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Gênero e
Sexualidade
Parte 1
Profa Giane Carvalho
GÊNERO
Gênero é um conceito generalista que agrega em si
todas as particularidades e características em
comum de um grupo, classe, seres ou coisas.
O termo gênero vem do latim genus, que significa
nascimento, descendência, origem, família, tipo.
Podemos ter gênero alimentício, gênero literário,
porém, é nas Ciências Humanas e Naturais que se
discute o gênero humano.
Como uma sociedade define o que é ser homem ou que é ser uma
mulher diz respeito ao gênero.
Essa construção social de gênero varia de cultura para cultura ao
longo da história.
ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS SOBRE GÊNERO
NO CAMPO DAS CIÊNCIAS HUMANAS TEMOS VÁRIAS REFERÊNCIAS SOBRE GÊNERO.
Pergunta clássica:
Somente mulher lava a
louça?
A historiadora brasileira
Joana Maria Pedro Desde então, feministas
argumenta que as norte americanas como
mulheres negras, Angela Davis e Bell
particularmente, Hooks também se
questionaram o gesto pronunciaram ao dizer
excludente da escrita da que as mulheres não
história das mulheres, Rememberviviamto da mesma
revelando as fraturas forma “a experiência de
describe each of
internas não só da história, ser mulher”, apontando
mas do próprio feminismo their key personality
as desigualdades,
acadêmico ao mostrar as também,
traits, physical
armadilhas e ilusões da entre as mulheres.
attributes, and more.
categoria mulher.
SEXUALIDADE
A sexualidade diz respeito a orientação sexual que pode ser
classificada em três tipos:
HETEROSSEXUAL OU HOMOSSEXUAL OU
BISSEXUAL OU
HETEROAFETIVO HOMOAFETIVO
BIAFETIVO
Quando a atração ocorre
Quando Quando ocorre
entre pessoas do mesmo
homens sentem atração por
gênero. Nessa categoria estão
atração, todos os
as lésbicas (atração e
exclusivamente gêneros.
relacionamento entre
, por mulheres
mulheres) e os gays
e vice e versa.
(afetividade e atração entre
homens).
SEXUALIDADE
ASSEXUALIDADE
Por um tempo o assexual foi abordado como uma pessoa sem interesse em fazer
sexo. Mas, novos estudos apontam que a assexualidade se refere a um tipo de
orientação sexual, por exemplo, em alguns casos, uma pessoa assexual deseja uma
conexão romântica, mas não estará interessada em fazer sexo. Outros
experimentam o desejo de fazer sexo – mas isso só vem com uma profunda conexão
emocional com alguém. Muitas pessoas que se identificam como assexuais ficam em
algum lugar entre esses dois.
OBSERVAÇÃO:
O termo “orientação sexual” tem sido utilizado nos últimos anos no
lugar de "opção sexual", pois nem sempre podemos dizer que é uma
opção.
IDENTIDADE DE GÊNERO
Identidade de gênero é como a pessoa se percebe em seu gênero e
não apenas o que a sociedade a define. Os tipos mais comuns são:
Disponível em:https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/12/03/machismo-sexismo-e-
misoginia-quais-sao-as-diferencas.htm. Acesso em: mai, 2020.
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A Experiência Vivida. Rio de Janeiro: Ed. Nova. Fronteira, 1980.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. 8aed. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2015.
GROSSI, Miriam. Identidade de Gênero e Sexualidade. Coleção Antropologia em Primeira Mão. PPGAS/UFSC, 1998.
LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, B.H. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da
cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo,
v.24, N.1, P.77-98, 2005.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,
jul./dez. 1995, pp. 71-99.
SOCIOLOGIA
Gênero e
Sexualidade
Parte 2
Profa Giane Carvalho
FEMINISMO
02
A história do movimento A segunda nas décadas de 1960 e 1970, com ênfase nas
feminista pode ser dividida questões de sexualidade, mercado de trabalho, violência
03
1832 - Brasil
A brasileira Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, defendia mais educação e uma
posição social mais alta para as mulheres. Lança uma tradução livre da obra pioneira da
feminista inglesa Mary Wollstonecraft. Inspirada nesta obra. É considerada a primeira
feminista brasileira e latino-americana.
SÉCULO XIX
1879 - Brasil
As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior;
mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.
SÉCULO XX
1915 – Brasil
Foi instituído um novo regulamento para a Caixa Econômica Federal que permitia à
mulher casada fazer depósitos bancários em seu nome quando não houvesse oposição
do marido.
SÉCULO XX
1928 – Brasil
O Governador do Rio Grande do Norte consegue uma alteração da lei eleitoral dando o
direito de voto às mulheres. Elas foram às ruas, mas seus votos foram anulados. No
entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no
município de Lajes, RN.
1932 – Brasil
Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto
às mulheres brasileiras.
1937/1945 – Brasil
O Estado Novo (era Vargas) criou o decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos
esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: luta de
qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo aquático, halterofilismo e
beisebol. O decreto só foi regulamentado em 1965.
1945 – Mundo
A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento
internacional, através da Carta das Nações Unidas.
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS
SÉCULO XX
1949 – Mundo
São criadas os jogos da primavera ou ainda "Olimpíadas Femininas".
1951 – Mundo
Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração
entre trabalho masculino e feminino para função igual.
1962 – Brasil
É criado o Estatuto da Mulher casada, que garantiu entre outras coisas que a mulher não
precisava mais de autorização do marido para trabalhar, receber herança e em caso de
separação ela poderia requerer a guarda dos filhos.
1988 – Brasil
Através do lobby do batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais
constituintes, as mulheres obtêm importantes avanços na Constituição Federal,
garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS DIREITOS
SÉCULO XX
1996 – Brasil
O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os
partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.
SÉCULO XXI
2006 – Brasil
Sancionada a Lei Maria da Penha (11.340) que criminaliza a violência doméstica.
2015 – Brasil
A Constituição Federal reconheceu a partir da Lei nº 13.104 o feminicídio como um crime
de homicídio.
2018 – Brasil
A lei 13.718 caracteriza o assédio como crime; sendo proibido o ato de importunação
sexual.
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A Experiência Vivida. Rio de Janeiro: Ed. Nova. Fronteira, 1980.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. 8aed. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2015.
GROSSI, Miriam. Identidade de Gênero e Sexualidade. Coleção Antropologia em Primeira Mão. PPGAS/UFSC, 1998.
LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, B.H. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da
cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo,
v.24, N.1, P.77-98, 2005.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,
jul./dez. 1995, pp. 71-99.
Texto e design dos slides elaborados por: Giane Carvalho, 2020.
Imagens disponíveis em: pixabay.com.br. Acesso em nov. 2020.