O documento discute as três ondas do feminismo e suas principais bandeiras ao longo da história. A primeira onda no século XIX focou no direito ao voto. A segunda onda a partir de 1950 enfocou questões culturais. A terceira onda desde 1990 busca a universalização do movimento e a interseccionalidade das causas. O texto também menciona conquistas legais brasileiras mas aponta que ainda há desafios de violência contra mulheres.
O documento discute as três ondas do feminismo e suas principais bandeiras ao longo da história. A primeira onda no século XIX focou no direito ao voto. A segunda onda a partir de 1950 enfocou questões culturais. A terceira onda desde 1990 busca a universalização do movimento e a interseccionalidade das causas. O texto também menciona conquistas legais brasileiras mas aponta que ainda há desafios de violência contra mulheres.
O documento discute as três ondas do feminismo e suas principais bandeiras ao longo da história. A primeira onda no século XIX focou no direito ao voto. A segunda onda a partir de 1950 enfocou questões culturais. A terceira onda desde 1990 busca a universalização do movimento e a interseccionalidade das causas. O texto também menciona conquistas legais brasileiras mas aponta que ainda há desafios de violência contra mulheres.
Professora: Edilaine Pereira De Sousa Turma: 4° Química Aluna: Mariana de Oliveira Gomes
O Feminismo e suas ondas
O feminismo é um movimento que surgiu no século XIX e, ao longo dos anos,
levantou diferentes bandeiras em busca da conquista de direitos para as mulheres. Esse é um tema muito atual pois, embora várias conquistas tenham sido alcançadas, ainda há muito o que avançar na busca de uma sociedade mais igualitária.
O surgimento de um movimento organizado em favor dos direitos femininos dá-se
inicialmente no Reino Unido. Nele, mulheres, que ficaram conhecidas como sufragistas, lutaram pelo direito ao voto feminino, principalmente com a organização de greves, sendo um momento focado no âmbito político. Esse período é conhecido como a primeira onda do feminismo e englobava em sua maioria mulheres brancas e de classe média alta, porém nessa época também surgiram vertentes do movimento - como o de mulheres operárias, que buscavam melhores condições de trabalho nas fábricas. O movimento deu frutos e em 1918 as mulheres conseguiram o direito ao voto na Inglaterra, no entanto, somente aquelas com mais de 30 anos e com renda própria poderiam usufruir dessa conquista. No ano seguinte, o direito ao voto feminino também foi oficializado nos Estados Unidos e no Brasil isso ocorreu em 1932, mas em condições parecidas como a permissão do marido e renda própria, o que abrangia poucas mulheres já que a grande maioria somente se dedicava a serviços domésticos.
A segunda onda no feminismo é considerada a partir de 1950, tendo como grande
destaque as questões culturais relacionadas à mulher. Essa fase tem como grande nome a escritora Simone de Beauvoir e sua obra Segundo Sexo (1949), o qual a autora discuti sobre o papel da mulher na sociedade patriarcal e defende que o que se conhece como “características femininas” não são naturais e intrínsecas ao sexo e sim construídos por toda a vivência e criação dessas meninas, a ela pertence a famosa frase: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. No Brasil, essa fase também ficou conhecida como feminismo de resistência, por ocorrer durante a fase da ditadura militar, tendo seus representantes lutado tanto pelos direitos das mulheres, como pelo fim desse cenário político. A segunda onda do movimento feminista teve o seu auge em 1970, ganhando mais adeptos e levantando a necessidade de se adicionar outras questões à luta.
A terceira onda do feminismo se inicia em 1990 e se estende até hoje. Nela, a
principal preocupação é a universalização do movimento, com a interseccionalidade das questões, buscando englobar todos os tipos de mulheres independente da sua raça, etnia, classe, cultura etc. No cenário atual, a questão das mulheres negras está muito mais presente e a luta continua focada no aspecto cultural e estrutural das sociedades e na luta pela igualdade de gêneros. No espaço brasileiro, muitas conquistas no âmbito legislativo já foram alcançadas como: O Estatuto da mulher casada(1962) – tirou a obrigatoriedade da permissão do marido a uma série de ações feitas pelas mulheres como o direito a sair do país- As Cotas Eleitorais(1997) – 30% das candidaturas de cada partido devem ser feitas por mulheres- a Lei Maria da Penha(2006) – facilitou a punição e a denuncia de casos de agressão doméstica à mulher – O Feminicídio (2015) – que criminaliza o homicídio realizado apenas pelo fato da vítima ser mulher- e a Lei de Importunação Sexual(2018)- criminaliza o assédio. Embora todas essas leis sejam conquistas importantes o nosso país ainda é extremamente violento com as mulheres, seja violência física, sexual, moral, entre outras. Ainda vivemos em um país em que as mulheres ganham menos que os homens, onde a cada 9 minutos uma mulher é vítima de estupro, onde a violência doméstica tem índices altíssimos e muitos casos não são registrados ou denunciados. Nesse sentido, é vital a luta feminista pela conquista de cada vez mais espaço e respeito para as mulheres.