O documento descreve a cidade de Salinópolis na década de 1970, quando se tornou uma Estância Hidromineral após a descoberta de águas minerais. Isso trouxe investimentos do estado para melhorias como asfalto, energia e água na Praia do Maçarico, atraindo pessoas ricas. No entanto, também permitiu o estabelecimento do grande latifúndio AGRISAL, que prejudicou o desenvolvimento municipal. Além disso, os militares forçaram a renúncia do prefeito e vice eleitos em 1966.
O documento descreve a cidade de Salinópolis na década de 1970, quando se tornou uma Estância Hidromineral após a descoberta de águas minerais. Isso trouxe investimentos do estado para melhorias como asfalto, energia e água na Praia do Maçarico, atraindo pessoas ricas. No entanto, também permitiu o estabelecimento do grande latifúndio AGRISAL, que prejudicou o desenvolvimento municipal. Além disso, os militares forçaram a renúncia do prefeito e vice eleitos em 1966.
O documento descreve a cidade de Salinópolis na década de 1970, quando se tornou uma Estância Hidromineral após a descoberta de águas minerais. Isso trouxe investimentos do estado para melhorias como asfalto, energia e água na Praia do Maçarico, atraindo pessoas ricas. No entanto, também permitiu o estabelecimento do grande latifúndio AGRISAL, que prejudicou o desenvolvimento municipal. Além disso, os militares forçaram a renúncia do prefeito e vice eleitos em 1966.
Os idos de 1970 foram tempos agitados na atlântica Salinópolis, política e
socialmente. Politicamente, a cidade não passara incólume ao golpe militar de 1964 que sobrepunha ao país; socialmente, há aqueles que defendam a tese de que a cidade viveu seus “anos dourados” – não este escriba que só nasceria algumas décadas depois e, portanto, apenas ouviria os relatos nostálgicos dos mais velhos. Os militares, donos do poder, usaram a água da Fonte do Caranã - a qual foi considerada água mineral a partir de uma análise em laboratório - para transformar a cidade, por força de lei estadual, em uma Estância Hidromineral, portanto, área de segurança nacional. Localmente, como era de se esperar, este fato teve desdobramentos políticos controversos, os quais poderão ser tratados oportunamente em outra ocasião. Por ora, atentar-nos-emos a esse momento auspicioso da Salinópolis de outrora. Na condição de Estância Hidromineral, a cidade foi beneficiada com grande aporte financeiro do estado a fim de que melhorias substanciais fossem levadas a cabo. Uma das primeiras obras foi a pista asfaltada da Praia do Maçarico, que também ganhou energia elétrica, água encanada e, logo, transformou-se no ponto alto da cidade, atraindo a atenção de pessoas bem-sucedidas da capital. É quando surgem bares e restaurantes que marcaram a época, quais sejam, Telhadão, Fasano, Praiano, entre outros, famosos por receberem a fina flor da sociedade belenense. A Praia do Maçarico e a Praia da Corvina eram praticamente uma só: iniciava no Bosquinho e se estendia até a ponta de mangue, cuja curva leva ao Porto Grande. Uma extensa porção de areia fartamente banhada pelas ondas do mar, que impalpavelmente avançavam dia a dia em direção à cidade. Quem no cume do farol estivesse, avistava a majestosa enseada do Maçarico ao longe; via as ondas quebrarem-se violentamente para, logo em seguida, morrerem lentamente na praia. Remontam a essa época, também, a construção da orla da Avenida Beira-Mar – reconstruída recentemente – a Ponte sobre o Rio do Viana – a mesma que dá acesso à ilha de Atalaia-, o Estádio Municipal, a Escola Dom Bosco e, obviamente, a valorização do espaço Fonte do Caranã, razão da existência da Estância Hidromineral. Todavia, nem tudo foram flores. Foi na condição Estância Hidromineral que se implantou o maior latifúndio na região, o infame projeto AGRISAL, um entrave para o desenvolvimento do município. impediu a posse de José de Araújo Gomes (O Zeca Faustino) e Osvaldo Nascimento (Seu Vavá) eleitos respectivamente prefeito e vice-prefeito nas eleições de 1966, mas que foram “convidados” a renunciarem aos seus respectivos mandatos.