidade. Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/


sexo-genero-e-sexualidade/ Acesso em 02, mai, 2020.

HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS DAS MULHERS. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/lutas-e-


conquistas-das-mulheres/. Acesso em 03, abr, 2020.

LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, B.H. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da
cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

MEAD, Margaret. Sexo e temperamento. São Paulo, Perspectiva, 2000.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo,
v.24, N.1, P.77-98, 2005.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,
jul./dez. 1995, pp. 71-99.
SOCIOLOGIA

Gênero e
Sexualidade
Parte 2
Profa Giane Carvalho
FEMINISMO

Disponível em:https://outraspalavras.net/feminismos/oito-teses-sobre-a-revolucao-feminista/. Acesso em: 03, mai, 2020.


Feminismo é um conjunto de
FEMINISMO movimentos políticos, sociais e
filosóficos que visam direitos iguais
(equânimes) nas relações sociais.
Visa o empoderamento feminino e a
libertação da opressão dada pelo
modelo patriarcal. O feminismo atua
pela igualdade de gênero e atua para
promover os direitos das mulheres.
Qualquer tentativa de desqualificar o
movimento feminista como algo negativo ou de
uma suposta opressão das mulheres contra os
homens representa uma falta de compreensão
das teorias e movimentos desenvolvidos com
seriedade ao longo do século.
MOVIMENTO
01

A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX,

FEMINISTA com ênfase no direito ao voto e à vida pública.

02

A história do movimento A segunda nas décadas de 1960 e 1970, com ênfase nas
feminista pode ser dividida questões de sexualidade, mercado de trabalho, violência

em três ondas: doméstica.

03

A terceira na década de 1990 até a atualidade, com


ênfase nas subjetividades e aspectos étnicos.
MOVIMENTO O movimento feminista, sobretudo a partir dos
anos 1960, fortaleceram suas demandas, através
FEMINISTA do diálogo com a sociedade civil e da pressão junto
ao Estado visando a implementação de políticas
públicas destinadas a assegurar os direitos das
mulheres e das minorias LGBT.
MOVIMENTO
Atualmente, as demandas do movimento feminista
são bem amplas e tem como foco a

FEMINISTA descriminalização do aborto, o direito ao corpo, a


igualdade de oportunidades e de salários, o
combate à cultura do estupro e assédio, o fim da
violência contra as mulheres e do feminicídio.
Greve feminista na Espanha (2017)

Disponível em: https://outraspalavras.net/desigualdades-mundo/espanha-como-se-gestou-a-grande-greve-


feminista/ Acesso em: 03, mai, 2020.
Disponível em: https://blogueirasfeministas.com/2012/04/27/mulheres-em-movimento-no-mundo/ Acesso em: 03,
mai, 2020. Foto: Foto de Marcel Maia no Flickr em CC
Reunião das sufragistas na Inglaterra (séc XIX) com a
presença da líder do movimento, Emmeline Pankhurst.

Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/politica/sufragio-feminino.htm. Acesso em: 03, mai, 2020.


MOVIMENTO LGBTQ+
A partir da segunda metade do século XX, podemos
observar o impacto de movimentos feministas e movimentos
LGBTQ+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer...)
no questionamento dos modelos socialmente esperados para
homens e mulheres, na busca pela igualdade de direitos
entre os gêneros e na crítica das relações afetivosexuais nos
espaços públicos e privados.

Por sua vez, os movimentos LGBTQ+ no Brasil vem exigindo


a implementação de políticas públicas que promovam a
cidadania plena dessa população, lutando pelo fim da
violência e discriminação homofóbica e transfóbica.
LEIS E
DENÚNCIAS
NO BRASIL

Homofobia e transfobia – Por decisão do STF


se enquadram nos crimes previstos na Lei
7.716/2018 (crime por racismo). A tese
estabelece que o conceito de racismo
ultrapassa aspectos estritamente biológicos
ou fenotípicos e alcança a negação da
dignidade e da humanidade de grupos
vulneráveis.
LEIS E
DENÚNCIAS
NO BRASIL
Violência contra mulher

Lei 11.340/2006, conhecida como Lei


Maria da Penha estabelece que todo o
caso de violência doméstica é crime seja
ela física, psicológica, sexual,
patrimonial ou moral.
LEIS E
DENÚNCIAS
NO BRASIL

Canais de denúncias disque:

180 - Central de Atendimento a Mulher


190 - Polícia Militar
100 - Ouvidoria dos Direito Humanos
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS
SÉCULO XIX
1827 - Brasil
Surge a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que frequentassem as
escolas elementares; as instituições de ensino mais adiantado ainda eram proibidas a
elas.

1832 - Brasil
A brasileira Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, defendia mais educação e uma
posição social mais alta para as mulheres. Lança uma tradução livre da obra pioneira da
feminista inglesa Mary Wollstonecraft. Inspirada nesta obra. É considerada a primeira
feminista brasileira e latino-americana.

1857 - Estados Unidos


No dia 8 de março, em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operárias morrem
queimadas numa ação policial porque reivindicaram a redução da jornada de trabalho
de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença maternidade. Mais tarde foi instituído o
Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em homenagem a essas mulheres. Há registros
de outras datas também referente ao Dia da Mulher.
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS

SÉCULO XIX
1879 - Brasil
As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior;
mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.

1893 - Nova Zelândia


Pela primeira vez no mundo, as mulheres têm direito ao voto.

SÉCULO XX
1915 – Brasil
Foi instituído um novo regulamento para a Caixa Econômica Federal que permitia à
mulher casada fazer depósitos bancários em seu nome quando não houvesse oposição
do marido.

1920 – Estados Unidos


Sufrágio Feminino (sufrágio é o direito de voto em uma eleição).
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS

SÉCULO XX
1928 – Brasil
O Governador do Rio Grande do Norte consegue uma alteração da lei eleitoral dando o
direito de voto às mulheres. Elas foram às ruas, mas seus votos foram anulados. No
entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no
município de Lajes, RN.
1932 – Brasil
Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto
às mulheres brasileiras.

1937/1945 – Brasil
O Estado Novo (era Vargas) criou o decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos
esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: luta de
qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo aquático, halterofilismo e
beisebol. O decreto só foi regulamentado em 1965.

1945 – Mundo
A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento
internacional, através da Carta das Nações Unidas.
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS

SÉCULO XX
1949 – Mundo
São criadas os jogos da primavera ou ainda "Olimpíadas Femininas".

1951 – Mundo
Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração
entre trabalho masculino e feminino para função igual.

1962 – Brasil
É criado o Estatuto da Mulher casada, que garantiu entre outras coisas que a mulher não
precisava mais de autorização do marido para trabalhar, receber herança e em caso de
separação ela poderia requerer a guarda dos filhos.

1988 – Brasil
Através do lobby do batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais
constituintes, as mulheres obtêm importantes avanços na Constituição Federal,
garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS

SÉCULO XX
1996 – Brasil
O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os
partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.

SÉCULO XXI
2006 – Brasil
Sancionada a Lei Maria da Penha (11.340) que criminaliza a violência doméstica.

2015 – Brasil
A Constituição Federal reconheceu a partir da Lei nº 13.104 o feminicídio como um crime
de homicídio.

2018 – Brasil
A lei 13.718 caracteriza o assédio como crime; sendo proibido o ato de importunação
sexual.
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A Experiência Vivida. Rio de Janeiro: Ed. Nova. Fronteira, 1980.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. 8aed. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2015.

GROSSI, Miriam. Identidade de Gênero e Sexualidade. Coleção Antropologia em Primeira Mão. PPGAS/UFSC, 1998.

GUERRA, Luiz Antônio. Sexo, Gênero e Sexualidade. Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/


sexo-genero-e-sexualidade/ Acesso em 02, mai, 2020.

HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS DAS MULHERS. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/lutas-e-


conquistas-das-mulheres/. Acesso em 03, abr, 2020.

LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, B.H. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da
cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

MEAD, Margaret. Sexo e temperamento. São Paulo, Perspectiva, 2000.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo,
v.24, N.1, P.77-98, 2005.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,
jul./dez. 1995, pp. 71-99.
Texto e design dos slides elaborados por: Giane Carvalho, 2020.
Imagens disponíveis em: pixabay.com.br. Acesso em nov. 2020.

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