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Leitura e interpretação
Diante da repercussão sobre a morte de Miguel Santana da Silva, após cair do 9º andar de um
prédio de luxo no Recife, e do debate em torno do racismo no Brasil e no mundo, professores e militantes
negros afirmam que o problema é estrutural. Entretanto, dizem que pode ser combatido através de
diálogos, questionamentos e fortalecimento da autoestima de pessoas negras em relação à cor da
pele (veja vídeo acima).
“A gente tem que entender que o racismo é um sistema de opressão. Isso significa que eu tenho
uma estrutura criada para que haja privilégios para um grupo e para que haja subalternização e
desvantagens para outro grupo. Não é algo individual, moral. Não tenho medo nenhum de dizer que, no
Brasil, nós somos racistas em maior ou menor grau”, declarou a procuradora federal Chiara Ramos,
militante contra o racismo.
Para o psicólogo e doutor em educação Hugo Monteiro, casos como o de Miguel e de João
Pedro, menino morto dentro de casa durante uma operação policial no Rio de Janeiro, e
de George Floyd, homem negro asfixiado por policiais nos Estados Unidos, mostram “nitidamente
uma ideia de inferioridade em relação à posição étnica e racial dessas pessoas”.
“O racismo é extremamente violento e está no nosso dia a dia, no nosso cotidiano.
Cotidianamente, nós negros passamos por situações racistas. É uma estrutura que nos afeta e
violenta muito a nossa natureza mental, provoca sofrimento diverso em quem passa pela
situação. Precisamos enfrentar com lucidez, com sabedoria, com compreensão”, disse
Monteiro.
Segundo Chiara, é possível combater essas práticas através de quatro atos: ver, ouvir,
falar e agir. “A pessoa pode ver quantos negros estão em seu convívio social, ouvir, ler, assistir a
filmes e documentários de pessoas negras, falar sobre como o racismo existe e que não é
‘mimimi’ e agir, seguindo perfis de pessoas negras, ampliar seu rol de amizades e, caso esteja
em posição de chefia, contratar pessoas negras”, afirmou.
Segundo Hugo Monteiro, preparar negros para o sofrimento que surge como consequência da
discriminação não deve ser a atitude inicial. “Acho que a primeira coisa não é preparar para a dor. É
preparar para que você tenha uma autoestima, goste da sua ancestralidade, da sua história, da sua cor, do seu
cabelo, da sua fisionomia”, contou [...]
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/06/05/racismo-e-extremamente-violento-e-esta-no-nosso-dia-a-dia-diz-
doutor-em-educacao.ghtml
7. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos predicados das orações abaixo: