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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE ESTUDOS COMPARATIVOS EM GESTÃO DE CONFLITOS


Departamento De Segurança Pública
História dos Sujeitos, Movimentos Sociais no Contexto da Segurança Pública- 2021.1
Prof.ª Dra. Ludmila Rodrigues Antunes
Monitora: Marina Ferraz
SEMINÁRIO AV2a
Arthur Queiroz Denozor
Bianca Dias Martins

Roteiro:

O movimento das mulheres no Brasil é um movimento por direitos civis,


protagonizado por mulheres, que luta por igualdade política, jurídica e social
entre homens e mulheres.
MOVIMENTO DAS MULHERES NO BRASIL
A trajetória do movimento feminista visto como um movimento social, enfatiza
suas formas de organização, lutas e desafios, em sua origem no mundo e no
Brasil. Pretendendo-se situar este movimento como expressão do
protagonismo social das mulheres, a partir das conquistas legais ao longo dos
anos.
Objetiva-se, também, incitar o debate sobre o feminismo, tendo em vista que
sua principal luta é combater a opressão a que estão sujeitas as mulheres, as
quais almejam alcançar autonomia e protagonismo na sociedade, defendendo
a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

O movimento feminista, com esse nome e como movimento social, nasceu no


fim do século 19. Mas antes disso, já existiam mulheres no Brasil que lutaram
pelas mais diversas formas de liberdade, em eventos importantes da história do
país.
AS ONDAS DO FEMINISMO NO BRASIL
PRIMEIRA ONDA: CIDADANIA

A chamada primeira onda do feminismo tinha foco na igualdade de direitos no


exercício da vida pública, marcada pela reivindicação ao direito do voto

SEGUNDA ONDA: SEXUALIDADE

A segunda onda trouxe questões mais ligadas à sexualidade e autonomia da


mulher no contexto familiar.
TERCEIRA ONDA: INTERSECCIONALIDADE

A terceira onda traz maior diversidade ao movimento por meio do conceito de


interseccionalidade entre gênero, raça e classe. Ele reconhece que mulheres
sofrem diferentes tipos de opressão, que devem ser reconhecidas para serem
combatidas de forma efetiva.

Século XXI

O movimento feminista no Brasil acompanhou as demandas do novo milênio


com a inclusão de novos temas à sua agenda, como a diversidade sexual,
racial e o questionamento da maternidade como obrigação.

Através das redes sociais e blogs, a nova geração de feministas encontrou


uma plataforma para expor suas ideias.

Em 2006, durante o governo Lula, foi sancionada a Lei Maria da Penha que
pune com mais rigor os casos de violência doméstica. A lei foi saudada como
um grande passo para a prevenção da violência doméstica contra as mulheres.

Igualmente, cresceu dentro do movimento feminista a preocupação com o


corpo da mulher e com o uso que a sociedade, os homens e ela mesma fazem
deste corpo. Neste sentido, a organização Marcha das Vadias é um exemplo
do uso do corpo feminino como protesto, pois as mulheres comparecem às
manifestações vestindo poucas roupas.

No Brasil, continua a luta pela erradicação da violência doméstica, maior


representatividade política, direito ao parto natural, amamentação em lugares
públicos, direito ao aborto e o fim de uma cultura que coloca a mulher submissa
ao homem.

No entanto, existem pequenos grupos de mulheres que não compartilham dos


objetivos de certas correntes do feminismo.

Lei Maria da Penha

Analisando o ordenamento jurídico atual, a Lei Maria da Penha (11.340/2006)


foi uma das grandes vitórias do movimento feminista. O nome
homenageia a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou
paraplégica após anos de violência doméstica, a lei visa punir de forma mais
efetiva os homens – normalmente companheiros – agressores no âmbito
familiar e doméstico, e contribuiu para a diminuição em 10% sobre os casos de
assassinatos contra mulheres, segundo dados do IPEA de 2015. Entre a
punição para agressão física, se enquadram violência psicológica, sexual,
patrimonial, além de proteção à mulher denunciante.

Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foi sancionada a Lei


13.104/15, que torna qualificado o homicídio quando realizado contra mulheres
em razão do gênero, e o incluindo no rol de crimes hediondos. Em seu artigo 5,
a CF prevê que homens e mulheres são iguais em relação a direitos e
obrigações, uma conquista de imenso valor quando comparada ao Código Civil
de 1916, que determinava a mulher como incapaz para realizar diversos atos
sem autorização do marido.

Outro grande avanço conquistado pelo movimento feminista, foi o direito à


licença maternidade remunerada, previsto na CF em seu artigo 7, inciso XVIII,
recentemente alterado de 120 para 180 dias.

Referências bibliográficas:

https://azmina.com.br/reportagens/feminismo-no-brasil/

https://www.politize.com.br/movimento-feminista/

https://www.todamateria.com.br/feminismo-no-brasil/#:~:text=Feminismo%20no
%20Brasil.%20O%20movimento%20feminista%20no%20Brasil,equipara
%C3%A7%C3%A3o%20do%20direito%20das%20mulheres%20ao%20dos
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