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Graduanda em Direito do Centro Universitário Ruy Barbosa – UNIRUY. E-mail:
mirelleeduarda93@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
A trajetória histórica dos direitos das mulheres representa uma narrativa que
abrange séculos de batalhas e conquistas em prol da igualdade e justiça. A
Constituição Brasileira de 1988 e a Lei Maria da Penha são pontos cruciais nesse
percurso, ao instituir uma abordagem de proteção com o objetivo de eliminar a violência
de gênero e garantir a plena cidadania das mulheres no Brasil. Este texto busca
oferecer uma visão panorâmica da história dos direitos das mulheres no país,
ressaltando as mudanças jurídicas e sociais que culminaram na promulgação desses
instrumentos legais, e analisar a repercussão e eficácia das medidas de proteção e
garantias de direitos presentes na Constituição e na Lei Maria da Penha.
A história das mulheres no contexto legal é caracterizada por séculos de
discriminação, restrições e desigualdades. Por grande parte desse período, as
mulheres foram relegadas a um papel secundário na sociedade, com seus direitos
frequentemente ignorados ou negligenciados. No entanto, ao longo do tempo,
movimentos feministas e ativistas incansáveis lutaram para transformar essa realidade,
promovendo mudanças significativas na legislação e na mentalidade da população.
A Constituição Brasileira de 1988 foi um marco crucial nesse processo,
estabelecendo um conjunto abrangente de direitos e garantias fundamentais com o
intuito de assegurar a igualdade de gênero e a proteção dos direitos das mulheres.
Além de reconhecer a igualdade perante a lei, esse documento serviu como base para
políticas públicas e legislação que abordam especificamente a questão da violência de
gênero, um problema profundamente enraizado na sociedade brasileira.
Nesse cenário, a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, representa um
ponto fundamental na história dos direitos das mulheres no Brasil. Recebendo o nome
de Maria da Penha Maia Fernandes, uma sobrevivente de violência doméstica que se
tornou símbolo da luta contra a impunidade em casos de agressão às mulheres, essa
lei é um esforço significativo para coibir a violência de gênero e proteger as mulheres
em situação de vulnerabilidade. A Lei Maria da Penha introduziu mecanismos legais
mais eficazes para prevenir, punir e erradicar a violência contra as mulheres,
oferecendo um conjunto abrangente de medidas protetivas e instituindo uma mudança
cultural no tratamento desse problema.
Este texto busca, assim, traçar a evolução da história dos direitos das mulheres
no Brasil, desde os primórdios da República até os dias atuais, com especial atenção
à Constituição de 1988 e à Lei Maria da Penha. Além disso, visa examinar como esses
instrumentos legais foram desenvolvidos para promover a igualdade de gênero e a
proteção das mulheres, assim como avaliar os desafios que ainda persistem no
caminho para a plena efetivação desses direitos e garantias. O estudo desses avanços
é essencial para compreender o papel do direito na construção de uma sociedade mais
justa e igualitária, na qual todas as mulheres possam viver sem violência e
discriminação.
A Lei Maria da Penha garante a proteção das mulheres ao proibir que a vítima
entregue a intimação ou notificação ao agressor, ao tornar obrigatória a assistência
jurídica à vítima e ao prever a possibilidade de prisão em flagrante e preventiva do
agressor.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Fernando de (2022). Canaviais e engenhos na vida política do Brasil.
São Paulo: Edições Melhoramentos.
BRASIL. Lei Maria da Penha: Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que dispõe
sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 34 p. (Série ação
parlamentar; n. 422).
nov 2023.
DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. 6. ed. Salvador: Editora
JusPodivm, 2008.
OLIVEIRA, Kátia Lenz Cesar de; GOMES, Romeu. Homens e violência conjugal:
uma análise de estudos brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro , v.
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<https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/artigos/337322133/feminicidio-art-121-2-
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out. 2023.